O que é gestão agrícola e como alcançar eficiência em sua operação?

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Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 17 julho, 2025

Você sabe como a gestão agrícola pode ser o diferencial diante dos desafios do campo? 

As incertezas do clima, a montanha-russa dos preços no mercado, a dificuldade de controlar cada centavo que entra e sai, e a sensação de que, por mais que se esforce, o lucro nem sempre reflete todo o seu trabalho duro, são dores reais e comuns a muitos que lidam com a agricultura. 

A boa notícia é que existe um caminho para transformar esses desafios em resultados consistentes: a gestão agrícola. 

Ela é o pilar do sucesso de qualquer empreendimento rural nos dias de hoje. Não se trata apenas de plantar e colher, mas de aplicar princípios de administração e negócios ao campo, otimizando cada etapa da produção para alcançar máxima eficiência e rentabilidade. 

Em um cenário global cada vez mais competitivo, onde as margens podem ser estreitas e os desafios climáticos e de mercado são constantes, uma gestão do agronegócio sólida e bem executada faz toda a diferença.

Este artigo foi elaborado pensando em você e nas suas maiores preocupações. Vamos explicar o que é ela, mostrar como você pode ter mais eficiência, controlar melhor seus custos e, finalmente, fazer seu trabalho render muito mais na sua operação. 

Continue lendo e prepare-se para entender tudo sobre o assunto!

O que é gestão agrícola?

Trata-se de um conjunto de práticas administrativas e operacionais aplicadas a um negócio rural com o objetivo de otimizar a produção, controlar custos, gerenciar recursos humanos, financeiros e naturais, e tomar decisões estratégicas para garantir a sustentabilidade e a lucratividade da propriedade. 

É a arte e a ciência de transformar a paixão pela terra em um negócio próspero. Engloba desde o planejamento da safra até a comercialização dos produtos, passando pela gestão de insumos, maquinário, equipes e finanças. 

Em essência, é a inteligência aplicada ao agronegócio que busca aprimorar todos os elos da cadeia produtiva. 

Portanto, a gestão agrícola moderna vai além das técnicas tradicionais, incorporando inovações e ferramentas que potencializam os resultados.

Imagine que Sofia trocou a vida agitada da cidade pelo campo e rapidamente aprendeu que a agricultura era muito mais do que plantar e colher. Ela, então, passou a encarar a fazenda como uma empresa. 

Começou a planejar cada safra, pesquisando o solo e o mercado. Implementou um rigoroso controle financeiro, monitorando cada gasto para otimizar os lucros. Sofia também valorizava sua equipe, investindo em treinamentos e capacitação.

A tecnologia se tornou sua aliada, com drones para monitorar as plantações e software de gestão agrícola para prever demandas. 

A gestão de estoque foi otimizada para evitar desperdícios e ela cultivou uma boa carteira de fornecedores, transformando-os em parceiros.

Mesmo diante de secas e quedas de preços, a gestão do agronegócio permitiu que Sofia tomasse decisões rápidas e estratégicas, transformando desafios em oportunidades. 

Por fim, ela demonstrou que a gestão agrícola é o fio condutor que conecta todas as etapas da operação: do planejamento estratégico à análise de dados, do controle financeiro à valorização das pessoas e ao uso inteligente da tecnologia na agricultura

Quais atividades compõem a gestão agrícola?

A amplitude da gestão agrícola é vasta e abrange diversas frentes essenciais para a operação rural. Dentre as principais atividades, podemos destacar:

  • Planejamento agrícola da produção: definição das culturas a serem plantadas, estimativa de produção, rotação de culturas, escolha de sementes e variedades, e cronogramas de plantio e colheita;
  • Gestão financeira: controle de receitas e despesas, elaboração de orçamentos, análise de fluxo de caixa, gestão de dívidas e investimentos, além da busca por linhas de crédito;
  • Gestão de estoques: monitoramento de insumos (fertilizantes, defensivos, sementes), peças de reposição e produtos acabados, garantindo a disponibilidade e evitando perdas ou desperdícios;
  • Gestão de pessoas: contratação, treinamento e desenvolvimento de equipes, definição de funções, gestão de escalas de trabalho e garantia de um ambiente produtivo e seguro;
  • Gestão de maquinário e equipamentos: manutenção preventiva e corretiva, controle do uso, otimização da frota e decisão de compra ou aluguel de novos equipamentos;
  • Gestão ambiental: boas práticas agrícolas, uso consciente de recursos naturais, descarte adequado de resíduos e conformidade com a legislação ambiental;
  • Gestão de comercialização: análise de mercado, definição de canais de venda, negociação de preços, logística de transporte e armazenamento, e busca por novos mercados;
  • Análise de dados: coleta e interpretação de informações sobre o clima, solo, produtividade, custos e mercado para embasar as decisões. Isso é fundamental para a gestão agrícola.

Qual a importância da gestão agrícola para os negócios rurais?

