De acordo com a pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Medicina, o Brasil perdeu 7% dos leitos destinados a rede pública de saúde no período de 2010 a 2015, passando de 335.482 para 311.917. De acordo com o estudo, as maiores perdas foram para as especialidades de psiquiatria, obstetrícia, pediatria e cirurgia geral, além de que a oferta de leitos UTI também está abaixo da demanda.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma existem apenas 2,4 leitos para cada mil brasileiros nas redes pública e particular de saúde. O recomendado é 3 a 5 leitos para cada mil habitantes. Sabe-se que a média mundial é de 2,7 leitos para cada mil habitantes, e o Brasil, comparado a outros países tem indicadores piores.
Hoje um leito hospitalar vago é algo raro e por esse motivo fazer o gerenciamento dele se torna tão importante na rotina das instituições hospitalares. O processo agiliza as internações e possibilita maior dinamismo no atendimento.
Porém esta prática não é tão simples assim, o processo que se inicia na alta de um paciente e libera o leito para o time de higienização é repleto de pontos de risco, é necessário que a comunicação interna seja fluída, as equipes estejam engajadas.
Identificar e remover esses gargalos torna-se crucial para o desenvolvimento e é justificável para os hospitais investir em ferramentas inteligentes que os auxiliem no processo.
Para que a gestão eficiente de leitos seja uma realidade na sua instituição, seguir estes passos pode lhe ajudar:
1º Mapear todo o processo, identificando quais são seus gargalos.
2º Identificado os pontos nefrálgicos do seu processo, monte um plano de ação para minimizá-los ou até mesmo extingui-los.
3º Criar critérios para a liberação dos leitos das internações eletivas e não programadas, definição das prioridades, equipe responsável pelo processo e quantidade de cirurgia liberada para agendamento eletivo.
4º Se ainda não possui, crie um setor que gerencia a ocupação de leitos, isso poderá ser um grande aliado na implantação deste controle.
5º Mensure os tempos: antes de controlar os tempos devemos medi-los, então comece medindo o tempo de internação, tempo de higienização, tempo de liberação de alta.
6º Criar indicadores de desempenho a fim de tomada de decisão.
7º Implemente um sistema de gestão hospitalar que apoie no processo, a tecnologia pode ajuda-lo muito.