Segurança digital: o que é e como garantir na empresa

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 16 fevereiro, 2023

Segurança digital e privacidade são assuntos em voga no mundo dos negócios de hoje. Cada vez mais, as empresas confiam em sistemas digitais, o que aumenta a necessidade de contar com redes seguras e proteger os dados.

Ao mesmo tempo, os crimes cibernéticos se tornaram mais frequentes, e os riscos de incidentes cresceram.

Por isso, é fundamental que um gestor saiba como garantir a segurança digital em seu negócio e deixá-lo a salvo de ameaças. 

Para tanto, ele deve compreender seu conceito, o funcionamento nas empresas, a importância, o cenário brasileiro, os principais ataques e as medidas que devem ser adotadas.

Falamos sobre tudo isso neste artigo, vem com a gente!

O que é segurança digital? 

Segurança digital é o processo de proteção de dispositivos digitais, dados, servidores, redes e programas que estão em ambiente virtual contra ataques maliciosos ou acesso não autorizado.

A violação de informações causa danos às vítimas, sejam elas pessoas físicas ou jurídicas. 

Neste contexto, o objetivo da segurança no ambiente virtual é manter a confidencialidade e a privacidade das informações por meio de ferramentas e técnicas e minimizar a ocorrência dessas ameaças.

Vamos ver como funciona a segurança digital!

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Como funciona a segurança digital?

A segurança em ambiente virtual funciona usando uma variedade de processos e tecnologias para proteger os dados de uma organização.

Estes podem incluir:

  • Medidas de controle de acesso, tais como senhas e sistemas de autenticação; 
  • Software antivírus, que procura e elimina qualquer software malicioso em um sistema;
  • Firewalls, que atuam como uma barreira entre redes externas e sistemas corporativos internos; 
  • Política de segurança da informação, que traz a estrutura empresarial completa para lidar com ataques virtuais;
  • Tecnologias de criptografia que dificultam a leitura de qualquer informação sensível por pessoas não autorizadas.

No entanto, a segurança digital e proteção de dados nas empresas não depende apenas de processos e tecnologias. As pessoas também são fundamentais para criar uma defesa eficiente contra as ameaças.

Na prática, os usuários devem entender a política predefinida e buscar a conformidade com os princípios da segurança da informação.

Portanto, podemos dizer que a segurança em ambiente virtual tem como pilares as pessoas, os processos e a tecnologia.

Qual a importância da segurança digital?

Na era da digitalização, pessoas físicas e jurídicas devem aprender como garantir a segurança digital. Mas por que ela é tão importante?

No caso de indivíduos, ela evita que agentes mal intencionados tenham acesso a dados pessoais que podem comprometer principalmente a vida financeira. Fraudes envolvendo contas bancárias e cartões de crédito são muito comuns, não é mesmo?

Já para as empresas, ela é essencial para:

  • Evitar fraudes financeiras;
  • Controlar a operação em ambientes digitais;
  • Proteger dados estratégicos ou não contra ataques cibernéticos;
  • Assegurar o cumprimento das leis e regulamentos de proteção de dados. 

Sem tomar as medidas necessárias para proteger as redes, os sistemas e os dispositivos corporativos, as empresas ficam vulneráveis a possíveis violações que podem comprometer sua operação e causar perdas financeiras e danos à reputação.

Agora que você entendeu qual a importância da segurança digital, é preciso conhecer seus tipos!

Quais são os tipos de segurança digital?

Como visto, a segurança em ambiente virtual envolve dispositivos digitais, dados, servidores, redes e programas. A partir disso, podemos dividi-la em quatro principais tipos: segurança de aplicativos, operacional, de nuvem e de rede.

Segurança de aplicativos

A segurança de aplicativos é o processo de proteger as aplicações de uma organização, tais como aplicações web e móveis, contra ataques. 

As medidas de segurança das aplicações incluem firewalls de aplicações, sistemas de autenticação e processos de validação de acesso.

Segurança operacional

A segurança operacional é o processo de proteger os sistemas e redes de uma organização. Isto inclui a implementação de firewalls, software antivírus e controles de acesso de usuários.

Segurança de nuvem

A segurança de nuvem é focada em proteger dados em serviços baseados em nuvem, tais como Infraestrutura como Serviço (IaaS), Software como Serviço (SaaS) e Plataforma como Serviço (PaaS). 

