Transtainer é um equipamento essencial em operações portuárias e logísticas que demandam movimentação precisa e eficiente de contêineres, oferecendo mobilidade, versatilidade e redução da necessidade de manobras.
Esses equipamentos, também chamados de RTGs (Rubber-Tired Gantry) possibilitam a movimentação de cargas e containers em armazéns portuários, ferrovias e pátios de manobras.
Devido à combinação entre estrutura robusta e sistemas integrados de elevação e translação, um RTG consegue realizar operações com alto desempenho mesmo em espaços restritos.
Neste conteúdo, exploramos as características, aplicação, tipos e benefícios desses equipamentos nas operações logísticas, apresentando ao final uma dica para otimizar suas operações.
Continue lendo e saiba o que é, tipos e vantagens de um transtainer!
O que é um transtainer?
O transtainer é um equipamento de grande porte utilizado em terminais portuários, com o objetivo de realizar carregamento e o descarregamento de contêineres em pátios de armazenagem, movimentando-os de e para caminhões ou tratores de terminal.
Esse equipamento também é conhecido como RTG (Rubber-Tired Gantry) ou, em tradução livre, torre ou pórtico com pneus de borracha. Essencialmente, é estruturado como um guindaste, do tipo pórtico, com rodas infláveis que lhe conferem mobilidade em áreas amplas e pavimentadas.
Vale ressaltar que, considerando as suas características, esses equipamentos são considerados complexos, integrando sistemas mecânicos, eletrônicos, de automação e computação, exigindo cuidados específicos.
Quando e como deve ser utilizado um transtainer?
Um RTG deve ser utilizado em operações logísticas que envolvam a movimentação de contêineres em terminais portuários, retroportuários, ferroviários e em pátios de manobra.
Assim, é indicado quando há necessidade de agilidade na transferência de contêineres entre carretas e áreas de armazenamento, sem a exigência de grandes remoções nas pilhas.
Para realizar a movimentação, um RTG opera de maneira tridimensional, podendo içar, transladar e movimentar vertical e horizontalmente cargas pesadas, respeitando os limites do vão do equipamento e da altura de elevação.
Sua estrutura metálica e carro-guincho permitem a movimentação eficiente das cargas, mesmo em espaços restritos, otimizando o uso do terreno ao eliminar a necessidade de corredores de manobra.
Além disso, o RTG também apresenta vantagens operacionais como:
- Redução do número de manobras para acessar contêineres posicionados em locais menos acessíveis;
- Empilhamento e o carregamento direto em carretas, realizado de maneira facilitada;
- Versatilidade, podendo ser utilizado em docas secas, armazéns portuários, ferrovias e pátios de manobra.
No entanto, vale indicar que o uso adequado do transtainer depende de uma cuidadosa análise técnica do ambiente operacional, suas características de carga e as especificações de produtividade.
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Capacidade e características técnicas
Os transtainers são projetados com diferentes capacidades e especificações técnicas, dependendo das necessidades operacionais e das condições do local de uso. No entanto, todos seguem um padrão construtivo baseado em guindaste com rodas pneumáticas infláveis.
Em estudo conduzido na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, os RTGs apresentam 6 subsistemas, classificados de acordo com a norma FEM 1001. Esses subsistemas, em conjunto ou separadamente, trabalham de modo a assegurar a capacidade de movimentação.
| Descrição Técnica dos Transtainers | |
| Capacidade de empilhamento | Adaptável ao layout do terminal; depende das especificações do usuário. |
| Movimentação | Tridimensional (eixos X, Y e Z), com limites operacionais para evitar desgastes. |
| Subsistemas principais (FEM 1.001) | – Estrutura- Mecanismo de elevação- Mecanismo do carro- Mecanismo de translação- Estabilidade- Alimentação |
| Fonte de energia tradicional | Gerador a diesel (seguindo norma DIN VDE, fator de serviço de 76%). |
| Sistema alternativo | Eletrificação com barramentos (parte estática) e sapata pantográfica automatizada (parte móvel). |
| Automação | Controlador lógico programável (CLP) dedicado integrado ao sistema. |
| Manutenção e desempenho | Sistema elétrico reduz emissões, mas introduziu novas falhas; redução no MTBF após a eletrificação. |
FONTE: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2019)
Desse modo, os RTGs possuem a capacidade de movimentação tridimensional: içar verticalmente, transladar longitudinalmente e movimentar de maneira lateral. Estas ações, no entanto, são limitadas pelo vão do equipamento, comprimento do trilho e altura da elevação.
