O mercado de seguros está passando por uma grande transformação com a chegada do Open Insurance.
Esse projeto está sendo desenvolvido pelo Banco Central do Brasil (BCB) em parceria com a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e o Conselho Monetário Nacional (CMN).
Você sabia que ele possui íntima relação com o Open Banking?
Para entendê-lo, é preciso começar com o básico: qual o conceito de Open Insurance? Como ele funciona? Ele traz benefícios a consumidores e empresas?
Vamos esclarecer todas essas dúvidas.
Acompanhe!
Qual o conceito de Open Insurance?
Open Insurance ou Sistema de Seguros Aberto é um modelo de negócio baseado na abertura e na interoperabilidade dos dados e serviços entre as instituições que atuam no mercado de seguros.
Na prática, os clientes podem autorizar o compartilhamento das suas informações com outras empresas do setor para ampliar as suas possibilidades de escolha e contratação de produtos e serviços de seguro.
O objetivo do Open Insurance no Brasil é, assim:
- promover uma maior concorrência, inovação e eficiência no mercado de seguros;
- oferecer aos consumidores mais transparência, conveniência e personalização nas suas relações com as seguradoras, corretoras, resseguradoras e outras entidades reguladas pelo CMN e pela SUSEP.
Como funciona o Open Insurance?
O projeto funciona por meio de APIs (Application Programming Interfaces).
Quer entender melhor essa relação íntima entre Open Insurance e API? Basta lembrar seu conceito: essas interfaces possibilitam a integração e a troca de dados e serviços entre sistemas distintos.
É exatamente isso que acontece no Sistema de Seguros Aberto, certo?
No entanto, para que ele funcione adequadamente, é necessário que haja um padrão técnico e regulatório predefinido que orientará a forma como essa troca acontecerá.
É ele que garante a segurança, a qualidade e a conformidade dos dados e serviços compartilhados.
E, claro, não pode faltar o consentimento expresso dos clientes para autorizar o compartilhamento das suas informações com as instituições de sua preferência.
Os pilares do Open Insurance
O Open Insurance no Brasil se baseia em três fundamentos:
- Novos modelos de negócios: a inovação e a experiência digital levam ao surgimento de novos modelos de negócios no mercado de seguros.
- Experiência Digital: a transformação digital no mercado de seguros e o uso de novas tecnologias facilita os processos para os corretores e aprimora a experiência digital dos usuários.
- Inovação aberta: com o compartilhamento dos dados, torna-se possível buscar novas soluções para as instituições envolvidas e novas formas de atender às necessidades e expectativas dos clientes, por meio de produtos e serviços diferenciados, customizados e competitivos.
E o que o Sistema de Seguros Aberto tem a ver com o Open Banking?
Qual a relação entre Open Insurance e Open Banking?
Open Insurance e Open Banking são projetos que possuem o mesmo objetivo: promover a transformação digital em determinados setores da sociedade. A diferença está na especificidade do Sistema de Seguros Aberto, que é voltado exclusivamente para o mercado de seguros.
Open Banking se refere ao sistema financeiro aberto, que permite o compartilhamento de dados e serviços entre instituições bancárias e não bancárias.
Os próprios clientes têm acesso aos seus dados bancários e podem permitir o compartilhamento dessas informações com outras instituições financeiras.
É basicamente o mesmo que ocorre no Sistema de Seguros Aberto, certo? A diferença é o mercado de atuação.
Vale pontuar que ambos dependem da criação de uma infraestrutura tecnológica baseada em APIs para possibilitar a integração e a comunicação entre as diferentes plataformas das instituições participantes.
Outro ponto interessante é que, quando falamos de Open Insurance, o cronograma ainda é algo a ser considerado, pois o projeto está em implementação.
As fases de implementação do Open Insurance no Brasil
O projeto do Banco Central em parceria com a SUSEP e o CMN possui o seguinte cronograma de implementação:
- Fase 1 (Open Data): de dezembro de 2021 a novembro de 2022. Compartilhamento de dados públicos sobre as instituições participantes, como produtos e serviços oferecidos, e canais de atendimento.
- Fase 2 (Compartilhamento de Dados Pessoais): de setembro de 2022 a junho de 2023. É a fase de compartilhamentos dos dados dos consumidores com as seguradoras.
- Fase 3 (Efetivação de Serviços): de março de 2023 a setembro de 2023. É a fase de acesso aos serviços pelos clientes, como contratação, modificações, resgate ou portabilidade, aviso de sinistro e outros.
