Segurança digital e privacidade são assuntos em voga no mundo dos negócios. Cada vez mais, as empresas confiam em sistemas digitais, o que aumenta a necessidade de contar com redes seguras e proteger os dados.
Ao mesmo tempo, os crimes cibernéticos se tornaram mais frequentes, e os riscos de incidentes cresceram.
Por isso, é fundamental que um gestor saiba como garantir a segurança virtual em seu negócio e deixá-lo a salvo de ameaças.
Para tanto, ele deve compreender esse conceito, o funcionamento nas empresas, a importância, o cenário brasileiro, os principais ataques e as medidas que devem ser adotadas.
Falamos sobre tudo isso neste artigo, vem com a gente!

O que é segurança digital?
Segurança digital é o processo de proteção de dispositivos digitais, dados, servidores, redes e programas que estão em ambiente virtual contra ataques maliciosos ou acesso não autorizado.
A violação de informações causa danos às vítimas, sejam elas pessoas físicas ou jurídicas.
Neste contexto, o objetivo da segurança no ambiente virtual é manter a confidencialidade e a privacidade de dados por meio de ferramentas e técnicas para minimizar a ocorrência dessas ameaças.
Qual a importância da segurança digital?
Na era da digitalização, pessoas físicas e jurídicas devem aprender como garantir a segurança digital. Mas por que ela é tão importante?
No caso de indivíduos, ela evita que agentes mal intencionados tenham acesso a dados pessoais que podem comprometer principalmente a vida financeira – fraudes envolvendo contas bancárias e cartões de crédito, por exemplo, são muito comuns.
Já para as empresas, ela é essencial para:
- Evitar fraudes financeiras;
- Controlar a operação em ambientes digitais;
- Proteger dados estratégicos ou não contra ataques cibernéticos;
- Assegurar o cumprimento das leis e regulamentos de proteção de dados empresariais e pessoais.
Sem tomar as medidas necessárias para proteger as redes, os sistemas e os dispositivos corporativos, as empresas ficam vulneráveis a possíveis violações que podem comprometer sua operação e causar perdas financeiras e danos à reputação.
Quais são os pilares da segurança digital?
O LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica) elenca 4 pilares essenciais para a segurança de dados, parte essencial das medidas de segurança digital. Esses pilares são integridade, autenticidade, disponibilidade e confidencialidade.
Saiba mais sobre cada um deles:
- Confidencialidade: assegura que apenas indivíduos autorizados tenham acesso a dados sensíveis;
- Integridade: garante que os dados não sejam alterados ou corrompidos sem a devida autorização;
- Disponibilidade: garante que as informações e sistemas estejam acessíveis sempre que necessário;
- Autenticidade: assegura a verificação da identidade dos usuários e da origem das informações. Um exemplo é o uso de certificados digitais que confirmam a identidade da assinatura em documentos virtuais.
Quais são os tipos de segurança digital?
Como visto, a segurança em ambiente virtual envolve dispositivos digitais, dados, servidores, redes e programas. A partir disso, podemos dividi-la em quatro principais tipos: segurança de aplicativos, operacional, de nuvem e de rede.
Saiba mais sobre cada uma delas a seguir.
Segurança de aplicativos
A segurança de aplicativos é o processo de proteger os sistemas de uma organização, tais como aplicações web e móveis, contra ataques.
As medidas de segurança das aplicações incluem firewalls de aplicações, sistemas de autenticação e processos de validação de acesso.
Segurança operacional
A segurança operacional é o processo de proteger os sistemas e redes de uma organização. Isto inclui a implementação de firewalls, software antivírus e controles de acesso de usuários.
Segurança de nuvem
A segurança de nuvem é focada em proteger dados em serviços baseados em nuvem, tais como Infraestrutura como Serviço (IaaS), Software como Serviço (SaaS) e Plataforma como Serviço (PaaS).
Segurança de rede
A segurança de rede é o processo de proteger a rede de uma organização, incluindo roteadores, switches e outros dispositivos conectados.
As medidas de segurança de rede incluem firewalls, software antivírus, gerenciamento de patches e controles de acesso de usuários.
Agora você já sabe o que é segurança digital e proteção de dados empresariais, certo?
Mas há uma dúvida bem comum acerca de termos que lhes são afins, como segurança da informação e cibersegurança para empresas. Vamos entender as diferenças a seguir.
Segurança digital, segurança da informação e cibersegurança são a mesma coisa?
