Inovação aberta: o que é, tipos e como aplicar

Equipe TOTVS | 20 dezembro, 2022

A inovação aberta é uma resposta às dificuldades das empresas de inovarem sozinhas. Afinal, nenhuma companhia, por maior que seja, detém todo conhecimento.

Pense bem: na sua empresa, os funcionários são os melhores do mundo em suas respectivas áreas?

Possivelmente não — o que é perfeitamente normal.

Ao falar sobre inovação aberta, ou Open Innovation, abrimos o diálogo para a existência de um mercado mais colaborativo.

Uma concorrência que sabe aproveitar as informações de outras empresas, mas também fornece dados próprios para fomentar uma evolução contínua.

Ainda assim… O que é inovação aberta? Uma metodologia, um mindset, um modelo de negócios? E sua implementação, como se dá?

E mais importante: quais os benefícios de se aproveitar de uma rede de empresas parceiras e da troca de informações e experiências estratégicas e operacionais?

Vamos te responder tudo isso e muito mais aqui, neste guia completo sobre inovação aberta. Entenda qual o conceito, os tipos, vantagens e muito mais!

O que é inovação aberta (Open Innovation)?

Inovação aberta é um modelo de gestão empresarial voltado para a inovação que promove a colaboração com pessoas e organizações externas à empresa.

Ou seja, a inovação aberta propõe uma verdadeira ruptura cultural corporativa, buscando livrar-se da “mentalidade de silo” das empresas.

De forma mais emblemática, isso significa acabar com o sigilo tradicionalmente associado à cultura corporativa.

Henry Chesbrough, líder estrategista e autor que cunhou o termo “open innovation”, diz em coluna na Forbes que a inovação aberta leva em conta um fato: nenhuma inovação acontece de forma independente.

Conceitualmente, é uma abordagem mais distribuída, participativa e descentralizada da inovação, baseada no fato de que o conhecimento útil hoje está amplamente distribuído e nenhuma empresa, por mais capaz ou grande que seja, poderia inovar de forma eficaz por conta própria.”

Ou seja, é um modelo que se torna viável no momento em que a empresa reconhece que existem profissionais e mesmo equipes com maior conhecimento fora de sua própria estrutura.

Chesbrough acredita que esse conceito tem o poder de revolucionar as relações corporativas:

Para as empresas, a inovação aberta é uma forma mais lucrativa de inovar, porque pode reduzir custos, acelerar o tempo de entrada no mercado, aumentar a diferenciação no mercado e criar novos fluxos de receita para a empresa.

À princípio, essa gestão da inovação pode sugerir uma ruptura abrupta demais em um modelo de negócios que, até hoje, “dá certo”. No entanto, trata-se de algo que mira muito mais o futuro.

Mais especificamente, mira o conceito de “informação” e a posse dela por empresas e pessoas.

Muitas empresas regulam ao máximo as informações que elas recebem e internalizam. Assim, é difícil para outros players a encontrarem em outro lugar.

A inovação aberta busca mudar isso, utilizando dados selecionados e relevantes para aprimorar a inovação interna de uma empresa. Esse movimento, naturalmente, levará à inovações externas.

Ambas as transformações possuem alto potencial disruptivo para empresas e para o mercado como um todo — e poderiam ser compartilhadas, criando uma verdadeira cultura de inovação!

Quando surgiu o conceito?

Acredite, o conceito de inovação aberta já é utilizado pela humanidade há alguns séculos. Alguns até mesmo o relacionam com a competição para encontrar o cálculo correto da longitude — que foi lançado no século 17 e foi resolvido no século seguinte.

Foi um momento de colaboração, embora ainda bastante medieval, é claro.

O interessante a se notar aqui é o uso transparente de colaboradores e contribuidores externos para alcançar esse cálculo, ou seja, a união de conhecimento em prol de um bem maior.

Nos dias atuais, a coisa fica menos desbravadora e mais sistemática, mas ainda interessante.

Alguns especialistas apontam a Cisco como uma das principais pioneiras da inovação aberta — metodologia que ajudou a empresa a ter um boom de crescimento na década de 1990.

