Administração de shopping: pilares e práticas essenciais

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Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 10 junho, 2025

A administração de shopping representa uma atividade estratégica e multidimensional, tendo por objetivo garantir a rentabilidade, a atratividade e a funcionalidade do empreendimento em um ambiente altamente dinâmico.

O sucesso da operação depende da articulação de diferentes frentes, que atuam de forma interdependente de modo a possibilitar a competitividade do shopping center no mercado varejista.

No entanto, para ser realizada de maneira efetiva e estratégica, a administração de shopping centers deve estar atenta tanto às características e demandas, assim como aos seus desafios e soluções.

Neste artigo, analisamos os pilares fundamentais da gestão, explorando os principais desafios enfrentados pelos gestores e destacando o papel das soluções digitais no aprimoramento da administração de shopping centers.

Continue no artigo e tenha uma ótima leitura!

Quais são os pilares da administração de um shopping?

A gestão e administração de shopping centers é uma atividade que envolve diversas áreas, articulando-as de modo que seja garantida a competitividade, desempenho financeiros e sustentabilidade do empreendimento.

Dentre os principais pilares deste processo, destacam-se:

PilarFunçãoCaracterísticas
Gestão FinanceiraSustentação econômica do shoppingCoordenação entre receitas sazonais e custos fixos; impacto na taxa de vacância.
Relacionamento com LojistasManutenção da ocupação e parceria comercialQualidade da comunicação, suporte operacional, confiança dos lojistas (expansão da ABL).
MarketingAtração e fidelização do públicoPlanejamento sazonal, integração com lojistas, desempenho em vendas.
FacilitiesGestão da infraestrutura e serviçosInfluência na experiência do cliente; automação aumenta eficiência e valoriza o ativo.
Controle OperacionalGestão cotidiana das operações internasAdministração de fluxos e logística; conformidade legal; uso de tecnologia para mitigar riscos

Compreender estes âmbitos é crucial à gestão, empregando uma abordagem integrativa, multidimensional e capaz de responder às exigências do mercado varejistas, assim como às mudanças no comportamento do consumidor atual.

Confira a seguir a caracterização e análise de cada um dos pilares da administração de shopping centers.

Gestão financeira

O primeiro pilar da administração de shopping é a gestão financeira, representando o alicerce da sustentabilidade econômica do empreendimento.

Portanto, é fundamental à administração compreender a natureza dos custos fixos em relação à sazonalidade do comércio, avaliando: segurança, manutenção, limpeza, serviços administrativos, mão de obra e publicidade, por exemplo.

Neste sentido, a administração precisa ser capaz de coordenar as receitas dos períodos de pico e baixa para garantir a cobertura desses custos contínuos.

Este aspecto é ressaltado em estudo publicado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE). De acordo com a autora, Luciana Mota Tomé:

O movimento nos shoppings possui períodos de maior demanda, impulsionados por datas comemorativas que impactam diretamente o comércio varejista […] as administradoras têm que coordenar as receitas dos períodos de pico e de compressão do comércio, para cobrir os custos que são contínuos”.

Vale ressaltar que a eficácia dessa coordenação influencia diretamente a taxa de vacância e a atratividade do shopping para novos lojistas e investidores.

Relacionamento com lojistas

Outro pilar estratégico da administração de shoppings é o relacionamento com os lojistas, especialmente na qualidade da comunicação e o suporte às operações, contribuindo diretamente para a redução de rotatividade e para a manutenção da taxa de ocupação.

Considerando os dados recentes do Censo Brasileiro de Shopping Centers, publicados pela ABRASCE, observa-se um crescimento no número de lojas e a expansão da ABL (Área Bruta Locável). Ou seja, representando a confiança dos lojistas na gestão do empreendimento.

Por este aspecto, a gestão deve compreender que o lojista é simultaneamente cliente e parceiro do shopping. Portanto, a sua satisfação depende de fatores como eficiência nos serviços de apoio, gestão de clientes, transparência nos contratos e participação em ações promocionais.

Marketing

O marketing direcionado ao segmento de shopping centers vai além da função promocional e assume um papel estratégico de atração e fidelização de público.

