Os 7 maiores desafios de cloud computing para empresas brasileiras

Antes de a computação em nuvem se tornar o maior pilar de soluções corporativas, os maiores desafios das organizações residiam na estrutura e nos custos: como ampliar a sua capacidade física — servidores, data centers e bancos de dados —, integrando tudo às soluções oferecidas, como sistemas de gestão (ERP), CRM e afins, sem extrapolar …

Equipe TOTVS | 06 dezembro, 2018

Antes de a computação em nuvem se tornar o maior pilar de soluções corporativas, os maiores desafios das organizações residiam na estrutura e nos custos: como ampliar a sua capacidade física — servidores, data centers e bancos de dados —, integrando tudo às soluções oferecidas, como sistemas de gestão (ERP), CRM e afins, sem extrapolar o pipeline de custos do ano fiscal?

A resposta para tudo isso veio com a cloud computing, que já se tornou a primeira linha de inovação no setor tecnológico: segundo o Gartner, os investimentos em TI devem subir para US$ 3,8 bilhões — 3,2% a mais que 2018.

Diante da importância desse tópico para a gestão de uma companhia, neste post, mostraremos os principais desafios da cloud computing para as organizações brasileiras. Acompanhe!

1. Segurança

A proteção de dados ainda é uma das principais preocupações das empresas que buscam contratar serviços em nuvem. À medida que as ofertas aumentam, os clientes tornam-se mais dependentes dessa tecnologia, inserindo dados críticos nos inúmeros sistemas oferecidos. É natural que a segurança seja um tópico de discussão — além de um ponto-chave para determinar a assinatura de um contrato ou a perda de um cliente para o seu concorrente.

Para tanto, é importante que uma fornecedora de serviços em cloud computing tenha amplas práticas de segurança, que envolvam uma hierarquia robusta, com as devidas permissões relacionadas aos devidos cargos. Por exemplo, um funcionário do setor financeiro não deve ter o mesmo nível de acesso de um operador da área de TI. São competências diferentes, para departamentos diferentes.

2. Migração

A migração de ambientes (dos servidores físicos para os virtuais) e até mesmo de fornecedores vem se tornando uma preocupação na mente de quem contrata soluções em cloud computing. Isso porque era muito comum a aplicação do termo vendor lock in (similar à “carência” dos planos de saúde ou à fidelidade de uma operadora de telecomunicações). Algo que, no final, restringia a inovação e a mobilidade do cliente, que se via preso em cláusulas contratuais por vezes desfavoráveis.

Hoje, torna-se cada vez mais comum a adoção de sistemas mais abertos e universalizados na nuvem. De acordo com informações levantadas pela consultoria de mercado Stratistics, o investimento em capacidade de migração deve chegar ao valor de US$ 20,65 bilhões até 2027 (eram US$ 3,35 bilhões em 2017). O motivo disso é levar fluidez e flexibilidade para o cliente.

3. Confiabilidade

Um levantamento conduzido pela Rightscale entrevistou aproximadamente mil executivos de TI, constatando que 96% deles têm negócios na nuvem. Mais além, pouco mais de 50% responderam em nome de empresas multinacionais. Hoje, mesmo que você não saiba, é bem provável que sua empresa faça uso de algum serviço em nuvem de maneira essencial. Por exemplo, o Google Docs ou o Dropbox.

É natural que existam dúvidas quanto à adoção de um serviço que está fora da zona de conforto do seu data center interno. Porém, praticamente toda a indústria de TI está instalada em ambientes virtualizados. O abandono dos sistemas legados não é mais uma tendência, é uma realidade!

Nos servidores e hardwares físicos, as atualizações são menos frequentes, as ameaças encontram brechas facilmente e os custos de manutenção e equipe são astronômicos. Perante um ambiente virtualizado, estamos falando de diminuir custos na sua empresa sem perder a expertise, ao passo que você sempre se manterá atualizado com práticas universais de segurança e se defenderá de ameaças de forma conclusiva.

Ou seja, ao contrário do que muitos gestores podem supor, os serviços alocados em cloud computing são, na realidade, mais confiáveis do que aqueles alocados exclusivamente em servidores físicos.

4. Downtime (tempo de inatividade)

Em 2017, o site CRN listou os 10 casos mais impactantes de queda de serviço de empresas que usam ou fornecem cloud computing naquele ano. IBM, Apple e Microsoft tiveram queda brusca em seus serviços, o que gerou impacto direto nos negócios de diversas micro, pequenas e médias empresas. De lá até aqui, as avaliações de downtime (termo aplicado para serviços em queda) são vistas como um fator decisivo na contratação de um novo fornecedor de tecnologia na nuvem.

