Sensor de fadiga: segurança para motoristas, eficiência para logística — entenda tudo sobre o sistema

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 02 novembro, 2023

A tecnologia do sensor de fadiga para caminhões revolucionou a logística comercial em vários aspectos, com redução de custos, melhor performance e salvando vidas.

Os sensores instalados na cabine conseguem detectar comportamentos do condutor que podem indicar cansaço e envia esses dados à central de monitoramento.

Assim, é possível acompanhar em tempo real e fazer uma gestão da jornada eficiente focada no bem-estar dos motoristas e sucesso dos transportes.

Neste artigo vamos nos aprofundar mais na ciência por trás dessa solução e ainda trazer várias dicas para lidar com a fadiga ao volante. Boa leitura.

O que é o sensor de fadiga?

O sensor de fadiga ou detector de fadiga tem esse nome auto explicativo, pois identifica comportamentos que sinalizam cansaço extremo do condutor de um veículo.

Porém, não é só a fadiga que a tecnologia analisa, mas sim vários comportamentos que podem representar algum tipo de risco para aquela operação.

São vários os modelos de detectores disponíveis, desde os mais simples até os mais robustos que entregam alertas em tempo real para um controle preciso.

Considerando os modelos mais completos, os sensores podem identificar os seguintes sinais e comportamentos:

  • Fadiga;
  • Uso de celular ao volante;
  • Distrações diversas;
  • Uso de cinto de segurança;
  • Cigarro na mão do motorista;
  • Distância de outros veículos;
  • Troca de faixa sem sinalização;
  • Zigue-zague na pista.

Todos esses comportamentos podem, em conjunto, indicar a fadiga excessiva ou mesmo riscos oriundos de distração.

Quanto ao sensor de aproximação, este permite que o motorista tenha noção da proximidade de outros veículos, mesmo que estejam no ponto cego do caminhão.

Motocicletas e carros esportivos, por exemplo, são muito baixos e podem escapar da visão do condutor de carretas muito altas.

Junto aos sensores são instaladas câmeras com tecnologia de reconhecimento facial avançadas para detectar ações indicativas de fadiga como bocejos, pálpebras baixas e olhos fechados.

Após essas detecções, os sistemas podem emitir alertas automáticos como forma de repreensão ao comportamento de distração e/ou indicar uma pausa para descanso.

Esses dispositivos mantém os condutores alerta, o que diminui muito os riscos de acidentes.

Associado a outros itens de segurança, como controle de velocidade, o monitoramento dos transporte se torna mais eficiente e seguro para todos os envolvidos.

Como funciona o sensor de fadiga?

O conceito é bem simples: os sensores analisam constantemente as feições do motorista e por meio de inteligência artificial identificam distrações e/ou fadiga.

Na sua aplicação otimizada é utilizado um sistema DSM (Driver Status Monitor) que consiste em câmeras posicionadas estrategicamente nas cabines.

Sempre que captam uma ação considerada arriscada, emite um alerta para o condutor e para a central de monitoramento.

Agregado a um sistema ADAS (Advanced Driver Assistance System) com câmeras apontadas para pista obtém dados externos para refinar a análise dos riscos.

Um exemplo simples disso é caso o motorista entre no caminhão e se esqueça de colocar o cinto de segurança em um momento apressado.

Rapidamente o sistema detecta e emite um alerta sonoro para que ele seja lembrado de colocar o item de segurança.

Essa mesma lógica vai valer para todos os outros comportamentos já citados.

Além disso, todo esse sistema é conectado à plataforma de monitoramento da frota, assim os analistas podem intervir para recomendar pausas, por exemplo.

Quais são os tipos de detectores de fadiga?

Nos primórdios das soluções que visavam uma redução de acidentes, os detectores de fadigas eram bem simples.

Consistiam em uma câmera a bordo da cabine, focada no rosto do condutor para analisar sinais de sonolência.

À medida que a tecnologia avançou, novos itens surgiram para complementar e potencializar essa detecção.

Alguns carros inclusive já contam com esse sistema de fábrica, mas para caminhões ainda é bastante incipiente o uso dos sensores.

Por isso que no caso dos transportes rodoviários comerciais, tem havido um aumento na implementação desses sistemas nos caminhões, já que hoje são relativamente mais acessíveis.

