Indústria 4.0: pilares, tecnologias, impactos e desafios

A indústria 4.0 é uma revolução que transforma a produção das empresas com tecnologias de ponta aplicadas à produção e à gestão. Essas tecnologias permitem o desenvolvimento de fábricas inteligentes, que têm visibilidade e controle em tempo real dos processos de manufatura, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos. Porém, ainda há muitos desafios …

Equipe TOTVS | 21 agosto, 2023

A indústria 4.0 é uma revolução que transforma a produção das empresas com tecnologias de ponta aplicadas à produção e à gestão.

Essas tecnologias permitem o desenvolvimento de fábricas inteligentes, que têm visibilidade e controle em tempo real dos processos de manufatura, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos.

Porém, ainda há muitos desafios a serem superados para que os pilares, conceitos e as tecnologias possam ser aplicados de forma ampla e funcional no setor industrial.

A indústria 4.0 é o futuro da produção, e você não pode ficar de fora dessa mudança. Então, saiba mais sobre o tema e como ele pode impactar positivamente o seu negócio.

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O que é a indústria 4.0?

A indústria 4.0 refere-se à rápida digitalização na manufatura nos dias atuais.

Não é nem uma tecnologia em si, nem um modelo de negócio. É, na verdade, uma abordagem que busca resultados industriais que não eram possíveis há 15, 10 ou mesmo 5 anos atrás.

Trata-se da combinação de inovações e tecnologias digitais (avanços como robótica e inteligência artificial, sensores sofisticados, etc), capazes de revolucionar a produção industrial.

Porém, talvez você se pergunte: “de onde vem o 4.0 nisso tudo?”

Vamos lá:

Por gerações, os processos e técnicas de manufatura evoluíram e ajudaram as empresas a melhorar sua produção, desempenho e rendimento. Cada grande avanço foi ilustrado, nos livros de História, como uma revolução.

As revoluções industriais, lembra?

A primeira com a máquina a vapor e o tear mecânico dos anos 1700.

A segunda com o aproveitamento da eletricidade e a produção em massa no início do século 20.

Já a terceira com a influência do computador de manufatura pós-Segunda Guerra Mundial, na década de 1950.

Assim, é possível se referir ao “4.0” como a quarta revolução industrial significativa.

Ou seja, a introdução de tecnologia e dispositivos inteligentes para realmente automatizar boa parte dos processos operacionais e mesmo estratégicos.

É aqui que o conceito de “produção inteligente” entra em cena como uma real possibilidade.

O objetivo é simples: agilizar o nível e a qualidade produtiva, de forma que a indústria alinhe-se à demanda de um mundo cada vez mais populoso e exigente.

Na prática, isso se traduz em um maior potencial competitivo para as empresas, que vão reduzir custos e potencializar a produção de maneira padronizada do chão de fábrica.

A origem do conceito

A indústria 4.0 é um conceito que surgiu na Alemanha, por volta do ano de 2011, para designar uma nova forma de produção industrial baseada na integração de tecnologias digitais.

Por meio do uso integrado de sistemas ciber-físicos, internet das coisas e computação em nuvem, o objetivo era criar fábricas inteligentes, capazes de se adaptar às demandas do mercado, otimizar os recursos e aumentar a eficiência e a qualidade dos produtos. 

Na prática, sua implementação representa a quarta revolução industrial, após as fases da mecanização, da eletrificação e da automação.

Estamos em um momento de digitalização da indústria, portanto, 4.0.

O movimento visa a transformar a maneira como máquinas se comunicam e utilizam as informações para otimizar o processo de produção, tornando-o mais econômico, ágil e autônomo.

Características da Indústria 4.0

A dimensão da indústria 4.0 é bem grande.

Hoje, esse termo já está associado a uma série de outras tecnologias, fomentando um ambiente pautado em uma inovação constantemente maior dentro da indústria.

Diferentes características da indústria 4.0 formam subsídios mais do que suficientes para se afirmar que, no futuro, as suas vantagens e aplicações estarão presentes em uma quantidade muito maior de negócios, transformando significativamente o mercado.