A isso, dá-se o nome de “SLA”, ou “Service Level Agreement”. No ato da venda, o SLA é uma promessa do fornecedor de que manterá o serviço contratado funcionando por um período majoritário de tempo e, embora ele seja variável, é um detalhe importante: não apenas no valor em si, mas também no que um fornecedor oferece em caso de crise, como recuperação de desastres, tempo de retorno, frequência e velocidade de atendimento.

Por que listamos esse item, mesmo ele sendo uma questão do fornecedor? Porque quando você busca uma empresa que ofereça tecnologia em nuvem, é do seu interesse como contratante se informar sobre os níveis de atendimento e como o seu fornecedor responderá a eventuais downtimes.

Existe redundância de ambientes? Seus sistemas terão algum nível de funcionamento mesmo em queda? Bons fornecedores enfatizam regularmente a sua predileção por ambientes seguros e maleáveis no que tange à sua recuperação. A segurança dos serviços do cliente deve ser prioridade.

5. Gastos

Uma das “lendas” relacionadas à cloud é que a migração dos servidores físicos para ela é onerosa e acaba tornando-se mais cara, tendo em vista a cobrança de mensalidades por parte dos fornecedores de tecnologia em nuvem. Isso se dá porque existe uma crença — infundada — de que um espaço on premise (que depende de hardwares físicos) requer apenas o custeio inicial de instalação.

Entretanto, esse raciocínio falha ao remover da equação os gastos necessários com atualização de software e hardware, as despesas com capacitação e contratação de pessoal para manutenção rotineira dos servidores e outros que, ao final, tornam a opção da nuvem algo financeiramente viável em longo prazo.

Evidentemente, tudo depende do projeto que você busca. A computação em nuvem traz mais flexibilidade na manutenção de todo o ambiente tecnológico. Afinal, você está delegando a responsabilidade de manutenção ao seu fornecedor, por um preço que contemple isso em contrato. Porém, bons fornecedores não trazem soluções prontas, mas sim avaliam a sua atual situação e desenham um projeto especialmente feito para as suas demandas.

O site Enterprisers Project, que reúne depoimentos de CIOs de diversas multinacionais, concorda com essa percepção: “Se a alta resiliência ou bom volume de uptime são as suas prioridades, então, financeiramente, faz sentido migrar para a nuvem”, diz o veículo.

6. Governança

Diante da disposição de diversos tipos de nuvem (pública, privada e híbrida), vem se tornando cada vez mais importante estabelecer a diferença entre “governança” e “gerenciamento”. A primeira consiste em definir, monitorar e auditar regras que controlam os recursos de uma determinada solução. A segunda certifica-se de que os objetivos desejados por um negócio sejam atingidos enquanto todos os ativos de uma operação trabalhem dentro de tais regras.

Para 2019, a tendência é a de que o tema “governança” assuma uma posição de destaque. Isso porque, com o crescimento de ofertas e soluções globalizadas, por exemplo, é possível que as normas de utilização de um serviço se alterem de país para país. Por isso, o conhecimento prévio do funcionamento de uma solução em nuvem torna-se essencial tanto para quem compra como para quem vende e fornece a cloud computing.

7. Integração

Não é só de sistemas universais que uma nuvem vive. Por muitas vezes, um gestor se viu com dificuldade de abandonar os sistemas proprietários (convencionalmente referidos hoje como “sistemas legados”) da companhia em troca de algo mais heterogêneo.

A fim de atender a essa demanda, foi criada a nuvem híbrida (hybrid cloud), um modelo de negócios que alia a fluidez e a abertura da virtualização de ambientes em nuvem, com a capacidade de resposta dos sistemas proprietários de um cliente. A chave para isso dar certo reside em uma palavra: “integração”.

Segundo a consultoria Markets & Markets, o mercado de nuvens híbridas valerá, até 2023, quase US$ 98 bilhões. E esse valor só será atingido se as empresas dominarem as necessidades de integração entre sistemas: tecnologias que reduzam latência de conexão, que minimizem o downtime com ferramentas de replicação de ambiente, que realizem transferência de dados via VPN são apenas alguns dos recursos que devem ditar a cloud híbrida em 2019.

Por fim, é possível perceber que a cloud computing apresenta certos desafios, mas ainda assim traz muitas soluções aos gestores, as quais podem otimizar o trabalho de toda a empresa. Por isso, vale a pena investir em serviços e tecnologias desse gênero.

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