Como a Web 3 pode transformar a forma que usamos a internet?

Equipe TOTVS | 15 julho, 2022

Em um mundo hiperconectado, a internet já se tornou parte básica da vida de grande parte das pessoas do século 21, nos acompanhando em qualquer dispositivo. E como toda tecnologia, ela evolui de acordo com a realidade. Mas como isso funcionará para a Web 3?

A Web 3 é uma nova fase da internet que reúne uma série de transformações e novos conceitos, como a descentralização. Embora seja um novo estágio, ela é muito maior que apenas uma continuidade.

Dada a relevância do tema, resolvemos explorar mais sobre ele neste artigo. 

A seguir, vamos explicar o que é Web 3, como ela surgiu, quais são suas relações com outros aspectos atuais e as expectativas para essa mudança. Vamos nessa? Boa leitura!

O que é Web 3?

A Web 3 é uma transformação na forma de usar a internet, principalmente em relação à privacidade e dados valiosos. Portanto, se trata de uma remodelagem da internet.

A ideia é oferecer um novo tipo de serviço de internet, sendo construído por blockchains descentralizados. Entre as suas definições, a Web 3 é entendida também como a internet de propriedade dos construtores e usuários, orquestrada com tokens.

Como vai funcionar a Web 3?

É importante deixar claro que a nova versão ainda não está em uso. No entanto, muitas pessoas no setor de tecnologia já a consideram “a grande revolução da internet”.

Entre os principais aspectos que podemos destacar da Web 3, estão a descentralização,

a segurança e a inteligência artificial. A seguir, vamos falar um pouco sobre como cada um desses elementos se relaciona com esse futuro.

Descentralização

A mais importante característica da Web 3 é a descentralização. Isso significa dizer que, no lugar de grandes entidades modelizantes, a propriedade é distribuída entre seus criadores e usuários.

A lógica é que, como a informação deve ser encontrada com base em seu conteúdo, ela poderia ser armazenada em diferentes locais.

Não é necessário hard disks para informações, afinal, tudo pode ficar na “nuvem”. 

Dessa forma, os bancos de dados atualmente mantidos por gigantes da internet seriam, portanto, destruídos. 

Esse é o principal objetivo da internet 3.0: fazer com que as plataformas não sejam controladas por uma única entidade. A partir disso, cada usuário deve seguir o mesmo conjunto de regras codificadas, conhecidas como protocolos de consenso.

Segurança e permissão

Como consequência da descentralização, os gigantes também perdem controle sobre os usuários e seus dados. Ao mesmo tempo, os usuários ganham uma maior manutenção do controle de propriedade.

Dessa forma, a segurança e permissão também são características próprias dessa nova web. Com ela, todas as pessoas têm acesso igual para participar dessa nova era, sem excluir ninguém.

Junto a isso, a internet passa a ser um campo confiável: no lugar de depender de terceiros, ela opera usando incentivos e mecanismos econômicos.

Um outro ponto fundamental é que essa nova internet apresenta pagamentos nativos, como é o caso da criptomoeda, que não depende da infraestrutura de bancos e processadores de pagamento.

Inteligência artificial

Em terceiro lugar, a Web 3 tem uma relação muito forte com a inteligência artificial (IA). Embora já esteja em progresso, nessa evolução ela será muito mais intensa.

Os computadores vão conseguir entender as informações de maneira similar aos humanos, principalmente a partir da web semântica e do processamento de linguagem natural.

Ao lado disso, o machine learning também terá destaque nela, operando dados junto com algoritmos para melhorar a precisão da aprendizagem.

Muito além da publicidade otimizada, os recursos de IA vão fazer com que os computadores produzam resultados mais eficientes, como desenvolvimento de medicamentos e novos materiais.

Como surgiu a Web 3?

Assim como outras invenções, não existe apenas um responsável por essa criação. Esse termo, contudo, foi idealizado por uma pessoa específica: Gavin Wood. 

Ele é também um dos co-fundadores da famosa criptomoeda Ethereum, que tem forte relação com um espaço descentralizado, transparente e seguro.

De toda forma, ela tem crescido como uma colaboração entre pessoas e organizações. 

As pessoas que atuam em plataformas blockchain de contratos inteligentes, por exemplo, têm sido personagens principais nesse processo.

Entenda como ocorreu a evolução da Web

Para que a compreensão do conceito Web 3 seja ainda maior, é importante que você esteja familiarizado com o que veio antes dela.