Segurança de rede

A segurança de rede é o processo de proteger a rede de uma organização, incluindo roteadores, switches e outros dispositivos conectados. 

As medidas de segurança de rede incluem firewalls, software antivírus, gerenciamento de patches e controles de acesso de usuários.

Agora você já sabe o que é segurança digital e proteção de dados nas empresas, certo? Mas há uma dúvida bem comum acerca de termos que lhes são afins.

Segurança digital, segurança da informação e cibersegurança são a mesma coisa?

Não. Os termos até são utilizados frequentemente com o mesmo sentido, mas cada um deles possui uma finalidade específica. Veja:

  • Segurança da informação: proteção de dados e ativos de informação sensíveis de uma organização contra acesso ou uso não-autorizado. Usa processos de autenticação robustos e políticas de acesso bem definidas para garantir os pilares de integridade, autenticidade e disponibilidade das informações. 
  • Segurança digital: proteção dos dispositivos digitais e redes em que as informações estão armazenadas.
  • Cibersegurança: mais abrangente, pois aborda tudo que é realizado pelas segurança da informação e digital. Ou seja, trata dos riscos de usar tecnologias da informação (vazamento de dados, roubos, espionagem etc.). 

Vale pontuar que há um consenso em utilizar cibersegurança e segurança em ambiente digital como sinônimos por uma questão didática para a população.

Considerando isso, é necessário explicar melhor a diferença entre segurança da informação e digital.

A segurança no ambiente virtual visa a estabelecer parâmetros e ferramentas para tratar de toda operação online. Em meio a essas atividades, como acessar sites, operar plataformas e realizar transferências, há transferência, acesso e armazenamento de dados, certo?

São informações estratégicas, ativos valiosos das empresas que trazem resultados e outros dados da companhia. Por isso, é preciso ter uma área que se dedica unicamente à proteção desses dados: é a segurança da informação.

Ciente das diferenças, compreenda agora qual o panorama da segurança digital na atualidade, especificamente no Brasil. 

O cenário da segurança digital no Brasil

O avanço tecnológico possibilitou a virtualização de todas as nossas relações, seja em ambiente pessoal ou profissional. Para as empresas, a nova era trouxe a digitalização dos processos de negócio. 

Para garantir a confiabilidade e a integridade dessa nova forma de operar, é preciso ter medidas de segurança digital e privacidade. 

Os empresários brasileiros têm um grande desafio, que é driblar o fato de que o país é um dos alvos mais comuns de ataques cibernéticos no mundo. Veja:

  • Levantamento da IBM de 2022 (Custos de Violação de Dados) relata que o custo médio total global de uma violação de dados é de US$ 4,35 milhões.
  • Estudo da IBM de 2019 aponta que 96% dos brasileiros acreditam que as empresas não protegem seus dados, e 60% relataram que já foram vítimas de vazamento de dados ou conhecem alguém que sofreu com isso.
  • Relatório da Check Point Research apontou que as empresas brasileiras foram atacadas, em média, 1.484 vezes semanalmente no terceiro trimestre de 2022, o que configura um crescimento de 37% comparado ao período do terceiro trimestre de 2021.

Acredita-se que os motivos para esse cenário difícil de segurança digital no Brasil são a falta de investimentos em capacitação de usuários e aplicações, além da mentalidade reativa (e não preventiva) das organizações em relação à cibersegurança.

Mesmo assim, o primeiro passo já foi dado. Existe uma lei específica no Brasil que trata da proteção de dados pessoais, a LGPD.

Espera-se que, com ela em vigor, as organizações se mantenham adequadas às normas e adotem práticas mais eficientes de segurança da informação e digital.

Uma boa forma de adotar medidas é conhecendo as principais ameaças.

Conheça os principais ataques cibernéticos e ameaças virtuais da atualidade

As práticas de segurança de dados em ambiente virtual dependem diretamente de conhecer as vulnerabilidades e os ataques.

