Em um momento decisivo para o futuro do planeta, a COP30 representa uma verdadeira arena global de discussões sobre emergência climática, reunindo especialistas e lideranças em busca de soluções urgentes.
A edição de 2025 da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas ocorrerá em Belém (PA), dispondo o Brasil como centro do debate ambiental.
Com metas ambiciosas, a conferência de 2025 tem por objetivo reforçar os acordos anteriores e definir novas ações multilaterais. Assim, exigindo inovação e adaptação em diversos setores econômicos e na administração pública.
Neste guia, exploramos as principais diretrizes da conferência, sua importância para o Brasil, empresas e a sociedade, tendo em vista um horizonte de sustentabilidade no século XXI.
Continue e saiba mais!

O que é a COP30?
A COP, ou Conferência das Partes, é um evento promovido regularmente pelas Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas.
Realizada anualmente, a conferência reúne cientistas, pesquisadores, ativistas da causa ambiental e líderes mundiais, tendo por objetivo debater e refletir medidas de combate ao aquecimento global e desenvolvimento de novas estratégias em sustentabilidade econômica.
Ao longo dos encontros e debates, acordos multilaterais são traçados de modo a atender às metas e objetivos de combate às alterações climáticas definidas coletivamente.
Em recente relatório, datado de 2023, a ONU definiu as principais linhas de atuação e auxílio aos 195 países participantes e signatários dos acordos ambientais:
- Conter o aumento da temperatura média global ao longo do século XXI, não ultrapassando a marca de 1,5o C;
- Fomentar a resiliência climática e proporcionar financiamento aos países vulneráveis;
- Compromisso dos países participantes com a redução da emissão de gases poluentes, em justa transição à energia limpa e renovável;
- Promover mecanismos de controle aos países participantes, de modo a incentivar ações de combate às alterações climáticas.
Quando e onde acontece a COP30?
No ano de 2025, o Brasil sedia a 30a edição da COP na cidade de Belém, no Pará. O calendário inclui preparativos e encontros entre maio e novembro:
- 19/05 a 23/05: Semana do Clima UNFCCC 1o semestre
- 16/06 a 26/06: 62ª Sessão dos Órgãos Subsidiários da UNFCCC em Bonn, Alemanha
- Data aberta: Pré-COP (Brasil)
- 06/11 a 07/11: Cúpula de Líderes em Belém (PA)
- 10/11 a 21/11: 30a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
As discussões serão divulgadas em canais oficiais do evento e pela imprensa parceira, além de noticiadas ao vivo em plataformas digitais do governo federal.
Qual a importância da COP30 para o Brasil?
A edição de 2025 marca um novo capítulo na trajetória da ONU e seus membros participantes no combate às alterações climáticas.
Em carta aberta, o Embaixador André Correa do Lago, Presidente-Designado da COP30, ressaltou que o encontro em Belém marca os esforços de décadas de debate público e amplo: 20 anos do Protocolo de Quioto e 10 anos do Acordo de Paris.
“Muito foi aprendido ao longo das três décadas de nosso regime multilateral. Entre conquistas e impasses, a UNFCCC [UN Framework Convention on Climate Change] tem sido um espelho das maiores qualidades e limitações da humanidade, mostrando como nossas sociedades, economias e políticas deveriam funcionar – e como elas funcionam na prática.”
Desse modo, debater avanços e limitações em solo brasileiro, em capital amazônica cercada de biodiversidade e desafios, representa o compromisso da diplomacia brasileira e do Estado em coordenar ações e apresentar-se como líder em ações ambientais, sociais e de governança.
Preparativos do Brasil para sediar a COP30
Ao sediar o evento, o governo brasileiro comprometeu-se em ofertar infraestrutura necessária em hotelaria, segurança pública, saúde, logística e planejamentos estratégicos.
Em janeiro de 2025, Belém (PA) foi palco de uma inspeção conduzida por missão oficial da ONU para avaliar os preparativos e auxiliar os governos federal, estadual e municipal nos preparativos.
