Cibersegurança: o que é, tipos, importância e carreira

Equipe TOTVS | 05 maio, 2023

A cibersegurança é um tema de extrema importância para as organizações, pois se trata da proteção dos dados e informações armazenados em sistemas digitais contra ataques virtuais. 

Com o avanço da tecnologia e o advento da LGPD, ela se tornou uma área de grande destaque, pois os riscos que ameaçam a segurança das informações estão cada vez maiores. 

Neste artigo, vamos abordar tudo sobre cibersegurança: o que é, o que diz a lei, os tipos, sua importância para as organizações, como proteger sua empresa contra ameaças e muito mais. 

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Cibersegurança: o que é?

Também chamada de segurança cibernética, é a prática de proteger sistemas informáticos, redes e dados contra ataques maliciosos, roubo de informação e outras ameaças cibernéticas

É uma área que envolve métodos avançados para detectar, monitorar, prevenir e mitigar as violações de segurança em computadores, servidores, dispositivos móveis e sistemas eletrônicos. 

O report de segurança cibernética da Statista estima que a receita mundial de segurança cibernética, que totalizou US $156 bilhões em 2022, continue crescendo até US $262 bilhões até 2027. 

No primeiro semestre de 2022, conforme outra pesquisa da Statista, Brasil e México tinham os mercados de segurança cibernética mais valiosos da América Latina, avaliados em mais de um bilhão de dólares. O mercado latinoamericano ultrapassou US$4,5 bilhões.

Esses dados, junto com a legislação atual, já dá uma ideia da importância deste tema nos dias de hoje.

O que diz a lei da cibersegurança?

No Brasil, não existe uma lei que trata especificamente de segurança cibernética, mas sim várias normas que tratam da proteção e privacidade de dados e informações. 

As principais são o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção dos Dados Pessoais (LGPD).

Marco Civil da Internet

A Lei nº 12.965/2014, conhecida como Lei Marco Civil da Internet, foi a primeira legislação brasileira que regulamentou o uso da internet em solo brasileiro. 

Ela estabelece direitos, deveres e obrigações para aqueles que utilizam serviços de telecomunicações e prevê mecanismos para que as redes sejam seguras. 

Além disso, aborda temas ligados à privacidade dos dados pessoais armazenados e transferidos pela internet, responsabilidades civis e penais decorrentes de atividades ilícitas relacionadas à segurança cibernética, proteção de infraestrutura crítica e regulamentação das telecomunicações.

Lei Geral de Proteção dos Dados Pessoais (LGPD)

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018) pode ser considerada a mais recente lei da cibersegurança no Brasil.

Ela foi criada para estabelecer regras sobre o tratamento de dados pessoais pelas empresas brasileiras, visando a garantir a proteção dos direitos e liberdades fundamentais à privacidade e ao livre desenvolvimento da personalidade. 

Esta lei também estabelece normas detalhadas sobre:

  • Sanções em caso de violação;
  • Direitos dos titulares dos dados;
  • Responsabilidades do controlador de dados;
  • Coleta, armazenamento, uso e transferência de informações pessoais, entre outros assuntos.

Com essas leis em mente, é possível compreender melhor a cibersegurança, o que é e o que ela protege, certo?

Vamos então conhecer seus tipos e detalhar essa proteção.

Quais são os tipos de cibersegurança?

Existem diversos tipos de segurança cibernética que são fundamentais para garantir a proteção de uma empresa contra ameaças virtuais. 

Vamos destacar quatro tipos importantes:

Segurança de rede

A segurança de rede é responsável por monitorar as comunicações e proteger os dados transferidos entre computadores conectados à internet. 

Essa proteção do tráfego de informações que circulam pela rede inclui o controle de acesso, a prevenção contra invasões e a detecção de atividades suspeitas.

Um especialista em cibersegurança que atua na área de segurança de rede é, portanto, a primeira linha de defesa da empresa.

Segurança de aplicativos

A segurança de aplicativos refere-se à proteção de aplicativos e sistemas utilizados pela empresa. 

Nesse departamento, o engenheiro de cibersegurança, por exemplo, faz a detecção e a correção de vulnerabilidades no código-fonte, a aplicação de atualizações de segurança, a implementação de autenticação e autorização, entre outras práticas.

Segurança da nuvem

A segurança da nuvem trata da proteção de dados e sistemas armazenados na nuvem. 

Isso inclui a segurança da infraestrutura de nuvem, a proteção dos dados em trânsito e em repouso, a detecção e prevenção de acessos não autorizados, entre outras medidas.