A utilização de linhas de produção mais elaboradas, a comunicação ativa e a possibilidade de gerenciamento mais aprofundado são exemplos.

Elas trarão mais performance aos processos ao minimizar a ocorrência de erros, desperdício de insumos e principalmente de tempo — ativo cada dia mais valioso para as empresas.

No mesmo sentido, a capacidade de trabalhar ainda mais apoiada em dados e informações do mercado ajudarão a indústria a acompanhar as mudanças nos hábitos de consumo e nas demandas dos consumidores, seja em B2B ou B2C.

Porém, vale destacar que apesar desse cenário, as empresas podem trazer os avanços da quarta revolução industrial para os seus processos de maneira gradual e estratégica, a partir de um bom planejamento.

Além disso, deve-se mencionar também que à medida que o conceito se fortalece e a tecnologia se aprimora, a tendência é que tudo que se relaciona a ele fique mais acessível.

Por fim, é de suma importância destacar o impacto da indústria 4.0 na geração e manutenção de postos de trabalho.

Isso porque estamos falando de um fenômeno que, em essência, atua com a automação da operação das empresas, tema que repercute diretamente na oferta de empregos.

O fato é que as mudanças proporcionadas pela crescente inovação exigirão um capital humano mais qualificado, mais apto a lidar com automação e preparado para agir de maneira mais estratégica e menos operacional.

Quais são os pilares da Indústria 4.0?

Um estudo do Boston Consulting Group mapeou 9 pilares por trás da quarta revolução industrial. São eles:

  • Robôs autônomos: Os robôs fornecem uma gama cada vez maior de serviços e estão se tornando mais autônomos, flexíveis e cooperativos. Eles irão interagir uns com os outros e trabalhar com segurança com humanos (o termo “cobotics” é usado para descrever robôs que ajudam os operadores a realizar suas tarefas).
  • Big data e data analytics: A análise dos grandes volumes de dados vai otimizar a qualidade da produção, economizar energia e melhorar os serviços. Também aqui, o objetivo é permitir a tomada de decisões em tempo real.
  • Cibersegurança: Os protocolos de conectividade e comunicação estão se tornando a norma. Sistemas sofisticados de gerenciamento de identidade e acesso à máquina serão usados para fornecer comunicações seguras e confiáveis.
  • Cloud computing: Os processos operacionais da era 4.0 requerem mais compartilhamento de dados entre sites e empresas. O desempenho das tecnologias de nuvem vai melhorar, alcançando tempos de resposta de meros milissegundos.
  • Fabricação aditiva: Tecnologias de impressão 3D serão escolhidas por seu alto desempenho na produção de pequenos lotes de produtos customizados.
  • Integração horizontal e vertical dos sistemas: Hoje, os sistemas de informação não estão totalmente integrados. Mas com o movimento 4.0, toda a organização estará interconectada e as empresas estarão conectadas umas às outras. 
  • Internet das Coisas Industrial: Com ela, um número cada vez maior de produtos incorpora inteligência e será conectado usando protocolos padrão. Isso descentraliza a análise e a tomada de decisões, permitindo respostas em tempo real. 
  • Realidade aumentada: Essas ferramentas fornecerão aos operadores as informações em tempo real de que precisam para tomar decisões mais rápidas e para melhorar os processos de trabalho.
  • Simulação: Vai aproveitar os dados em tempo real para espelhar o mundo físico em um modelo virtual que incluirá máquinas, produtos e humanos.

As principais tecnologias da indústria 4.0

Feitas todas essas considerações, é preciso mostrar também um pouco da indústria 4.0 na prática, isto é, como esse conceito tem se materializado no interior das fábricas e quais inovações têm contribuído para o seu funcionamento. Vejamos:

IoT

Certamente uma das tendências mais importantes para a disseminação da indústria 4.0, a internet das coisas é, hoje, o que viabiliza grande parte da automação do chão das fábricas.

Por meio de sistemas, sensores e recursos de comunicação, a IoT permite aos gestores e líderes acompanhar os processos de forma profunda, avaliando o desempenho em cada etapa e em tempo real.

Cloud Computing

A computação em nuvem teve um crescimento assustador nos últimos anos.

