Redespacho: entenda o que é, como funciona e quais as vantagens

Equipe TOTVS | 20 agosto, 2023

Atualmente, é comum que algumas transportadoras façam uso do redespacho para realizar entregas fora de suas rotas normais, ou mesmo para ampliar e agilizar suas entregas. 

Neste caso, o transporte é realizado por, pelo menos, duas empresas diferentes – o que implica em alguns problemas, por exemplo, no que diz respeito aos documentos de viagem. 

Embora isso tenha se tornado prática de diversas empresas, principalmente pela vastidão do Brasil e pelas longas distâncias em que mercadorias e mercadorias são transportadas, esse tema ainda gera muitas dúvidas. 

Afinal, quais são as características específicas do agendamento? Quais são as categorias existentes? Como funciona na prática e na lei? Esta solução é boa para o meu negócio? 

Continue a leitura para encontrar a resposta dessas e outras perguntas!

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Redespacho: o que é?

Redespacho é um modelo de contrato de frete em que as transportadoras chamam outros parceiros logísticos para cobrir rotas ou trechos de rotas. 

Assim, após receber a demanda, a transportadora contrata outra empresa de logística para realizar parte do serviço. 

Ou seja, há pelo menos duas transportadoras no processo de entrega: 

  • Uma que é inicialmente contratada pelo embarcador; 
  • Outra que é terceirizada pela primeira transportadora para prestar o serviço ou pelo menos transportar parte da quilometragem até o local de destino — casa do cliente.

Em alguns casos, também pode haver o redespacho intermediário, ainda mais complexo, em que empresas terceirizadas estão envolvidas no processo (falaremos disso adiante). 

Os principais objetivos dessa operação consistem em: encurtar os prazos de entrega, atender a locais mais remotos e reduzir os custos de envio. 

Pode ser implementada para cobrir o início, meio ou fim de um percurso, ou mesmo todo o trajeto até o destino final. Tudo depende do tipo de redespacho, como veremos nos tópicos adiante.

O que é redespacho intermediário?

No redespacho intermediário, as tarefas são um pouco mais complicadas e exigem um bom planejamento, pois a entrega envolve não duas, mas três transportadoras. 

Neste caso, cria-se um contrato de transporte parcial com uma empresa de transporte terceirizada, que é a solução usual para o transporte de longa distância.

Esse tipo de redespacho é muito utilizado quando o prestador responsável pelo serviço não cobre totalmente a rota, e a segunda transportadora contratada só está disponível em determinadas áreas. 

Nesse caso, uma terceira empresa de transporte intervém para concluir a entrega.

Para exemplificar melhor, imagine que o primeiro transportador coletará o pedido e iniciará o percurso, percorrendo uma parte dele. 

Outra transportadora, então, assumirá a carga e a entregará em outro local. Então, ela mudará de mãos novamente e será transportada por uma terceira companhia, que fará a entrega.

Subcontratação e redespacho: qual a diferença?

A subcontratação nada mais é do que a terceirização de um serviço. Nesse tipo de contrato, a transportadora não é responsável pela prestação do serviço: ela o terceiriza para outra empresa, em vez de utilizar recursos próprios para transportar a mercadoria. 

Nesse caso, a transportadora subcontrata e confia em um parceiro para fazer a rota. É essa empresa de logística terceirizada que realiza todo o processo, desde o recebimento até a entrega.

Geralmente, a subcontratação é utilizada em situações atípicas, como redução de frota ou escassez de mão de obra. 

Também é frequentemente adotada durante períodos de alta demanda. Nesses casos, a terceirização pode ser o caminho para cumprir prazos e dar conta de tudo. 

Digamos que estamos em plena Black Friday e as entregas experimentam um aumento irrisório. 

Como forma de atender à demanda, uma transportadora pode subcontratar outra empresa de logística para realizar a entrega e evitar atrasos. 

Esse tipo de subcontratação também é uma espécie de redespacho.

Como funciona o redespacho de mercadoria?

No redespacho, a companhia responsável pelo serviço é chamada de redespachante. 

A empresa se compromete a entregar o produto ao consumidor final, e, para isso, contrata os serviços de outros parceiros logísticos para auxiliarem nesse processo. 

Uma empresa de logística contratada por uma transportadora para ajudar no embarque é chamada de redespachada. 

É importante lembrar que, nesses casos, existe um vínculo entre o embarcador (como uma loja virtual) e o redespachante. 

A empresa deve ser responsável pelas mercadorias e garantir que estejam seguras, intactas e cheguem ao seu destino a tempo. 

Por sua vez, a redespachada não tem nada a ver com o embarcador. Seu contrato é com a transportadora solicitante do serviço e a responsável por prestar contas. 

Portanto, é importante que o redespachante controle todo o processo, rastreie e monitore as rotas e exija evidências da execução dos serviços da redespachada.

