Cross docking: como distribuir suas mercadorias sem custos com armazenagem

O cross docking é uma estratégia de distribuição que muda os conceitos tradicionais de armazenamento.  No modelo, todo o sistema de distribuição da empresa é envolvido no processo e deve seguir uma sequência de fluxos contínuos para fazer com que a entrega dos produtos seja mais rápida e, ao mesmo tempo, economizar espaço físico. Trata-se …

Equipe TOTVS | 19 junho, 2023

O cross docking é uma estratégia de distribuição que muda os conceitos tradicionais de armazenamento. 

No modelo, todo o sistema de distribuição da empresa é envolvido no processo e deve seguir uma sequência de fluxos contínuos para fazer com que a entrega dos produtos seja mais rápida e, ao mesmo tempo, economizar espaço físico.

Trata-se de uma estratégia logística que otimiza toda operação de transporte de mercadorias e agiliza os envios. O que acaba aumentando também a satisfação dos clientes.

Quando implantado de maneira adequada, é possível acelerar processos de distribuição sem se preocupar com a gestão de estoque, gerando economia e simplificando o gerenciamento de boa parte da cadeia de suprimentos.

Para suprir com a necessidade cada vez maior dos consumidores, que buscam muito mais do que qualidade de um produto, esta é a escolha certa.

É um diferencial competitivo indispensável para empresas que desejam se destacar no mercado e oferecer alta qualidade logística.

Neste conteúdo, você vai encontrar a conceituação, as principais características e benefícios, além de modos de implementar e facilitar a aplicação do cross docking no dia a dia da sua empresa.

E, então, que tal continuar nessa jornada de conhecimento? Basta seguir a leitura!

totvs logística

O que é cross docking?

Cross docking ou cruzamento de docas, pode ser definido como uma estratégia de distribuição que muda os conceitos tradicionais de armazenamento

O conceito em si pode sofrer algumas leves alterações de fonte para fonte, mas geralmente indica o seguinte:

Nesse sistema, o cliente faz a compra no site da empresa, o pedido é enviado para um centro de distribuição (que chamaremos também de CD) e de lá sai para entrega para o cliente.

Ou seja, neste modelo todo o sistema de distribuição da empresa é envolvido no processo e ele deve seguir uma sequência de processos praticamente colados.

Assim, é possível fazer com que as entregas de produtos sejam mais rápidas e, ao mesmo tempo, economizar espaço físico.

Afinal, no cruzamento de docas, não há a necessidade de estocar o produto.

Quando a mercadoria chega aos centros de distribuição, já existe um sistema que separa e envia as encomendas aos seus destinatários em, no máximo, 24 horas.

Como e onde surgiu o conceito?

O termo cross docking significa, na tradução, “cruzando as docas”, e seu conceito é: evitar o uso de estoque físico.

Os Estados Unidos foram os pioneiros no seu uso, caracterizando-o por descarregar vagões de trens ou caminhões e já colocar os itens em outros meios de transporte, iniciando o frete na mesma hora.

Outra característica dessa prática, que teve início nos anos 30, é o pouco (ou mesmo nenhum) espaço entre cargas.

Era uma prática que se destinava tanto para mudar o tipo de meio de transporte, classificar o material a destinos diferentes ou para combinar cargas de origens variadas mas com destinos semelhantes.

Talvez você já tenha visto em algum filme, série ou desenho animado aquelas esteiras que vão do armazém direto para o baú de um caminho.

Aquele é um exemplo de modelo de cruzamento de docas que era muito usado, especialmente na indústria estadunidense.

Como funciona uma operação cross docking?

Um dos maiores obstáculos que os varejistas enfrentam ao lidar com grandes quantidades de produtos é o seu armazenamento.

Afinal, quando um produto não está nas prateleiras da loja, ele precisa ser armazenado em algum lugar e há um custo nesse processo.

E sem um sistema eficiente de gerenciamento de estoque, você corre o risco de ficar sobrecarregado e pagar pelo armazenamento de muito estoque.

O cross docking é como uma resposta direta a esse problema.

A estratégia logística minimiza essas necessidades de armazenamento e evita o efeito chicote.