O que a Cisco fez foi implementar uma estratégia de aquisição de negócios, com objetivo de tornar compatíveis hardware e software em novos produtos.

No entanto, o termo e sua definição mais aceita foi cunhado em 2003, pelo autor que você talvez já tenha ouvido falar, Henry Chesbrough.

No livro, o autor define o conceito desta forma:

A inovação aberta é o uso de fluxos de entrada e saída de conhecimento para acelerar a inovação interna e expandir os mercados para o uso externo da inovação, respectivamente.

Como funciona a inovação aberta?

Não existe uma única forma de implementar a inovação aberta, visto que ainda é encarado quase como um mindset pelas companhias.

As empresas costumam implementar práticas de inovação aberta de diferentes maneiras:

Alianças entre empresas, parcerias que promovem pesquisas em universidades, competições de crowdsourcing e também em ecossistemas de inovação.

O fato é que a inovação aberta é praticamente uma inversão ao modelo tradicional de inovação, baseado na integração vertical.

É o modelo chamado de “inovação fechada”, em que as atividades Pesquisa & Desenvolvimento das empresas possibilitam o desenvolvimento de soluções internas.

Estes são utilizados, compartilhados e aproveitados pela empresa apenas internamente, com sigilo máximo de informações.

A inovação aberta busca transformar essa dinâmica, partindo de dois aspectos:

  • De fora para dentro“: Mais popular, baseia-se em trazer tecnologias externas para dentro da empresa e incorporá-las no processo de inovação.
  • De dentro para fora“: Menos utilizada, em que a empresa deliberadamente compartilha e permite a incorporação por terceiros de suas ideias e tecnologias não utilizadas (ou subutilizadas).

De acordo com Chesbrough, é o seu modelo de negócios que vai determinar o tipo de informação que sua empresa vai buscar e que vai deixar sair da empresa.

Afinal, respondendo uma pergunta que talvez você, leitor, já tenha feito: não, na inovação aberta você não é obrigado a compartilhar tudo.

O que você vai buscar são informações, ideias e tecnologias que realmente interessem ao seu negócio.

E as informações, ideias e tecnologias que não se encaixem, também são candidatas a serem compartilhadas.

Quais são os tipos de inovação aberta?

A estrutura da inovação aberta obedece a três diferentes modalidades de inovação. Você sabe quais são? Explicamos cada uma delas para você, siga a leitura!

Inbound

Aquisição de tecnologia externa em processos de exploração aberta.

Ou seja, a inovação inbound busca a exploração e integração de conhecimento externo de modo a melhorar a tecnologia interna.

Assim, é possível criar e gerar valor em suas soluções, tornar-se competitiva e satisfazer os clientes.

As atividades inbound requerem a cooperação com empresas, institutos, universidades, clientes, usuários finais e parceiros do ecossistema de inovação.

Essa integração é necessária tanto no desenvolvimento de produtos, como na eventual aquisição da propriedade intelectual de organizações externas.

Outbound

Transferência de tecnologia em processos abertos de exploração.

No caso da inovação outbound, as ideias e o conhecimento tecnológico da empresa são transferidos para corporações externas.

O intuito é gerar receita com a propriedade intelectual da empresa.

Neste cenário, há a exploração do conhecimento interno por terceiros — que participam em iniciativas já em andamento ou no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos.

Entre os exemplos, podemos mencionar a concessão de licenças, a venda de patentes ou a multiplicação de tecnologia por meio do direcionamento de ideias para o mercado externo de tecnologia.

Coupled

A inovação coupled é combinada, com aplicação de atividades de inovação inbound e outbound pela mesma empresa.

Assim, ao mesmo tempo em que a companhia busca novas ideias e informações do mercado para seu processo, ela trabalha desenvolvendo e comercializando inovação para outras organizações.

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Inovação aberta X Inovação fechada: Quais as diferenças entre os termos?

O modelo de inovação fechada é o que define a inovação corporativa mainstream atual.