A aplicação desse conceito nas organizações atingiu um patamar extremamente elevado, otimizando os custos com infraestrutura de TI, comunicação e armazenamento de dados.

Atualmente, a cloud computing garante um aspecto mais virtualizado às empresas, dando mais mobilidade, escalabilidade e segurança aos processos.

Big Data e Analytics

Em razão do crescente volume de dados produzidos pelas companhias e da importância deles para a condução dos negócios, big data e analytics se tornaram termos comuns dentro da dinâmica da indústria 4.0.

Em um modelo focado em resultados e otimizações, nada é perdido.

Cada dado, estruturado ou não, tem a capacidade de gerar algo produtivo para as empresas.

Tudo com uso de ferramentas robustas de análises, as quais são capazes de coletar, armazenar e estruturar um volume descomunal de informações e gerar insights valiosos para os tomadores de decisão.

Cobots

Essa tecnologia é baseada em robôs colaborativos, os quais atuam em conjunto com os recursos humanos, auxiliando-os em tarefas manuais e que não são totalmente automatizadas.

Por exemplo, já foi apresentado uma ferramenta desse tipo que se acoplava ao braço de um humano como um exoesqueleto pneumático, conectando os movimentos sensitivos humanos à precisão e agilidade do robô.

Digital Twin

O gêmeo digital, como também é conhecido, é uma tecnologia capaz de gerar simulações virtuais em projetos das mais variadas espécies, desde um carro até uma complexa turbina de avião.

O propósito dessa ferramenta é simular, de forma precisa e econômica, o passo a passo de todo o processo, verificando a viabilidade, a ocorrência de falhas, as fragilidades e todos os aspectos informativos que um protótipo físico poderia fornecer aos projetistas.

A partir dela, é possível testar o produto de forma digital, sem que isso implique gastos e um grande aparato técnico.

Inteligência artificial

A inteligência artificial permite que as empresas aproveitem ao máximo o volume de informações geradas não apenas no chão de fábrica, mas em suas unidades de negócios e até mesmo de parceiros e fontes de terceiros.

Assim, é possível criar insights que fornecem visibilidade, previsibilidade e automação de operações e processos de negócios.

Drones

O uso de drones se assemelha ao de sensores inteligentes.

A partir da leitura aprofundada dos drones, é possível mapear aspectos como avanço de uma obra ou fatores geográficos que devem ser monitorados constantemente em construções de alto risco.

Sistemas Cyber Físicos 

Os sistemas ciberfísicos são a base para a operação de todos os processos de automação dentro das instalações, uma vez que eles permitem um sistema de comunicação entre os componentes físicos e os recursos digitais.

Desta forma, as empresas podem ter visibilidade sobre linhas de produção inteiras e garantir velocidade de execução, precisão nas ações e redução de custos nas operações.

Biologia Sintética

A biologia sintética está revolucionando a forma como as indústrias criam e utilizam os produtos.

De alimentos e produtos farmacêuticos a têxteis e energia renovável, as empresas estão descobrindo que a biologia sintética pode racionalizar os tempos de produção, reduzir custos e aumentar os lucros.

Os biólogos sintéticos combinam princípios de engenharia com uma compreensão abrangente da biologia para explorar novas maneiras de cultivar colheitas de forma mais eficiente, desenvolver tratamentos personalizados para doenças, produzir materiais com melhores características de desempenho e fabricar biocombustíveis com melhor desempenho.

Manufatura Aditiva

A fabricação de aditivos, também conhecida como impressão 3D, é geralmente associada com a produção de objetos.

Entretanto, é possível usar essa tecnologia para aplicações mais complexas em diferentes setores e na indústria 4.0.

Ela pode ser usada para desenvolver produtos mais rapidamente, reduzir custos de estoque — produzindo peças somente quando necessário — e melhorar o design de produtos.

Sistemas de gestão

Como reforçamos anteriormente, sistemas de gestão são as tecnologias que vão servir de base para a implementação de todas as outras.

É necessário contar com uma plataforma completa e robusta, que possa servir de vetor para interconectar todas as outras inovações.

