IFRS S2: o que é, métricas e requisitos da norma climática

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Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 06 junho, 2025

A IFRS S2 é uma norma internacional que estabelece diretrizes para a divulgação de informações financeiras relacionadas aos riscos e oportunidades climáticos.

Emitida pela International Financial Reporting Standards Foundation, a norma tem o objetivo de garantir transparência e padronização nos indicadores ESG, permitindo que investidores avaliem o impacto das mudanças climáticas sobre as finanças das empresas.

Neste artigo, abordamos as características, requisitos, métricas e aplicabilidade da norma ao âmbito da governança corporativa.

Continue e tenha uma ótima leitura!

O que é a norma IFRS S2?

A norma IFRS S2 representa um padrão internacional emitido pela International Financial Reporting Standards Foundation (IFRS), estabelecendo os requisitos para a divulgação de informações sobre riscos e oportunidades relacionadas ao clima.

O foco da norma se dá na materialidade financeira, exigindo das empresas que reportem como os fatores climáticos podem impactar o fluxo de caixa, custos de capital ou acesso a financiamentos.

Neste contexto, a norma se direciona à transparência na governança, estratégias do negócio, processos de gestão relacionados ao clima.

Portanto, a norma tem como objetivo possibilitar que investidores internacionais avaliem a resiliência e o posicionamento climático das organizações de forma padronizada, comparável e consistente.

O que diferencia a norma IFRS S1 e S2?

Emitidas pela International Financial Reporting Standards Foundation, as normas IFRS S1 e S2 versam sobre indicadores ESG, contudo, divergindo em escopo e foco específico.

Relacionado ao escopo, a norma S1 estabelece os requisitos gerais para a divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade. Já a S2 é específica sobre riscos e oportunidades relacionados ao clima.

Avaliando o foco específico, a S1 exige que empresas comuniquem como fatores de sustentabilidade afetam seu desempenho financeiro. Por sua vez, a S2 se atem a aspectos climáticos como a emissão de gases de efeito estufa e metas de transição energética.

De todo modo, ambas possuem o objetivo de aumentar a transparência e a padronização dos relatórios, com vistas à comparabilidade, seguindo abordagens padronizadas.

Confira a seguir as principais diferenças entre as normas IFRS S1 e IFRS S2:

AspectoIFRS S1IFRS S2
 Foco principalSustentabilidade geral com impacto financeiroRiscos e oportunidades climáticos com impacto financeiro
Usuário-alvoInvestidores e credoresInvestidores e credores
 AbordagemFinanceira (materialidade financeira)Financeira e climática
Integração com relatórios financeirosSimSim
Caráter normativoNormas obrigatórias (quando adotadas)Normas obrigatórias (quando adotadas)
Base conceitualIASB / ISSBTCFD + ISSB

Quais são os requisitos da norma?

A norma IFRS S2 estabelece requisitos para que as empresas divulguem informações sobre riscos e oportunidades relacionados ao clima que podem afetar suas perspectivas financeiras.

De modo a aumentar a transparência e orientar a decisão de investidores, entres os principais requisitos, a IFRS determina a:

  • Divulgação de riscos físicos e de transição relacionados ao clima;
  • Identificação de oportunidades climáticas relevantes;
  • Informações sobre governança, estratégias e gestão de riscos climáticos;
  • Relato de metas, métricas e desempenho em relação ao clima;
  • Integração com demonstrações financeiras e consideração de impactos esperados a curto, médio e longo prazo.

Métricas ESG

As métricas exigidas pelas normas S1 e S2 dizem respeito à mensuração de riscos, oportunidades e desempenho relacionados à sustentabilidade.

Enquanto a IFRS S1 abrange métricas ESG de forma geral, a IFRS S2 foca em indicadores climáticos específicos. De acordo com Resumen del Proyecto, publicado pela IFRS em junho de 2023:

La NIIF S2 [IFRS S2 em espanhol] requiere que una empresa revele información sobre su gobernanza, estrategia y gestión de riesgos, así como métricas y objetivos, en relación con sus riesgos y oportunidades relacionados con el clima.”

“A IFRS S2 exige que uma empresa revele informações sobre sua governança, estratégia e gestão de riscos, bem como métricas e metas relacionadas aos seus riscos e oportunidades climáticos.”

Norma S11. Métricas relacionadas à governança, estratégias e riscos ESG.2. Integração com demonstrações financeiras.3. Uso de frameworks como SASB e GHG Protocol.
Norma S21. Emissões de gases de efeito estufa (GEE).2. Metas climáticas e desempenho.3. Impacto financeiro de riscos e oportunidades climáticas.

Como deve ser feita a governança IFRS S2?

Conforme dispõe a norma, a governança deve ser concebida como um processo estruturado e transparente, que envolve a identificação, monitoramento e gestão dos riscos e oportunidades climáticos que impactam a empresa.

Para tanto, é essencial que os papéis e responsabilidades dos órgão e instâncias de governança estejam claros, garantindo a integração e efetividade das estratégias climáticas e gerenciamento de riscos.

Além disso, a governança deve garantir que os dados utilizados sejam precisos, confiáveis e atualizados para informar decisões estratégicas e demonstrar conformidade regulatória.

Neste contexto, é essencial a implementação de plataformas e softwares especializados, de modo a automatizar a coleta de dados e padronização dos indicadores ESG, facilitando também o controle e a transparência exigidos pela norma.

Ao conectar-se diretamente aos sistemas corporativos, estes sistemas asseguram dados consistentes e acessíveis, promovendo uma governança climática eficaz, ágil e alinhada às exigências normativas.

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Conclusão

A norma IFRS S2 representa um avanço crucial para a transparência e padronização das informações climáticas com impacto financeiro.

Ao exigir das empresas a divulgação dos riscos, oportunidades, estratégias e métricas relacionadas ao clima, a norma fortalece a confiança dos investidores na resiliência dos negócios frente às mudanças climáticas.

Desse modo, é necessário implementar plataformas integradas, promovendo uma gestão climática alinhada às melhores práticas e às demandas do mercado global. Gostou do artigo? Aproveite e saiba também sobre o conceito de matriz de materialidade ESG!

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