Funciona da seguinte forma:

  • Os fornecedores recebem os pedidos diretamente da empresa. No caso de e-commerces, são produtos já vendidos; no varejo, são mercadorias com vazão certa;
  • Então, os fornecedores enviam os caminhões com os produtos aos centros de distribuição da empresa;
  • No CD, os produtos são reembalados após passarem pelo processo próprio da organização, e imediatamente redistribuídos. Ou seja, essas mercadorias não ficam armazenadas no estoque;
  • Há também casos de empresas que enviam seus próprios caminhões para buscar os produtos nas docas dos fornecedores, em seguida os levam diretamente ao CD.

Quais os 3 tipos de cross docking?

Existe mais de um tipo que pode ser implementado pela empresa e, por isso, é importante conhecê-los.

Movimentação contínua

É quando a mercadoria é recebida e despachada o mais rápido possível — de preferência, assim que chega ao CD.

Essa é a forma mais tradicional da estratégia, pois evita o acúmulo de produtos no estoque.

Movimentação híbrida

Também conhecida como movimentação consolidada, é quando os itens são recebidos e separados.

Desse modo, parte deles pode ser enviada ao cliente final e a outra parte é destinada ao estoque separado.

Essa versão permite que a empresa tenha um armazenamento de itens de alto giro (cujo custo é menor), junto com um processo que dá vazão mais rápida aos itens de baixo giro (mais apropriados à metodologia).

Movimento de distribuição

Nesta opção, a mercadoria é recebida e separada para distribuição em cargas FTL (Full Truckload).

Essa alternativa permite que a empresa tenha à sua disposição um caminhão inteiro para transportar seus produtos.

É bastante utilizada para o setor B2B, pois proporciona uma entrega mais rápida da mercadoria.

Quais são os níveis do cross docking?

Dentro do CD, o procedimento também é dividido em alguns níveis. A depender da estrutura da empresa, cabe mais utilizar um ou outro.

Ele vai ditar o nível de exigência do seu processo logístico, bem como facilitar alguns aspectos, como separação e embalagem.

É essencial também que, ao estabelecer alguns desses níveis, o CD esteja preparado para lidar com a rapidez dos processos envolvidos.

Aqui, a gestão é essencial e é necessário contar com ferramentas que complementam o processo — algumas que você irá conhecer logo mais.

Por hora, entenda mais sobre os diferentes níveis do cruzamento de docas:

  • Cross docking paletizado: Considerado o primeiro nível, é caracterizado pelo uso de paletes para posicionar as mercadorias. Assim, do momento em que chegam ao CD, são descarregadas em paletes para então serem recarregadas em outros caminhões, sem seleção ou preparação prévia;
  • Cross docking com separação: no segundo nível temos o envio dos produtos ao CD feito diretamente pelos fornecedores já separados em lotes para entregas em regiões específicas;
  • Cross docking com separação e reembalagem: O terceiro e mais complexo nível, é bastante utilizado em empresas que necessitam integrar o processo de entrega e distribuição — como operadores logísticos. Nesse caso, ocorre a separação e a reembalagem do produto, para então realizar o envio da mercadoria ao cliente final.

Cross docking conforme o número de toques (stages)

O modelo pode ser classificado de acordo com o número de toques que os produtos recebem durante o processo de distribuição. 

Os toques – também chamados de stages – são as vezes em que os produtos são manuseados pelos operadores logísticos. 

Quanto menor o número de toques, maior a eficiência e a agilidade do cruzamento de docas.

Existem três tipos principais baseados  no número de stages: 

Um toque 

Esse tipo é o mais simples e rápido, onde os produtos são recebidos em um armazém e imediatamente transferidos para os veículos de entrega.

Não passam por nenhum tipo de separação ou consolidação. Esse tipo é indicado para produtos padronizados, de alta demanda e baixo valor agregado.

Dois toques

Esse não é o mais simples, porém é o mais comum. 

Nele os produtos são recebidos em um armazém e passam por uma separação por pedido ou por região, antes de serem despachados para a entrega. 

Produtos variados e com demandas médias cabem nesse modelo para maior eficiência na distribuição.

Três toques

Aqui os produtos são recebidos em um armazém e passam por uma separação por pedido ou por região, depois por uma consolidação com outros produtos complementares.