Assim, é possível não apenas melhorar seu nível de gestão, mas também fortalecer o controle sobre os processos e suas execuções em tempo real, com total domínio dos dados e informações.

Conheça o cenário da indústria 4.0 no Brasil hoje

Apesar de não soar como algo recente, o termo indústria 4.0 ainda se mostra bastante desconhecido aqui no Brasil.

Segundo dados de 2018, apresentados pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), menos de 2% das organizações do país estão verdadeiramente imersas nisso de maneira prática.

Um desperdício se você analisar os dados: a era 4.0 tem capacidade de movimentar US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, também de acordo com a ABDI.

Diante desses números, fica claro que, no Brasil, ainda há muito para amadurecer nas empresas quando o assunto é a aderência ao conceito da quarta revolução industrial.

Para o futuro, no entanto, espera-se que essa tendência ganhe força, alinhando-se ao cenário de países em que a indústria está mais associada à tecnologia e à inovação.

No momento, porém, esse movimento de modernização da indústria ainda está em um estágio inicial no Brasil.

As empresas, em grande parte, permanecem associadas aos tradicionais modelos de produção, pouco sofisticados e dependentes de processos manuais e intervenções humanas.

Contudo, uma pesquisa da Fiesp indica que o grau de conhecimento das empresas com foco industrial sobre o conceito de era 4.0 está em uma crescente.

Muitos gestores já enxergam esse movimento como uma oportunidade, e não como risco.

Ou seja, a tendência é que a quarta revolução da indústria se inclua de maneira gradual nas empresas, conforme elas sintam a necessidade de inovar e, principalmente, sintam que estão preparadas para investir nesse campo.

Segundo especialistas da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a aderência à era 4.0 deverá acontecer de maneira gradual:

Em 10 anos, estima-se que 15% das empresas do setor de manufatura já tenham esse conceito inserido em suas atividades.

Quais as propostas no Brasil para a manufatura 4.0?

No Brasil, apesar da lenta aceleração inicial acerca do movimento 4.0, já se enxergam iniciativas que visam sua expansão.

O governo, inclusive, é quem encabeça um projeto importante de fomentação da indústria 4.0.

Já existe, por exemplo, uma agenda brasileira sobre o tema que é capitaneada pelo Ministério da Indústria, Comércio e Serviços.

Ela ainda está em fase de desenvolvimento, mas já conta com um Grupo de Trabalho criado, com mais de 50 instituições representativas unidas em prol do debate.

No GT, fazem parte, além de empresas e do governo, representantes da sociedade civil organizada.

De acordo com o governo, há alguns temas prioritários sendo discutidos com frequência, como:

  • Startups;
  • Test beds;
  • Fábricas do futuro;
  • Um novo mercado de trabalho;
  • Massificação do uso de tecnologias digitais;
  • Mudanças na estrutura das cadeias produtivas;
  • Aumento da competitividade das empresas brasileiras.

Entre os passos da jornada para a indústria 4.0, o governo pretende contribuir para uma melhor educação das empresas e de seus gestores.

Assim, planeja também realizar incentivos para que as organizações brasileiras tirem suas ideias do papel e possam, a partir daí, firmar parcerias estratégicas com empresas de todo mundo.

Como a Indústria 4.0 vai impactar o mundo?

Ao mergulhar no significado da indústria 4.0, é impossível não pensar nos seus impactos.

Graças aos avanços fora do Brasil, é possível ter uma medida de como ela afeta a indústria como um todo — tanto positiva quanto negativamente.

Impactos positivos

A indústria 4.0 é uma nova forma de produção industrial que usa tecnologias digitais para criar fábricas inteligentes, eficientes e adaptáveis. 

Essa abordagem traz benefícios como: aumento da produtividade, redução dos gastos, personalização dos produtos, melhores condições de trabalho e integração e flexibilidade da empresa. 

Ao alinhar a automação com os procedimentos de coleta e troca de dados, a adoção dos conceitos da quarta revolução industrial pode, sem dúvida, proporcionar às fábricas maior eficiência em seus processos.

