O aproveitamento de espaço é uma grande preocupação dentro do setor de logística e a movimentação de mercadorias. O drive-through e o drive-in têm tudo a ver com isso.
Apesar do primeiro nome estar associado ao processo de compra em fast foods e outros restaurantes, na logística, o sentido desse termo é diferente. Estamos falando de sistemas de armazenamento de produtos.
Por isso, entender qual é o diferencial desses dois conceitos é importante para quem atua com operações logísticas. A seguir, entenda tudo sobre o assunto!
O que é drive-through na logística?
O drive-through na logística é um sistema de armazenamento compacto e profundo para produtos em pallets em armazéns. Nele, se tem um alto volume de um mesmo item e suas entradas e saídas são sempre em grandes quantidades.
A movimentação, inclusive, pode acontecer pelos dois lados da estrutura, permitindo o trânsito livre da empilhadeira.
Mas o que faz com que a estrutura de armazenagem drive-through tenha uma maior capacidade de armazenamento por metro quadrado? O fato de não existir corredores.
Como são produtos semelhantes, não há necessidade dessa separação e o espaço que seria usado para isso pode ser ocupado pelos próprios produtos.
Qual a diferença entre drive-through e drive-in?
A ideia do drive-through e drive-in é, em essência, a mesma: aumentar a densidade de armazenamento.
No entanto, ainda assim, a diferença entre os dois sistemas está na ordem de acesso aos produtos armazenados. O drive-through utiliza o FIFO enquanto o drive-in utiliza o LIFO.
Em outras palavras: no sistema drive-through, o primeiro palete que entra na estrutura de armazenamento é o último a ser retirado.
Por isso também, esse sistema requer áreas livres com acesso a ambas as faces da estrutura de armazenamento, pois os paletes precisam passar completamente pelo sistema.
Já no sistema drive-in, os últimos paletes que entram na estrutura são os primeiros a serem retirados.
Isso significa que os produtos que foram armazenados mais recentemente são os primeiros a serem acessados e retirados. Recomenda-se, nesse caso, instalar esse sistema próximo à parede ou em áreas delimitadas.
Vantagens e desvantagens do drive-in e drive-through
De forma geral, as vantagens e desvantagens do drive-in e do drive-through são bem semelhantes devido às suas propostas.
Entender os prós e contras dessas estruturas é uma boa forma de estudar a viabilidade de implementação e fazer uma boa escolha.
Confira a seguir!
Vantagens
O principal benefício desses sistemas é justamente oferecer um maior aproveitamento do espaço. Mas não só isso.
Eles oferecem uma excelente proteção para os produtos, reduzindo o risco de quedas ou danos, mesmo quando vários paletes são armazenados.
Também priorizam a verticalização, maximizando o uso do espaço vertical, o que é particularmente útil quando o espaço horizontal é limitado.
As estruturas podem ser desmontadas e remontadas em outro local, o que oferece flexibilidade para empresas que podem precisar realocar o sistema no futuro.
Como também não é necessário o uso de empilhadeiras específicas, não é preciso ter custos com máquinas especiais.
Após a montagem, os sistemas ocupam cerca da metade do espaço horizontal em comparação com porta-paletes convencionais.
Desvantagens
A implantação dos sistemas pode requerer um investimento financeiro significativo, tornando-os menos acessíveis para algumas empresas — principalmente considerando o começo de um empreendimento.
Os sistemas não são ideais, principalmente, para itens com alta rotatividade, o que pode ser desvantajoso para empresas com produtos de data de validade curta.
A montagem do sistema também pode afetar a rotina de trabalho, principalmente em empresas com grande volume de movimentação de mercadorias.
Quando é recomendado utilizar essas estruturas?

No geral, essas estruturas devem ser priorizadas em casos de operações que necessitam de alta densidade de armazenagem.