Instrução do usuário final

Garantir a segurança de dados depende diretamente da conscientização dos usuários finais. 

Por isso, a instrução do usuário final é o ensinamento de boas práticas na internet para evitar ataques maliciosos, golpes e roubos de informações.

No caso das empresas, estamos falando de educação e treinamento em cibersegurança para funcionários.

Assim, eles conseguirão identificar possíveis ameaças, proteger informações sensíveis, evitar o uso de senhas fracas, e adotar práticas seguras na utilização de dispositivos e sistemas.

Diante desses tipos, podemos entender melhor a importância da proteção de sistemas informáticos, redes e dados em uma organização.

Qual a importância da cibersegurança para as empresas?

A segurança cibernética é fundamental para empresas de todos os portes, segmentos e atividades econômicas por ser um aspecto crítico para o sucesso de qualquer negócio, uma vez que a perda ou comprometimento de dados pode gerar prejuízos financeiros significativos e comprometer a reputação da empresa.

Entre as principais razões que discriminam a importância da cibersegurança para as empresas, destacam-se:

  • Proteção contra ameaças virtuais; 
  • Redução de custos devido à prevenção dos prejuízos financeiros decorrentes de ataques cibernéticos;
  • Cumprimento das leis e regulamentações de proteção de dados pessoais, o que contribui para o aspecto de governança dos princípios ESG;
  • Preservação da reputação da empresa e manutenção da confiança dos clientes, uma vez que impede os ataques cibernéticos que comprometem dados de clientes e impactam negativamente no negócio.

Por isso, é essencial que o gestor conheça tudo sobre cibersegurança e segurança da informação para garantir que sua empresa consiga efetivar a proteção de redes, sistemas informáticos e dados contra as ameaças cibernéticas. 

Quais prejuízos um ataque cibernético gera nas organizações?

Um ataque cibernético pode gerar diversos prejuízos para as organizações, que vão desde perda financeira até a reputação da empresa. 

O primeiro malefício bastante conhecido é a perda ou corrupção de dados importantes da empresa. Isso pode levar a interrupção dos negócios, atrasos em projetos, perda de oportunidades e outras consequências negativas.

Outro problema corriqueiro é o roubo de informações financeiras, como números de cartões de crédito ou contas bancárias. 

Além da perda de reputação que o incidente provoca, ele também pode levar à perda financeira direta para a empresa e seus clientes.

Os danos à reputação são, assim, mais um prejuízo que o ataque cibernético pode causar, especialmente se dados de clientes forem comprometidos. Vale lembrar que a perda de confiança dos clientes pode levar a perda de negócios e danos permanentes à marca.

Por fim, é importante mencionar a interrupção dos negócios que ocorre em alguns tipos de ataques cibernéticos, como o ransomware.

Ele impede o acesso a sistemas e dados críticos e resulta não só em prejuízos financeiros significativos, mas em perda de oportunidades.

E para se prevenir desses ataques, o gestor deve conhecer os métodos mais comuns utilizados pelos cibercriminosos.

Conheça 4 métodos comuns aplicados contra a cibersegurança

Para saber como aprimorar a cibersegurança nas empresas, os gestores devem conhecer quais são os ciberataques mais comuns à sua estrutura. São eles:

  • Man-in-the-middle: ataque em que o cibercriminoso insere-se entre duas máquinas ligadas à internet para interceptar e alterar comunicações.
  • Phishing: tentativa fraudulenta de obter informações confidenciais por meio da criação de sites falsos idênticos a uma organização legítima, geralmente por meio de e-mails ou mensagens instantâneas.
  • Malwares: programas maliciosos usados para danificar, destruir ou roubar dados de outros computadores sem o conhecimento ou consentimento do usuário. Vírus, worms, trojans, adwares, spywares e rootkits são tipos de malwares.
  • Ransomware: tipo de malware que bloqueia o acesso do usuário a um sistema ou a seus arquivos, e exige um resgate em troca da restauração do acesso. Em geral, utiliza-se técnicas de engenharia social (e-mails de phishing) para distribuir o ransomware.

Cibersegurança e segurança da informação são a mesma coisa?

Não, segurança cibernética e segurança da informação são conceitos diferentes. 

A segurança da informação é um campo mais amplo que inclui a proteção de dados em todas as suas formas, independentemente de como as informações são acessadas, processadas ou armazenadas.

Já a segurança cibernética é uma subcategoria da segurança da informação que se concentra especificamente na proteção de sistemas de informação e redes de computadores contra ameaças virtuais. 