Vantagens do Sistema de Seguros Aberto
O Sistema de Seguros Aberto traz diversas vantagens para os consumidores e as empresas que atuam no mercado de seguros. Veja algumas delas:
Personalização da oferta aos clientes
Com o Sistema de Seguros Aberto, as instituições participantes podem ter acesso a um maior volume e variedade de dados sobre os seus clientes potenciais ou atuais.
Ao conhecer melhor as suas preferências, necessidades e comportamentos, podem oferecer produtos e serviços mais adequados ao perfil e à demanda dos consumidores.
Por exemplo: uma seguradora pode usar os dados compartilhados por um cliente para oferecer um seguro auto com coberturas personalizadas ao seu modelo de carro, ao seu histórico de uso do veículo e ao seu perfil de risco.
Democratização do acesso a serviços de seguro
Este projeto possui duas características muito importantes:
- É centrado no consumidor, e ele dita as regras e pode aproveitar uma experiência facilitada;
- Promove cidadania financeira, pois, além do fácil acesso, aparecem novos consumidores que conseguem produtos adequados a preços compatíveis.
Isso traz uma enorme vantagem, que é a democratização do acesso a serviços de seguro.
Os clientes podem comparar preços, condições e qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelas diferentes instituições.
A maior concorrência promove a redução de custos no mercado de seguros, o que amplia as possibilidades para consumidores.
Segurança e automatização das transações
Imagine que uma pessoa contratou um seguro residencial. Diante de um sinistro, aciona a seguradora por meio de um aplicativo, enviando fotos e documentos digitalizados.
A empresa, então, verifica as informações e libera o pagamento da indenização de forma rápida e automática.
Isso se torna factível com o novo projeto do BC em parceria com a SUSEP.
As transações envolvendo produtos e serviços de seguro podem ser realizadas por meio de canais digitais, ágeis e integrados, tudo com segurança garantida.
A automatização facilita e agiliza também o processo de contratação, pagamento, renovação e cancelamento dos seguros.
Rapidez na emissão de avisos de sinistro
Como dito acima, os clientes podem emitir avisos de sinistro de forma mais rápida e fácil, por meio das APIs.
Isso pode reduzir a burocracia e o tempo de espera para a análise e a solução dos casos. Além disso, os clientes podem acompanhar o andamento dos seus processos em tempo real, por meio dos canais digitais.
Já pensou em acionar seu seguro por meio do chatbot de um aplicativo? Isso será possível!
Quais são os impactos dessa nova tecnologia no mercado?
O compartilhamento autorizado de dados entre as instituições de seguros traz impactos muito positivos para o mercado.
Os benefícios citados promovem maior satisfação e fidelização dos clientes, pois a transparência, a conveniência e a personalização entregam uma experiência mais positiva e satisfatória com as instituições de seguros.
A democratização do acesso fomenta uma atuação mais eficiente das empresas diante da maior competitividade.
A busca por soluções mais diferenciadas e customizadas para atender aos clientes vem junto com a redução de custos operacionais e o aumento de receitas e lucros.
Com tudo isso, podemos esperar maior inovação e colaboração no setor, pois as empresas buscarão oferecer produtos e serviços inovadores, competitivos e de valor agregado.
E para se adaptar a um projeto digital, a busca pela agilidade nas operações passa pela adoção de ferramentas que desburocratizam o serviço.
Uma delas é a assinatura eletrônica.
TOTVS Assinatura Eletrônica
Para que o Sistema de Seguros Aberto funcione adequadamente, é necessário que haja uma ferramenta que possibilite a assinatura eletrônica dos contratos envolvendo produtos e serviços de seguro.
O TOTVS Assinatura Eletrônica é uma ferramenta de gestão de assinaturas eletrônicas que garante a validade jurídica, a autenticidade, a integridade e a confiabilidade dos documentos assinados digitalmente.
De forma simples, rápida e segura, as instituições podem enviar contratos para outras pessoas assinarem online, sem precisar imprimir ou escanear nada.
Precisa assinar contratos envolvendo produtos e serviços de seguro com agilidade e praticidade? Conheça o TOTVS Assinatura Eletrônica!
Conclusão
O Open Insurance é uma nova tecnologia que promete revolucionar o mercado de seguros.
Ela funciona a partir das APIs que compõem a infraestrutura tecnológica que permite o compartilhamento de dados e serviços entre as plataformas das instituições participantes.
Como benefícios, ela oferece aos consumidores mais transparência, conveniência e personalização nas suas relações com as instituições de seguros.
Além disso, traz mais eficiência, competitividade e inovação para as empresas que atuam no setor.
Os impactos no mercado são, portanto, muito positivos e integram a jornada da transformação digital em curso.
Que tal continuar seu aprendizado sobre o tema e conhecer o que é, como funciona e os benefícios do Open Finance?
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