Já considerou ter parceiros robóticos trabalhando lado a lado dos seus colaboradores? Esses são os cobots.
Cobots, ou robôs colaborativos, foram desenvolvidos para trabalhar junto com os humanos para ajudar a aumentar a produtividade sem riscos de acidentes.
À medida que a automação continua a aumentar em empresas e indústrias em todo o mundo, essa nova tecnologia ganha mais força.
Ao assumir tarefas repetitivas ou difíceis que, de outra forma, exigiriam muito esforço humano, os robôs podem liberar recursos valiosos para focar em inovação.
Neste artigo, veremos algumas das aplicações de robôs colaborativos em empresas e indústrias e exploraremos por que eles podem ser o futuro da robótica aplicada.
Entenda também como outras tecnologias agregadas podem potencializar ainda mais os benefícios dessa nova ferramenta.
O que são cobots?
Os cobots, em essência, são robôs colaborativos, ou seja, ferramentas automatizadas desenhadas para trabalhar em conjunto com as pessoas.
Antes disso, os robôs, principalmente em indústrias, eram maquinários robustos que precisavam ser isolados para operar sem que apresentassem riscos para os trabalhadores.
Os cobots são um avanço nessa tecnologia, pois agregam sensores e dispositivos que promovem maior segurança para quem trabalha ao lado dessas máquinas.
Seu uso é mais presente em processos que envolvem trabalhos manuais repetitivos, como empacotamento, montagem, parafusagem, soldagem, entre outros processos.
Também são ótimas ferramentas para atuar em operações que precisam de maior esforço físico, pois ampliam a força do indivíduo designado para função.
Isso naturalmente aumenta a produtividade e agrega um fator de bem-estar muito grande para os colaboradores.
Quando surgiram os robôs colaborativos?
O conceito de robôs colaborativos é tão antigo quanto o próprio desenvolvimento da robótica, afinal, o objetivo sempre foi essa colaboração entre homem e máquina.
A ideia por trás de robôs sempre foi otimizar o trabalho humano, mas nos primórdios isso esbarrava em limitações tecnológicas.
Na década de 1960, víamos em programas de televisão, como Os Jetsons, os robôs integrados ao dia a dia que trabalhavam em parceria com os seres humanos.
Mas o que antes parecia apenas ficção científica, hoje é uma realidade nas indústrias.
No entanto, o modelo de cobot atual, começou a ser desenvolvido só no final da década de 1990 e foi um dos pilares base da Indústria 4.0.
O divisor de águas para integrar os robôs aos processos de trabalho humanos foram os sensores que permitiram uma interação mais segura entre máquinas e seres humanos.
Como os cobots funcionam?
Os robôs colaborativos são projetados para operar em colaboração com humanos em um ambiente de produção.
Ao contrário dos robôs tradicionais, os colaborativos são capazes de interagir com as pessoas e entender o ambiente ao seu redor para se mover sem causar acidentes.
Eles podem ser programados para realizar tarefas como carregar materiais, montar produtos, classificar itens, pintar peças e vários outros processos.
Esses robôs podem ser programados para desempenhar funções ou até mesmo aprender por demonstração ao utilizar os conceitos machine learning e inteligência artificial (IA).
Também podem aprender com seus erros e ajustar seu comportamento de acordo com as necessidades produtivas.
Ao trabalhar em conjunto com humanos, os robôs podem ajudar as empresas a aumentar a eficiência, produtividade e segurança no local de trabalho.
Quais as diferenças entre os robôs tradicionais e os colaborativos?
Os robôs convencionais foram desenvolvidos para executar uma função com o máximo desempenho, com velocidade e precisão sobre-humanas.
Justamente por essa característica, esse tipo de robô deve ficar em local bem cercado, pois são perigosos demais para ficar próximos a pessoas.
Na indústria automobilística, por exemplo, operam em galpões fechados e executam tarefas de montagem robustas como movimentação de carroceria, solda, rebitagem e afins.
Por sua vez, os robôs colaborativos tem um design e uma tecnologia que é pensada para potencializar o trabalho humano.
Geralmente são utilizadas para tarefas que demandam uma execução mais fina, por isso estão presentes no final de uma linha de produção.
A grande sacada é que os cobots também podem operar como robôs tradicionais, com uso máximo de suas capacidades produtivas.
Contudo, em vez de serem isolados em um cômodo separado, utilizam sensores para detectar quando um humano entra no seu raio de ação.