Depois disso são finalmente despachados para os veículos de entrega.

São ideais para transportes de cargas personalizadas, de alto valor agregado, que portanto demandam um cuidado maior com a qualidade.

Geralmente esse tipo de mercadoria tem uma tolerância maior quanto ao tempo de entrega por seus consumidores.

Critérios de classificação do fluxo das cargas dentro do terminal

O fluxo das cargas dentro do terminal de cruzamento pode ser classificado de acordo com diferentes critérios.

A divisão acompanha a forma em que as mercadorias serão recebidas, separadas e despachadas.

Alguns dos critérios mais comuns são:

  • Número de toques: Os stages que citamos são critérios importantes para fazer a avaliação mais precisa das cargas.

Cargas que demandam menos toques devem estar em um fluxo mais ágil do que aquelas de maior valor agregado, que precisam de maior atenção ao manuseio.

  • Padrão de chegada: Os critérios nesse caso consideram as etapas inbound e outbound para estabelecer padrões de chegada dos caminhões.

É muito importante que haja um horário definido para o recebimento de produtos que vêm dos fornecedores (inbound) e para o despacho até o cliente (outbound).

Isso vai permitir que seja estabelecido um fluxo de carga e descarga mais adequado ao padrão da metodologia de cruzamento de docas.

  • Permutabilidade: São produtos de diferentes fabricações mas que cumprem exatamente as mesmas funções e têm características muito semelhantes.

Tê-los bem mapeados favorece a intercambialidade entre eles, sem que isso cause a insatisfação dos clientes.

Vemos isso com maior frequência em fornecedores, uma vez que na etapa de matérias primas, a substituição de um insumo é mais simples do que para o cliente final.

  • Tipo de consolidação: Refere-se à forma como as mercadorias são agrupadas para serem enviadas aos clientes. Uma consolidação eficiente facilita, por exemplo, o processo de picking baseado nos critérios de organização.

O gesto pode consolidar as mercadorias por pedido, por região ou por produto, e essa escolha depende da natureza de cada operação.

Qual a diferença entre cross docking e transit point?

O transit point é um tipo de estratégia com semelhanças ao cross docking, mas que essencialmente emprega uma forma diferente de logística.

De forma geral, o que muda é a quantidade de empresas atendidas.

O cruzamento de docas é mais presente em empresas com múltiplos centros de distribuição ou centros de distribuição que atendem múltiplas empresas.

Assim, é possível estabelecer uma malha logística versátil e ágil, que funciona conforme descrito nos tópicos anteriores.

No caso do transit point, o funcionamento é mais localizado. Como a tradução diz, se trata de um ponto de trânsito, ou seja, um ponto de passagem das mercadorias.

Sendo assim, em um transit point, uma carreta repleta de mercadorias chega para distribuir sua carga em caminhões menores, que se enraízam pelos arredores para realizar as entregas.

É algo comum em grandes cidades ou mesmo regiões mais interioranas, pois possui uma lógica de funcionamento mais simples.

Além disso, o transit point é um local que recebe mercadorias de uma única empresa ou fornecedor.

Qual a diferença entre cross docking e armazenagem?

A diferença entre cross docking e armazenagem está na forma como os produtos são tratados após chegarem ao centro de distribuição. 

Na armazenagem, os produtos são recebidos e colocados em locais de estocagem, onde permanecem até serem solicitados pelos clientes. 

Quando é feito um pedido daquele item, ele é expedido para o cliente. 

Já na armazenagem, há formação de estoque e custos associados a ele, como espaço físico, mão de obra, equipamentos e manutenção.

O que podemos observar na prática, é que com a metodologia de cruzamento de docas a armazenagem deixa de ser necessária ou dura poucas horas.

O foco é não deixar as mercadorias paradas por muito tempo a fim de criar um fluxo de distribuição eficiente, o que faz com que ao descarregar os itens, estes já tenham um destino planejado.

Imagine que um contêiner de eletrônicos chega em um porto e já é descarregado diretamente em um caminhão específico que leva esse contêiner até um CD.

Ao chegar lá, esses produtos já serão descarregados de forma a serem separados para os veículos que vão levá-los até o ponto de vendas ou ao cliente em si.

