Como fazer uma APR e trazer segurança operacional?

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 14 junho, 2024

A Análise Preliminar de Risco (APR) se mostra uma ferramenta essencial que pode impactar tanto na segurança quanto na eficiência operacional.

Este processo não é apenas uma prática recomendada: é uma estratégia proativa para garantir que todos os aspectos de um projeto ou operação sejam seguros e viáveis. 

Implementar essa estratégia significa olhar para o futuro com uma lente crítica, identificando riscos potenciais e planejando ações que minimizem impactos negativos e, claro, garantindo assim a segurança dos colaboradores e a sustentabilidade do negócio.

Neste artigo, vamos explorar o que é a APR e como você pode implementar essa análise!

O que é APR?

A Análise Preliminar de Risco (APR) é uma ferramenta de gestão de segurança que visa identificar e avaliar potenciais riscos associados a diferentes atividades, processos ou ambientes de trabalho antes que eles se manifestem. 

É uma etapa básica na prevenção de acidentes e na garantia da integridade física dos trabalhadores — mas também na proteção de recursos materiais e ambientais.

Ela envolve o exame detalhado das etapas de um processo ou atividade, identificando onde e como os riscos podem surgir. 

E, por ser proativa, a APR é realizada antes do início de qualquer novo processo ou projeto, durante o planejamento de novas operações ou quando mudanças significativas são propostas para operações existentes.

Qual é o objetivo da APR?

O seu objetivo principal é garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e minimizar os riscos associados às atividades laborais antes que eles possam causar danos. 

Além disso, podemos destacar também outros objetivos associados:

  1. Prevenção de acidentes: identificar riscos potenciais em processos ou atividades e desenvolver estratégias para eliminá-los ou controlá-los eficazmente antes que causem acidentes;
  2. Cumprimento das normas de segurança: assegurar que todas as operações estejam em conformidade com as leis e regulamentos de segurança e saúde ocupacional relevantes, evitando penalidades legais e garantindo um ambiente de trabalho regulamentado;
  3. Melhoria contínua: utilizar os insights obtidos através da APR para aprimorar contínua e sistematicamente os processos operacionais, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente;
  4. Educação e conscientização: educar e treinar funcionários sobre os riscos associados a suas atividades e sobre como suas ações podem prevenir incidentes, fomentando uma cultura de segurança dentro da organização;
  5. Redução de custos: reduzir drasticamente custos associados a acidentes de trabalho, como tratamentos médicos, compensações, perda de produtividade e danos ao equipamento;
  6. Proteção da reputação empresarial: evitar incidentes que possam afetar negativamente a reputação da empresa, garantindo uma imagem pública de responsabilidade e compromisso com a segurança.

Quem deve emitir a Análise Preliminar de Risco?

A Análise Preliminar de Risco (APR) deve ser emitida por profissionais qualificados que possuem conhecimento técnico e experiência prática nas áreas de saúde e segurança do trabalho. 

Idealmente, a responsabilidade de conduzir e emitir a APR recai sobre os seguintes profissionais:

  1. Técnicos de segurança do trabalho: são os profissionais treinados especificamente para identificar riscos no ambiente de trabalho e desenvolver medidas para mitigá-los. Eles possuem um entendimento profundo das normas de segurança e são capacitados para realizar análises de risco eficazes;
  2. Engenheiros de segurança do trabalho: também são responsáveis por supervisionar e garantir a implementação de práticas de segurança na organização. Atuam tanto nas análises de risco como na elaboração de planos de ação para prevenir acidentes;
  3. Supervisores e gerentes de linha de produção: embora não sejam especialistas em segurança, os supervisores e gerentes que conhecem bem os processos operacionais específicos também podem contribuir significativamente para a APR;
  4. Comitês de segurança ou grupos de trabalho especializados: em algumas organizações, pode ser formado um comitê de segurança ou um grupo de trabalho dedicado à realização de análises de risco. Pode ser uma combinação de técnicos de segurança, engenheiros, supervisores operacionais e até mesmo representantes dos trabalhadores;
  5. Consultores externos de segurança: algumas empresas podem optar por contratar consultores ou firmas especializadas em segurança do trabalho para realizar a APR. Isso é particularmente comum quando a organização não possui a expertise necessária internamente.