A simplificação dos processos e o aumento do acesso a dados úteis ajudam a maximizar a produtividade e minimizar a quantidade de recursos usados.

Com menos dinheiro gasto em materiais e mão de obra, e menos rejeições de clientes e contratempos de fabricação, a era 4.0 também ajuda os fabricantes a impulsionarem a produtividade e o crescimento da receita.

Outra maneira importante pela qual o movimento 4.0 pode impactar a manufatura é promovendo interações mais próximas com os clientes.

A tecnologia, os dados e as informações que podem ajudar a transformar as operações de manufatura também podem tornar os processos e sistemas mais responsivos, tudo de acordo com as necessidades do cliente.

Os recursos exclusivos das tecnologias interconectadas permitem que os fabricantes respondam e se adaptem mais rapidamente às solicitações dos clientes.

É algo que possibilita o desenvolvimento de pedidos personalizados com menos trabalho e tempo de configuração do que na fabricação tradicional.

Impactos negativos

Em um artigo científico escrito por acadêmicos da PUC de Curitiba, intitulado de “The impact of the fourth industrial revolution: a cross-country/region comparison”, os possíveis impactos negativos da manufatura 4.0 são colocados à prova.

Dentre os os objetivos da quarta revolução industrial, um chamou a atenção dos acadêmicos de forma negativa e que, segundo eles, está em falta nas políticas públicas relacionadas ao tema:

O desenvolvimento de um sistema ou filosofia de gestão de produção que realmente ajude as empresas a lidar com o nível de demanda do futuro.

De acordo com os estudos, há uma necessidade latente de unir uma nova e transformada visão gerencial aos temas considerados pilares da indústria 4.0.

Desafios e expectativas da Indústria 4.0

Ao investir em tecnologias inteligentes para o desenvolvimento da indústria 4.0, é necessário se atentar aos desafios dessa implementação.

Além dos obstáculos evidentes no que diz respeito ao capital e ao acesso às inovações, é preciso considerar também:

Lacuna nas habilidades técnicas

Seus funcionários conseguem acompanhar as novas demandas do mercado?

Ao procurar preencher as vagas em aberto, procure candidatos que possuam “destreza digital”, pois entendem tanto os processos de manufatura quanto as ferramentas digitais que suportam esses processos.

Somente com a força de trabalho certa os modelos de negócios serão capazes de implementar com sucesso novas tecnologias e manter as operações.

Sensibilidade de dados

O aumento da tecnologia também levou a preocupações crescentes com relação à privacidade, propriedade e gerenciamento de dados.

Um exemplo comum?

Para implementar com sucesso um algoritmo de IA, são necessários dados para treiná-lo e testá-lo. Para que isso aconteça, os dados devem ser compartilhados.

No entanto, muitas empresas relutam em compartilhar suas informações com desenvolvedores de soluções terceirizadas.

Além disso, as políticas atuais de governança de dados para uso interno nas organizações são inadequadas quando o assunto é o seu compartilhamento entre organizações.

Segurança

Quando várias máquinas e dispositivos estão conectados a uma ou várias redes em uma fábrica inteligente, as vulnerabilidades em qualquer uma dessas peças do equipamento podem tornar o sistema vulnerável a ataques.

Para ajudar a combater esse problema, as empresas precisam antecipar as vulnerabilidades do sistema corporativo e as vulnerabilidades operacionais no nível da máquina.

Dados mais precisos e centrais

À medida que mais empresas se tornam dependentes do uso de IA, mais dados são gerados em um ritmo maior e em vários formatos.

Para percorrer essas vastas quantidades de dados, os algoritmos de IA precisam ser mais fáceis de compreender.

Além disso, esses algoritmos precisam ser capazes de combinar dados que podem ser de diferentes tipos e prazos.

O impacto da indústria 4.0 na gestão de pessoas

A modernização do local de trabalho foi um dos efeitos da quarta revolução industrial.

O movimento transformou as práticas de gerenciamento de pessoas e as empresas passaram por uma mudança dos métodos tradicionais para abordagens mais modernas, enfatizando a conectividade entre a tecnologia e o capital humano.

