Entenda como calcular o ICMS, o que incide no cálculo e opções de isenção

Equipe TOTVS | 25 março, 2024

Entender como calcular o ICMS é importantíssimo para a eficiência fiscal e tributária das empresas, principalmente as do setor logístico.

As alíquotas desse imposto variam conforme o estado e o tipo de mercadoria, exigindo atenção ao aplicar as fórmulas. 

Para realizar o cálculo, a empresa deve considerar o valor da mercadoria, a alíquota aplicável e eventuais benefícios fiscais. 

A fórmula básica envolve multiplicar o valor da mercadoria pela alíquota correspondente. 

Porém, isso não é simples de ser aplicado no dia a dia, e nesse sentido, a tecnologia é uma aliada para uma gestão de custos mais eficiente.

Então, fazer com que o processo seja preciso e atualizado, garantindo compliance fiscal e evitando surpresas orçamentárias é o caminho ideal para sua operação.

Acompanhe como fazer o cálculo de ICMS de forma mais eficiente e conheça soluções tecnológicas para uma gestão de ponta a ponta da cadeia de suprimentos. Boa leitura.

Afinal, como calcular ICMS?

Calcular o ICMS requer das empresas de logística uma combinação de precisão e conhecimento normativo. 

Inicialmente, define-se a base de cálculo, geralmente o valor da operação de circulação da mercadoria ou serviço. 

Em seguida, é identificada a alíquota aplicável – que varia conforme o estado e o tipo de produto. 

Aplica-se a fórmula: Base de Cálculo x Alíquota = Valor do ICMS. 

Importante ressaltar a atenção às operações interestaduais que se submetem a alíquotas específicas e a necessidade de considerar benefícios como crédito fiscal. 

Também é fundamental aplicar o CFOP correto nessas operações para precisão fiscal e até substituição tributária.

Para isso, as empresas devem se manter atualizadas quanto às regulamentações para assegurar a correta apuração do imposto, essencial para a sustentabilidade financeira e conformidade legal do negócio.

Confira a seguir algumas particularidades de cada operação e sua influência no cálculo do CFOP:

Operações no mesmo estado

Para empresas de logística realizando entregas internas, o cálculo do ICMS segue a alíquota interestadual definida pelo estado onde ocorre a operação. 

Essencialmente, multiplica-se o valor da nota fiscal pela alíquota específica do estado, considerando-se a plenitude dos produtos ou serviços fornecidos. 

Estar ciente das legislações estaduais é crucial, pois cada unidade federativa detém autonomia para estabelecer suas tarifas em um limite estipulado nacionalmente.

Isso irá influenciar diretamente nos cálculos para as operações no mesmo estado e, consequentemente, no valor final do ICMS.

Operações interestaduais

No contexto das operações interestaduais, a logística fiscal das empresas é posta à prova com a variação de alíquotas interestaduais. 

O cálculo do ICMS nesse cenário envolve alíquotas determinadas pelo estado de destino, que podem diferir das alíquotas internas.

 Além disso, considera-se as regras do Diferencial de Alíquotas (DIFAL) para empresas contribuintes do imposto. 

A aderência a essas particularidades assegura a conformidade nas transações entre diferentes estados, otimizando a carga tributária e a administração de custos nas operações logísticas.

Como calcular o ICMS “por dentro”?

O cálculo “por dentro” do ICMS é uma prática contábil que incorpora o valor do imposto à sua própria base de cálculo. 

Para calcular, utiliza-se a seguinte fórmula: 

  • Valor da mercadoria ÷ (1 – Alíquota do ICMS) = Base de Cálculo. 

Aplica-se a alíquota sobre o resultado para obter o valor do ICMS a ser recolhido. 

Esta metodologia é essencial quando o imposto faz parte do preço de venda, assegurando que empresas de logística possam determinar o montante correto do ICMS de maneira eficaz em suas operações.

IPI entra na base de cálculo do ICMS?

A relação entre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e a base de cálculo do ICMS é uma questão complexa e importante para as empresas de logística.

 De maneira geral, o valor do IPI pode sim ser incluído na base de cálculo do ICMS quando o produto é destinado à comercialização ou à produção de outro bem. 

No entanto, se o produto for adquirido para uso ou consumo do estabelecimento, o IPI não deve compor a base do ICMS. 

Por exemplo, uma distribuidora que compra bebidas para abastecer supermercados pode incluir o IPI no cálculo, já um bar que compra para vender no local, não vai considerar o IPI.

Esse entendimento, amparado por regulamentações tributárias, é essencial para que as empresas possam calcular seus impostos de forma correta e eficiente, mantendo a conformidade legal.

Frete entra na base de cálculo do ICMS?

Quando se trata da inclusão do frete na base de cálculo do ICMS, as empresas de logística devem proceder com especial atenção às normativas vigentes. 

De modo geral, os custos associados ao transporte de mercadorias podem ser incorporados na base de cálculo do ICMS, desde que o frete seja destacado na nota fiscal e faça parte da operação de venda. 