Por isso, são especialmente benéficas quando as seguintes condições se aplicam:
- Baixa rotatividade de produtos;
- Produtos com prazo de validade prolongado;
- Movimentações ocasionais em grandes quantidades, pois permitem um acesso rápido a uma grande quantidade de produtos, economizando tempo e esforço;
- Produtos de grande volume ou tamanho;
- Produtos que não precisam de separação fracionada, pois seu design concentra-se em armazenar grandes volumes de um único item.
Em quais casos esses modelos não devem ser usados?
Os modelos de armazenamento drive-in e drive-through não devem ser usados em situações em que a alta rotatividade de produtos é fundamental.
Isso inclui empresas que lidam com produtos perecíveis, de prazo de validade curto, ou mercadorias com uma demanda constante e movimentação frequente.
Esses sistemas seguem as lógicas LIFO (Last In First Out) e FIFO (First In First Out), que podem ser inadequadas para manter um controle eficaz sobre a expiração de produtos ou garantir que os itens mais recentes estejam prontamente disponíveis.
Além disso, essas estruturas podem não ser a melhor escolha quando a necessidade de separação fracionada de produtos é alta.
Mas por que isso seria um empecilho?
Se uma empresa lida com a montagem de pedidos com a combinação de vários produtos diferentes, a falta de acessibilidade individual a cada item pode tornar o processo de picking ineficiente e bem mais demorado.
Como implementar o drive-through e drive-in na empresa?

Para que essas estruturas deem certo, é fundamental fazer um bom planejamento da implementação.
Tudo começa com o estudo, afinal, é preciso avaliar suas necessidades específicas e entender se o drive-in ou drive-through são adequados para suas operações.
Considere fatores como tipos de produtos, rotatividade, espaço disponível e requisitos de acesso.
Feito essa primeira parte, você pode seguir estes passos para implementar os modelos:
- Analise seu espaço disponível para determinar o local adequado para a instalação do sistema. Verifique, por exemplo, se o piso é nivelado e capaz de suportar a estrutura e a carga armazenada;
- Desenvolva um projeto de engenharia exclusivo para sua empresa, levando em consideração os requisitos específicos do sistema, como profundidade, altura e capacidade de armazenamento;
- Avalie o impacto da montagem do sistema na rotina da empresa. A partir disso, decida se serão necessárias mudanças temporárias para outras localizações ou paralisações durante a instalação. O ideal é minimizar interrupções nas operações durante o processo de montagem;
- Conte com uma empresa especializada na área de armazenagem para garantir a execução adequada do projeto. Especialistas em logística e engenheiros podem ajudar a projetar e implementar as estruturas de acordo com as necessidades do seu negócio;
- Após a instalação, conduza testes para garantir que o sistema funcione corretamente e atenda aos requisitos operacionais;
- Se preocupe também em treinar sua equipe para operar eficazmente o sistema de armazenamento drive-in ou drive-through. Integre as novas estruturas ao fluxo de trabalho existente da empresa;
- Estabeleça um programa de manutenção preventiva para garantir que as estruturas continuem funcionando de forma eficiente ao longo do tempo.
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Conclusão
Apostar em sistemas de armazenamento drive-in e drive-through requer uma abordagem cuidadosa, desde a análise inicial das necessidades da empresa até a instalação e integração eficaz.
Esses sistemas podem ser uma solução valiosa para empresas que lidam com produtos de baixa rotatividade, armazenagem de grandes volumes e espaço vertical limitado.
No entanto, é fundamental considerar o espaço disponível, a capacidade do piso e a logística das operações antes de avançar com a implantação, ok?
Com uma abordagem estratégica e a devida atenção aos detalhes, as empresas podem aproveitar ao máximo os benefícios oferecidos pelos sistemas de armazenamento drive-in e a estrutura tipo drive-through.
Por isso também, investir em tecnologia para apoiar as operações é importante na hora de garantir os bons processos dentro da sua empresa e tornar toda a cadeia de suprimentos eficiente!
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