A transformação digital do setor jurídico, embora gradual, já tem começado a redefinir a maneira como os escritórios de advocacia operam, marcando uma significativa evolução em um campo tradicionalmente conservador.
É por isso que muitas das tendências envolvem tecnologias inovadoras, que vão desde a análise avançada de dados até a digitalização de documentos e a automação de tarefas — e são essenciais para o avanço do setor.
Pensando no horizonte de modernização à espera, a continuidade dos investimentos em tecnologia surge como uma tendência inegável no setor jurídico.
Eduardo Pires, diretor de produtos do segmento Jurídico da TOTVS, traz alguns insights sobre o que esperar de 2024 para esse setor.
Vamos entender melhor!
4 tendências para o setor Jurídico em 2024
Quatro tendências emergentes — e tecnológicas — estão no centro dessa transformação, na visão de Eduardo Pires: a IA, o uso de dados, o legal operation e marketing jurídico.
A seguir, vamos entender melhor como cada uma vai influenciar o setor jurídico.
1. Inteligência artificial e a ética
“Ferramentas de inteligência artificial já estão presentes no campo do direito há alguns anos, mas assim como aconteceu em vários segmentos, a nova geração de IA também ganhou maior destaque no setor”, diz o diretor da TOTVS.
São diferentes possibilidades de uso: análise de documentos, pesquisa jurídica, automação de tarefas e análise preditiva.
Para ele, essas atividades oferecidas pelas ferramentas proporcionam a otimização do tempo, ganho de agilidade e inteligência nos processos, além de uma maior produtividade das equipes.
No entanto, também reconhece os problemas disso.
“Apesar do seu grande potencial, a IA ainda precisa superar uma série de desafios para ser utilizada de forma segura e ética no Direito. Isso envolve, por exemplo, desde a privacidade dos dados, até questões como vieses e respostas tendenciosas”.
Ele observa que os diferentes atores do campo jurídico têm promovido debates sobre os melhores usos e regulamentações para o uso desta inovação — e o movimento para 2024 é também esse.
“E diante do fato de que esta tecnologia ainda é muito incipiente e ainda não existe uma legislação no país que regule seu uso, a tendência é que a IA continue sendo aplicada com cautela e siga no centro do debate no próximo ano”, reflete.
2. Uso estratégico de dados
Outra tendência forte em 2024 é o uso de dados — desde que seja estratégico.
Para isso, entre em cena a jurimetria, a aplicação de análise de dados e estatísticas na área de Direito.
“Diante da ampla base disponível no sistema judicial, ela auxilia os advogados tanto a tomarem decisões mais inteligentes no dia a dia, como otimizarem o uso dos seus recursos”, explica Eduardo.
Vista como uma das principais ferramentas do futuro, muitos especialistas, como ele, percebem nela uma verdadeira vantagem competitiva para os escritórios de advocacia que a integram ao seu dia a dia.
“Quantificação de riscos, o cálculo de probabilidades de vitória em litígio e a previsão de tendências de comportamentos nos tribunais”, exemplifica.
3. Legal Ops (Legal Operation)
Outra área que só ganha espaço é a Legal Ops, ou melhor, Legal Operation. Na prática, “ ela corresponde a todas as atividades que visam otimizar a gestão do escritório de advocacia ou do departamento jurídico de uma empresa”, esclarece o diretor.
Isso quer dizer que desde a contratação de pessoal até a implementação de tecnologias, muitas atividades podem gerar mais eficiência para os negócios.
Ela é também responsável pela análise geral de todo o fluxo das operações internas do escritório ou departamento: gestão financeira, planejamento estratégico, gestão de fornecedores, entre outras.
“Neste contexto, soluções digitais, como backoffice para o segmento jurídico, são grandes aliadas da área de Legal Ops, contribuindo para a automação e digitalização de tarefas, e reduzindo atividades operacionais”, pontua.
4. Marketing jurídico
Finalmente, o marketing jurídico também não pode ficar de fora na visão de Eduardo e sua grande notoriedade vem com a publicação do Provimento 205/2021.
“Publicado em 2012 pela OAB, o Provimento introduziu novas regras sobre publicidade na advocacia, com o intuito de reformular a regulamentação de marketing jurídico, frente às transformações tecnológicas e ambientais atuais”, explica.
Ele cita como exemplo o uso das redes sociais pelas empresas de advocacia, por meio do marketing de conteúdo. São autorizadas, desde que sejam respeitadas todas as diretrizes do Provimento.
“A expectativa é de que este tema continue em alta em 2024, na medida em que os escritórios adotem novas estratégias de marketing em conformidade com o Provimento, assim como sejam geradas conversas e debates junto aos órgãos oficiais sobre o tema em questão”, opina.
À medida que os juristas entram em uma era cada vez mais conectada e digitalizada, uma máxima vai se construindo: abraçar a tecnologia vira necessidade e explorar ao máximo as suas potencialidades se torna estratégia básica.
Leia também: Como utilizar a assinatura digital vinculada à OAB?
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