Além disso, particularidades das legislações estaduais podem influenciar este processo. 

Cabe às empresas se manterem informadas e consultarem a legislação específica do estado envolvido na operação para assegurar exatidão no cálculo e permanecer em conformidade com os requisitos fiscais aplicáveis.

Quais atividades o ICMS?

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um imposto estadual que incide sobre diversas atividades econômicas. 

As principais operações que desencadeiam a cobrança do tributo são a circulação de mercadorias.

Isso inclui o fornecimento de alimentação e bebidas em bares e restaurantes, o transporte interestadual e intermunicipal de pessoas e bens, e a prestação de serviços de comunicação. 

Adicionalmente, o ICMS é aplicado em operações de entrada de mercadorias importadas e na aquisição em leilões de bens apreendidos ou abandonados. 

Para as empresas de logística, é crucial entender todas as atividades sujeitas ao ICMS para garantir o recolhimento adequado e manter a regularidade fiscal.

E quais operações estão isentas desse imposto?

Dentro do cenário tributário, algumas operações são beneficiadas com a isenção do ICMS, reduzindo os custos para as empresas de logística e seus clientes. 

As mais comuns incluem operações que promovem exportações, produtos destinados à alimentação ou saúde pública.

Também contempla a circulação de mercadorias entre contribuintes localizados em diferentes estados para fins de comercialização subsequente. 

Além disso, certas atividades culturais e educacionais também podem desfrutar de tal benefício. 

Lembrando que essas regras de isenção vão variar conforme o estado onde a operação está sendo feita, por isso, é importante consultar sempre se há ou não determinada isenção.

Como realizar o recolhimento do ICMS?

O recolhimento do ICMS é uma tarefa que exige rigor e exatidão por parte das empresas de logística. 

Após o cálculo do imposto, a empresa deve emitir uma Guia de Recolhimento do Estado específica, que contém os dados da operação e o valor do ICMS a ser pago. 

Essa guia pode ser obtida através dos sites das Secretarias da Fazenda de cada estado. 

Os prazos de pagamento variam conforme a legislação estadual e o regime tributário da empresa. 

Uma gestão fiscal atenta e a utilização de sistemas de contabilidade adequados são fundamentais para garantir o recolhimento pontual do imposto e evitar penalidades.

Alguns softwares de gestão podem ajudar a automatizar esses processos para evitar erros humanos e garantir a precisão desse processo.

O que acontece se sua empresa deixa de cumprir esta obrigação?

Caso uma empresa de logística deixe de recolher o ICMS, ela enfrentará consequências severas. 

Multas, juros e penalidades podem ser aplicados, impactando significativamente as finanças da organização. 

Além disso, a inadimplência tributária pode levar a restrições no crédito, problemas com a inscrição estadual e impedimentos em participações de licitações públicas. 

No longo prazo, o não cumprimento desta obrigação fiscal prejudica a reputação empresarial e pode resultar em ações legais, incluindo execução fiscal e responsabilização penal dos administradores da empresa. 

Portanto, a adimplência do ICMS é essencial não apenas para saúde financeira, mas também para o reconhecimento da marca junto ao mercado e seus consumidores.

Suíte Logística da TOTVS

A gestão precisa dos documentos fiscais, incluindo o cálculo e recolhimento do ICMS, é fundamental para o sucesso das empresas de logística. 

Para otimizar esse processo, a Suíte Logística da TOTVS é uma solução avançada que proporciona uma administração completa, integrada e eficiente, facilitando desde o controle de operações até a conformidade fiscal de sua empresa. 

Um sistema que acompanha a velocidade do seu negócio e as constantes mudanças na legislação tributária e ainda pode ser personalizado conforme as necessidades da sua operação.

Conheça os detalhes da Suíte Logística da TOTVS e veja como podemos ajudar a simplificar a gestão dos documentos relevantes para logística e manter sua empresa sempre competitiva.

Conclusão

Desbravamos o terreno complexo do cálculo do ICMS, compreendendo as variáveis que afetam as empresas de logística, desde operações estaduais até as interestaduais, e como realizar o cálculo ‘por dentro’. 

Mostramos também o papel do IPI e do frete na base de cálculo e identificamos as atividades sujeitas ou isentas deste imposto. 

A estratégia para uma gestão tributária eficiente passa pela Suíte Logística da TOTVS, que tem recursos para otimizar o gerenciamento dos documentos fiscais e facilitar o cálculo do ICMS. 

Toda essa integração permite que sua operação seja preparada para aproveitar ainda mais os conceitos da logística 4.0 e ter mais eficiência em todas as etapas.

Fique por dentro das novidades em primeira mão assinando a newsletter TOTVS.

Artigos Relacionados

Deixe aqui seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Usamos cookies para fornecer os recursos e serviços oferecidos em nosso site para melhorar a experência do usuário. Ao continuar navegando neste site, você concorda com o uso destes cookies. Leia nossa Política de Cookies para saber mais.