Não. Os termos são frequentemente utilizados com o mesmo sentido, mas cada um deles possui uma finalidade específica. Veja:
- Segurança da informação: proteção de dados e ativos de informação sensíveis de uma organização contra acesso ou uso não-autorizado. Usa processos de autenticação robustos e políticas de acesso bem definidas para garantir os pilares de integridade, autenticidade e disponibilidade das informações.
- Segurança digital: proteção dos dispositivos digitais e redes em que as informações estão armazenadas.
- Cibersegurança: mais abrangente, pois aborda tudo que é realizado pela segurança da informação e pela segurança digital. Ou seja, trata dos riscos de usar tecnologias da informação (vazamento de dados, roubos, espionagem etc.).
Vale pontuar que há um consenso em utilizar cibersegurança e segurança em ambiente digital como sinônimos por uma questão didática para a população.
Considerando isso, é necessário explicar melhor a diferença entre segurança da informação e digital.
A segurança no ambiente virtual visa estabelecer parâmetros e ferramentas para tratar de toda operação online. Em meio a essas atividades, como acessar sites, operar plataformas e realizar transferências, há troca, acesso e armazenamento de dados, certo?
São informações estratégicas, ativos valiosos das empresas que trazem resultados e outros dados da companhia. Por isso, é preciso ter uma área que se dedica unicamente à proteção desses dados: é a segurança da informação.
Conheça os principais ataques cibernéticos e ameaças virtuais da atualidade
As práticas de segurança de dados em ambiente virtual dependem diretamente de conhecer as vulnerabilidades e os ataques.
Por isso, listamos a seguir os incidentes mais comuns que demandam atenção dos gestores empresariais:
- Malware: software que consegue acessar dispositivos para roubar informações e acessar documentos sensíveis. Alguns tipos de malware são:
- Botnet: infectam dispositivos específicos;
- Spyware: espiona a atividade dos dispositivos infectados;
- Ransomware: sequestra dados confidenciais e exige resgate (extorsão);
- Rootkit: consegue acesso privilegiado a um dispositivo ou a uma área restrita de um sistema;
- Cavalo de Tróia: simula a execução de uma atividade, mas realiza outra, em geral prejudicial para o dono da máquina.
- Ataques de engenharia social: manipulação de usuários para que forneçam informações confidenciais. É um ataque que pode ser combinado a outras ameaças.
- Ataque Man-In-The-Middle (MITM): o invasor intercepta a comunicação entre dois usuários para roubar informações. Em geral, ele entra por uma rede de wi-fi aberta e sem segurança.
- Phishing: envio de e-mails fraudulentos que se passam por originais para levar o usuário a clicar em um link, por meio do qual os criminosos obtêm informações como senhas e dados de cartões.
- Ataques DDos (negação de serviço distribuída): criminosos inundam servidores, sistemas e redes para tentar interromper o tráfego normal da web e deixar os serviços indisponíveis ou instáveis.
De acordo com o relatório Custos de Violação de Dados 2024, da IBM, o phishing e as credenciais roubadas ou comprometidas foram as principais intermediárias de ataques cibernéticos no mundo.
O reflexo disso é um alto investimento de tempo e recursos financeiros para lidar com as consequências do ataque.
Para se ter ideia, o relatório mostrou que o custo médio do phishing para empresas ficou na faixa de US$4,88 milhões. O tempo para identificar e solucionar esse tipo de ataque foi de, em média, 261 dias.
Ao compreender os principais tipos de ataques cibernéticos e ameaças virtuais da atualidade, fica ainda mais evidente a necessidade de saber como garantir a segurança digital, certo?
Desenvolver uma boa estratégia é essencial para a proteção dos dados corporativos no cenário atual.
O cenário da segurança digital no Brasil
O avanço tecnológico possibilitou a virtualização de todas as nossas relações, seja em ambiente pessoal ou profissional. Para as empresas, a nova era trouxe a digitalização dos processos de negócio.
Para garantir a confiabilidade e a integridade dessa nova forma de operar, é preciso ter medidas de segurança digital e privacidade.
Os empresários brasileiros têm um grande desafio, que é driblar o fato de que o país é um dos alvos mais comuns de ataques cibernéticos no mundo. Veja:
- De acordo com relatório da Kaspersky, os setores mais atacados por tentativas de golpe no país são o de serviços, o governamental e a área de saúde.