No entanto, alguns modelos atuais de transtainer integram tecnologias mecânicas, eletrônicas, de automação e computação, que permitem maior capacidade de manobra, assegurando alta produtividade em portos e armazéns.
Vantagens do uso do transtainer
Como vimos anteriormente, esses equipamentos apresentam um conjunto de vantagens operacionais, impactando positivamente na movimentação de containers em terminais intermodais e logísticos.
Neste sentido, uma das principais vantagens é a de eliminar a necessidade de corredores de manobra. Isso resulta em maior aproveitamento do espaço disponível e maior agilidade nos processos de empilhamento, armazenamento e carregamento.
Essencialmente, um RTG permite acessar diretamente containers que estejam posicionados abaixo ou atrás de outros, sem a necessidade de remoções adicionais, otimizando tempo e reduzindo a movimentação de carga.
Além disso, os RTGs podem ser empregados em diversos ambientes operacionais, como docas secas, armazéns portuários e ferroviários, ou pátios de manobra. Por apresentar alta mobilidade com pneus de borracha, também podem ser usados em áreas sem rede elétrica, utilizando geradores próprios.
Por fim, com seu uso adequado e conhecimento técnico de suas especificações, um transtainer proporciona ganho de produtividade, com operação segura e redução de erros ou riscos operacionais.
Em síntese:
- Elimina a necessidade de corredores de manobra, otimizando o uso do espaço;
- Aumenta a agilidade nos processos de empilhamento, armazenamento e carregamento;
- Permite acesso direto a contêineres posicionados abaixo ou atrás de outros, sem remoções adicionais;
- Reduz o tempo e a movimentação necessária para operações com contêineres;
- Pode ser utilizado em diversos ambientes: docas secas, armazéns portuários, ferroviários e pátios de manobra;
- Alta mobilidade devido ao uso de pneus de borracha, operando em locais sem rede elétrica.
- Pode ser alimentado por geradores próprios.
Tipos de transtainer e suas diferenças
De maneira ampla, os transtainers podem ser classificados em dois tipos principais: aqueles instalados sobre trilhos e os móveis, com pneus de borracha (RTGs).
O primeiro tipo opera sobre caminhos de rolamento fixos, sendo ideal para ambientes estruturados, como galpões ou docas secas. Já os RTGs, oferecem maior mobilidade graças ao uso de rodas pneumáticas, permitindo sua operação em grandes pátios externos.
Além disso, os RTGs podem operar com geradores ou sistemas de eletrificação e são compostos por subsistemas que garantem eficiência e segurança.
Vale ressaltar, como mencionado anteriormente, que a escolha entre os tipos depende das necessidades específicas do terminal e das condições físicas do local.
Integração e eficiência na logística com a TOTVS
Em operações logísticas que envolvem equipamentos complexos como os transtainers, a eficiência depende da capacidade técnica dos guindastes, assim como da integração entre processos de pátio, armazenagem e transporte.
Para garantir o pleno aproveitamento dessas operações é essencial contar com ferramentas de gestão digitalizadas e integradas.
A suíte logística da TOTVS é uma solução completa que otimiza a gestão de operações logísticas, desde a chegada da matéria-prima até a entrega do produto final. Com tecnologia moderna e intuitiva, atende embarcadores, transportadores e operadores logísticos, digitalizando processos e garantindo maior eficiência.
A solução inclui sistemas especializados que automatizam cada etapa da cadeia logística. O TOTVS Agendamentos permite configurar e gerenciar rotinas de inbound e outbound, otimizando o fluxo de envios e coletas. O TOTVS Checklist oferece roteiros de inspeção personalizados para garantir a conformidade e qualidade das operações.
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Conclusão
Adotar soluções e recursos que potencializam o desempenho das operações logísticas, como RTGs e softwares especializados, representa uma decisão estratégica para o aumento de produtividade e competitividade das empresas.
Assim, conhecer as possibilidades oferecidas por esses guindastes com alta capacidade permite a tomada de decisões técnicas mais assertivas, alinhadas aos requisitos operacionais de cada ambiente.
A conjunção de equipamentos físicos avançados e plataformas inteligentes de gestão, como as oferecidas por sistemas especializados, representa um passo importante para alcançar maior produtividade, confiabilidade e controle em toda a cadeia logística.
Portanto, esse alinhamento entre técnica, automação e estratégia operacional representa um caminho rico para operações mais ágeis, sustentáveis e competitivas. Gostou do artigo? Aproveite e conheça também as características das cargas conteinerizadas!
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