Por essa razão, vamos falar sobre a criação da Web 1 e da Web 2. Acompanhe!

Web 1

A primeira internet é muito diferente da que conhecemos atualmente. A Web 1 funcionou entre 1991 e 2004, sendo um momento em que somente a leitura era possível. 

A associação com leitura vem pelo fato de que toda a navegação acontecia por meio de páginas estáticas, permitindo apenas funções básicas, como a pesquisa e a leitura de conteúdos dos sites.

Além disso, a interação entre usuários e a produção por parte deles era muito pequena. A grande premissa da Web 1 era voltada ao compartilhamento e acesso a informações.

Web 2

A segunda fase, Web 2, fez com que a internet deixasse de ser apenas leitura e também fosse escrita. Ela começou em 2005 e até hoje ainda é a forma como usamos a World Wide Web.

Em vez de apenas poder trazer a informação, a internet passou a fornecer plataformas para compartilhar conteúdo gerado pelo usuário. 

Com a maior presença digital, grandes empresas passaram a controlar um tamanho desproporcional do tráfego e do valor gerado na web. 

É por essa razão que a principal característica dessa internet é o surgimento de empresas de mídia social gigantescas, como Facebook, Twitter e YouTube.

Foi com a Web 2 que surgiu também o modelo de receita baseado em publicidade dentro desse espaço digital.

Quais são as diferenças entre Web 2 e Web 3?

A principal diferença da Web 2 e da Web 3 é que, enquanto a primeira foca na monopolização de empresas gigantes, a segunda busca e preza pela descentralização.

Embora a Web 2 tenha se tornado acessível para um grande número de pessoas, há grupos que detém o controle do ambiente. A ideia dessa nova web é justamente mudar isso, permitindo que os conteúdos sejam gerados a partir de um registro distribuído em blockchain.

Junto a isso, ela permite um controle maior por parte do usuário de seus dados pessoais, podendo decidir se irá monetizar isso ou não, por exemplo. 

Ainda, qualquer pessoa é capaz de desenvolver e se conectar com diferentes apps sem permissão de uma empresa central, como acontece na Web 2.

Um bom exemplo dessa passagem da Web 2 para a 3 é a forma de acessar contas. Enquanto o login se dá por meio de redes sociais como Facebook ou Google, na nova internet isso será feito por meio de carteiras digitais.

A relação entre a Web 3 e as criptomoedas

Existe uma forte relação entre Web 3 e criptomoedas. Isso acontece porque essa web se refere a uma internet fomentada por redes descentralizadas. As criptomoedas, por sua vez, são um excelente exemplo disso.

O bitcoin é um sistema de pagamento peer-to-peer de código aberto baseado em criptografia. Dessa forma, ele faz uso de uma rede distribuída de computadores para verificar as transações sem a necessidade de intermediários.

A tecnologia blockchain, que terá papel fundamental na internet descentralizada, permite criar “blocos” e formar cadeias de dados. Da mesma forma, é ela que serve de base para as criptomoedas.

As criptomoedas ganham destaque nessa nova revolução pois os usuários conseguem trocar informações inteiramente verificáveis num livro de registro público da rede, que é o que acontece com essas transações.

A partir disso, fica muito mais fácil criar economias e modelos de negócio completamente novos, que podem ser chamados de tokeconomia.

Quais são as criptomoedas da Web 3?

Muito além da moeda bitcoin, algumas das criptomoedas da Web 3 que se colocam como tendências são Oasis Network, Hightstreet, API3, AIOZ Network e Clover Finance.

Web 3, NFTs e o Metaverso

O acesso a essa internet também é marcado pela eliminação de um provedor ou serviço similar, ou seja, não é preciso a criação de contas e identificação pessoal, o que faz com que os usuários se conectem anonimamente, sem intermediários.

A partir daí, uma qualidade que cresce nesse futuro é a possibilidade de garantir a propriedade de seus ativos digitais de forma diferenciada, principalmente por meio de tokens não fungíveis (NFT).

Para ilustrar isso, podemos ilustrar que você tenha um jogo comprado na Web 2. Quando você compra um item dentro dele, ele sempre está vinculado à sua conta. 

Por essa razão, se você a perder, você também perde o item, o que significa dizer que você também perdeu o valor que você investiu nele.

Na web, nem o criador do jogo pode tirar a sua propriedade do item comprado. Ou seja, se você parar de jogar, você pode vender esse item em mercados abertos e recuperar esse valor.