Um dos pontos de atenção é a sazonalidade das vendas, marcada por datas como Natal, Dia das Mães e Black Friday. Neste cenário, espera-se o planejamento antecipado de campanhas, integração com os lojistas e inovação nas abordagens de relacionamento com o consumidor.

Por exemplo, avaliando o desempenho de nove segmentos varejistas na Black Friday de 2024, a FecomercioSP registrou uma média de crescimento de 11% em comparação com novembro de 2023, sendo a maior alta registrada no setor de vestuário (20,7%).

Ou seja, evidenciando o impacto direto e mensurável das ações promocionais estruturadas sobre o desempenho comercial do setor varejista e, de maneira correlata, dos shoppings.

No entanto, vale lembrar que os indicadores de desempenho do marketing não devem se restringir à mensuração do crescimento em vendas ou fluxo de visitantes, mas também considerar métricas como engajamento digital.

Facilities

Por sua vez, o pilar administrativo de facilities contempla a gestão dos serviços e estruturas físicas que possibilitam as operações diárias do shopping, como a segurança, limpeza, climatização, paisagismo e manutenção predial.

Especialmente sobre este âmbito gerencial, a qualidade e a eficiência dos serviços impactam diretamente a percepção do cliente quanto à experiência de compra, conforto e segurança, podendo resultar em maior tempo médio de permanência.

Vale ressaltar que a adoção de tecnologias e sistemas de automação pode elevar a eficiência dos processos de manutenção e segurança, contribuindo para o controle de custos e a valorização do ativo imobiliário.

  • Gestão de serviços e estruturas físicas;
  • Impacto direto na experiência do cliente;
  • Aumento do tempo médio de permanência;
  • Qualidade dos serviços influencia conforto e segurança;
  • Automação eleva a eficiência dos processos;
  • Tecnologias ajudam no controle de custos;

Controle operacional

Por fim, o controle operacional representa mais um dos pilares da administração de shoppings, representando a gestão cotidiana dos processos internos que asseguram a integridade e funcionalidade do shopping, de maneira interdependente.

Essa dimensão envolve desde a administração do fluxo de pessoas e veículos, supervisão da logística de abastecimento das lojas, até o cumprimento das normas regulatórias e ambientais.

Além disso, estabelecer práticas e adotar recursos tecnológicos é essencial ao controle operacional, de modo a mitigar os riscos e atender plenamente aos padrões estabelecidos no planejamento estratégico.

  • Garante integridade e funcionalidade operacional;
  • Conformidade e cumprimento de normas regulatórias;
  • Mitiga riscos e cumpre planejamento estratégico.

Principais desafios em lidar com múltiplas frentes

Como vimos anteriormente, a administração de shopping centers representa, por sua própria natureza, uma operação multifacetada e de significativa complexidade.

Posicionado ao centro deste contexto de múltiplas frentes está o gestor, responsável pela manutenção da fluidez das operações, garantindo transparência, produtividade e eficiência em cada um dos processos.

Por vezes, este cenário é atravessado por desafios, como a falta de integração de dados, a descentralização das tarefas ou a ausência de processos digitais ágeis. A seguir, abordamos os principais desafios, indicando suas características e impactos na gestão.

Integração de dados

No contexto da administração de shopping centers é necessário compreender que cada lojista representa uma unidade operacional independente; isto é, com contratos, faturamento, pagamentos e cláusulas específicas.

Neste sentido, quando essas informações estão fragmentadas entre diferentes recursos, planilhas, sistemas isolados ou documentos físicos, o resultado é a perda de visibilidade sobre as operações administrativas.

Sem uma plataforma que integre os dados de contratos, cobranças, inadimplência, fundos promocionais e receitas complementares, as decisões estratégicas tornam-se mais lentas e, consequentemente, sujeitas a erros. Por exemplo:

  • Retrabalho e inconsistência nos relatórios;
  • Dificuldade na consolidação dos indicadores de performance;
  • Falhas de comunicação entre os departamentos;
  • Redução da possibilidade de ações coordenadas.

