Autenticação multifator: o que é e como implementar

Equipe TOTVS | 21 março, 2023

Você já ouviu falar em autenticação multifator? No mundo de hoje, a segurança cibernética é da maior importância. Com tanta coisa em jogo e os hackers se tornando mais sofisticados a cada dia, as empresas precisam ter um sistema de segurança forte instalado.

Uma maneira de as organizações protegerem seus dados e informações dos clientes é implementando a autenticação multifatorial (MFA).

O MFA adiciona uma camada extra de proteção além de apenas senhas, tornando mais difícil para os atores maliciosos obterem acesso a dados ou contas sensíveis.

Neste blogpost, vamos explicar o que é autenticação multifator, como ela funciona, os métodos, as tecnologias e como ela pode ser implementada dentro da sua empresa.

Acompanhe!

O que é autenticação multifator (MFA)?

A autenticação multifator ou Multi-Factor Authentication (MFA) é um sistema de segurança que requer dois ou mais métodos de autenticação a fim de verificar a identidade do usuário.

Isto significa que o usuário deve fornecer pelo menos duas provas antes de ser autenticado e ter acesso a um sistema, aplicativo ou website.

Os tipos de métodos de autenticação usados para o MFA podem variar, mas geralmente incluem:

  • Algo o que você sabe (como uma senha);
  • Algo que você tem (como um smartphone ou token USB);
  • Algo que você é (biometria, como impressões digitais ou reconhecimento facial).

Esse processo de autenticação tem como objetivo adicionar fatores para garantir uma maior segurança da informação

Para entendê-lo melhor, confira como ele funciona!

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Como funciona a autenticação multifatorial?

O funcionamento da autenticação de multifatores se baseia em várias formas de identificação do usuário. Ele pode ser dividido em três etapas:

  1. Cadastro: o usuário cria uma conta com nome de usuário e senha e a vincula a outros itens, como smartphone, chave física de segurança, código de aplicativo de autenticação, endereço de e-mail e número de celular.
  2. Autenticação: ao acessar o site ou sistema, o usuário informa o nome de usuário, a senha e a resposta de autenticação do seu dispositivo de MFA (código de SMS enviado para o smartphone, por exemplo).
  3. Reação: o processo de autenticação é concluído com a verificação dos outros itens, como a inserção do código SMS.

Agora que você já sabe o que é autenticação multifator e como ela funciona, pode entender como sua empresa pode utilizar o recurso.

Na prática, como seu negócio pode usar esse processo?

A autenticação multifatorial pode ser utilizada por empresas de maneira bem simples, por meio de um gerenciador de senhas ou por outras tecnologias, como se verá adiante.

Bancos e instituições financeiras, por exemplo, fazem a configuração de autenticação multifatorial para garantir que somente usuários legítimos acessem as contas financeiras online

O foco é que a autenticação seja feita por dois ou mais fatores em todos os logins. E, na prática, como ela é utilizada?

Confira dois exemplos:

  • Acesso ao sistema por funcionários no local de trabalho: o login no sistema empresarial é feito somente com o uso de um cartão no dispositivo do sistema central, por exemplo. Os direitos de acesso duram somente durante o turno do funcionário.
  • Acesso remoto para funcionários: a empresa que adota o trabalho remoto dá acesso aos seus funcionários por meio de login configurada com a autenticação de multifatores. Pode ser um login, um dispositivo físico e um leitor de impressão digital em notebooks, por exemplo.

Com tudo isso em mente, quais os princípios do acesso com multifator de autenticação? Existem os métodos de autenticação, que você vê a seguir!

Quais são os métodos de autenticação de multifator?

Os métodos de autenticação multifator variam de acordo com as necessidades e preferências da empresa. 

Existem três principais fatores de autenticação, e para cada um há métodos diferentes: algo que você conhece, algo que você é e algo que você possui.

Vamos ver em detalhes os métodos de autenticação de multifatores.

Algo que você conhece (fator de conhecimento)

São as informações conhecidas apenas pelo usuário, como a combinação de senha ou PIN e nome de usuário. 

O fator de conhecimento pode envolver também as chamadas perguntas de segurança, como o nome da mãe, ou até mesmo um padrão.

