Gerenciar a capacidade de trabalho disponível é uma tarefa importante para qualquer organização e, quando se fala desse assunto, existe um conceito interessante: FTE, ou Full-Time Equivalent (Equivalente de Tempo Integral, em tradução livre).
Essa métrica não só simplifica o planejamento e a alocação de recursos, mas também ajuda na compreensão de custos trabalhistas e na eficiência operacional.
E, tendo a otimização de recursos como prioridade no horizonte empresarial, ela funciona como uma ferramenta estratégica para maximizar a produtividade e a eficácia.
Nesse texto, vamos falar mais sobre isso.
Boa leitura!
O que é FTE (full-time equivalent)?
O FTE, ou Full-Time Equivalent (Equivalente de Tempo Integral), é uma métrica usada para indicar a quantidade de trabalho associada a uma posição de emprego em tempo integral, comparando-a com o volume de horas trabalhadas por funcionários parciais ou temporários.
Ele converte a carga de trabalho variada em termos de funcionários em tempo integral.
Em outras palavras: padroniza as horas trabalhadas independentemente dos diferentes contratos de trabalho.
Por exemplo, dois empregados que trabalham meia jornada são contabilizados como 1 FTE juntos, assumindo que a jornada completa seja de 40 horas semanais e cada um trabalhe 20 horas.
Essa métrica é amplamente utilizada em planejamento e alocação de recursos, orçamentação, e análise de produtividade.
O objetivo é proporcionar uma visão clara e unificada do potencial de trabalho humano disponível para a organização.
Por que o FTE é importante para o RH?
O FTE é uma ferramenta valiosa para o setor de RH por várias razões.
Primeiramente, ele permite uma visão clara e quantificável da força de trabalho, ajudando na alocação eficiente de recursos humanos.
Com essa métrica, o RH pode determinar se a empresa está superdimensionada ou subdimensionada em termos de pessoal, facilitando a tomada de decisões estratégicas sobre contratações ou realocações de funcionários.
Além disso, seu cálculo auxilia na comparação de custos laborais entre departamentos ou projetos, identificando onde os recursos estão sendo mais ou menos utilizados.
Isso é especialmente útil para organizações que operam em múltiplos turnos ou têm uma grande proporção de trabalhadores em tempo parcial!
Em quais casos esse indicador pode ser utilizado?
Para continuar falando sobre a importância dessa métrica, o indicador Full-Time Equivalent pode ser utilizado em diversos contextos em uma organização a fim de otimizar a gestão de pessoal e recursos.
Aqui estão algumas aplicações práticas:
Planejamento orçamentário
O FTE ajuda no planejamento orçamentário, pois orienta os gestores a determinar quantos funcionários equivalentes a tempo integral serão necessários para atender às demandas operacionais sem exceder o orçamento.
Isso inclui a alocação de fundos para salários, benefícios e treinamentos, garantindo que todos os custos relacionados à força de trabalho estejam bem planejados.
Alocação de recursos em projetos
Em projetos que exigem colaboração de múltiplos departamentos ou especializações, ele ajuda a alocar adequadamente os recursos humanos.
Por exemplo, um projeto pode necessitar de 2,5 FTEs, que podem ser preenchidos por três funcionários trabalhando em capacidades parciais.
Ou então, por uma combinação de trabalhadores em tempo integral e meio período.
Fusões e aquisições
Durante processos de fusões e aquisições, o Full Time Equivalent é usado para avaliar quantos funcionários de empresas combinadas são necessários para operações integradas.
Ele ajuda a identificar redundâncias e a necessidade de reestruturação ou redistribuição de pessoal, facilitando decisões sobre contratações, demissões ou realocações.
Conformidade com regulamentações de trabalho
O FTE é útil para garantir que a empresa esteja conforme leis, direitos trabalhistas e regulamentações, especialmente aquelas relacionadas a horas de trabalho, benefícios e obrigações fiscais.
Por exemplo, em alguns países, as regulamentações de saúde exigem que empregadores forneçam seguro saúde para funcionários que trabalham um número mínimo de horas, calculado por meio dessa métrica.