A importância da gestão agrícola para os negócios rurais é inegável e multifacetada. Ela é o diferencial entre uma operação que apenas sobrevive e uma que prospera. 

Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro demonstrou um crescimento, expandindo-se 4,48% no último trimestre e encerrando o ano com um aumento total de 1,81% em relação a 2023. 

Os dados foram divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e mostram que o valor total do setor aumentou para R$ 2,72 trilhões. Desse montante, a maior parcela, R$ 1,9 trilhão, foi gerada pela atividade agrícola.

Entenda por que ela é tão importante:

  • Aumento da rentabilidade: ao otimizar processos, controlar custos e maximizar a produtividade, a gestão do agronegócio impacta diretamente o lucro da propriedade;
  • Tomada de decisões embasadas: com dados e informações precisas, o produtor rural pode tomar decisões mais assertivas sobre plantio, investimentos, vendas e uso de recursos;
  • Redução de riscos: a análise de mercado, o planejamento financeiro e a diversificação de culturas, promovidos pela gestão agrícola, contribuem para mitigar riscos climáticos, de mercado e operacionais;
  • Sustentabilidade do negócio: uma gestão do agronegócio eficiente não foca apenas no curto prazo, mas na longevidade da propriedade, considerando aspectos ambientais, sociais e econômicos;
  • Competitividade no mercado: em um cenário globalizado, a eficiência produtiva e a capacidade de adaptação são essenciais para se destacar e competir com sucesso;
  • Melhora da produtividade: a alocação inteligente de recursos, o uso de tecnologias e o acompanhamento das lavouras resultam em maior rendimento por área cultivada;
  • Otimização de recursos: evita o desperdício de insumos, água, energia e tempo, gerando economia e preservando o meio ambiente.

Quais os desafios enfrentados neste setor?

Apesar de sua importância, a gestão agrícola enfrenta desafios. O setor rural é dinâmico e sujeito a variáveis que fogem ao controle do produtor. 

Um estudo colaborativo entre a Embrapa, o Sebrae e o Inpe revelou que a tecnologia agrícola já é uma realidade para grande parte dos agricultores brasileiros, sendo que 84% deles já incorporam alguma tecnologia digital em suas práticas agrícolas. 

No entanto, a mesma pesquisa apontou os principais desafios para uma adoção ainda mais ampla: o custo das soluções digitais intimida 67% dos produtores rurais e a falta de conectividade adequada é um obstáculo significativo para 61% dos entrevistados. 

Confira outros desafios:

  • Variações climáticas: secas, enchentes, geadas e pragas podem comprometer safras e exigir respostas rápidas e adaptativas;
  • Volatilidade dos preços de commodities: os preços de produtos agrícolas no mercado global flutuam constantemente, impactando a receita;
  • Acesso a crédito e financiamento: a obtenção de recursos para investimento e custeio pode ser burocrática e cara;
  • Escassez de mão de obra qualificada: a dificuldade em encontrar e reter profissionais com conhecimento técnico no campo é um problema crescente;
  • Burocracia e legislação: as regulamentações ambientais e fiscais podem ser complexas e exigem constante atualização;
  • Infraestrutura deficiente: problemas com estradas, energia elétrica e acesso à internet em áreas rurais podem dificultar a logística e a comunicação;
  • Manejo de pragas e doenças: o controle de organismos que atacam as lavouras, exige conhecimento e investimentos em defensivos;
  • Sustentabilidade e pressões ambientais: a necessidade de produzir mais com menor impacto ambiental é uma constante demanda;
  • Inovação e tecnologia: manter-se atualizado com as novas tecnologias e implementá-las de forma eficaz exige investimento e conhecimento. Tudo isso impacta a gestão agrícola.

Leia também: 6 tendências do agronegócio para 2025: IA, Sustentabilidade e Inovação

6 dicas para uma gestão agrícola eficiente

Para superar os desafios e alcançar a tão desejada eficiência, algumas práticas são essenciais na gestão agrícola. 

Confira 6 dicas que podem transformar sua operação:

1. Elabore um planejamento estratégico

O planejamento estratégico é o ponto de partida para qualquer gestão agrícola de sucesso, pois envolve:

  • Definição de objetivos de curto, médio e longo prazo;
  • Análise do cenário atual da propriedade (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças – análise SWOT);
  • Identificação das culturas mais viáveis;
  • Alocação de recursos;
  • Criação de um cronograma de ações. 

Um bom planejamento considera fatores como tipo de solo, clima da região, demanda de mercado, disponibilidade de mão de obra e capacidade de investimento. Ele serve como um guia, permitindo que você tome decisões proativas em vez de reativas.

2. Realize um bom controle de custos

“Onde vai o meu dinheiro?” Essa é uma pergunta muito importante na gestão agrícola. O controle de custos é fundamental para a rentabilidade. 

É preciso monitorar cada gasto, desde a compra de sementes e fertilizantes até o consumo de combustível e a folha de pagamento. 

