No universo da programação, o REST — Representational State Transfer — tem o objetivo de definir características fundamentais para o desenvolvimento de aplicações Web, que só funciona da maneira como conhecemos graças a essas práticas.
Os benefícios mais conhecidos dessa prática são a facilidade de execução, o alto aproveitamento da infraestrutura web e um formato de aprendizado descomplicado. Pensando nisso, preparamos este artigo para te ajudar a entender um pouco melhor sobre o conceito. Continue a leitura para saber mais!
O que é REST?
A sigla REST, em português, significa “Transferência de Estado Representacional”. Concebido como uma abstração da arquitetura da web, trata-se de um conjunto de princípios e definições necessários para a criação de um projeto com interfaces bem definidas.
A utilização da arquitetura REST, portanto, permite a comunicação entre aplicações. Ao abrir o navegador, ele estabelece uma conexão TCP/IP com o servidor de destino e envia uma requisição GET HTTP, com o endereço buscado.
O servidor, então, interpreta a requisição, retornando com uma resposta HTTP ao navegador. Essa resposta pode ser completa, com representações em formato HTML, ou apresentar erro, afirmando que o recurso solicitado não foi encontrado.
Esse processo é repetido diversas vezes em um período de navegação. Cada nova URL aberta ou formulário submetido refaz as etapas que descrevemos. Dessa forma, esses elementos permitem a criação de aplicações web, desenhando a forma como navegamos na internet.
Os Web Services que adotam REST são mais leves e perfeitos na busca da metodologia ágil. Outro diferencial é a flexibilidade, sendo possível escolher o formato que melhor se encaixa para as mensagens do sistema. Os mais utilizados, além do texto puro, são Json e XML, dependendo da necessidade de cada momento.
REST e RESTful são a mesma coisa?
Agora que você já conheceu um pouco mais sobre o REST, está na hora de entender o que é RESTful. Embora possam gerar certa confusão, os dois termos revelam o mesmo propósito. Sendo assim, podemos dizer que sistemas que utilizam determinações REST são chamados de RESTful.
- REST: representa um apanhado de princípios de arquitetura,
- RESTful: representa a condição de um sistema específico em aplicar os conceitos de REST.
Diferenças entre SOAP e REST
Enquanto o REST é mais simples de entender e bastante acessível, existe uma lacuna em relação a padrões, sendo considerado e visto mais como uma abordagem de arquitetura.
O SOAP, por sua vez, está estabelecido no mercado, com protocolos bem estruturados e um conjunto de regras bem estabelecidas. Ao contrário do REST, que utiliza o HTTP/HTTPS, nesse protocolo as requisições são enviadas por qualquer meio de transporte disponível, incluindo SMTP e JMS (Java Messaging Service).
- Baseado em XML, o SOAP age de três maneiras, por meio de um envelope:
- Definindo o conteúdo da mensagem e informando como processá-la;
- Determinando um conjunto de regras de codificação para os tipos de dados,
- Acertando o layout para os procedimentos de chamadas e respostas.
Esse envelope é enviado, por exemplo, pelo HTTP/HTTPS. É executada, então, uma RPC (Remote Procedure Call), retornando com informações do documento XML formatado.
Essa abordagem pode ser considerada um tanto prolixa e com análises ligeiramente mais demoradas. Ambas as tecnologias, porém, são viáveis para os desenvolvedores web. Por atenderem à diversas exigências da programação, SOAP e REST podem, inclusive, trabalhar em parceria.
Relação entre HTTP e REST
O HTTP (HyperText Transfer Protocol) é o caminho mais conhecido nas transferências de dados. A maioria das APIs RESTful utilizam o HTTP como protocolo de comunicação oficial, uma vez que apresenta uma interface de operações padronizadas.
O HTTP permite criar, atualizar, pesquisar, executar e remover operações, atuando sob determinados recursos. Apresenta também um apanhado de respostas, guiando os clientes (navegadores ou APIs) nas suas ações diante de resposta específicas.
Boas práticas para o REST
Ao lidar com o restful Web services, o esperado é que, ao construir aplicações, o usuário conte com um sistema que explora a arquitetura da Web em seu benefício. Entre as ações fundamentais que você deve se ater dentro dessa rotina, podemos citar:
- Determinar um identificador para todas as coisas;
- Vincular e dar interação as coisas;
- Usar métodos que possuam um padrão;
- Definir recursos com representações variadas,
- Dar prioridade a uma comunicação sem estado.
Mesmo que muitas aplicações web não obedeçam às convenções de métodos e respostas, é de suma importância, sempre que possível, programar utilizando-as da forma mais adequada possível.
Saiba mais sobre desenvolvimento!
Você sabia que a TOTVS utiliza a arquitetura REST em suas aplicações? Nesse conteúdo, apresentamos esse conceito, abordando suas definições, particularidades e vantagens. Com as constantes mudanças e avanços da tecnologia, é essencial manter-se atualizado e informado sobre as melhores práticas desse universo.
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