Se você é um usuário frequente de aplicativos de mensagem, certamente já viu a frase “suas conversas são protegidas com criptografia de ponta a ponta”. Mas o que significa isso?
É provável que você se lembre de que a criptografia é uma técnica de codificação de informações, certo?
Existem vários tipos de criptografia, e um dos mais seguros e populares é exatamente essa presente no WhatsApp e no Telegram, também chamada de “end-to-end encryption” (E2EE).
Vamos conhecê-la!
Afinal, o que é criptografia?
A criptografia é uma técnica que transforma dados em códigos secretos para dificultar ou impedir o acesso de pessoas não autorizadas. Ela é usada para proteger informações sensíveis ou confidenciais, como senhas, mensagens, documentos, transações financeiras etc.
Funciona com base em uma chave (conjunto de caracteres que codifica e decodifica os dados) e um algoritmo (sequência de regras matemáticas que define como a chave será aplicada aos dados).
Existem dois tipos básicos de criptografia: simétrica e assimétrica.
Criptografia simétrica
A criptografia simétrica, também conhecida como criptografia de chave única, é um dos métodos mais antigos e rápidos para cifrar e decifrar informações.
Nessa técnica, tanto o remetente quanto o receptor utilizam a mesma chave secreta para cifrar e decifrar os dados.
Essa chave deve ser compartilhada e mantida em segurança por todas as partes autorizadas, pois se cair nas mãos erradas, os dados protegidos poderão ser comprometidos.
A simplicidade desse tipo de criptografia a torna ideal para situações em que grandes volumes de dados precisam ser processados rapidamente.
No entanto, a gestão da chave pode se tornar complexa em sistemas com muitos usuários, uma vez que a chave precisa ser distribuída de forma segura para cada um deles.
Exemplos de algoritmos de criptografia simétrica incluem AES (Advanced Encryption Standard) e DES (Data Encryption Standard).
Criptografia assimétrica
A criptografia assimétrica, diferentemente da simétrica, utiliza um par de chaves para a cifragem e decifragem de dados. Estas chaves são conhecidas como chave pública e chave privada.
A chave pública pode ser compartilhada abertamente e é utilizada para cifrar os dados.
Por outro lado, a chave privada deve ser mantida em segurança pelo proprietário e é a única capaz de decifrar os dados cifrados pela sua chave pública correspondente.
Esse método é fundamental para garantir a segurança na troca de informações em ambientes não seguros como a internet, sendo a base para protocolos como o SSL/TLS, responsáveis pela segurança em transações online.
Este tipo de criptografia possibilita não só a proteção dos dados, mas também a autenticação e não repúdio, por meio de assinaturas digitais.
Algoritmos comuns de criptografia assimétrica incluem RSA, ECC (Elliptic Curve Cryptography) e DSA (Digital Signature Algorithm).
Feita a introdução, vamos ver agora o que é criptografia de ponta a ponta?
O que é criptografia de ponta a ponta?
A criptografia de ponta a ponta é um tipo de criptografia assimétrica que garante que os dados sejam codificados desde a origem até o destino, sem que nenhum intermediário possa interceptá-los ou modificá-los no meio do caminho.
Ou seja, apenas o emissor e o receptor podem ler os dados.
Sabe que tipo de criptografia o WhatsApp usa? É exatamente esse tipo de criptografia, pois é considerada uma das formas mais seguras de proteger as informações na internet.
Ela evita que hackers, governos ou empresas possam violar a privacidade e a segurança dos usuários.
Como funciona a criptografia de ponta a ponta?
O melhor jeito de entender como funciona a criptografia de ponta a ponta é pensando nas etapas da codificação:
- O emissor gera uma chave pública e uma chave privada, e envia a sua chave pública para o receptor;
- O receptor gera uma chave pública e uma chave privada, e envia a sua chave pública para o emissor;
- O emissor codifica os dados com a sua chave privada e com a chave pública do receptor;
- Na sequência, ele envia os dados codificados para o receptor;
- O receptor decodifica os dados com a sua chave privada e com a chave pública do emissor.
Se você utiliza um serviço de nuvem protegido com a criptografia de ponta a ponta, pode ficar tranquilo. Apenas o emissor e o receptor podem ler os dados, pois são os únicos que possuem as chaves privadas correspondentes.
Onde esse tipo de criptografia é usada?
A criptografia de ponta a ponta é usada em diversos serviços e aplicações na internet, como:
- E-mails: serviços como Gmail, ProtonMail, Outlook e Tutanota usam esse tipo de criptografia assimétrica em pelo menos uma de suas versões para proteger os e-mails dos usuários;
- Compartilhamento e armazenamento de arquivos: ferramentas como NordLocker utilizam esse sistema de codificação para que os usuários possam guardar e compartilhar arquivos na internet;
- Mensageiros instantâneos: aplicativos como WhatsApp, Telegram e Signal usam a criptografia end-to-end para proteger as conversas dos usuários, incluindo textos, áudios, vídeos, fotos e documentos;
- Transações financeiras: os serviços e aplicativos de pagamento digital utilizam esse tipo de criptografia para proteger as trocas monetárias em suas plataformas e garantir a confidencialidade e a integridade das transações;
- Internet das Coisas (IoT): existem sensores industriais e aparelhos domésticos inteligentes protegidos com a criptografia de ponta a ponta, de modo a proteger os dados transmitidos entre os dispositivos conectados à rede contra acesso não autorizado.
Os prós e contras desse método de criptografia
O uso dessa técnica de codificação assimétrica traz muitas vantagens para os usuários, como maior segurança, privacidade e confiança.
Isso porque evita que os dados, acessíveis apenas pelo emissor e pelo receptor, sejam alvo de ataques de hackers, espionagem, censura ou roubo de identidade. Eles são, portanto, transmitidos sem alterações ou adulterações.
Porém, há desafios relevantes, como:
- Backups desprotegidos: nem todos os sistemas criptografam seus dados de backup;
- Maior responsabilidade para o usuário: ele deve gerenciar suas chaves privadas e senhas;
- Menor compatibilidade: os dados são compatíveis apenas com os serviços ou aplicações que usam o mesmo método;
- Maior complexidade: apresenta algoritmos sofisticados e demanda mais recursos computacionais e tempo de processamento.
É seguro usar a criptografia de ponta a ponta?
Sim. Esse é um método seguro de proteger as informações na internet, mas não é infalível.
Ele depende da qualidade dos algoritmos, das chaves e dos dispositivos usados pelos usuários. Se algum desses elementos for comprometido, os dados podem ser vulneráveis ou inacessíveis.
Por isso, é importante proteger as chaves privadas e as senhas com cuidado, escolher serviços ou aplicações confiáveis e transparentes, e adotar outras boas práticas de segurança.
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Conclusão
A criptografia de ponta a ponta é um método de proteção de dados que garante que os dados sejam codificados desde a origem até o destino, sem que ninguém possa acessá-los no meio do caminho.
Ela é usada em diversos serviços e aplicações na internet, como mensageiros instantâneos e e-mails.
Apesar de oferecer vantagens como maior segurança e privacidade, também apresenta desafios como maior complexidade e responsabilidade.
Por isso, é importante tomar algumas precauções ao utilizá-la e adotar outras ferramentas seguras na rotina empresarial.
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