Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: guia completo

Se há um desafio que precisa ser enfrentado por pequenas, médias e grandes empresas de forma indiscriminada, ele diz respeito à infraestrutura logística do país. De acordo com uma pesquisa da Fundação Dom Cabral, os gastos de empresas na área impacta diretamente até 12,3% do faturamento bruto dos negócios em 2017. O valor é bem …

Equipe TOTVS | 25 setembro, 2018 - Atualizado em 29 julho, 2021

Se há um desafio que precisa ser enfrentado por pequenas, médias e grandes empresas de forma indiscriminada, ele diz respeito à infraestrutura logística do país.

De acordo com uma pesquisa da Fundação Dom Cabral, os gastos de empresas na área impacta diretamente até 12,3% do faturamento bruto dos negócios em 2017.

O valor é bem elevado, principalmente quando comparamos à China (10%) e aos Estados Unidos (8,5%).

O principal problema no Brasil continua sendo a grande dependência do sistema rodoviário, o excesso de burocracia e os gastos com rastreamento e segurança.

Ou seja, são problemas de contexto amplo, que precisam ser combatidos.

As empresas, no entanto, precisam fazer a sua parte, principalmente se quiserem se manter competitivas no mercado.

No post de hoje, vamos ajudar você, mostrando a relação entre logística e cadeia de suprimentos e como elas impactam no caixa do seu negócio. Confira!

A logística e a cadeia de suprimentos como complementares

Logística e cadeia de suprimentos (ou supply chain) são termos bastante familiares ao ambiente corporativo, mas, ainda sim, existem algumas dúvidas sobre a extensão dos conceitos: afinal, onde começa a logística e onde começa a cadeia de suprimentos?

A logística abrange processos relativos ao transporte e ao armazenamento de mercadorias, matérias-primas e insumos.

É crucial garantir que o bem vá do fornecedor à empresa e da empresa para o consumidor final, com rapidez, segurança e baixos custos, mas levando em conta as necessidades internas da organização.

Ela também diz respeito à movimentação de produtos e matérias-primas durante o processo de produção (ex.: uma peça foi montada e deve ser movida até determinada máquina para dar continuidade).

O gerenciamento de cadeia de suprimentos, por sua vez, é muito mais amplo.

Ele envolve a pesquisa de fornecedores, de satisfação, o controle de inventários e qualidade e o planejamento de compras de forma estratégica, além, é claro, dos próprios processos logísticos.

Assim, podemos dizer que a logística é uma etapa técnica e especializada dentro do gerenciamento de cadeia de suprimentos.

Ou seja, o gerenciamento de supply chain não só está preocupado com a entrega de produtos na hora e quantidade certa, mas também com a descoberta de fornecedores mais competitivos, o estabelecimento de um calendário de compras e entregas, entre outras ações e metodologias que buscam garantir a competitividade da empresa, mesmo perante os desafios logísticos dos quais falamos no início do post.

A influência dos processos entre os setores

A confusão entre os termos logística e cadeia de suprimentos tem uma explicação: as empresas vêm descobrindo que as duas áreas são mais efetivas quando são realmente integradas, tornando todo o processo monitorável, rápido e gerando uma redução de custos.

A logística trata, especificamente, sobre transporte e armazenagem — os quais, como mostramos, têm custos consideráveis.

Por isso, não basta apenas escolher as melhores rotas para entregas ou definir as políticas do estoque em relação ao número de itens armazenados e em quais condições.

Graças à gestão integrada, a companhia pode utilizar informações de outros setores para ser mais efetiva.

Uma ação de marketing que alavanque a venda de determinado produto, por exemplo, pode demandar a maior compra de insumos específicos.

Com uma boa gestão de suprimentos, é possível adquirir esses insumos com antecedência, escolhendo o fornecedor de maior confiabilidade e com as melhores condições de preços e prazos de pagamento.

Estratégias que podem facilitar a integração

Já está claro que a gestão logística e de cadeia de suprimentos são diferentes, mas intimamente ligadas.

No entanto, garantir que exista uma integração real e geradora de resultados positivos exige a adoção de práticas, metodologias e ferramentas adequadas.

Tudo isso deve se basear em um conceito muito simples: o compartilhamento de informações para a tomada de decisões estratégicas.

Por isso, o primeiro passo deve ser o estabelecimento de canais de comunicação efetivos, onde os gestores de cada área possam consultar dados da área afim.

Os setores também precisam compartilhar práticas e políticas similares, garantindo que não haja atritos nos pontos de contatos.

Isso pode ser resolvido com a padronização de documentos, como a solicitação de cotações junto a fornecedores ou mesmo contratos de compra e seus termos específicos, por exemplo, a definição de multas em caso de atrasos nas entregas.

Por fim, vale lembrar que a integração começa no planejamento. Por isso, promova reuniões entre as lideranças de cada setor, nas quais eles possam criar um calendário de ações em comum e entender as dificuldades e oportunidades de cada área.

O uso do ERP para conectar as duas atividades

Como mostramos no último tópico, a integração profunda entre logística e cadeia de suprimentos é o melhor caminho para reduzir custos e garantir vantagens competitivas em um mercado cada vez mais acirrado.

Para assegurar que isso aconteça, portanto, vale a pena utilizar a tecnologia como aliada.

O ERP (Enterprise Resource Planning ou Sistema de Gestão Empresarial, em tradução livre) é a solução ideal para esse momento.

A ferramenta foi criada justamente para garantir a integração de vários setores de uma empresa, uma vez que ele centraliza dados de cada setor em um único software.

Ou seja, o ERP permite que a sua empresa acompanhe métricas e índices de produtividade importantes tanto para a logística quanto para a cadeia de suprimentos em tempo real.

O sistema ainda pode gerar relatórios, permitindo que os gestores tenham subsídios confiáveis para a tomada de decisão rápida, seja para corrigir gargalos nos processos, seja para apostar em uma oportunidade de melhoria.

Além de o ERP contribuir para um fluxo de comunicação constante e útil para a instituição, ele também pode ajudar nas etapas repetitivas ou burocráticas.

Ou seja, você consegue emitir Notas Fiscais pelo software ou, inclusive, enviar alertas ao usuário em momentos-chave, como a iminência de um desabastecimento no estoque que gere a necessidade da realização de um novo pedido de compra.

Agora que você já sabe a diferença entre logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos, que tal multiplicar esse conhecimento? Compartilhe o nosso post nas suas redes sociais com seus amigos!

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