Algo que você possui (fator de posse)

Chamado de fator de autenticação de posse, é algo que o usuário possui, como o smartphone, as chaves privadas, os cartões inteligentes e outros objetivos.

Também pode incluir tokens de hardware que geram códigos únicos (OTP) que devem ser inseridos antes do acesso ser concedido.

O telefone pode, por exemplo, receber uma senha única via SMS ou e-mail para permitir o acesso. Existem aplicativos que funcionam como um token.

Algo que você é (fator de inerência)

O método que envolve “algo que você é” é o chamado fator de inerência, que considera características biológicas ou comportamento dos usuários.

A biometria é a forma mais segura de autenticação. Ela envolve impressões digitais, reconhecimento facial ou por voz, e varreduras da íris.

Por isso, é utilizada em muitas indústrias de alta segurança.

Estes são apenas alguns dos métodos de autenticação de multifator que podem ser empregados para ajudar a proteger seu negócio contra acesso não autorizado e violações de dados.

Percebe como alguns envolve tecnologias? Vamos especificar quais delas são utilizadas na configuração de autenticação multifatorial.

Quais tecnologias são usadas na autenticação multifator?

A autenticação multi-fator requer o uso de várias tecnologias. As mais comuns são:

  • Notificação Push: o código de autenticação ou de acesso único é disponibilizado no ecrã de bloqueio do dispositivo.
  • Tokens de hardware: o código de login é gerado em um dispositivo separado do dispositivo do usuário, como um token USB.
  • Mensagem de texto ou voz: o código de acesso é entregue ao usuário por meio de SMS ou mensagem de voz no dispositivo móvel.
  • Autenticação móvel: o processo de verificação ocorre pelo dispositivo do usuário ou é realizada a própria verificação do dispositivo.
  • Soft tokens: implementados em smartphones e tablets, são autenticadores baseados em aplicativos e capazes de gerar um PIN do login único. 
  • Aplicativos do autenticador: o funcionamento é semelhante à mensagem de texto, mas os códigos são gerados no próprio dispositivo do usuário. Depende dos algoritmos com criptografia para senhas de único uso (OTP) baseadas em tempo.

Estas tecnologias trabalham juntas para criar um ambiente seguro no qual somente usuários autorizados podem acessar dados e informações sensíveis.

Autenticação de dois fatores x autenticação multifator

A diferença básica entre a autenticação multifatorial (MFA) e a autenticação de dois fatores (2FA) é a quantidade de fatores utilizada. Ambos são métodos que asseguram contas e dispositivos online.

A 2FA é uma versão simples de autenticação multifator. Como o nome sugere, ela requer dois métodos diferentes para verificar a identidade do usuário.

Normalmente envolve algo que o usuário sabe e algo que o usuário tem.

A autenticação de multifator vai além da autenticação de dois fatores, pois adiciona outra camada de segurança. Pode envolver algo que você conhece, algo que você tem e algo que você é.

Para maior proteção, recomenda-se a configuração de autenticação multifatorial. 

Por que as empresas devem aplicar a MFA em sua estratégia?

A adoção da autenticação de multifator traz vantagens para as empresas em diversos aspectos, como segurança da informação, conformidade legal e relação com o cliente.

Veja:

Mais segurança

Você sabia que, em 2021, o Brasil ocupou o topo do ranking mundial em vazamento de dados? 

Relatório do Statista aponta para um crescimento de 37% nas violações de dados do segundo para o terceiro trimestre de 2022, com aproximadamente 15 milhões de registros de dados expostos em todo o mundo. 

Por isso, buscar formas mais efetivas de segurança da informação é fundamental. E esse é um grande motivo para as empresas adotarem a autenticação de multifator.

O MFA é uma camada extra de segurança que ajuda a proteger as informações contra acesso não autorizado. Este tipo de autenticação reduz o risco de violação de dados e dificulta o acesso de hackers a sistemas sensíveis.

Conformidade com as leis

As organizações devem cumprir várias regulamentações, tais como GDPR e LGPD, que exigem medidas de autenticação fortes.