Como fazer uma APR?

Realizar essa análise é um processo detalhado, afinal, envolve controle de riscos. Então, vamos para um guia passo a passo sobre como conduzir uma APR eficaz!

Passo 1: definição do escopo

Defina claramente o escopo da análise. 

Identifique as atividades, processos ou áreas que serão avaliadas. Isso ajuda a focar a análise nos elementos mais críticos que necessitam de avaliação de riscos.

Passo 2: coleta de dados

Em seguida, é hora de coletar dados.

Reúna informações detalhadas sobre o ambiente de trabalho, os processos operacionais, os recursos utilizados e qualquer histórico de acidentes ou incidentes anteriores. 

Entram aqui as consultas a manuais operacionais, normas de segurança, e feedback de funcionários.

Passo 3: identificação de riscos

Identifique os potenciais perigos associados a cada atividade ou processo. Para isso, considere uma variedade de fontes de risco, incluindo mecânicas, químicas, biológicas, ergonômicas e ambientais.

Passo 4: avaliação de riscos

Avalie a gravidade e a probabilidade de cada risco identificado. Isso ajudará a determinar quais riscos requerem medidas de controle mais urgentes e rigorosas.

Passo 5: desenvolvimento de medidas de controle

É a hora de propor medidas para eliminar ou mitigar os riscos identificados: alterações no processo, uso de equipamentos de proteção individual, treinamento adicional para os funcionários, ou melhorias nas infraestruturas.

Passo 6: documentação e implementação

Documente cada aspecto da análise, incluindo os riscos identificados e as medidas de controle sugeridas. Implemente as medidas de controle e garanta que elas sejam comunicadas a todos os envolvidos.

Passo 7: revisão e atualização

Todo processo de análise precisa ser acompanhado.

A APR deve ser revisada periodicamente ou quando houver mudanças nos processos, novos equipamentos ou após a ocorrência de incidentes. É a melhor forma de garantir que a análise permaneça relevante e eficaz.

O que deve constar no documento?

O documento de APR deve ser abrangente e incluir:

  • Identificação da empresa e do responsável pela análise;
  • Descrição detalhada do escopo da análise;
  • Lista de riscos identificados, classificados por gravidade e probabilidade;
  • Detalhamento das medidas de controle propostas para cada risco;
  • Plano de ação para a implementação das medidas de controle;
  • Registro de qualquer incidente relevante que tenha influenciado a análise;
  • Assinaturas dos responsáveis pela condução e verificação da análise.

Modelo de APR

Um modelo de APR deve ser claro e estruturado para facilitar a leitura e a compreensão. 

Geralmente, o formato inclui:

  1. Cabeçalho: informações da empresa e do projeto ou área analisada.
  2. Tabela de riscos: uma tabela listando cada risco, sua possível causa, efeito esperado, medidas de controle sugeridas, e prazos para implementação.
  3. Plano de ação: um cronograma detalhado para a implementação das medidas de controle.
  4. Espaço para assinaturas: área para assinatura dos responsáveis pela realização e aprovação da APR.

Como exemplo, veja esses dois modelos de APR disponíveis na internet:

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Conclusão

Como vimos, realizar uma APR não apenas ajuda a prevenir acidentes e incidentes, mas também promove um ambiente de trabalho mais seguro, protege recursos e assegura a conformidade com as normativas de segurança.

Por meio da implementação de uma APR eficaz, as empresas podem identificar proativamente os riscos, avaliá-los de maneira sistemática e desenvolver estratégias para mitigá-los antes que resultem em consequências reais. 

É uma excelente forma de levar dois aspectos ao mesmo tempo: segurança e confiança. 

Isso fortalece a relação entre os trabalhadores e a gestão, criando uma cultura corporativa que prioriza o bem-estar de todos.

Aproveitando o tema, leia também sobre comunicação de risco, sua importância e como fazer na empresa!

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