Por isso, listamos a seguir os incidentes mais comuns que demandam atenção dos gestores empresariais:

  • Malware: software que consegue acessar dispositivos para roubar informações e acessar documentos sensíveis.  Alguns tipos de malware são:
    • Botnet: infectam dispositivos específicos;
    • Spyware: espiona a atividade dos dispositivos infectados;
    • Ransomware: sequestra dados confidenciais e exige resgate (extorsão);
    • Rootkit: consegue acesso privilegiado a um dispositivo ou a uma área restrita de um sistema;
    • Cavalo de Tróia: simula a execução de uma atividade, mas realiza outra, em geral prejudicial para o dono da máquina.
  • Ataques de engenharia social: manipulação de usuários para que forneçam informações confidenciais. É um ataque que pode ser combinado a outras ameaças.
  • Ataque Man-In-The-Middle (MITM): o invasor intercepta a comunicação entre dois usuários para roubar informações. Em geral, ele entra por uma rede de wi-fi aberta e sem segurança. 
  • Phishing: envio de e-mails fraudulentos que se passam por originais para levar o usuário a clicar em um link, por meio do qual os criminosos obtêm informações como senhas e dados de cartões.
  • Ataques DDos (negação de serviço distribuída): criminosos inundam servidores, sistemas e redes para tentar interromper o tráfego normal da web e deixar os serviços indisponíveis ou instáveis.

Ao compreender os principais tipos de ataques cibernéticos e ameaças virtuais da atualidade, fica ainda mais evidente a necessidade de saber como garantir a segurança digital, certo?

Desenvolver uma boa estratégia é essencial para a proteção dos dados corporativos no cenário atual.

E, para isso, as empresas devem investir em um profissional especializado no tema.

O que faz um profissional de segurança digital?

O profissional de segurança digital é responsável por identificar, avaliar e mitigar os riscos para os ativos digitais de uma organização. 

Isto pode incluir desenvolvimento de políticas e procedimentos, monitoramento de ambientes, otimização dos parâmetros de segurança, testes e implementação de medidas. 

Para tanto, ele deve ter fortes habilidades técnicas, uma compreensão dos processos de negócios e um compromisso com a proteção dos ativos empresariais.

Vale pontuar, ainda, que é fundamental que esse profissional se mantenha atualizado para assegurar que os sistemas e dados de sua organização estejam seguros contra as últimas ameaças cibernéticas. 

Além disso, ele deverá implementar medidas capazes de garantir a segurança de dados. Listamos algumas delas a seguir!

Como garantir a segurança digital nas empresas?

Um bom gestor sabe qual a importância da segurança digital nas empresas. Por isso, está sempre atento às práticas que conseguem garantir a proteção e a integridade de dados, redes e sistemas.

Conheça algumas práticas a seguir que contribuem para essa atividade:

  1. Desenvolva uma boa política de segurança;
  2. Treine seus funcionários nas melhores práticas de segurança;
  3. Fique atento a sites e links maliciosos e/ou de procedência duvidosa;
  4. Crie senhas de acesso fortes, com vários tipos de caracteres, e mude-as regularmente;
  5. Faça backup constante de dados para minimizar as consequências de um eventual ataque;
  6. Tenha uma boa política de controle de acesso, com limitação a dados e recursos sensíveis;
  7. Use autenticação de dois fatores ou multifator sempre que possível, pois ela aumenta a segurança da conta;
  8. Habilite a criptografia de dados para informações sensíveis, de modo que o acesso a elas se torne mais difícil;
  9. Não utilize redes Wi-Fi sem senhas, pois as redes abertas são mais suscetíveis e servem de porta de entrada para criminosos;
  10. Utilize assinaturas eletrônicas sempre que possível, pois elas garantem, por lei, a validade jurídica e a integridade das informações;
  11. Instale antivírus e softwares de proteção contra malwares em todos os sistemas, pois aumentam a proteção em seus dispositivos;
  12. Opte por sistemas de gestão com armazenamento em nuvem baseado em criptografia, impedindo o acesso indevido de pessoas não autorizadas. 

Ao implementar estas medidas, as organizações podem assegurar que seus ativos digitais estejam seguros e melhor protegidos contra ataques maliciosos ou acesso não autorizado.  

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Conclusão

A segurança digital se tornou uma prioridade nas empresas bem-sucedidas. Além da conformidade com a legislação, suas práticas proporcionam integridade e confiabilidade dos dados, o ativo mais valioso nos dias atuais.

Por isso, as organizações devem implementar fortes medidas de segurança cibernética, tais como senhas, criptografia e controle de acesso, com o auxílio de ferramentas inteligentes. 

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