É adotada por praticamente todas as empresas mais tradicionais — mesmo que elas nem se deem conta disso.

Não é tão difícil compreender essa ideia se você comparar com o que acabou de aprender sobre sua antítese, a inovação aberta.

Mas vamos lá:

A inovação fechada depende da ideia de que a expertise interna pode produzir novos negócios, receitas e oportunidades para uma empresa.

As informações são mantidas dentro dos limites dessa companhia, e não são compartilhadas com terceiros.

Percebe como é semelhante ao o que as empresas praticam hoje em dia e suas diferenças para o modelo aberto?

No entanto, há alguns desafios particulares a esse modelo que os executivos encontraram ao longo dos anos. Talvez você mesmo os tenha identificado. Veja:

  • A prioridade é manter recursos e orçamento ano após ano — e toda inovação externa é vista apenas como produto de concorrência.
  • De qualquer forma, conhecimento gerado 100% de forma interna é incompleto. Por isso, a contribuição de fontes externas é essencial, especialmente por conta do ritmo de evolução tecnológica.
  • Às vezes, o conhecimento interno não chega ao mercado, seja porque não atende exatamente às necessidades do mercado ou porque é muito demorado (considerando apenas a perspectiva da sua empresa).

São desafios que direcionam os negócios a uma realidade: a da lentidão na inovação. Porém, quando isso acontece, não há como obter resultados diferentes e disruptivos.

Afinal, uma lenta inovação acarreta em conhecimento que se torna obsoleto.

Já a inovação aberta é baseada na crença de que profissionais externos podem contribuir para que a empresa atinja objetivos estratégicos.

Nesse modelo, o compartilhamento de propriedade intelectual (tanto de dentro para fora, como o contrário) é útil para todos os envolvidos.

Assim, quanto mais informações são obtidas, mais fundamentadas, qualificadas e variadas serão as decisões (e seus resultados — ou seja, a inovação em si).

Qual a importância da inovação aberta para o desenvolvimento das organizações?  

Vale a pena uma empresa mudar seu mindset, que já possui uma base estruturada, para um modelo tão disruptivo como a inovação aberta?

Vale sim — e há vários motivos para comprovar isso.

Não à toa, de acordo com um levantamento da PwC com empresas destaque em inovação, 61% delas já estão mudando seus modelos organizacionais para a inovação aberta.

A inovação aberta funciona e pode revolucionar o modelo de negócios, sua competitividade e sua expertise tecnológica. Vale lembrar que ela não se trata especificamente de um modelo novo de negócio, mas uma metodologia de se pensar e colher resultados. Também está relacionada com a forma como a sua empresa se posiciona no mercado. 

Que tal entender mais sobre a importância desse mindset? Confira:

1# Redução de custos

Os custos gerais da inovação aberta tendem a ser menores em relação à quantidade de ideias e insumos, o que é especialmente lucrativo para as empresas.

A inovação interna consome horas de trabalho dos colaboradores à medida que participam da gestão do conhecimento, bem como da própria ideação.

Na inovação aberta, o tempo utilizado pelos funcionários é direcionado principalmente para a gestão do processo, o que garante mais produtividade para a empresa.

2# Maior envolvimento dos clientes na etapa de desenvolvimento

Desenvolver produtos ou serviços conforme as necessidades dos clientes é sempre importante, independente da empresa adotar um modelo aberto ou fechado.

No entanto, a inovação aberta também abre a porta para envolver os clientes no processo de Pesquisa & Desenvolvimento.

É uma ação que aumenta a viabilidade do produto à medida que você obtém feedback quase instantâneo sobre quais aspectos ou recursos são necessários ou úteis para o usuário final, bem como quais não são.

Até aqui, esse processo lembra muito algumas outras metodologias de gestão de projetos, certo? O Design Thinking é um exemplo.

3# Agregar valor à marca

A inovação aberta pode também ser um ótimo combustível para a sua empresa se posicionar no mercado.

Através do modelo, é possível buscar melhores relações com os parceiros de mercado, além do mindset também ser bastante aceito em ambientes mais modernos — como em ecossistemas de startups!

