Entenda definitivamente como calcular o prazo médio de estocagem

No mercado extremamente competitivo em que a indústria se encontra, o papel da gestão de estoque se tornou fundamental. Mais do que simplesmente garantir a disponibilidade dos materiais para a produção industrial, é preciso estabelecer formas de mensurar a eficiência dos processos no setor. Com isso, indicadores como o Prazo Médio de Estocagem (PME) ganharam …

Equipe TOTVS | 30 novembro, 2018

No mercado extremamente competitivo em que a indústria se encontra, o papel da gestão de estoque se tornou fundamental. Mais do que simplesmente garantir a disponibilidade dos materiais para a produção industrial, é preciso estabelecer formas de mensurar a eficiência dos processos no setor. Com isso, indicadores como o Prazo Médio de Estocagem (PME) ganharam ainda mais importância.

No entanto, é natural que surjam algumas dúvidas na hora de calcular o PME. Do que exatamente ele trata? Qual é a importância da sua utilização na indústria? Como deve ser feito esse cálculo?

Em nosso post de hoje, tiraremos todas essas dúvidas. Confira!

O que é Prazo Médio de Estocagem?

O Prazo Médio de Estocagem é um indicador relacionado ao tempo de armazenagem dos produtos no estoque. Grosso modo, a sua utilização tem como objetivo o monitoramento mais eficaz dos materiais prontos para venda. No entanto, ele pode ser aplicado também para fins estratégicos, como mostraremos mais à frente.

Na prática, o PME exibe o intervalo (geralmente, em dias) entre o fim da produção e a comercialização de cada item. No entanto, isso pode variar de acordo com as características de cada empresa. Afinal, se o produto final é único, o PME tende a ser o mesmo. Já no caso de uma fabricação mais diversificada, é possível que haja uma variação entre os itens vendidos.

Isso deve ser levado em conta pelos gestores, tanto na produção quanto na venda. Entretanto, para compreender o PME, é importante ter em mente os fatores envolvidos no seu cálculo. Primeiramente, temos o estoque médio — ou seja, a soma do estoque inicial com o estoque final dividida por dois. Esse somatório deve ser avaliado conforme um período predeterminado de tempo, a ser escolhido pelo gestor.

Para complementar, temos o custo da mercadoria, cujo valor corresponde ao dos produtos comercializados durante um determinado período, ou seja, o valor de venda desses itens. Com esses dois indicadores em mãos, é feito o cálculo do PME e, posteriormente, são tomadas as decisões de acordo com os objetivos estratégicos de cada departamento.

Em geral, como já citamos, o prazo é calculado em dias. Logo, um valor mais alto significa que os produtos permaneceram armazenados por mais tempo; já um valor baixo indica um estoque com saída rápida.

Em um cenário ideal, o prazo seria mínimo, mas isso depende diretamente do tipo de produto com o qual cada empresa trabalha. Assim, geralmente espera-se que o tempo máximo não ultrapasse um ano.

Como calcular o PME?

O primeiro passo é fazer o levantamento dos dados necessários para o cálculo: estoque médio (unidades) e custo das mercadorias vendidas (na moeda utilizada). Essas informações podem ser obtidas no software de gestão integrada (o ERP), no demonstrativo do resultado do exercício ou mesmo em um balanço patrimonial da empresa.

Levantados esses dados, basta aplicá-los à seguinte fórmula:

PME = (Estoque médio / Custo das Mercadorias Vendidas) x 360

Tomemos como exemplo uma empresa que tenha armazenado 1.000 unidades de um produto no ano de 2016 e 3.000 unidades em 2017. O custo das mercadorias vendidas foi R$300.000,00. O cálculo deve começar pelo estoque médio para então chegar ao PME:

Estoque médio = 1.000 + 3.000 / 2

Estoque médio = 2.000

PME = (Estoque médio / Custo da Mercadorias Vendidas) x 360

PME = (2.000 / 300.000) x 360

PME = 2,4

Logo, o prazo médio de armazenamento foi de 2,4 dias. Se estivermos calculando o PME de um eletrodoméstico, por exemplo, podemos dizer que é um prazo satisfatório para a relação entre produção e venda. No entanto, uma análise mais aprofundada deveria ser feita se o produto em questão fosse perecível, já que o tempo de venda é necessariamente menor nesse caso.

Agora que você já conhece a fórmula e viu um exemplo prático de aplicação, é hora de apresentarmos algumas questões cruciais relacionadas ao seu uso estratégico.

Qual é a importância do PME?

O monitoramento do estoque pode ser considerado como o objetivo primário do cálculo do PME. No entanto, esse indicador oferece uma visão muito mais ampla e precisa sobre o desempenho da empresa e a relação entre produção e vendas. Afinal, para ter sucesso em um determinado nicho do mercado, é fundamental estudar constantemente a viabilidade financeira de cada produto.

Por meio do Prazo Médio de Estocagem, o gestor se torna capaz de identificar, por exemplo, desperdícios que afetam os lucros da empresa. O indicador funciona como um mecanismo que transforma em números um processo que, de outra forma, dependeria do feeling do gestor para ser avaliado. Com o PME calculado, as decisões tomadas podem ser embasadas em dados concretos mais confiáveis.

No caso de empresas que lidam com produtos perecíveis, o prazo de estocagem é sempre um fator sensível. Se a eficácia do setor de vendas cai um pouco, o impacto pode rapidamente chegar até a produção — o PME aumenta, alguns produtos ultrapassam o vencimento e a companhia praticamente joga dinheiro fora.

A eficiência dos investimentos feitos em materiais, tecnologia e técnicas de produção depende de um setor de vendas alinhado aos processos produtivos. Isso não é uma exclusividade do chão de fábrica. Mesmo em processos manufaturados, o PME pode revelar custos operacionais com armazenagem de produtos em excesso.

Para complementar, o tempo que o material passa no estoque ajuda a identificar o quão saudável está o capital de giro da empresa. É comum ver algumas organizações investindo alto em uma produção volumosa e ágil para aumentar esse fluxo financeiro. No entanto, nem todas levam em consideração o fato de que produtos parados no estoque representam um obstáculo.

Um bom capital de giro depende diretamente de um PME baixo, já que os produtos logo entram em circulação e o dinheiro que entra pode ser reinvestido em novas etapas da produção. Consequentemente, é preciso tratar esse cálculo como parte da estratégia de negócios. De nada adianta produzir em ritmo acelerado se os produtos ficam parados no estoque por tempo demais.

Como você pôde ver, o prazo médio de estocagem é um fator essencial não só para a eficiência da cadeia de suprimentos, mas também para a saúde financeira do negócio. Use essa ferramenta e faça uma gestão financeira cada vez melhor para a sua empresa!

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