Os resultados positivos validam a eficácia de se investir nessa tecnologia, principalmente na versão mais completa possível.

Isso porque, quanto mais sensores houver a bordo, mais dados serão captados, então a identificação desses comportamentos de distração e fadiga será muito mais ágil.

Vale considerar que as tecnologias estão em constantes avanços e, sem dúvidas, os sensores de fadiga serão cada vez mais aprimorados com automação dos transportes.

Quais comportamentos de risco o sensor de fadiga é capaz de detectar?

sensor de fadiga: comportamentos de risco detectáveis

Vamos partir dos recursos disponíveis nos modelos mais avançados, ok?

Esses são capazes de detectar inúmeras nuances de comportamento que vão de fato tornar as viagens mais seguras.

As principais tecnologias DSM utilizam reconhecimento facial com IA para perceber movimentos dos olhos e das pupilas.

Pálpebras baixas, pupilas dilatadas e bocejos consecutivos são alguns dos sinais detectados em tempo real pelo sistema.

Após essa percepção, alertas são emitidos para manter o motorista atento enquanto a central de monitoramento vai receber as mesmas informações.

Com isso, é possível fazer um gerenciamento dessa rota e recomendar uma pausa, e ainda traçar rotas para postos de descanso ao longo do trajeto. 

Esses mesmos sensores também são capazes de fazer o reconhecimento do motorista.

Em outras palavras, se outro condutor subir no caminhão isso é detectado na hora.

O caminhão pode ser bloqueado, evitando eventuais furtos ou mesmo um condutor não autorizado na operação.

Em média, qual é o preço de um sensor de fadiga?

Conforme mencionamos, são várias as opções no mercado, porém na média, estão na faixa dos R$ 1.400, sem contar a mão de obra da instalação.

Obviamente que serviços mais robustos podem ter custos maiores, principalmente quando se associa sistemas DMS com ADAS.

A recomendação é buscar opções que se encaixam no orçamento e aos poucos aprimorar a solução com outros sensores e sistemas integrados.

Por que contar com esse sistema em sua frota?

A resposta direta é a segurança do condutor e consequentemente da carga.

Porém, podemos propor outra pergunta: por que não ter esse sistema?

Independentemente do tamanho da sua frota, ter esses sensores ativos nos seus caminhões representa inúmeros benefícios.

Quando bem aplicada, esse tipo de solução pode diminuir muito ou até zerar os acidentes envolvendo seus veículos, o que é motivo suficiente para considerar a instalação.

Um simples acidente na pista pode representar prejuízos humanos e materiais imensuráveis, sem falar na mancha que isso traz para a reputação do seu negócio.

Mesmo com um seguro de carga, por exemplo, há coisas que não se resolvem com indenização. 

Portanto, zerar os riscos à integridade física dos seres humanos é o motivo base para contar com esse sistema. 

Os benefícios materiais e operacionais serão bônus dessa implementação.

Os riscos de se dirigir cansado e sonolento

sensor de fadiga: riscos de dirigir cansado e sonolento

Os efeitos da fadiga ao volante são bastante documentados e, de acordo com pesquisas da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), essa é a segunda maior causa de acidentes de trânsito.

Um dos fatores apontados é o fato da insistência por parte dos condutores que continuarem a dirigir nessas condições.

A sensação relatada pelos condutores é que sempre é possível ir além, mesmo com cansaço extremo.

Ao associar isso com outras condições como prazos apertados de entrega, rotas mal planejadas e pistas irregulares, temos a tempestade perfeita para acidentes ocorram.

Insistir em dirigir em estado de fadiga é uma das coisas que o sistema de sensores ajuda a diminuir, já que emite vários alertas contra isso.

Essa função é vital, uma vez que pesquisas já demonstraram que o efeito do sono ao volante pode ser comparável ao da ingestão do álcool.

Por isso, para evitar esse tipo de situação, é ideal atacar de forma preventiva para evitar que o condutor dirija nesse estado.

Dicas que ajudam os motoristas a evitar a fadiga ao volante

Ficou óbvio que dirigir cansado é um perigo gigantesco que eventualmente resulta em acidentes.

Então por que não atacar o problema de forma preventiva?

É isso que vamos abordar nas dicas a seguir:

Fazer paradas para descanso

A Lei da jornada do motorista, popularmente chamada de lei do descanso, estabelece pausas periódicas para garantir o bem estar do condutor e eficiência do transporte.