Na prática, funciona da seguinte forma: imagine que um braço robótico está a todo vapor aplicando rebites várias peças em uma linha de montagem.
Ao detectar que algum funcionário entrou no raio de ação, ela diminui a velocidade do movimento para que não se torne um fator de perigo.
A partir do momento que a pessoa sai do alcance dos sensores, o robô volta automaticamente a seu ritmo máximo de produtividade.
Tudo isso faz desses robôs colaborativos um aditivo de produtividade que está de acordo com as normas de segurança do trabalho.
Exemplos de aplicações de um cobot
Na fabricação, os cobots podem ser usados para ajudar a simplificar os processos de produção e aumentar a eficiência.
Por exemplo, são úteis na montagem de peças ou produtos complexos e executam tarefas repetitivas, como solda ou rebitagem com total precisão.
Também podem ser programados para monitorar protocolos de segurança ou inspecionar produtos acabados para garantia de qualidade.
Na logística, são eficientes na automatização da classificação, embalagem, movimentação e entrega de itens.
Esses são fatores cruciais que contribuem para reduzir muito os custos de mão de obra, aumentam a precisão e a velocidade das entregas.
Na área da saúde, podem ajudar em várias tarefas, como separação de medicamentos e auxílio aos enfermeiros no atendimento ao paciente. Já há casos, inclusive, de robôs colaborativos em processos cirúrgicos complexos.
Por fim, em ambientes de varejo, masterizam tarefas de atendimento ao cliente, como cumprimentá-los e fornecer informações sobre o produto por meio de totens interativos.
Um exemplo disso pode ser visto em supermercados que utilizam totens de self-checkout, o que de certa forma é um tipo de robô colaborativo de atendimento.
Ao utilizá-los, empresas e indústrias podem melhorar a produtividade no local de trabalho. Ao mesmo tempo, aumenta o bem-estar dos funcionários que precisam de menos esforços físicos e mentais para serem produtivos.
Quais são as vantagens de usar os cobots na produção industrial?
Ter um robô colaborativo em qualquer operação é possuir um parceiro de trabalho que não se cansa, consegue levantar pesos enormes e possui altíssima precisão na execução.
Na prática, isso se reverte em benefícios como:
Custos operacionais reduzidos
Um robô desses otimiza a produção já que reduz os erros, especialmente em tarefas complexas e repetitivas.
Com isso, várias etapas de um processo podem ser automatizadas, o que libera tempo para os colaboradores aprimorarem outras tarefas.
Outro ponto é que com robôs colaborativos é possível aumentar a produção sem a necessidade de investir em novas contratações.
Automatização das atividades
Inúmeros trabalhos manuais podem ser automatizados com a implementação de um robô, o que encurta a ação humana em um processo produtivo.
Por exemplo, se antes um funcionário precisava executar cinco processos para concluir a montagem de um produto, agora basta apenas um, ao final, após o robô ter executado os anteriores.
Vale lembrar que essa execução, além de mais veloz, é muito assertiva, pois um robô tende a ter movimentos muito mais precisos que os humanos.
Funcionamento autônomo e contínuo
Como mencionamos, os cobots são configurados previamente e operam de forma autônoma, sem necessidade da ação humana, salvo casos de manutenção.
Os robôs colaborativos podem trabalhar 24 horas por dia, parte delas no auxilio a pessoas e outra operando em máxima capacidade.
Diminuição da exposição dos funcionários a riscos laborais
Os problemas de saúde ocupacional são uma realidade, e doenças como LER (Lesão Por Esforço Repetitivo) tendem a acometer trabalhadores após muito tempo de execução de certas atividades.
Essas tarefas repetitivas podem ser delegadas a um robô, o que aumenta o bem-estar dos funcionários que poderão focar em tarefas mais técnicas ou estratégicas.
Outro ponto também é quanto ao carregamento de itens pesados, que causam prejuízos à coluna de colaboradores em longo prazo.
Com auxílio de robôs, o esforço é amplamente diminuído, o que reduz a exposição das suas equipes a riscos laborais.
Vantagem competitiva
Todos esses benefícios citados culminam em um maior poder de produção, com redução de custos, que permite que sua empresa ou indústrias pratiquem preços mais competitivos.
Dessa forma, você pode se destacar da concorrência ao entregar produtos de maior qualidade por preços mais atrativos.
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Conclusão
Os cobots já são uma realidade na indústria 4.0 e cada vez mais o mercado apresenta opções em conta para comportar todo tipo de operação.
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