O MFA cumpre exatamente esse papel de ajudar as empresas a cumprir com os regulamentos do setor. Ao implementá-lo, as empresas demonstram que estão tomando medidas para proteção de dados de seus clientes e funcionários.

Melhora na experiência do usuário

Uma boa estratégia de autenticação multifator deve buscar um equilíbrio entre a busca por uma segurança digital eficiente e a conveniência para o usuário, sem impactar sua experiência de uso de determinada solução ou sistema.

Com o MFA, é possível melhorar a experiência do usuário ao tornar a autenticação mais fácil e mais segura. Isso porque eles ficam menos propensos a esquecer suas senhas ou a serem bloqueados fora de suas contas. 

Maior integração à infraestrutura do negócio

O AMF também pode ajudar as empresas a integrar melhor a segurança em sua infraestrutura de negócios. 

Ao adicionar uma camada adicional de autenticação, as empresas podem garantir que somente usuários autorizados tenham acesso a dados sensíveis.

Este nível de segurança ajuda a proteger a empresa contra atores maliciosos e garante que todos os funcionários sigam o mesmo protocolo ao acessar os dados. Isto ajuda a criar um ambiente de trabalho mais seguro .

Além disso, permite o empreendimento de iniciativas digitais de maneira eficaz.

Como implementar a autenticação multifator em sua organização?

Para implementar a autenticação multifator, o gestor deve escolher a tecnologia e o protocolo de autenticação que atenda às necessidades da sua organização.

É possível, por exemplo, escolher apenas a verificação em duas etapas para algum tipo de acesso. 

Para um sistema que demanda maior segurança, pode ser utilizado o autenticador. Nele, a identidade é verificada por um aplicativo que faz a confirmação do usuário. 

Será preciso, também, definir se o sistema exigirá as várias autenticações no primeiro acesso ou em cada um deles. 

Após escolher o protocolo, habilite o MFA nas contas e aplicações chave conforme a definição. Nelas, é comum que exista uma seção de “Segurança” que permite a configuração de autenticação multifatorial.

Por fim, crie uma política sobre o funcionamento da autenticação multifator dentro da sua organização e treine seus funcionários sobre o uso. 

Assim, todos saberão seguir o mesmo protocolo e se manterão atualizados para garantir que os atores maliciosos sejam mantidos de fora.

Os impactos da cloud computing na autenticação multifatorial

A implementação da computação em nuvem é cada vez mais comum nas empresas, que passaram a hospedar sistemas, dados e arquivos na cloud.

O risco da violação de dados passou a ser grande. Isso porque o volume de informações hospedadas é imenso, e os usuários podem estar localizados em qualquer lugar, e não somente nas redes corporativas. 

Diante disso, as camadas extras de segurança da autenticação multifator passam a ser essenciais. 

Além dos fatores de conhecimento, posse e inerência, há tecnologias que permitem os fatores de localização. 

Vale destacar que as soluções de cloud já trazem uma variedade de recursos de segurança, tais como soluções de gerenciamento de identidade e acesso para proteger as contas dos usuários.  

No entanto, com o MFA, as organizações conseguem aproveitar todo o benefício da cloud computing com uma camada extra de segurança.

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Além de conferir agilidade e produtividade ao fluxo de documentos empresariais, a ferramenta está em conformidade com a LGPD. 

Ela também garante a segurança e a validade jurídica em todo o processo, desde a coleta de assinaturas até a guarda documental realizada na TOTVS Cloud.

Inclusive, a solução em nuvem é outro benefício do uso da TOTVS Assinatura Eletrônica, pois garante a segurança das informações.

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Conclusão

A autenticação multifator é uma importante medida de segurança para qualquer organização que queira manter seus dados seguros e protegidos. 

Ela oferece proteção extra além de senhas e ajuda a garantir que somente usuários autorizados tenham acesso a sistemas sensíveis. 

Além disso, é um recurso que melhora a experiência do usuário e ajuda as empresas a cumprir com as regulamentações do setor. 

Ao adotar o MFA, o gestor garante uma cama extra de segurança para sua organização. Porém, há outros passos importantes para proteger seu negócio. Saiba como fazer uma política de segurança da informação!

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