Do uso de aplicações baseadas na nuvem para o gerenciamento do fluxo de trabalho e materiais de treinamento ao emprego de soluções de inteligência artificial para automatizar os processos de recrutamento, os gerentes de RH agora têm à sua disposição ferramentas poderosas para gerenciar eficientemente os membros de sua equipe e maximizar a produtividade.

Não apenas isso, mas as empresas estão percebendo uma grande melhoria nos níveis de envolvimento dos funcionários devido à implementação de sistemas de trabalho mais inteligentes e processos automatizados de RH, o que facilita processos como a avaliação de desempenho.

O futuro do emprego na indústria 4.0

Sem dúvidas, um dos aspectos que vai sofrer mais alterações e verdadeiras transformações com a quarta revolução industrial são as pessoas.

Há um medo latente de que, com a quarta revolução industrial, o emprego das pessoas esteja seriamente comprometido. No entanto, a indústria 4.0 não se trata disso.

De forma natural, algumas funções acabam perdendo seu propósito.

É o caso clássico do relojoeiro, que ajustava relógios de pulso ou de parede. Hoje, esse profissional não é mais necessário.

No entanto, a indústria 4.0 em si vai precisar ainda de muita mão de obra, mas não necessariamente na primeira linha de produção.

Porém, entenda: isso não significa que o chão de fábrica clássico não vai mais existir.

Existem atividades que apenas são feitas de forma perfeita com a intervenção humana — ao menos em algum grau.

O que a era 4.0 propõe é evoluir alguns postos de trabalho, exigindo uma melhor qualificação para que sejam ocupados. Isso significa que haverá cada vez menos pessoas em áreas operacionais, e mais em setores estratégicos.

Um passo natural para os profissionais, não algo impensável.

É o que mostra uma pesquisa do Senai, divulgada em matéria da Agência Brasil, sobre a evolução no setor automotivo. 

Amplamente conhecido por seu alto nível de automação produtiva, estima-se que entre 31% e 50% das empresas do segmento vá criar novas vagas para:

  • mecânicos de telemetria;
  • técnico em informática veicular;
  • mecânico para veículos híbridos;
  • programador de unidades de controles eletrônicos;

A pesquisa ainda lista cerca de 30 novas profissões que vão ser criadas na indústria 4.0 e ressalta a importância da qualificação profissional.

Além disso, as “soft skills” ganharão papel chave na manutenção e criação dos times de trabalho.

Ainda assim, não há como negar, certos grupos demonstram preocupação com o tema e suas consequências econômicas e sociais. É uma pauta que certamente necessita ser estudada para evoluir.

Competências requeridas nesse novo cenário

Como já vimos, o futuro do trabalho na quarta revolução da indústria não será uma transformação completa.

Sim, algumas atividades podem ser eliminadas ou substituídas por máquinas, mas não todas.

Cabe a cada empresa e seus gestores saber como capturar o potencial dessas novas tecnologias e garantir que elas sejam usadas como otimizadoras de negócios.

Mas porque  alguém deveria investir recursos nessas novas tecnologias?

A resposta é: para ganhar uma vantagem competitiva.

Em um mercado cada vez mais concorrido, as empresas precisam estar sempre à frente da concorrência. E para isso, é necessário ter profissionais com um novo conjunto de competências e habilidades que são essenciais para o sucesso neste momento.

Isso está dividido em duas áreas principais:

Competências técnicas, tais como engenharia, matemática e automação;

Competências comerciais, tais como criatividade e resolução de problemas.

Não é segredo que a quarta revolução industrial trará muitas mudanças na maneira como as pessoas trabalham, mas também oferece grandes oportunidades para aqueles que estão preparados.

Ao investir em treinamento e no aumento do nível de qualificação profissional de seus funcionários, as organizações serão capazes de aproveitar todo o potencial da era 4.0.

Isso só é possível se todos os setores forem unificados e a análise estruturada se tornar mais transparente, ágil e assertiva. É por isso que é tão importante para as organizações investirem no desenvolvimento de seus profissionais.

Trabalhando juntos, empresas e trabalhadores podem garantir que a revolução 4.0 beneficie a todos, desde pequenas empresas até grandes multinacionais.