O cenário identificado e os resultados apontados pela Secretaria-executiva adjunta das ONU, Noura Hamladji, são positivos e indicam o potencial sucesso da 30a conferência para o clima no Brasil.
No entanto, como reportado pela BBC, as atuais políticas ambientais brasileiras não representam exemplos globais.
Os investimentos em infraestrutura de transporte na Amazônia e os subsídios federais à exploração de áreas para plantio de soja impactam negativamente a proposta do Brasil em liderar os avanços da COP de 2025.
Principais temas, propostas e impactos setoriais da COP30
Ao longo da conferência, integrantes das comissões de cada país participantes debaterão aspectos relacionados à:
- Redução de emissões de gases de efeito estufa;
- Adaptação às mudanças climáticas;
- Financiamento climático para países em desenvolvimento;
- Tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono;
- Preservação de florestas e biodiversidade;
- Justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.
Desse modo, se alinhando às metas e planos da ONU acerca do combate ao aquecimento global e mudanças no clima, englobando aspectos desde econômicos (como a redução de gases poluentes) até sociais (impactos nas populações mais vulneráveis).
Os temas, portanto, apresentam transversalidades que abarcam processos produtivos industriais, desenvolvimento urbano e infraestrutura, transparências e governança na administração pública, além do financiamento a novas tecnologias e processos.
Impactos práticos nos negócios
As metas e objetivos da ONU no combate às alterações climáticas representam ações intersetoriais, abarcando alterações e adaptações tanto na indústria, quanto no comércio e serviços.
Por exemplo, no setor industrial, a redução na emissão de gases estufa apresentará um novo estádio, incentivado pelas discussões. Portanto, espera-se aumento na procura por tecnologias e soluções em energias renováveis e limpas.
Já para o comércio, aspectos de logística reversa e rastreabilidade de produtos será impactada. Neste sentido, cadeia complexas, como as de distribuidoras ou atacadistas serão convidados à implementação de novas tecnologias.
Por fim, considerando os serviços, as metas da ONU direcionam às práticas de compensação ou neutralidade de pegada de carbono. Assim, incentivando empresas de diversos nichos na implementação de soluções inteligentes e ambientalmente alinhadas.
COP30 e o futuro da sustentabilidade empresarial: Gestão ESG TOTVS by Deep
Em um cenário onde sustentabilidade se torna critério estratégico para negócios resilientes, empresas são cada vez mais cobradas por transparência, responsabilidade e inovação em sua atuação ambiental, social e de governança (ESG).
Nesse contexto, a solução TOTVS Gestão ESG by Deep representa uma ferramenta indispensável.
Integrada ao ERP, a plataforma automatiza e centraliza indicadores ESG, garantindo dados confiáveis e conformidade com os principais padrões de mercado.
Por meio de dashboards inteligentes, módulos de emissão de carbono, coletas precisas e relatórios auditáveis, a solução oferece suporte real à transformação sustentável das empresas.
Alinhar-se aos compromissos da COP30 é mais do que aderir a uma tendência — é garantir competitividade e reputação em um novo mundo de negócios.
Implemente operações mais sustentáveis com o Gestão ESG by Deep!
Conclusão
A COP30 representa mais um passo decisivo na agenda global contra as alterações climáticas, proporcionando ao Brasil um local de destaque nos debates internacionais em sustentabilidade e transição energética.
Ao sediar o evento em Belém, o Brasil tem a oportunidade de reforçar seu papel como liderança mundial, mas também evidencia os desafios internos em políticas ambientais sólidas e efetivas.
Desse modo, os temas em discussão na conferência guiam a definição de novos acordos multilaterais, o que proporciona e incentiva transformações para a sociedade, governos e empresas.
A 30a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas tem a capacidade de direcionar os assuntos globais a uma economia de baixo carbono, contudo, depende também do compromisso e ambições de cada um dos seus estados participantes. Gostou do artigo? Aproveite e saiba mais sobre como implementar o ESG em sua empresa!
Deixe aqui seu comentário