Além da obrigação legal, é importante ter bom senso para compreender o momento de parar e descansar antes de voltar para a estrada.

É importante considerar o aspecto humano e que nem sempre estaremos em plenas condições psicológicas e emocionais.

Então, fazer pausas mesmo fora dos tempos pré-determinados pode ser fundamental para que o motorista dirija sempre em condições seguras.

Fazer viagens mais curtas

sensor de fadiga: fazer viagens mais curtas

Esse ponto é complexo, pois sabemos que nem sempre é possível fazer viagens curtas, porém é recomendável “encurtá-las”.

Ou seja, planejar pontos de paradas que evitem que o motoristas passe muito tempo consecutivo na direção.

Uma sugestão é investir em softwares de roteirização para que esse planejamento seja mais eficiente, de forma a não impactar no tempo e qualidade das entregas.

Evitar trafegar em determinados horários

Algumas rodovias possuem restrição de horário de circulação para caminhões de carga, o que torna esse ajuste complexo.

Essas restrições podem variar de cada estado e também ser aplicadas em datas específicas, por isso devem ser consideradas ainda na etapa de planejamento logístico.

Isso dito, a recomendação aqui é evitar trafegar no período entre meia noite e 6h da manhã.

Nosso organismo aumenta a produção de melatonina nesse horário, o que causa maior sonolência.

Nem sempre será possível esse ajuste devido aos tempos de entrega, porém, planeje suas rotas com essa informação em mente.

Ter uma boa noite de sono

A já citada lei do descanso determina que após várias horas ao volante, o motorista precisa ter ao menos 8 horas de pausa.

É fundamental aproveitar esse período para garantir uma boa noite de sono.

A privação de sono tem efeitos nocivos ao organismo humano, então é ideal evitá-la.

Alguns motoristas optam por dormir menos horas, e isso, no médio e longo prazo, pode gerar uma bola de neve de fadiga acumulada.

Evite esse cenário e procure dormir ao menos entre 6 a 8 horas seguidas.

Prestar atenção aos sinais

Os sensores de fadiga são auxílios importantes na detecção de sinais de cansaço, porém o próprio motorista pode sair na frente.

Inclusive, há sinais que os sensores não são capazes de detectar, como cãibras, desconforto físico, visão turva e mal-estar em geral.

Ao perceber que está nesse tipo de condição é recomendável fazer pausas curtas, tomar um café, fazer alguns exercícios e por aí vai.

Estar com os exames médicos sempre em dia também é uma forma de se manter sempre na ponta dos cascos para conduzir veículos profissionalmente.

Beber bastante água

sensor de fadiga: beber bastante água

Negligenciada principalmente quando a temperatura cai, o consumo de água é fundamental para combater a fadiga.

O consumo de café e energético não são problemas, desde que sejam moderados, porém beber água é vital para o bem-estar físico e mental.

O motorista bem hidratado estará mais atento, uma vez que manter a oxigenação do cérebro alta contribui para estar sempre alerta.

A tecnologia como aliada em suas operações logísticas

Tecnologias aplicadas a logística, como o sensor de fadiga, tem o potencial de revolucionar as operações de transporte comercial.

Protegem vidas humanas, otimizam os processos e reduzem os custos de forma muito mais eficiente que outras soluções.

Ao monitorar proativamente os níveis de fadiga dos motoristas em tempo real, as empresas podem economizar dinheiro em prêmios de seguro, custos de combustível e despesas de manutenção. 

Além disso, tecnologias como software de otimização de rotas podem ajudar as empresas a reduzir o número de quilômetros que seus motoristas de carga viajam, por meio de rotas mais diretas e eficientes. 

Para maximizar a eficácia dessas tecnologias, é importante garantir que sejam adequadamente implementadas e integradas aos processos de negócios existentes. 

Conclusão

Podemos concluir que os sensores de fadiga representam uma revolução no quesito de segurança das operações de transportes.

É a tecnologia a serviço da diminuição dos riscos inerentes à atividade, bem como da otimização de processos complexos da logística.

Esse cuidado com o bem-estar dos motoristas associado a uma roteirização eficiente, transforma positivamente qualquer operação de transporte comercial.

Conheça mais sobre a roteirização e veja como otimizar a cadeia de suprimentos de ponta a ponta.

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