Cross docking e dropshipping são a mesma coisa?

Na prática não, porém possuem algumas similaridades que justificam essa confusão.

Embora ambos sejam modelos logísticos que visam a reduzir ou eliminar a necessidade de armazenar os produtos em estoque, eles apresentam diferenças importantes. 

O cruzamento de docas demanda um espaço de armazenagem, mesmo que este seja usado por um período muito breve.

Já no dropshipping, a empresa que vende não tem estoque nenhum, uma vez que trabalha com mercadorias de terceiros.

Portanto, no modelo de dropshipping, quem faz a venda não faz armazenagem, porém a empresa proprietária do produto precisa estocá-lo em algum lugar.

Nada impede que o fornecedor do produto faça a distribuição com a metodologia de cruzamento de docas, mesmo que a venda tenha sido feita por um parceiro na modalidade dropshipping.

Para ilustrar, imagine que Leonardo tem um site que vende mouses para gamers da marca fictícia Top Player.

Leonardo utiliza o modelo dropshipping, então, quando seu cliente adquire um mouse, ele expede o pedido para que a fabricante Top Player se encarregue da distribuição.

Nesse modelo, Leonardo não tem custos com armazenagem, transporte e afins, porém não terá o lucro total da venda do produto.

Com isso em mente, a forma que a Top Player fará essa entrega, pode muito bem ser no modelo cross docking.

Qual é a importância do cross docking para os processos logísticos de uma empresa?

A aplicação desta metodologia em uma operação logística é norteada por vários fatores, e os custos são os mais impactantes.

Contudo, uma empresa que busca se colocar à par das necessidades de seus clientes, sejam B2B ou B2C, precisa de uma operação logística de alta qualidade e agilidade.

Nesse sentido, ao aplicar o cruzamento de docas enquanto estratégia de distribuição, pode auxiliar na agilidade das entregas de forma geral.

Um grande diferencial para potencializar seu lead time, não acha?

O fato de não ter estoque em si também é uma forma de aumentar a competitividade da sua operação, e podemos ver isso como um exemplo prático.

Em 1989, graças à sua gestão de supply chain e à implementação do cross docking, o Walmart divulgou que seus custos de distribuição representavam 1,7% de seu faturamento com vendas.

Atualmente, a estimativa é que cerca de 85% das suas mercadorias são distribuídas em cruzamento de docas.

Devido à proficiência da gestão logística da companhia, os produtos do Walmart são transportados em um fluxo contínuo com média de 24 horas para distribuição entre lojas com até 210 quilômetros de distância entre elas.

Principais vantagens de implementar esse sistema de distribuição

Conheça os benefícios da adoção de um sistema cross docking, tornando mais ágil a logística de mercadorias no centro de distribuição.

Redução de custos com estoque

Esse sistema de distribuição reduz a necessidade de armazenamento de produtos, o que gera economia de valores que seriam investidos em operacionalização, manutenção e higienização desse setor.

Os gastos logísticos são consideráveis, e reduzir custos de estocagem pode gerar grandes economias e até ajudar no lucro da empresa.

Isso porque os itens não são guardados no armazém da empresa, pois são destinados aos clientes após chegarem do fornecedor e serem checados.

Portanto, diminui-se ou até elimina-se o custo de armazenagem ou de estocagem. Por esse motivo, é muito vantajoso adotar essa metodologia no e-commerce.

Maior agilidade na movimentação de mercadorias

É possível solicitar o envio de produtos de todos os fornecedores para um centro de distribuição e aumentar a produtividade.

Assim, as encomendas podem ser agrupadas para que sejam distribuídas em um bairro ou local específico.

Dessa forma, a frota sai do CD com carga completa (Full Truck Load), além de ter as suas rotas de entrega aprimoradas.

Dessa forma, toda a gestão da supply chain da organização se torna produtiva e mais ágil, além de o cliente receber os seus itens mais rapidamente.

Não há falta de mercadoria

Outra vantagem é a redução ou até eliminação de problemas com falta de mercadoria para entregar ao cliente.

Como o produto só é encomendado após o pedido do consumidor, então a empresa dependerá diretamente do fornecedor que, muitas vezes, é quem produz a mercadoria.

