A gestão médica representa um conjunto de práticas e recursos que organizam e orientam os serviços de saúde por meio de processos estruturados, tecnologias adequadas e decisões baseadas em dados.
Assim, seu objetivo é garantir qualidade no cuidado, alinhando efetividade clínica, segurança, racionalidade no uso de recursos e foco no paciente.
Para que isso ocorra, a gestão deve envolver uma série de ações, conectando as áreas administrativa e clínica, promovendo padronização de processos, uso da informação e foco nas pessoas/pacientes.
Neste artigo, apresentamos o conceito, práticas e desafios da gestão de consultório, clínicas e hospitais, abordando as principais ferramentas que auxiliam a construção de serviços de saúde integrados e com eficácia.
Continue no artigo e tenha uma ótima leitura!
O que é gestão médica?
A gestão médica é definida como o conjunto de processos e tecnologias utilizadas na promoção da atenção à saúde de qualidade, tendo por base a eficiência, evidências científicas, segurança, princípios pró-vida e foco nas pessoas.
De acordo com pesquisadores do Hospital Sírio-Libanês (SP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a gestão e governança clínica se baseia em sete pilares essenciais: “efetividade clínica, auditoria clínica, gerenciamento de risco, uso da informação, educação e treinamento, gerenciamento de pessoas e envolvimento do paciente/público”.
Cada um dos fundamentos direciona à integração da gestão e do cuidado, tendo por objetivo o emprego de recursos, sistemas e processos direcionados à oferta de serviços de saúde de qualidade e atentos às necessidades das populações.
Quais são as vantagens de uma gestão médica eficiente?
Ao alinhar processos com base em evidências científicas, segurança e foco nas pessoas, a gestão de consultório e hospitais promove maior efetividade clínica e reduz falhas nos atendimentos.
Nesse sentido, a partir da centralização e do uso inteligente da informação, os fluxos tornam-se mais ágeis, permitindo auditorias constantes que facilitam o gerenciamento de riscos.
Isso significa que as decisões diretivas e de gestão são tomadas com base em dados reais, fortalecendo a governança clínica e oferta de serviços de saúde de qualidade.
Do mesmo modo, a digitalização e padronização de procedimentos também reduzem a possibilidade de erros ou não padronização dos atendimentos. Assim, otimiza-se o uso de recursos, reduz erros humanos e elimina retrabalhos.
Em paralelo, a automatização de tarefas operacionais, como agendamentos e confirmações, libera tempo das equipes para o cuidado direto ao paciente.
Considerando este conjunto de vantagens, as clínicas e hospitais passam a funcionar de maneira integrada, segura e sustentável; impactando positivamente profissionais, instituições e, sobretudo, os pacientes.
Portanto:
- Fluxos mais ágeis e auditáveis;
- Decisões baseadas em dados confiáveis;
- Governança clínica fortalecida e contínua;
- Redução de erros e retrabalhos;
- Uso otimizado de recursos disponíveis;
- Equipes focadas no cuidado ao paciente;
- Funcionamento integrado.
Quais são os desafios em sua implementação?
A gestão hospitalar, clínica ou médica apresenta desafios complexos e múltiplos, reflexo da diversidade de conhecimentos e práticas exigidos para a oferta de serviços de saúde.
Neste sentido, a Fundação Brasileira de Hospitais alerta que o profissional envolvido na gestão deve possuir um olhar sistêmico, ressaltando alguns dos desafios comumente enfrentados:
- Variabilidade e descentralização de processos, devido a não padronização;
- Ausência de sistemas ou procedimento de monitoramento de resultados;
- Ausência de foco na racionalidade dos recursos e custos;
- Estrutura e infraestrutura desatualizada;
- Não percepção do hospital/clínica como uma empresa.
Diante desse cenário, a implementação da gestão médica deve ser realizada por meio de ferramentas e tecnologias na saúde que promovam a integração, agilidade e controle necessários à oferta de serviços de qualidade.
Por exemplo, a digitalização de cadastros, prontuários e receituários reduz significativamente a variabilidade e descentralização de procedimentos, favorecendo a padronização e aquisição de maior eficiência gerencial.
