Transporte coletivo: importância e como gerenciar

Equipe TOTVS | 30 dezembro, 2022

O transporte coletivo público é uma parte importante da vida de muitas pessoas e é crucial que ele seja gerenciado de forma eficaz.

Ele ajuda as pessoas a se deslocarem rápida e facilmente, sem ter que se preocupar com o trânsito ou com o estacionamento.

Contudo, o transporte público também pode ser caro e difícil de administrar. Por isso, aqui estão algumas dicas para tirar o máximo proveito dos equipamentos que o compõem.

Afinal, o que é um transporte coletivo?

Transporte coletivo é o nome dado para todo meio de transporte público fornecido pelo Estado, podendo ser prestado por órgãos públicos ou por empresas concessionárias.

De acordo com a Constituição Federal do Brasil, o transporte coletivo é um serviço público essencial. Ou seja, a sua interrupção pode colocar a população em risco iminente de sobrevivência, saúde ou segurança.

O transporte público é um dos processos mais importantes da gestão das cidades, pois impacta diretamente na vida das pessoas e no trânsito das principais vias do município.

Um modelo adequado e otimizado permite reduzir congestionamentos, emissão de poluentes, número de acidentes de trânsito, assim como gerar uma melhora significativa nos índices de qualidade de vida dos cidadãos, que podem se deslocar livremente pela cidade.

De acordo com a legislação, o transporte coletivo deve atender a toda a população sem nenhum tipo de diferenciação de classe, cor, gênero, idade, deficiência ou qualquer outra forma de discriminação.

Por esse motivo, a grande maioria das áreas urbanas de médio ou grande portes possui algum tipo de transporte coletivo para atender à sua população.

Como funciona esse tipo de transporte?

Como diria o escritor de ficção científica Robert A. Heinlein, em seu livro The Moon is a Harsh Mistress, de 1966, “não existe almoço grátis”. Ou seja, mesmo que o transporte seja público, ele gera um custo: ou para o indivíduo, ou para a sociedade.

Portanto, o transporte coletivo pode funcionar gratuitamente ou com o usuário pagando pela passagem ou pela corrida.

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Quais são os meios de transporte coletivos?

Os transportes coletivos podem ser divididos em três categorias principais: transportes aéreos, terrestres e aquaviários. Entenda melhor:

Aéreo

O transporte coletivo aéreo diz respeito à movimentação de pessoas pelo ar, mediante a utilização de aviões, balões, dirigíveis ou helicópteros.

Esse tipo de transporte é usado preferencialmente para passageiros, cargas e mercadorias urgentes ou de alto valor agregado.

Trata-se do meio de transporte que mais contribuiu para a redução da distância-tempo das viagens, pois consegue percorrer muito rapidamente longas distâncias.

O transporte aéreo conseguiu superar todos os outros meios de transporte de passageiros quando o assunto são médias e longas distâncias. Mas, no caso do transporte de cargas, não é a opção mais viável devido ao seu alto custo.

Rápida, cômoda e segura, a aviação no Brasil é fiscalizada pela ANAC, a Agência Nacional de Aviação Civil, que tem o dever de garantir que os aeroportos no país sejam locais com uma infraestrutura planejada para a aterrissagem, decolagem, abastecimento, movimentação e diversos outros serviços de apoio às aeronaves.

Terrestre

O transporte coletivo terrestre é aquele que é realizado por meio do sistema rodoviário. Ou seja, que utiliza estradas, ruas e rodovias para o transporte de pessoas.

Ele pode ser dividido em dois modais principais: ônibus ou trens.

Os ônibus são o tipo de transporte coletivo mais utilizado pela população no Brasil devido à baixa incidência de trens no país.

Nas cidades, os ônibus transportam passageiros entre os bairros, enquanto os intermunicipais circulam entre cidades e os interestaduais levam de um Estado para outro.

Normalmente, esse tipo de transporte é administrado por empresas privadas que são supervisionadas por órgãos ligados ao governo e à Secretaria de Transportes.

O método mais popular no Brasil é o sistema BRT (Bus Rapid Transit), ou Transporte Rápido por Ônibus, que é um meio de transporte coletivo que proporciona mobilidade rápida, confortável, segura e eficiente em rodovias.

Ele foi criado e implementado pela primeira vez em Curitiba em 1974, por Jaime Lerner, arquiteto e prefeito da cidade na época. As mudanças transformaram a capital em um sucesso urbano.

O sistema funciona operando por uma faixa de rodagem exclusiva (corredor de ônibus), uma forma de evitar o congestionamento do tráfego.

O embarque e desembarque é feito em estações com cobrança de tarifa fora do veículo, um método escolhido para diminuir o atraso no trânsito de passageiros entrando e saindo dos ônibus.