Consequências da Indústria 4.0 nas empresas

Como qualquer processo evolutivo, mudanças são necessárias e os desafios são inerentes a esse fenômeno.

Logo, a indústria 4.0 também sofrerá com alguns percalços ao longo da sua jornada de implementação na cultura e na realidade prática das empresas.

A título de exemplo, a grande utilização e a necessidade de se trabalhar em plataformas digitais e parques de TI poderão expor as empresas a riscos ainda maiores de invasão de dados e quebra de segurança da informação, o que causaria danos consideráveis.

Outro desafio a ser superado, sobretudo no Brasil, é o custo da inovação. Como é sabido, inovar por aqui custa mais caro que em outros países.

Isso acaba por pesar no orçamento das companhias e atrasar um pouco os avanços.

Como as empresas podem se preparar para essas mudanças?

Há um caminho único para a consolidação da era 4.0? De forma prática, não. 

Muito embora a teoria direcione as empresas a adotar as tecnologias mais acessíveis no momento e, em um ritmo escalável, potencializar sua maturidade tecnológica, o primeiro passo essencial pode ser definido em:

Conhecimento.

É necessário se inteirar sobre o tema, estudar, entender como a sua empresa e a sua indústria se encaixam no contexto da inovação, da automação, da geração e do processamento de dados.

Ao gestor, cabe olhar para o seu cliente e então entender como remodelar seus processos, de forma que nenhum dinheiro seja desperdiçado no processo.

Após isso, o ideal é se voltar para as tecnologias mais básicas de todo processo de renovação.

E não falamos “básicas” no sentido de limitadas, mas de serem essenciais, como sistemas de gestão integrada, que vão unificar os setores do negócio e tornar toda análise estrutural mais transparente, ágil e assertiva.

Tecnologias TOTVS para indústrias

Ao investir em tecnologias que facilitem a adequação da sua empresa à indústria 4.0, você se posiciona como uma competidora e líder de mercado.

Ao menos, com as ferramentas para possibilitar essa evolução.

No entanto, sua estrutura tecnológica deve ter como base tecnologias robustas e completas, que facilitem os processos e integrem setores e dados.

É o caso dos sistemas e aplicações TOTVS Manufatura, desenvolvidos pela TOTVS, maior referência brasileira em inovação e maior empresa de tecnologia do país.

Totalmente personalizáveis, as nossas tecnologias atendem a todos os tipos de empresas e segmentos industriais, sejam pequenas, médias ou grandes.

Unem recursos de gestão e o mais alto nível de tecnologia para conectar, modernizar e transformar todos os processos industriais da sua empresa.

Entre na era da indústria 4.0 com os sistemas e aplicações TOTVS Manufatura!

E aproveite para conhecer um pouco mais sobre um dos nossos ERPs especializados no setor industrial.

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Conclusão

Por fim, como vimos, a indústria 4.0 aos poucos vem se tornando uma realidade por aqui.

Tudo indica que, em um futuro próximo, esse movimento se tornará ainda mais presente na rotina dos negócios, promovendo otimizações jamais vistas até então.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre o tema, não deixe de compartilhar este artigo nas suas redes sociais.

É importante para contribuir com o aprendizado de outras pessoas.

Agora, quer continuar aprendendo sobre as tendências, inovações e transformações da indústria e da área de gestão industrial? Então siga de olho em nosso blog!

Aproveite para conferir o nosso artigo sobre a manufatura 4.0 e seus desdobramentos.

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Comentários deste post

  1. Dulce diz:

    gostei muito do artigo

  2. Manassés diz:

    Ressaltando os principais aspectos tecnológicos e organizacionais que otimizam os processos produtivos

  3. Alex Camargo Barros diz:

    Estava pesquisando pelo assunto aqui na Internet e acabei encontrando sem querer esse blog e esse artigo aqui, gostei muito

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  13. Como Acertar na Lotofacil diz:

    Excelente Artigo! A tecnologia veio para mudar o conceito das empresas e melhorar sua produtividade

  14. Alan Amorim diz:

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  15. macho man diz:

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  19. Vanessa Ferreira diz:

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