Além disso, o emprego de recursos inteligentes na automatização de agendamentos, confirmação de consultas e organização de filas também concede ganhos operacionais expressivos, contribuindo para uma gestão atenta às demandas dos pacientes.
Por fim, para superar os desafios da implementação da gestão médica é necessário centralizar os dados clínicos e administrativos por meio do uso sistemático da informação, atendendo a um dos pilares da governança clínica.
Desafios na implementação | Soluções em tecnologia e gestão |
Variabilidade e descentralização de processos | Digitalização de cadastros, prontuários e receituários; padronização de fluxos via sistemas integrados |
Ausência de sistemas ou procedimentos de monitoramento de resultados | Geração de estatísticas detalhadas e relatórios automatizados; painéis de desempenho e indicadores clínico-administrativos |
Ausência de foco na racionalidade dos recursos e custos | Controle financeiro automatizado; integração de dados clínicos e administrativos para análise de custo-efetividade |
Estrutura e infraestrutura desatualizada | Plataformas digitais; eliminação do uso de papel e maior mobilidade no atendimento |
Não percepção do hospital/clínica como uma empresa | Ferramentas de gestão integradas com visão sistêmica; automatização de processos operacionais e administrativos |
Como colocar a gestão médica em prática
O gerenciamento de consultórios, clínicas e hospitais demanda a definição e padronização de processos por meio do uso inteligente e estratégico da informação.
1. Definição e padronização de processos;
2. Integração entre áreas administrativas e clínicas;
3. Digitalização de processos e informações;
4. Automatização de processos e tarefas operacionais;
5. Uso racional de recursos e integração de processos;
6. Foco no princípio pró-vida e qualidade do atendimento.
De modo que seja possível a interoperabilidade e eficiência, a gestão médica deve ser direcionada à redução da fragmentação entre as áreas (administrativa e clínica), adotando ferramentas que auxiliem a organização do atendimento, desde o primeiro contato do paciente.
Assim, a digitalização de processos e informações é essencial, para que o acesso seja rápido e facilitado, considerando histórico e comunicação entre profissionais, reduzindo erros e desorganização de documentos sensíveis.
Outra dimensão gerencial está relacionada à automatização de processos e tarefas, como agendamento, receituário ou organização de filas. Impactando, portanto, na otimização do tempo das equipes e na melhoria da experiência do paciente.
Nesse contexto, o cotidiano da gestão de consultórios, clínicas e hospitais se fundamenta no uso racional de recursos, na eficiência e integração de processos, tendo por norte o princípio pró-vida, a qualidade do serviço de saúde e a experiência do paciente.
[gestao-medica-pratica]Ferramentas e Tecnologias na Gestão Médica
Como vimos ao longo do artigo, a gestão médica demanda a adoção de soluções tecnológicas com capacidade de integrar processos clínicos e administrativos com eficiência, segurança e foco no paciente.
Neste sentido, a implementação de ferramentas digitais é fundamental para que os desafios possam ser superados.
A TOTVS possui o maior portfólio de soluções em tecnologia para o segmento da saúde, sendo a única empresa do mercado que garante o cumprimento das regulações do setor, inclusive a LGPD.
O conjunto de soluções da TOTVS oferece funcionalidades integradas, padronização de fluxos, automatização de tarefas e centralização de dados clínicos.
Por exemplo, contando com recursos com agendamento inteligente, receituário com apoio de IA, painel de chamadas, geração de relatórios e o cruzamento de informações clínicas e administrativas.
Conclusão
Neste artigo, você aprendeu sobre o conceito, características e importância da gestão médica como eixo fundamental para a oferta de serviços de saúde de qualidade, seguros e centrados no paciente.
Ao reunir tecnologias, processos padronizados e decisões orientadas por dados, a gestão é capaz de integrar as dimensões clínica e administrativa, promovendo fluxos ágeis, maior efetividade e redução de erros.
Embora enfrente desafios em sua implementação, a adoção de ferramentas tecnológicas representa uma estratégia essencial para a gestão de clínicas, consultórios e hospitais.
Portanto, o emprego de recursos como digitalização de documentos, automatização de tarefas operacionais e centralização de informações fortalece a governança clínica e proporcionam qualidade no serviço de saúde ofertado. Gostou do artigo? Aproveite e confira as 6 tendências do setor de saúde para 2025!
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