Análise de eficiência de trabalho
Empresas utilizam essa métrica para analisar a eficiência da força de trabalho e, assim, comparar a quantidade de saída ou produtividade com o número de FTEs alocados.
Isso ajuda a identificar áreas onde a produtividade pode ser aumentada ou onde podem ser feitos cortes para reduzir custos sem comprometer a operação.
Como calcular o FTE?
O cálculo do Full-Time Equivalent serve para avaliar a quantidade de trabalho realizado por funcionários em uma empresa.
É a forma de comparar uniformemente mesmo quando os colaboradores têm diferentes jornadas de trabalho.
Aqui está um guia passo a passo sobre como calculá-lo:
1. Definir o número de horas de trabalho em tempo integral
Primeiro, você precisa estabelecer o que conta como uma semana de trabalho em tempo integral na sua organização.
Em muitos países, a semana padrão de trabalho é de 40 horas, mas isso pode variar dependendo das regulamentações locais ou políticas da empresa. No Brasil, são 44 horas semanais.
2. Totalizar as horas trabalhadas
Some todas as horas trabalhadas por todos os funcionários durante o período que você está avaliando. Isso inclui tanto funcionários em tempo integral quanto em tempo parcial.
3. Dividir pelo padrão de horas em tempo integral
Divida o total de horas trabalhadas pelo número de horas que define um trabalhador em tempo integral.
Por exemplo, se o total de horas trabalhadas por todos os funcionários em uma semana é de 950 e a jornada de trabalho em tempo integral é de 40 horas, o cálculo seria:
FTE= 950 ÷ 40 = 23,75
Isso significa que o trabalho realizado é equivalente a 23,75 funcionários trabalhando em tempo integral.
Exemplo prático
Se você tem cinco funcionários que trabalham as seguintes horas por semana: 40, 40, 30, 20 e 20, o total de horas trabalhadas é 150 horas.
Usando uma semana de trabalho de 40 horas como padrão, o cálculo seria:
FTE= 150 ÷ 40 =3,75
Este resultado mostra que o trabalho realizado por esses funcionários é equivalente a 3,75 funcionários em tempo integral.
Como melhorar o FTE em sua empresa?
Melhorar o FTE em sua empresa envolve otimizar a eficiência do trabalho e alinhar a alocação de recursos de maneira que maximize a produtividade sem sobrecarregar os funcionários. Algumas dicas são:
- Realizar auditorias regulares dos processos existentes para identificar gargalos e ineficiências;
- Investir em treinamento e desenvolvimento ajuda a aumentar a eficiência dos funcionários;
- Adotar horários de trabalho flexíveis ou modelos de trabalho remoto para aumentar a satisfação dos funcionários e reduzir o absenteísmo;
- Implementar ferramentas tecnológicas modernas, como sistemas de gestão integrada (ERP), softwares de automação e soluções de análise de dados;
- Analisar regularmente as cargas de trabalho para garantir que estão distribuídas de maneira equilibrada entre os funcionários;
- Manter linhas de comunicação abertas com os funcionários para receber feedback sobre suas experiências no local de trabalho;
- Implementar sistemas de monitoramento que rastreiam o desempenho em tempo real para fornecer percepções valiosas sobre como melhorar processos e aumentar a eficácia da métrica.
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Conclusão
O FTE ajuda as organizações a otimizar a utilização da força de trabalho e, ao mesmo tempo, fornece uma base sólida para planejamento financeiro e operacional.
Ao alinhar as horas trabalhadas com as necessidades reais da empresa, os líderes podem garantir que cada hora de trabalho contribua positivamente para os objetivos corporativos.
O grande resultado disso é a máxima eficiência sem comprometer a qualidade do trabalho ou a satisfação dos funcionários.
Por essa razão, as empresas que investem em ferramentas e estratégias para aperfeiçoar esse cálculo estão bem posicionadas para responder dinamicamente às mudanças do mercado e às demandas internas.
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