As estações são construídas no nível do piso dos veículos e os ônibus da cidade têm prioridade nos cruzamentos para evitar atrasos em intersecções.

Transporte rápido

Outro método urbano muito eficiente é o metrô, um meio de transporte que circula sobre trilhos transportando passageiros em longas distâncias dentro da cidade.

É um serviço capaz de diminuir muito o trânsito nas cidades, pois permite transportar uma quantidade muito grande de passageiros em uma única viagem e muito mais rápido do que por meio de ônibus disputando o espaço das ruas com carros.

Algumas cidades do Brasil que já utilizam esse sistema são Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.

Outro método ferroviário urbano são os VLTs (os antigos bondes) e o monotrilho, que utiliza um único trilho para a sua locomoção, otimizando o transporte em locais mais apertados.

Já em longas distâncias, os trens são o método de transporte mais eficiente para transportar grandes quantidades de cargas, pois um único veículo consegue carregar uma quantidade muito maior de vagões do que um caminhão na estrada.

Hoje em dia, essa vantagem competitiva dos trens é ainda maior, já que existem trens de alta velocidade que conseguem fazer distâncias muito longas em poucas horas.

O Shangai Maglev, da China, por exemplo, é uma linha ferroviária que conecta o aeroporto de Pudong de Xangai com a estação Longyang Road, no centro da cidade, e atinge uma velocidade impressionante de 460 quilômetros por hora, mais da metade da velocidade média de aviões.

Aquaviário

O transporte aquaviário, por sua vez, é aquele em que o trânsito de pessoas é feito por meio de barcas, navios e outros métodos de navegação em oceanos, rios, riachos, lagoas e lagos.

Ele pode ser dividido em marítimo, fluvial ou hidroviário, a depender se ocorre em grandes mares e oceanos, dentro dos rios, lagoas ou lagos.

O transporte marítimo é aquele em que a locomoção de passageiros acontece por meio de embarcações no mar e pode ser dividido em dois tipos de navegação:

  • Longo curso ou internacional: ocorre entre os portos brasileiros e os portos estrangeiros, em outras nações;
  • Cabotagem ou costeira: ocorre quando o transporte é feito entre pontos específicos da costa brasileira ou entre um ponto costeiro e um fluvial.

Já o transporte coletivo fluvial ou hidroviário ocorre por meio de hidrovias. Isto é, locais estabelecidos e autorizados para a navegação sobre as águas, como lagos, rios e lagoas.

Qual a importância do transporte coletivo?

O transporte coletivo é muito importante para diminuir os níveis de trânsito entre as cidades e para garantir o direito à locomoção.

Nas cidades, ele ajuda a reduzir o número de congestionamentos, pois transporta mais pessoas de uma só vez, além de ser um método mais barato e que ajuda as pessoas a economizarem dinheiro com gasolina, impostos sobre os veículos e custos fixos, como estacionamento.

Dados todos estes benefícios, é claro que o transporte coletivo é uma parte importante de qualquer cidade.

Um panorama sobre o transporte coletivo no Brasil

Um levantamento do próprio setor revelou que o Brasil nunca teve uma frota de ônibus tão velha quanto agora, entre 2021 e 2022, sendo a mais velha dos últimos 30 anos.

Atualmente, os ônibus estão com uma idade média de seis anos, um cenário proporcionado pela crise histórica do transporte público brasileiro, fenômeno potencializado pela crise de covid-19.

O fator principal para esse desmonte do transporte coletivo no Brasil foi a perda de 11 milhões de passageiros em 2021, o que acarretou em uma ausência de fontes de financiamento social que impactam nos investimentos no setor.

Transporte público e coletivo são a mesma coisa?

Sim. De acordo com o inciso V do Art. 30 da Constituição Federal, os meios de transporte públicos são aqueles que são gerenciados, primariamente, pelo poder público ou por empresas privadas por meio do regime de concessão ou permissão.

Já o transporte coletivo é um conceito que diz respeito ao deslocamento de pessoas não individual. Ou seja, feito ou pelo poder público ou por empresas privadas, que, por sua vez, são autorizadas e  fiscalizadas por órgãos públicos como a ANAC.

Como melhorar o transporte coletivo?

Existem várias formas de melhorar o transporte coletivo nas cidades, e todas elas envolvem algum tipo de investimento na infraestrutura das cidades.

