A IA está transformando os negócios: não há motivos para negar, nem desculpas para não se adaptar

Equipe TOTVS | 26 fevereiro, 2024

Nos últimos tempos, a Inteligência Artificial Generativa dominou os debates sobre tecnologia, sociedade e negócios em todo o mundo. Não há quem esteja por dentro das novidades e não tenha discutido ou pelo menos escutado sobre “as IAs”.

Já é quase que um fato: com o passar do tempo a IA entra na nossa realidade em um nível de naturalidade que se aproxima do que o smartphone — item que um dia foi uma grande novidade do momento! — é hoje.

Então, se isso é verdade para as pessoas e seu cotidiano, é também uma verdade para as empresas e suas atividades.

Para entender melhor sobre essa inteligência e o seu poder de transformação, convidamos Dennis Herszkowicz, presidente da TOTVS, para falar sobre o assunto, a partir da sua visão especialista.

Tenha uma excelente leitura!

Um panorama da IA e sua evolução nos últimos anos

“Apesar desse protagonismo ascendente nos últimos anos, a IA não é exatamente uma moda ou novidade”, explica Dennis.

A ideia de uma máquina inteligente que pudesse pensar e agir como um ser humano remonta a séculos atrás. 

Mas, ainda que seja difícil determinar um marco específico de seu surgimento, o desenvolvimento mais concreto dessa tecnologia começou em meados da década de 1950.

A evolução da IA ao longo dos anos foi marcada por diferentes abordagens e tecnologias. 

Durante muito tempo, a técnica mais utilizada foi a programação por regras, em que era necessário fornecer ao computador todas as informações necessárias para a tomada de decisões.

Com o avanço da tecnologia, a aprendizagem de máquina se tornou uma protagonista, em que a máquina é capaz de aprender a partir de dados fornecidos

E uma coisa é inegável: os avanços dos dois últimos anos e o aumento da capacidade computacional potencializou seu avanço, nos trazendo ao cenário de hoje e criando perspectivas mais concretas para o futuro.

A IA representa uma fronteira instigante com potencial para impulsionar a inovação em praticamente todos os setores, mas também traz desafios que devem ser gerenciados com cautela.

Empresas líderes, têm integrado a IA em suas operações para otimizar processos, melhorar a tomada de decisões e oferecer experiências personalizadas aos usuários. 

Na visão do presidente da TOTVS, sem deixar de reconhecer as dificuldades, as oportunidades que essa tecnologia oferece para os negócios são enormes — especialmente para as relações corporativas e econômicas. 

E já há exemplos de impactos reais e mensuráveis para sustentar essa visão.

Os impactos da IA generativa

A IA generativa tem capacidade para criar coisas novas: textos, imagens, vídeos, música e mais qualquer coisa que seja. É a possibilidade de produção personalizada em grande escala.

Um estudo feito por três pesquisadores das renomadas universidades de Stanford e do MIT, e publicado pela instituição National Bureau of Economic Research, avaliou o uso de IA Generativa por mais de 5 mil atendentes do Serviço ao Consumidor de uma empresa privada. 

De maneira geral, a produtividade dos trabalhadores cresceu 14%. Mas, o que chama mais atenção é o dado em relação ao impacto da produtividade dos profissionais com menos experiência. Nesse caso, o número aumenta consideravelmente e chega a 35%. 

“Esse resultado comprova o enorme potencial da IA generativa, impactando principalmente a capacidade de produção das empresas, nas tomadas de decisões e estratégias de negócio”, avalia Dennis.

É natural que junto às grandes mudanças venham também as incertezas. “Sempre foi assim quando falamos em inovação, em especial no caso dessas que rompem paradigmas”, reforça.

Para ele, os temores e dúvidas a respeito do uso indiscriminado da IA também são necessários.

“Há uma razão verdadeira para isso, afinal, todos já vimos exemplos surpreendentes do que as ferramentas mais populares são capazes de gerar. No entanto, eu faço parte daquele grupo que enxerga o copo meio cheio, com muito mais otimismo do que receio”, explica.

Assim, há espaço para um debate sobre privacidade, ética e viés algorítmico. Isso vai levar ao desenvolvimento de abordagens mais responsáveis e transparentes na construção de sistemas de IA, incluindo técnicas de aprendizado federado e IA explicável.

Os caminhos do mercado corporativo

Olhar para o futuro com vistas do presente é o que faz com que fique claro algo que já está para Dennis: o papel das empresas no front da inovação é fomentar discussões qualificadas quanto a seu uso e impacto na sociedade e na economia como um todo.

“Qual é a melhor maneira de se aplicar? Como utilizar? Quais são os limites?” Aqui, a palavra colaboração é valiosa, pois traduz o caminho para evitar o crescimento dos abismos de desigualdade.

“Governo, empresas e representantes da sociedade civil precisam ouvir e serem ouvidos para que a nova geração da Inteligência Artificial seja desenvolvida para trazer o máximo de benefícios possíveis a todos esses stakeholders sem privilegiar um lado a outro”, comenta.

O apoio de ferramentas de IA, seja para geração de conteúdo, automatização de processos ou simulação de cenários, já é realidade  e deve evoluir mais no sentido de aumentar a produtividade das empresas do que de eventualmente substituir empregos.

“Para o mercado corporativo, especialmente, acredito que essa discussão tende a ser até menos complexa. Quando olhamos para fornecedores de tecnologia B2B, posso falar com propriedade que a Inteligência Artificial é vista como um componente fundamental”, esclarece.

É ela que ajuda a criar plataformas ainda mais avançadas e que tornam a operação de diversas empresas melhor e mais eficiente. 

Isso tende a mudar o ponteiro da competitividade dos negócios — tanto para quem desenvolve tecnologia e para quem consome — e do próprio país. 

“E sem deixar de lado todas as questões que regulamentam a privacidade e o uso de dados, que são o insumo definitivo para uma boa aplicação de IA”, reforça o presidente da TOTVS.

Finalmente, a evolução natural dessa tecnologia passa também por uma reavaliação do papel de cada elo na cadeia. 

O profissional que atua diretamente na gestão do negócio precisa entender que sua função vai passar a ser muito mais analítica e estratégica, a partir do momento que ele usa uma ferramenta que traz tantas informações ricas sobre a empresa. 

“Da mesma forma, um fornecedor precisa ter em mente que é preciso entregar serviços e produtos ainda mais customizados e com olhar mais atento para as necessidades do cliente, com auxílio do que a IA pode oferecer”, explica.

Conclusão

Dennis deixa claro que a Inteligência Artificial Generativa não vai eliminar a necessidade de uma pessoa capacitada analisar informações e tomar decisões. 

“O olhar e sensibilidade humana é e seguirá imprescindível. Porém, ela já é uma ferramenta útil para determinadas tarefas e, conforme for aprimorada, será ainda mais transformadora”, reforça.

No final das contas, não é uma questão de se, mas de quando sua empresa irá investir de forma mais contundente em IA para estar melhor adaptada a essa realidade. 

E se esse processo não começar agora, talvez, em breve, seja tarde demais.

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