Tudo isso contribui para ampliar o alcance da marca, agregando valor às soluções.

4# Ganhe pontos com os clientes

Uma empresa aberta a ouvir e compartilhar é sempre um sopro de novidade para os envolvidos com ela, especialmente para os clientes.

Por isso, é possível afirmar também que a inovação aberta pode trazer melhores olhares dos consumidores para a organização.

Afinal, sentir que a empresa se preocupa com a opinião de seus usuários ou consumidores aumenta o compromisso com a marca.

O que chamamos de customer engagement.

Isso é especialmente importante quando se trata de serviços ou bens duráveis, como no caso de carros.

5# Oportunidade de desenvolver parcerias lucrativas

Está aí um fator que mencionamos pouco, mas que é um dos grandes motivadores por trás da adoção da inovação aberta.

Afinal, existe a possibilidade da sua empresa encontrar um “alma gêmea” no mercado, construindo uma relação de parceria extremamente bem-sucedida.

Assim, se a propriedade intelectual de uma empresa pode ser utilizada pela outra (e vice-versa), sem que uma invada o mercado da outra, os resultados podem ser muito benéficos.

Desvantagens da inovação aberta

A inovação aberta pode ser uma ótima maneira para as empresas explorarem o conhecimento e a criatividade de sua equipe, clientes e até mesmo de especialistas externos.

Dito isto, a cultura de inovação aberta não é desprovida de suas desvantagens.

A moral dos funcionários pode sofrer quando suas ideias não são escolhidas como o foco do desenvolvimento de produtos. Também pode levar a sentimentos de insegurança quando eles veem as soluções dos outros sendo escolhidas em seu lugar.

A questão da moral e autoestima, portanto, deve ser trabalhada com cuidado.

O interessante é desenvolver, juntamente com a inovação aberta, uma cultura de feedback e feedforward, bem como ações para melhorar o envolvimento e engajamento do time.

Outro problema é que as equipes podem acabar se entrincheirando em um esforço colaborativo em vez de pressionar para a conclusão de qualquer projeto, o que complica ainda mais a tomada de decisões.

Por isso, o interessante é que as organizações pensem cuidadosamente antes de optar por uma cultura de inovação aberta.

É necessário ter em mente que pode haver altos e baixos a serem considerados — portanto, o movimento na direção deste mindset deve ser bem planejado e calculado.

Quais fatores tornam uma empresa inovadora?

Estabelecemos que a inovação aberta é importante, além de citar alguns dos motivos para isso. Mas o que, de fato, torna uma empresa inovadora nestes moldes?

Como você já entendeu, são alguns fatores relacionados ao seu modelo de negócios, como:

  • Há geração e uso máximo de ideias internas e externas;
  • Promoção de ideias e experiências além dos limites da empresa;
  • A liderança não visa simplesmente oferecer as melhores ideias, mas sim aproveitar ao máximo as ideias que surgirem;
  • Existe uma busca incessante por reforço proveniente do mercado, seja em universidades, consultorias, ecossistemas de inovação, parceiros de negócios, etc.
  • O foco principal de Pesquisa & Desenvolvimento é conectar e integrar equipes internas com fontes externas de conhecimento;
  • A inovação interna ainda existe, mas se concentra na criação de conhecimento que não pode ser encontrado fora e com o diferencial de ser comercializável.

Quer alguns exemplos de empresas que implementam e vivem a inovação aberta no seu dia a dia? Veja só:

Netflix

Em 2006, a Netflix (ainda uma empresa focada no aluguel de DVDs de forma remota) lançou um desafio de inovação aberta.

Foi chamado de Prêmio Netflix e tem até mesmo um artigo na Wikipédia sobre o assunto.

O concurso foi aberto para qualquer pessoa do público, exceto profissionais ligados diretamente à empresa.

O objetivo era encontrar um algoritmo de filtragem que melhorasse as sugestões de filmes ou séries do usuário em 10% em comparação com o existente.

O vencedor levaria para casa um prêmio de US$ 1 milhão. Bastante coisa para a época, certo?