Eliminação dos índices de falhas

O cross docking é um processo sistemático e dinâmico para sua logística, que funciona como um efeito dominó de ações que engatilham reações operacionais.

Dessa forma, é mais fácil criar e manter um padrão na execução de cada tarefa para reduzir de forma escalável os índices de falha.

Aumento do controle

Um bom cruzamento de docas é feito com auxílio de ferramentas que ampliam seu controle sobre cada etapa do processo.

Dessa forma, sua tomada de decisões é mais rápida e os insights obtidos direcionam à mudanças assertivas.

E as desvantagens do cross docking?

Vimos que apesar de positivo, a metodologia enfrenta desafios para ser implementada.

Primeiramente, é um método que vai demandar investimentos em infraestrutura, tecnologia e mão de obra de qualidade.

O sucesso da operação nesse modelo depende do fluxo contínuo de mercadorias, portanto a gestão precisa ser muito precisa.

Além disso, os setores da empresa, bem como seus fornecedores e parceiros, precisam estar integrados a fim de evitar atrasos, erros ou rupturas na cadeia de suprimentos.

Demanda também um planejamento e controle rigoroso da demanda, dos estoques e dos pedidos, para evitar excessos ou faltas de produtos.

Por fim, o modelo limita a negociação de preços e condições com fornecedores, além de gerar custos adicionais em caso de aumento de viagens.

Apesar disso, um bom planejamento logístico pode ser a chave para contornar esses percalços e estruturar sua operação para aproveitar o que há de bom no modelo cross docking.

Quando implementar o cross docking em sua empresa?

A decisão sobre implementar essa metodologia deve ser baseada nas suas necessidades logísticas, bem como objetivos corporativos e metas a serem cumpridas.

É a estratégia ideal para empresas que buscam agilidade e possuem estrutura para encurtar distâncias de entrega.

Dessa forma, com uma rede de CDs distribuída em alguma região, podem gerir um processo tão versátil quanto o do cruzamento de docas.

O principal a se analisar é a compatibilidade do seu negócio com essa modalidade logística. Além disso, é preciso se alinhar com fornecedores e ajustar seu supply chain, possibilitando a melhor execução do método.

Outro ponto importante é a necessidade de uma gestão ampla, capaz de analisar pontos — sejam macros ou micros — na execução de cada etapa do cross docking.

Um sistema de gestão é mais do que fundamental para garantir o melhor controle das tarefas, rastreabilidade de mercadorias, bem como para análise de dados atualizados em tempo real.

Dessa forma, é possível aliar tanto prática como estratégia, com alto poder analítico que vai dar base para criação de insights que melhorem o processo de forma contínua.

Como implementar o cross docking em seu negócio?

Para esse sistema dar certo, é importante ter eficiência na sincronização de pedidos recebidos e solicitações feitas aos fornecedores como já mencionamos.

Contudo, só isso não basta. É preciso ter controle do fluxo das mercadorias e das informações trocadas com os seus parceiros.

Veja algumas dicas essenciais para implementar com eficiência:

1. Invista em um sistema de gerenciamento

É indicado contar com um sistema de gerenciamento com um módulo logístico. Essa solução possibilita coordenar e estruturar os dados desses processos.

Esse software ERP ajuda a registrar informações sobre quando as cargas serão recebidas, qual é o destino delas, qual é o número de pacotes etc.

Isso auxilia no bom planejamento das operações.

Esse sistema de gestão também agrupa e sintetiza as informações entre os vários setores do cross docking, como o departamento de compras e o de transporte.

2. Treine sua equipe

É fundamental treinar a equipe para conseguir lidar com as demandas.

Afinal, a implantação do modelo pode alterar profundamente o funcionamento da cadeia de suprimentos.

Deste modo podem exigir competências e habilidades diferentes das necessárias atualmente de seu quadro de colaboradores.

3. Invista em um centro de distribuição

Esse é o lugar em que os produtos chegarão dos fornecedores para serem reorganizados e enviados aos clientes.

Para isso, é possível procurar um parceiro que possa disponibilizar um CD ou um espaço dele.

Inclusive, dá para buscar uma transportadora especializada que tenha um centro de distribuição.

Nesse caso, verifique se ela trabalha com cross docking, de modo a ter a expertise necessária para lidar com esse sistema.