Por isso, em ambientes de alta rotatividade e dinamismo como os shopping centers, operar com dados descentralizados é abrir margem para riscos operacionais, atrasos em obrigações e perda de oportunidades comerciais.

Centralização de tarefas

Outro desafio na administração de shoppings é a capacidade de acompanhamento diários de uma série de processos, por exemplo, desde o controle de contrato até a cobrança de aluguéis.

Quando essas tarefas são conduzidas de manualmente, em sistemas isolados e não integrados, há uma maior exposição a cenários de perda de produtividade e falha humanas em processos críticos.

Essa realidade pode criar:

  • Gargalos administrativos;
  • Erros no atendimento ao lojista
  • Redução da autonomia do cliente;
  • Sobrecarga de colaboradores;
  • Perda de rastreabilidade e conformidade fiscal;
  • Perda de potencial estratégico.

Portanto, considerando o ambiente dinâmico dos shoppings e sua demanda por uma abordagem de gestão articulada em múltiplas frentes, a centralização das rotinas representa uma necessidade operacional.

Digitalização dos processos

Por fim, outro desafio é a ausência de processos digitalizados nas rotinas operacionais, implicando na dependência de tarefas manuais que consomem tempo, reduzem produtividade, aumentam riscos operacionais e dificultam o acesso à informação.

Por exemplo, quando os processos essenciais como os de cobrança, faturamento, controle contratual e acompanhamento de metas são realizados sem o apoio de soluções digitais, perde-se a agilidade necessária para lidar com a complexidade do ambiente comercial.

A ausência de uma interface digital acessível aos gestores e lojistas também limita a transparência e a autonomia dos envolvidos.

Neste cenário, os relatórios precisam ser solicitados à equipe administrativa, atualizações de status de cobrança são informadas por vezes com atraso; aspectos que conduz a uma comunicação dispersa, como e-mails, telefonemas ou mensagens avulsas.

Outros aspectos negativamente impactados pela ausência de processos digitalizados:  

  • Análise de tendências de consumo;
  • Sazonalidade de vendas;
  • Rentabilidade por setor;  
  • Desempenho de campanhas.

Módulo de Shopping Center do TOTVS Construção Gestão de Imóveis

A TOTVS oferece uma solução completa e especializada para a administração de shopping centers, com foco na gestão de imóveis e contratos comerciais.

A plataforma centraliza informações críticas, de maneira totalmente integrada, abarcando a gestão de aluguel fixo, percentual e complementar, com total controle sobre os CTOs, faixas de cobrança, valores mínimos e faturamento composto.

O sistema da TOTVS também automatiza o cálculo do aluguel complementar com base no faturamento informado pelos lojistas, por meio do Portal do Faturamento Diário, totalmente integrado ao contrato.

Além disso, você realiza a cobrança do fundo promocional com regras customizáveis de reajuste e aplicação e, com o Mapa de Cobrança, visualiza de forma clara e centralizada todas as receitas do shopping, facilitando o fechamento mensal.

Com a TOTVS, os gestores ganham mais transparência, rastreabilidade e inteligência operacional, elementos essenciais para maximizar a rentabilidade dos ativos imobiliários e garantir a atratividade do shopping para lojistas e consumidores.

Saiba mais sobre o módulo de Shopping Center do TOTVS Construção  Gestão de Imóveis!

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu sobre as práticas, pilares e recursos utilizados na administração de shopping center, compreendendo a importância da gestão financeira, relacionamento com lojistas, marketing, facilities e controle operacional.

Como vimos, cada um desses elementos desempenha um papel essencial na administração, garantindo o desempenho econômico, a atratividade comercial e a eficiência do empreendimento.

Além disso, também discutimos os principais desafios enfrentados pelos gestores ao lidar com múltiplas frentes de operação e as soluções para a total integração de dados, centralização de tarefas e a digitalização dos processos administrativos.

Portanto, considerando este cenário dinâmico e multidimensional, é crucial a implementação de soluções que promovam a automatização, a rastreabilidade e a visão integrada da gestão.

Gostou do artigo? Aproveite e aprofunde seus conhecimentos em gestão de risco financeiro!

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