Ela é mais restrita e se concentra em ameaças cibernéticas, como ataques de hackers, malware, phishing, engenharia social, entre outras.

Portanto, embora sejam conceitos relacionados e trabalhem em conjunto para proteger as informações, a segurança cibernética é uma disciplina mais específica e focada em ameaças virtuais.

Um panorama sobre a carreira em cibersegurança

A carreira em segurança cibernética tem crescido muito nos últimos anos e existem várias oportunidades para profissionais que desejam ingressar nesta área. 

Dados da Statista de 2022 apontam que o número de profissionais da área em todo o mundo é de 4,6 milhões, acima dos 4,1 milhões em 2021. No Brasil, temos mais de 687 mil profissionais.

Esses números não acompanham a demanda por esses especialistas em cibersegurança, que é muito maior, especialmente com o advento das regulamentações de proteção de dados.

Nos oito anos rastreados pela Cybersecurity Ventures (de 2013 a 2021), o número de empregos não preenchidos na área cresceu 350%.

E quais são as carreiras na área? Há algumas possibilidades:

  • Analista de cibersegurança: responsável por monitorar e analisar os sistemas de segurança de TI em uma organização. 
  • Engenheiro de cibersegurança: responsável por projetar, implementar e gerenciar soluções de segurança de TI em uma organização. 
  • Especialista em cibersegurança: profissional experiente em segurança de TI e tem conhecimentos de redes, sistemas, aplicativos e políticas de segurança. Além de formação acadêmica sólida em segurança da informação, costuma ter certificações em cibersegurança e segurança de TI. 

Para ingressar nesta carreira, é recomendado ter formação em ciência da computação, sistemas de informação ou engenharia da computação. Além disso, é importante ter certificações em segurança de TI.

Como proteger sua empresa contra ameaças virtuais?

Existem várias práticas que as empresas podem implementar para proteger seus dados e sistemas contra ameaças virtuais. 

Algumas delas são bem comuns, como backups regulares, autenticação de dois fatores, criptografia de dados, atualização e monitoramento constante de softwares, aplicativos e sistemas operacionais, e uso de senhas fortes nas contas.

Outras ações importantes para garantir a cibersegurança nas empresas são:

  1. Atente-se à governança de dados, de modo que existam profissionais na empresa dedicados à privacidade e à gestão dos dados;
  2. Realize testes de penetração para avaliar a segurança de seus sistemas simulando um ataque real, identificar vulnerabilidades e tomar medidas para corrigi-las;
  3. Use assinaturas digitais, que utilizam o certificado digital, para evitar fraudes e garantir maior nível de segurança no processo de assinar documentos digitais;
  4. Faça um planejamento a partir dos princípios básicos das leis de cibersegurança, da análise das atividades empresariais, e da política de segurança da informação;

Além dessas ações, duas outras merecem maior destaque: a educação dos funcionários e a inteligência de ameaças cibernéticas. 

Conforme o relatório DBIR da Verizon 2022, 80% das violações de dados são provenientes de erro humano, uso indevido de informações, ataques sociais, ou uma combinação desses fatores. 

Por isso, o treinamento dos funcionários é essencial para que estejam cientes das políticas e práticas de segurança da empresa e que tenham recebido treinamento sobre como evitar phishing e outras ameaças.

Quanto à “Inteligência de Ameaças Cibernéticas” (Cyber Threat Intelligence – CTI), esse é um assunto pouco explorado no Brasil, mas comum em grandes empresas internacionais.

A organização coleta informações de várias fontes sobre ataques e ameaças atuais ou potenciais contra outras empresas. Essas informações são analisadas, refinadas e organizadas e, posteriormente, usadas para minimizar e mitigar os riscos. 

De acordo com pesquisa da Statista, em 2021, 60% dos entrevistados afirmaram que sua empresa usava o CTI para treinar usuários sobre tópicos relacionados a ataques conhecidos à sua organização.

Implementar essas práticas pode ajudar a proteger sua empresa contra ameaças virtuais, mas lembre-se de que a segurança de TI é um esforço contínuo. 

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Conclusão

A cibersegurança é um segmento da segurança da informação que foca na proteção de sistemas informáticos, redes e dados contra ameaças virtuais.

Com base nas leis brasileiras, as empresas podem adotar práticas para proteger sua infraestrutura e evitar prejuízos relevantes, como a interrupção dos negócios, causados pelos ataques cibernéticos.

Uma das maneiras de evitar esses incidentes é sempre conhecê-los a fundo. Conheça mais sobre o phishing, um dos métodos mais comuns aplicados contra a segurança cibernética!

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