Esse tipo de experiência pode ser vantajosa para o seu negócio.

4. Tenha bons fornecedores

Não se esqueça que sua carteira de fornecedores deve ser impecável, com parceiros que viabilizem mercadorias no momento que você necessitar delas.

O cross docking é um método incrível para modernizar a logística, mas como todo processo dentro do supply chain, exige comprometimento e qualidade.

A facilidade de negociação também é um bônus a se considerar!

5. Monitore os resultados

Em qualquer ambiente corporativo, o sucesso é uma questão de qualidade da gestão. No caso da implementação do cruzamento de docas, esse fator é essencial.

Por isso, o monitoramento contínuo de resultados e de performance é essencial para lapidar sua estratégia e otimizar processos logísticos

Assim, é possível alcançar os objetivos do negócio!

Exemplos de empresas que utilizam o cross docking

Além da já citada Walmart, que utiliza o modelo desde da década de 1980, há outras empresas de sucesso que também fazem o cruzamento de docas.

A seguir vamos acompanhar alguns exemplos.

Mercado Livre

Não por acaso, o maior marketplace da América Latina utiliza o método na sua estrutura distributiva.

Por meio de vários CDs espalhados pelo Brasil, a empresa consegue agilizar suas entregas em níveis incomparáveis.

Alguns produtos oferecem o same day delivery, sem custar mais por isso, devido ao despacho ágil que só é possível pelo estrutura de cross docking criada.

Roche Diagnostics

A empresa farmacêutica líder em soluções para o diagnóstico in vitro e hematologia usa cruzamento de docas para otimizar o envio dos seus produtos perecíveis. 

A Roche Diagnostics tem um centro de distribuição automatizado na Espanha, onde recebe, prepara e despacha os pedidos em até 24 horas.

Para itens dessa natureza, sem dúvidas é a opção mais adequada e a companhia faz a gestão de maneira muito eficiente.

Eroski

Outra companhia espanhola que tem muito sucesso utilizando a metodologia é a Eroski.

Opera no setor alimentício e tem como característica o fornecimento de produtos frescos e de qualidade.

Por meio do modelo de cross docking, a empresa consegue distribuir suas mercadorias para que cheguem nos pontos de venda no mesmo dia.

TOTVS WMS SaaS

Como visto acima, o CD é importante para que o sistema funcione.

O TOTVS WMS SaaS é uma tecnologia que moderniza cada aspecto da gestão do seu centro de distribuição (e também armazém).

A ferramenta oferece ampla funcionalidade, com módulos dedicados para empresas varejistas, industriais e operadores logísticos.

Com o TOTVS WMS SaaS é possível fazer o controle total da entrada de cargas no estoque, de forma mais segura e eficiente. 

Sua implementação auxilia na administração de uma estratégia cross docking. Não por menos, cerca de 2 milhões de m² de armazéns brasileiros são geridos com uma das soluções TOTVS.

A confiança do mercado atesta a qualidade do sistema: uma tecnologia ideal, sob medida, para fortalecer seu potencial logístico.

Utilize o TOTVS WMS SaaS para rastrear a movimentação das mercadorias, aumentar a eficiência das operações e reduzir custos e mais. Conheça tudo sobre a solução!

Nova call to action

Conclusão

O cross docking é um método inovador, e bastante utilizado, para agilizar suas operações logísticas.

Para empresas que buscam utilizá-lo, é sempre bom ter em mente a importância do planejamento, bem como a gestão do supply chain.

Apenas assim é possível ter sucesso em sua implementação, que depende também da tecnologia para integrar cada etapa e dar maior poder de controle à empresa.

Seu negócio está preparado para o cross docking? Esperamos que esse conteúdo guie boas decisões para sua organização! Leia também sobre o que é cabotagem e seus benefícios.

E para mais conteúdos sobre logística, é só continuar de olho em nosso blog ou assinar nossa newsletter!

Artigos Relacionados

Deixe aqui seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Usamos cookies para fornecer os recursos e serviços oferecidos em nosso site para melhorar a experência do usuário. Ao continuar navegando neste site, você concorda com o uso destes cookies. Leia nossa Política de Cookies para saber mais.