Por isso, classifique as despesas em fixas e variáveis, identifique os gargalos e busque formas de otimizar os gastos sem comprometer a qualidade da produção. 

Além disso, ferramentas de gestão financeira podem ser grandes aliadas, permitindo uma visualização clara das entradas e saídas e auxiliando na identificação de oportunidades de economia.

3. Baseie suas decisões em dados

A era da “intuição” na agricultura está gradualmente dando lugar à era dos “dados”. A gestão agrícola moderna é orientada por dados. 

Coletar informações sobre produtividade por talhão, consumo de insumos, desempenho de maquinário, condições climáticas e preços de mercado é essencial. Porém, mais importante do que coletar, é analisar esses dados. 

Por isso, ferramentas de análise e sistemas de gestão integrada permitem transformar um volume bruto de informações em insights valiosos, que podem orientar decisões sobre o momento certo para o plantio, a quantidade ideal de fertilizante, a necessidade de irrigação ou a melhor época para a colheita. 

4. Mantenha uma quantidade mínima de produtos em estoque

Estoque parado é capital parado, além de correr o risco de perdas por deterioração ou obsolescência. Na gestão agrícola, o controle de estoque é fundamental. 

O objetivo é manter a quantidade mínima necessária de insumos e produtos acabados para atender à demanda sem sobrecarregar o capital de giro. Isso exige um planejamento de demanda preciso e uma boa comunicação com fornecedores e compradores. 

Para isso, utilize sistemas de controle e logística de estoque para monitorar entradas e saídas, identificar produtos de alta e baixa rotatividade e planejar suas compras de forma eficiente. 

O foco é otimizar o fluxo de materiais e evitar desperdícios, sendo fundamental para a gestão do agronegócio.

5. Conte com uma boa carteira de fornecedores

Seus fornecedores são seus parceiros. Ter uma carteira de fornecedores confiáveis e de qualidade é um diferencial competitivo na gestão agrícola. Busque empresas que ofereçam bons produtos, preços competitivos, prazos de entrega adequados e bom atendimento. 

Também negocie condições favoráveis, estabeleça relacionamentos de longo prazo e monitore o desempenho de cada fornecedor. 

A diversificação de fornecedores também é importante para evitar a dependência de um único player e garantir a continuidade do abastecimento, mesmo em situações de imprevistos. 

6. Considere a tecnologia como uma aliada

A tecnologia deixou de ser um luxo e tornou-se uma necessidade na gestão agrícola. 

O sensoriamento remoto com drones e satélites para monitoramento de lavouras, passando por sistemas de irrigação inteligentes, máquinas autônomas e softwares de gestão integrada oferecem um universo de possibilidades para aumentar a eficiência e a produtividade. 

A agricultura de precisão, por exemplo, permite aplicar insumos de forma localizada, otimizando o uso e reduzindo custos. 

Portanto, investir em tecnologia significa investir no futuro, na sustentabilidade e em maior retorno sobre o investimento. 

TOTVS Agro

No universo da gestão agrícola, contar com um sistema especializado faz toda a diferença. 

As tecnologias TOTVS Agro foram desenvolvidas para atender às especificidades do agronegócio, desde o pequeno produtor até grandes grupos agrícolas. 

Elas integram todas as áreas da sua operação, desde o planejamento da safra, gestão de custos, controle de estoques, maquinário, comercialização e o financeiro. 

Com as tecnologias TOTVS Agro, você tem um sistema de gestão agrícola e acesso a informações precisas em tempo real, o que permite uma tomada de decisão mais rápida e assertiva. 

Além disso, oferecem funcionalidades para a rastreabilidade da produção, compliance fiscal e ambiental, e otimização de processos, tudo para que a sua gestão do agronegócio seja a mais eficiente possível. 

É a tecnologia a serviço do campo, impulsionando a produtividade e a rentabilidade do seu negócio.

Descubra como as tecnologias TOTVS Agro podem tornar o seu negócio ainda mais eficiente e lucrativo.

Conclusão

Neste conteúdo, você entendeu que a gestão agrícola é a chave para a sustentabilidade e o sucesso do agronegócio. 

Em um mundo em constante mudança, onde a demanda por alimentos cresce e os desafios se multiplicam, a aplicação de princípios de gestão modernos é indispensável. 

Desde o planejamento estratégico e o controle rigoroso de custos até o uso inteligente da tecnologia e a parceria com bons fornecedores, cada etapa da operação rural pode ser otimizada para gerar mais valor. 

Assim, ao adotar uma abordagem profissional e orientada por dados, o produtor rural não apenas enfrenta os desafios, mas os transforma em oportunidades de crescimento. 

Portanto, a sua eficiência não é um luxo, é uma necessidade imperativa para quem busca prosperar no campo. 

Qual será o seu próximo passo para otimizar a sua gestão agrícola? Que tal saber mais com o nosso artigo sobre as aplicações da inteligência artificial na agricultura?

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