- O levantamento Custos de Violação de Dados 2024, destacado anteriormente, relata que o custo médio total da violação de dados no país é de US$1,36 milhões.
- Segundo o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, divulgado pela CNN, o Brasil registrou 1.379 ataques cibernéticos por minuto entre 2023 e 2024.
Acredita-se que os motivos para esse cenário difícil de segurança digital no Brasil são a falta de investimentos em capacitação de usuários e aplicações, além da mentalidade reativa (e não preventiva) das organizações em relação à cibersegurança.
Mesmo assim, o primeiro passo já foi dado. Existe uma lei específica no Brasil que trata da proteção de dados pessoais, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
Espera-se que, com ela em vigor, as organizações se mantenham adequadas às normas e adotem práticas mais eficientes de segurança da informação e digital.
No vídeo abaixo, você pode conferir mais detalhes sobre a LGPD e entender a importância da legislação:
Os desafios da segurança digital com a ascensão das IAs
A rápida evolução da inteligência artificial trouxe novos desafios para o contexto de segurança da web, especialmente em relação aos dados compartilhados com as IAs para análise e desenvolvimento de tarefas.
Estudo da PwC mostra que essa é uma preocupação latente entre os executivos brasileiros: 68% dos participantes acreditam que a IA Generativa abriu mais espaço para ataques cibernéticos.
Por outro lado, o relatório também destaca a IA Generativa como uma aliada para combater esses ataques, algo reforçado pela pesquisa Custo das Violações de Dados 2024, apresentada anteriormente.
Segundo os dados, 31% das empresas usaram IA e automação de segurança em 2024.
Apesar de ainda ser um percentual relativamente baixo, os resultados foram muito positivos: as organizações que utilizam a tecnologia para prevenir ataques reduziram US$2,2 milhões em gastos com violação de dados.
A pesquisa da PwC identificou os principais obstáculos que ainda impedem as empresas de ampliar o uso de IA na segurança virtual:
- Falta de confiança de stakeholders;
- Integração com processos e sistemas já existentes;
- Falta de gestão de riscos e controles internos eficientes;
- Ausência de políticas internas para regulamentar o uso de IA.
Para mitigar esses desafios, é fundamental adotar uma abordagem proativa e compreender os passos necessários para implementação de medidas eficientes de segurança no ambiente digital do seu negócio.
Como garantir a segurança digital nas empresas?
Um bom gestor sabe qual a importância da segurança digital nas empresas. Por isso, está sempre atento às práticas que conseguem garantir a proteção e a integridade de dados, redes e sistemas.
Conheça algumas práticas a seguir que contribuem para essa atividade:
- Desenvolva uma boa política de segurança;
- Treine seus funcionários nas melhores práticas de segurança;
- Fique atento a sites e links maliciosos e/ou de procedência duvidosa;
- Implemente frameworks de segurança e políticas internas específicos para IA;
- Crie senhas de acesso fortes, com vários tipos de caracteres, e mude-as regularmente;
- Faça backup constante de dados para minimizar as consequências de um eventual ataque;
- Tenha uma boa política de controle de acesso, com limitação a dados e recursos sensíveis;
- Use autenticação de dois fatores ou multifator sempre que possível, pois ela aumenta a segurança da conta;
- Habilite a criptografia de dados para informações sensíveis, de modo que o acesso a elas se torne mais difícil;
- Não utilize redes Wi-Fi sem senhas, pois as redes abertas são mais suscetíveis e servem de porta de entrada para criminosos;
- Utilize assinaturas eletrônicas sempre que possível, pois elas garantem, por lei, a validade jurídica e a integridade das informações;
- Instale antivírus e softwares de proteção contra malwares em todos os sistemas, pois aumentam a proteção em seus dispositivos;
- Opte por sistemas de gestão com armazenamento em nuvem baseado em criptografia, impedindo o acesso indevido de pessoas não autorizadas.
Ao implementar estas medidas, as organizações podem assegurar que seus ativos digitais estejam seguros e melhor protegidos contra ataques maliciosos ou acesso não autorizado.
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Conclusão
A segurança digital se tornou uma prioridade nas empresas bem-sucedidas. Além da conformidade com a legislação, suas práticas proporcionam integridade e confiabilidade dos dados, o ativo mais valioso nos dias atuais.
Por isso, as organizações devem implementar fortes medidas de segurança cibernética, tais como senhas, criptografia e controle de acesso, com o auxílio de ferramentas inteligentes.
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