Bom, o resultado foi o seguinte:

Em cerca de um ano, a Netflix registrou mais de 40 mil equipes participantes, de praticamente todo o mundo.

Duas delas efetivamente melhoraram o algoritmo em mais de 10% e o prêmio foi entregue a uma delas.

Um dos twists desse prêmio foi que, como o algoritmo vencedor exigia altos custos, a Netflix acabou optando pelo vice-campeão — que, apesar da colocação, apresentava um algoritmo mais barato.

P&G

Outro clássico da inovação aberta trata-se da estratégia batizada de Connect & Develop, protagonizada pela multinacional P&G.

O conceito foi criado em 2000 e o objetivo era que cerca de 50% das inovações fossem realizadas externamente — enquanto a empresa pudesse reduzir custos e tornar a cultura de inovação mais ampla.

A estratégia Connect & Develop serviu para dar espaço e investir em pequenos empreendedores de tecnologia e plataformas tecnológicas.

Para a felicidade dos executivos, a meta foi batida em 2007, com extras muito bem-vindos, como o boom de 85% na produtividade do setor de P & D.

Além disso, a estratégia foi responsável pela geração de US$ 3 bilhões em novas receitas. Excelente, não acha?

Natura

Um case bem brasileiro, a iniciativa do Programa Natura Startups é um dos pilares da inovação aberta no Brasil.

Com ele, a gigante do ramo de cosméticos impulsiona a inovação interna e ajuda startups do ramo a crescerem, desenvolverem e comercializarem suas soluções.

O projeto nasceu em 2014 e já contou com mais de 3100 startups avaliadas!

4 Benefícios das organizações investirem em inovação aberta  

Mas à parte de toda carga teórica sobre inovação aberta, é um modelo de negócios que realmente traz benefícios para as empresas?

A boa notícia é que sim, vários!

Abaixo, listamos 4 vantagens da inovação aberta para as empresas. Confira!

Novas oportunidades e mercados

Com a inovação aberta, o potencial de alcance ao público é muito maior do que na inovação fechada.

No caso de uma operação colaborativa, é possível fomentar a participação massiva do público — entendendo vários aspectos de seu comportamento, como hábitos de compra, por exemplo.

Um exemplo dessa ação foi a LEGO com o site Ideas LEGO.

Essa foi uma forma de envolver consumidores no processo de criação de novos produtos, o que possibilitou à empresa compreender melhor seus desejos e captar oportunidades.

Redução de riscos 

Não há como afirmar que inovações não trazem riscos. Mas uma empresa não evolui e nem cresce sem inovar.

Por isso, se você trabalhar com especialistas, com fontes externas e demais players interessados em crescimento, você minimiza o risco de fracasso, especialmente se a empresa for ágil e receber feedbacks regularmente.

Inovação nos produtos já comercializados

Nem sempre o segredo para evoluir é a criação de novos produtos, sabia?

Você pode focar seu tempo, expertise e talento em melhorar serviços ou produtos antigos — desde que possuam potencial para melhorar e atrair novos clientes (ou reconquistar antigos).

Com a inovação aberta, você pode fazer isso de forma contínua, visto que a necessidade de evolução é algo intrínseco deste modelo de negócios.

Assim, a “ideia” por trás de um produto é sempre alvo de brainstorming, discussão e otimização, o que acarreta em melhorias práticas para seus produtos mais antigos.

Aumentar o ROI

Não se esqueça que a inovação aberta trata-se tanto de enviar ideias para fora da empresa, como trazer outras ideias para dentro.

É uma ação construtiva, que possibilita a estruturação de uma rede de inovação que permite o desenvolvimento de ideias ou projetos gerados internamente (e que não se encaixam em seu modelo de negócio principal) de forma externa.

Isso tem o potencial de criar novos fluxos de receita sem comprometer seu negócio principal. Ou seja, um ponto a mais para sua meta de potencializar o ROI, não acha?

Como aplicar a inovação aberta na prática?