Confira algumas sugestões para melhorar o transporte coletivo:

  • Mapear a lotação dos ônibus e linhas de metrô para criar políticas públicas que amenizem o problema, como a diminuição do limite de velocidade em certas vias da cidade, para evitar problemas no embarque e desembarque de passageiros;
  • Criar um sistema único de transporte para garantir o acesso ao direito;
  • Implementar a intermodalidade, ou seja, as possibilidades de usar vários meios de transporte para percorrer um trajeto;
  • Melhorar a infraestrutura das calçadas e ruas para garantir a acessibilidade;
  • Ampliar as vagas de emprego na periferia para reduzir o número de deslocamentos;
  • Melhorar o acesso à internet para o uso de apps que permitam às pessoas saber quando o ônibus que elas desejam pegar vão passar ou acessar carros privados por aplicativo;
  • Ouvir a população das favelas e periferias para buscar soluções.

Quais são os objetivos da gestão de transporte coletivo?

A gestão do transporte coletivo tem como objetivo:

Organizar as operações

Fazer um cadastro de todas as vias pelas quais os ônibus irão circular de modo a criar trajetos que otimizem o trânsito na cidade, diminuindo os índices de congestionamento.

Reduzir custos e aumentar a rentabilidade

Efetuar o monitoramento rigoroso dos veículos e seu estado físico para implementar manutenções corretivas, preventivas e preditivas, de forma diminuir os custos e aumentar a rentabilidade.

Além disso, ele pode ser utilizado para diminuir os custos com combustível e pedágios, por meio da roteirização de viagens.

Aumentar a segurança nos trajetos

Por meio da orientação e treinamento constante do motorista, ajuda a controlar o tráfego por meio de vias e linhas devidamente autorizadas, com fiscalização e mais segurança para as pessoas.

Montar uma escala inteligente para os motoristas

Controlar a jornada de trabalho dos motoristas, diminuindo os custos com horas extras e despesas que podem ser prevenidas.

No longo prazo, você pode, por exemplo, implementar uma prática de rodízio de motoristas e paradas inteligentes, diminuindo o tempo de ociosidade dos veículos.

Monitorar a manutenção dos veículos

Outro objetivo da gestão do transportes coletivos diz respeito ao gerenciamento dos veículos da frota em seus aspectos particulares.

Com o auxílio de sistemas como o TOTVS Gestão de Frotas, por exemplo, as empresas e administradoras dos veículos podem implementar metodologias de administração e monitoramento muito mais eficientes.

Em outras palavras, esses sistemas oferecem uma visão completa sobre a frota e suas necessidades, como gestão de pneus, gestão de manutenções, agendamento de revisões, entre outros.

Orientar as rotas de circulação dos veículos

Por fim, um dos objetivos que pode ser implementado pelo poder público das cidades é a criação de leis e orientações de circulação para controlar o tráfego.

Um exemplo disso é o já citado BRT, em que há a criação de linhas de tráfego exclusivas para os veículos de transporte público. 

Como um software pode ajudar na gestão de transporte coletivo?

Você pode utilizar softwares, como o TOTVS Gestão de Frotas, por exemplo, para gerenciar todos os veículos da sua frota e monitorar a eficiência dos veículos e dos motoristas.

Outras soluções, como o TOTVS Roteirização e Entregas, podem te ajudar a diminuir os custos com o transporte por meio do uso da geolocalização para a criação de rotas inteligentes, que diminuem os índices de ociosidade dos veículos, ou seja, evitam que eles andem vazios, sem passageiros.

Já um sistema de gestão de transportes pode te ajudar a gerenciar as vendas de passagens, evitando divergências de cálculos de repasse e pagamentos para parceiros.

TOTVS Gestão de Frotas

O TOTVS Gestão de Frotas é uma solução abrangente de gerenciamento de frotas que ajuda as empresas a otimizarem seus custos de operação de veículos.

O software permite que as empresas rastreiem e gerenciem seus veículos de frota, registros de manutenção e comportamento do motorista.

Além disso, o TOTVS Gestão de Frotas oferece recursos abrangentes de relatórios que ajudam as empresas a identificarem áreas de melhoria.

Como resultado, você pode economizar dinheiro reduzindo as despesas de combustível, os custos de manutenção e os acidentes.

Reduza custos e otimize recursos com o TOTVS Gestão de Frotas!

Conclusão

Gerenciar uma frota de transporte coletivo pode ser difícil, mas com a ajuda do TOTVS Gestão de Frotas essa tarefa ficou mais fácil do que nunca.

Nosso software é projetado para tornar o gerenciamento de seus veículos e motoristas fácil e eficiente, fornecendo indicadores de desempenho capazes de ajudar você a identificar gargalos e economizar no longo prazo.

Temos anos de experiência ajudando empresas de transporte como a sua a funcionarem sem problemas e com eficiência. Que tal continuar aprendendo no nosso blog? Aproveite para conferir o artigo que produzimos sobre gestão de frotas!

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