Da mesma forma, se você saiu de uma rede social, você consegue, por meio do blockchain, levar sua reputação com você. Isso permite com que você consiga conectar isso a uma outra interface de preferência.

Os principais desafios da Web 3

Embora haja uma expectativa em relação à web do futuro, trata-se de um processo com algumas dificuldades.

Entre os principais desafios, podemos destacar a experiência do usuário, a educação e a acessibilidade. A seguir, vamos falar um pouco sobre cada um desses obstáculos.

Experiência do usuário

Um ponto sobre essa web é que os usuários precisam compreender as preocupações de segurança, entender a documentação técnica complexa e navegar em interfaces de usuário não intuitivas. 

E isso, por sua vez, é um desafio para a experiência do usuário. Embora esse processo esteja sendo trabalho, levará um tempo para que a Web 3 seja adotada em massa.

Educação

Outro desafio da web diz respeito à necessidade de se aprender modelos mentais diferentes dos usados ​​na Web 2. Isso também aconteceu quando houve a migração da Internet 1 para a que estamos agora.

No entanto, o desenvolvimento de técnicas para educar o público são vitais para seu sucesso, o que também pode fazer com que esse processo seja mais lento.

Acessibilidade

Em último lugar, outro desafio diz respeito à acessibilidade. Embora já existam recursos disponíveis de forma gratuita, o valor relativo às transações ainda não é acessível para todas as pessoas.

Ou seja, países mais ricos iriam migrar para a nova web com maior facilidade justamente por causa das altas taxas de transação. 

Algumas das criptomoedas estão resolvendo esse problema por meio de atualizações de rede e soluções de dimensionamento de camada.

As críticas à Web 3

As principais críticas que são repercutidas em relação à Web 3 dizem respeito ao fato da descentralização levantar riscos legais e regulatórios significativos. 

Isso acontece porque os crimes cibernéticos, as fakes news e crimes de ódio já são um problema em curso. Com uma estrutura descentralizada, a falta de monitoramento vai tornar esse combate ainda mais difícil.

Ou seja, uma rede descentralizada pode ser um entrave para tudo relativo à regulamentação e à fiscalização. 

Expectativas quanto ao futuro da Web 3

Ainda há muito o que ser feito para que a sociedade termine essa migração. Por essa razão, é importante lembrar que ela ainda não passa de uma proposta. 

Por essa razão, quanto melhor a infraestrutura que a suportará, melhor será o futuro da web. A grande expectativa é que, com ela, seja possível aumentar a usabilidade e a escalabilidade dos recursos.

E, para que a visão dessa nova modelagem de internet se torne real, mais pessoas vão ter que começar a explorá-la.

Quais impactos a Web 3 pode trazer para a indústria de varejo?

Para quem trabalha com o setor varejista, principalmente no varejo digital, entender os impactos da Web 3 dentro dessa indústria é importante. Alguns deles são:

  • necessidade de oferecer aos consumidores mais privacidade do que nunca, ou seja, maior controle sobre a experiência de compra;
  • oferecimento de novas maneiras para os varejistas se conectarem diretamente aos consumidores no lugar de terceiros;
  • construção de novas formas de valor de marca e atendimento ao cliente;
  • garantia de uma maior transparência no fornecimento e fabricação de produtos;
  • recompensa aos clientes compartilhando informações sobre suas compras.

A tecnologia como aliada para aumentar suas vendas

A internet tem uma relação direta com tecnologia, afinal, é uma solução nesse sentido. E, como você já deve imaginar, ela é um importante instrumento para aumentar sua vendas.

Independentemente dos canais futuros que estão reservados para as vendas, saber trabalhar com todos eles de forma integrada – os atuais e os que surgirão – é fundamental para atender aos anseios dos consumidores do século 21.

Neste sentido, a gestão baseada na omnicanalidade continua sendo uma premissa crucial que, munida de ferramentas tecnológicas, abre muitas oportunidades para os negócios.

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Conclusão

Como você viu, a Web 3 é um futuro que, embora não seja tão simples de ser implementado, precisa ser compreendido.

Desde a descentralização até as novas noções de propriedade, muita coisa deve mudar com essa reestruturação dentro da internet. No entanto, a preocupação em se comunicar de forma integrada com o cliente permanece como um item fundamental.

As tecnologias TOTVS para varejistas permitem a implementação de uma comunicação que fortalece o novo varejo.
E, se você gostou desse assunto, aproveite para ler também sobre o que é e como funciona um certificado digital para varejistas!

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