Certo, até esse ponto estabelecemos o que é, qual a importância, o que torna uma empresa inovadora e os benefícios da inovação aberta.

Agora, partindo para os finalmente, como implementar esse modelo em sua empresa?

Primeiro, podemos responder a pergunta: “qualquer empresa pode implementar a inovação aberta?”

Como você viu através dos cases apresentados, qualquer empresa pode ter um modelo de inovação aberta, mas é necessário unir alguns aspectos: uma cultura da inovação e digitalização de processos e análise de dados.

No entanto, é claro, ela pode ser mais facilmente assimilada por empresas com perfil mais flexível e, hoje em dia, nativas digitais. É o caso de startups, por exemplo.

Por possuírem um modelo de negócios tecnológico, geralmente calcado em soluções digitais, e que precisa apresentar um crescimento escalável, são mais adeptas do conceito de inovação aberta.

Afinal, são empresas que respiram a inovação.

Agora, vamos para a parte prática. Como sua empresa pode ter um modelo de negócios de inovação aberta?

Hackathon

Hackathons são como maratonas destinadas à resolução de problemas. 

Normalmente duram um final de semana e reúnem empresas inteiras ou seus times de desenvolvimento (junto com outros profissionais relevantes).

Crowdsourcing

No crowdsourcing, você aloca grande parte da responsabilidade pelo envolvimento e supervisão do processo de inovação fora da empresa.

Isso significa que uma empresa surge com um tema, pergunta ou desafio e, em seguida, contrata ou incentiva pessoas de fora da organização para apresentar ideias ou soluções.

Lembra do “Prêmio Netflix“? Está aí um bom exemplo de crowdsourcing de inovação aberta!

Investimento em eventos com startups

Uma ótima maneira de entrar em contato com o que há de melhor em tecnologia para o seu setor é através de eventos com startups — seja sua empresa uma startup, ou mesmo uma companhia tradicional.

Esses eventos podem acontecer de várias formas, como em feiras setoriais.

Outro modo de se envolver com startups é através de ecossistemas de inovação, que funcionam como hubs administrados por uma empresa e que reúnem diferentes startups com soluções que se interligam.

Assim, é possível gerar e compartilhar conhecimento, de modo a fomentar o crescimento de todos os parceiros!

iDEXO: frente de inovação aberta da TOTVS

Você já conhece o iDEXO?

O hub de inovação aberta da TOTVS existe para identificar oportunidades de conexão e negócios e ampliar o portfólio de ofertas da companhia e seus clientes com produtos de startups que atuam nos 12 segmentos em que a TOTVS está presente.
O iDEXO funciona como um ecossistema de inovação aberta para startups em fase de escala.

Uma vez dentro da Comunidade iDEXO, a startup passa a ter acesso a uma série de iniciativas que contribuem com o amadurecimento delas, dentre elas: acesso a eventos e conteúdos, visibilidade de marca, conexões com ecossistema TOTVS e com outras startups, para geração de negócios e troca de experiências.

Além disso, conta com todo apoio da TOTVS, a maior empresa de tecnologia do Brasil, com mentoria em áreas-chave do negócio para que ele evolua e cresça.

Quer entender mais sobre o iDEXO? Então clique aqui!

Conclusão

A inovação aberta é um dos caminhos mais garantidos para que as empresas e startups evoluam.

É um modelo de negócios na mesma proporção que um mindset ou uma filosofia corporativa.

O intuito por trás da inovação aberta é, justamente, oferecer uma nova perspectiva às relações comerciais e potencializar o desenvolvimento de produtos e serviços.

Desse modo, possibilita transformar o conceito de inovação, tornando-o mais comercializável — mesmo em suas formas mais brutas e inacabadas.

Veja bem, nenhum conhecimento jamais deve ir ao “lixo” da sua empresa.

Afinal, como diz o ditado, o lixo de um é o outro de outro. Que tal se a sua empresa pudesse encontrar ouro nas ideias externas e compartilhar as suas próprias?

Esperamos que esse conteúdo te ajude a considerar o tema e fomente boas decisões de negócio!

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