Gestão de equipamentos: tenha redução de custos e mais segurança

Desde os tempos de Barão de Mauá, quem deseja investir em indústria no Brasil enfrenta uma série de desafios. Alguns problemas do século XIX ainda afetam o setor, como a infraestrutura deficiente do país e políticas que aumentam a burocracia em cada etapa da produção, além da forte concorrência externa que pressiona a produção industrial …

Equipe TOTVS | 13 dezembro, 2018

Desde os tempos de Barão de Mauá, quem deseja investir em indústria no Brasil enfrenta uma série de desafios. Alguns problemas do século XIX ainda afetam o setor, como a infraestrutura deficiente do país e políticas que aumentam a burocracia em cada etapa da produção, além da forte concorrência externa que pressiona a produção industrial brasileira.

Um obstáculo que persiste é a dificuldade em investir em novos equipamentos e, assim, tornar a indústria mais competitiva e segura. O resultado é que temos um parque industrial envelhecido, ou seja, grande parte do setor ainda utiliza tecnologia de vinte anos atrás.

No entanto, uma boa prática de gestão auxilia para que esses mesmos equipamentos não apenas sejam produtivos por muitos anos, como também sejam seguros e não impactem de forma excessivamente negativa o seu caixa. Para que isso fique claro, listamos as vantagens de uma boa gestão de equipamentos industriais e como colocá-las em prática. Confira!

Entenda as vantagens da gestão de equipamentos

A gestão de equipamentos é a melhor forma de otimizar o aproveitamento da capacidade industrial instalada. Para isso, o funcionamento de cada máquina deve ser acompanhado por meio de métricas e índices de performance. Quando bem realizada, traz os benefícios que serão abordados a seguir.

Garantir a segurança dos funcionários

Garantir a segurança dos funcionários é uma obrigação legal e ética das empresas. Estar ciente de que os equipamentos industriais oferecem riscos que precisam ser considerados é o primeiro passo para atingir esse objetivo.

A gestão de equipamentos permite que a companhia detecte máquinas que possam apresentar defeitos perigosos, como vazamentos de fluídos, superaquecimento ou queda de peças, bem como visualizar a forma correta de manusear cada máquina.

Assim, a empresa identifica não apenas equipamentos que geram riscos elevados, mas também pode entender qual tipo de treinamento os funcionários devem receber para minimizar os problemas e quais tipos de equipamentos de proteção individual e coletiva precisam ser utilizados na fábrica.

Melhorar a qualidade da produção industrial

É praticamente impossível entregar produtos de excelência com um parque industrial deficiente. Máquinas que não recebem manutenção não conseguem ter a performance ideal e simplesmente entregam resultados de baixa qualidade.

Uma única máquina defeituosa, aliás, pode gerar o descarte de produtos ao mesmo tempo que diminui a velocidade de produção. No entanto, a boa gestão permite uma linha de produção mais confiável e previsível, melhorando as entregas da empresa e levando a uma melhoria da reputação junto aos clientes e parceiros.

Diminuir custos operacionais

As manutenções preventivas ou corretivas são uma realidade na indústria, justamente para garantir a qualidade da infraestrutura por longos períodos. Contudo, elas geram custos que, caso não controlados, podem colocar a própria longevidade da empresa em perigo.

Com a gestão de equipamentos, a organização consegue estabelecer rotinas de manutenção mais precisas, criar um calendário de paradas para consertos e calibragens que não prejudique a produtividade do negócio, além de afastar o risco de gastos referentes a acidentes, como o de indenização dos funcionários ou multas trabalhistas.

A gestão correta ainda pode proporcionar uma vida útil mais longa às ferramentas fabris: quando bem cuidadas, as máquinas podem ser eficientes por longos anos. Isso prova que pode ser mais barato e estratégico manter a infraestrutura atual funcionando com excelência do que ter que realizar novas compras de equipamentos de alto valor em períodos muito curtos.

Conheça as melhores práticas de gestão de equipamentos

Já deu para entender que cuidar das máquinas que fazem a indústria funcionar é, também, garantir a segurança das pessoas e a saúde do caixa do seu negócio. Para atingir esses objetivos, todavia, é preciso adotar práticas e ferramentas que qualifiquem a sua gestão de equipamentos. Confira as principais a seguir!

Capacite funcionários

Como falamos, uma boa gestão de equipamentos é essencial para afastar o risco de acidentes. Os funcionários, portanto, não são apenas beneficiados por esse tipo de política, como também são agentes ativos para que ela funcione.

Para que a sua equipe seja uma parceira, no entanto, ela precisa ser qualificada: treine os novos funcionários que terão contato direto com o maquinário, explicando o funcionamento cotidiano dos equipamentos, os riscos envolvidos no seu manuseio e as práticas corretas para evitá-los.

É importante que os funcionários antigos também recebam novos treinamentos de tempos em tempos, justamente para atualizá-los sobre essas técnicas de segurança, para garantir a longevidade do maquinário.

Tenha manuais de boas práticas

Além dos treinamentos, é importante que a empresa tenha uma política clara de gestão e uso de equipamentos industriais que deve ser cristalizada em documentos. Para tanto, a dica é produzir um manual para cada máquina, explicando o funcionamento, as boas práticas para evitar o desgaste acelerado e as ações de segurança específicas de determinado equipamento.

É crucial que os manuais sejam completos e tenham uma linguagem clara — diferente de manuais de instruções com linguagem técnica e excessivamente rebuscada. Utilizar ilustrações, gráficos e exemplos práticos do uso de equipamentos também é essencial para tornar o manual mais efetivo.

Por fim, lembre-se de entregar o guia de uso para os funcionários, realizar leituras conjuntas de tempos em tempos e procurar esclarecer dúvidas da equipe que possam surgir durante os encontros.

Utilize a tecnologia digital como aliada

O maquinário fabril é quase um estereótipo do que se entende por tecnologia aplicada aos negócios, já que estão no imaginário popular as linhas de produção no modelo fordista, com esteiras, braços mecânicos e outros tipos de robôs.

No século XXI, porém, as máquinas tradicionais também convivem com soluções digitais e, aqui, não se trata de uma competição, mas de complementação. Os exemplos ideais são os ERPs aplicados à indústria. Com eles, é possível listar todos os equipamentos no sistema e abastecê-lo com informações importantes sobre funcionamento, durabilidade e manutenção.

Ou seja, com uma simples consulta, é possível identificar quais máquinas passaram por um maior número de manutenção nos últimos meses e, examinando outros dados, entender se esse número de paradas para consertos causou perda real de produtividade e qual foi o impacto financeiro dessa queda.

A gestão de equipamentos correta beneficia a empresa, os funcionários e os clientes. Agora, você já sabe como colocá-la em prática, especialmente com a ajuda da tecnologia. O que acha de assinar a nossa newsletter para receber outros conteúdos relevantes sobre a indústria, tecnologia e ERP?

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