Quais são as vantagens dessa modalidade de transporte?

O redespacho ajuda a reduzir o cancelamento de pedidos nas lojas virtuais, pois permite a entrega dos produtos em todo o território nacional. 

Além disso, esse meio de transporte pode ser uma opção vantajosa para sua empresa devido a outros benefícios que proporciona. Veja abaixo:

  • Ampliação da cobertura: permite que as operadoras com cobertura regional passem a atender outras localidades, ampliem sua área de atuação e tenham acesso para atender a áreas mais remotas;
  • Mais oportunidades de negócios: com maior alcance, a operadora ganha mais oportunidades de negócios, pois consegue prestar serviços fora de sua abrangência regional e conquistar novos clientes;
  • Otimização dos prazos de entrega: ajuda a otimizar entregas e encurtar prazos, pois permite um planejamento logístico mais eficiente e ajuda a agilizar o processo de remessa;
  • Satisfação do cliente: com uma entrega mais ágil, a satisfação do consumidor aumenta. Além disso, o redespacho evita cancelamentos de pedidos por cobertura insuficiente em algumas áreas mais remotas;
  • Redução de custos: economiza dinheiro para as transportadoras porque reduz a quantidade de combustível e a manutenção do veículo que uma empresa precisa para percorrer uma rota completa.

Pontos que devem ser considerados nesse tipo de operação

Por ser tercerizado, há algumas questões a serem consideradas ao optar pelo redespacho. 

Não são exatamente desvantagens, mas pontos a que os empreendedores precisam estar atentos ao implementar essa prática.

Prazo de entrega

O cliente final não quer saber quantas transportadoras estão envolvidas no processo de entrega: o que ele quer é receber sua compra no prazo. 

Portanto, ao fechar um contrato de redespacho, é necessário manter o controle da entrega, acompanhar o processo e ter um bom plano logístico para evitar atrasos.

Valor do frete

Também é importante observar o valor das despesas de envio no redespacho. É necessário gerenciar estrategicamente os custos de frete para evitar que o preço final assuste os clientes.

Condições do transporte

Além de entregar seu pedido no prazo, você também precisa garantir que ele chegue ao destino em perfeitas condições. 

Portanto, o redespacho deve contar com os recursos e materiais necessários para fazer a entrega bem sucedida, principalmente para itens que requerem atenção especial — produtos perecíveis.

Padronização

Organizações diferentes possuem processos distintos, mas essa diferença não deve afetar o serviço e prejudicar o cliente final. 

Assim, o redespachante deve dar instruções precisas para que o reagendamento atenda aos critérios estabelecidos.

Qualidade da encomenda

A mercadoria muda de mãos muitas vezes até chegar ao cliente final, por isso é preciso ter cuidado redobrado. 

As cargas devem ser manuseadas e transportadas com cuidado, especialmente ao manusear produtos frágeis ou itens que requerem construção especial.

Rastreamento do produto

São inúmeras companhias envolvidas na entrega. Isso pode implicar em atrasos e até extravios. 

Para evitar esses transtornos, é importante que o redespachante monitore a carga durante todo o trajeto e exija a comprovação de que o serviço foi realmente executado. Afinal, a entrega é responsabilidade dele.

As respostas para as principais dúvidas sobre o tema

Depois de entender o conceito de redespacho e como ele impacta nas operações logísticas da sua empresa, resolvemos compilar as principais dúvidas sobre o assunto abaixo. Confira!

Quais documentos são indispensáveis para realizar o redespacho?

Toda operação de embarque, inclusive o redespacho, deve ser registrada em CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico), documento digital que serve como nota fiscal para as transações de embarque e frete. 

Nessa operação, todas as operadoras envolvidas no processo precisam emitir seu próprio CT-e, contendo todas as informações sobre o serviço. 

A empresa contratante deve indicar a origem e o destino da mercadoria, bem como o valor do imposto, enquanto a empresa despachante deve informar no documento o nome da empresa contratante, bem como os dados envolvidos na movimentação. 

No caso de subcontratação, a transportadora emite um CT-e e a empresa terceirizada emite outro CT-e. 

Vale lembrar também que o documento impresso DACTE (Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico) deve acompanhar a carga durante todo o trajeto.

Como informar redespacho na nota fiscal?

É possível informar o redespacho em nota fiscal, diretamente no software de emissão de notas da empresa.

Para realizar uma inclusão, abra a tela de notas e acesse DOCUMENTO > NOTA FISCAL ELETRÔNICA > SAÍDA. Em seguida, selecione uma de suas ações para emitir esta nota fiscal.

Depois de escolher a Operação e Nota, clique no botão ALTERAR ou ADICIONAR. Em seguida, acesse a aba FRETE/OUTRAS DESP.

Selecione a empresa responsável por cobrir a primeira parte da entrega e clique em POSSUI REDESPACHO?. Feito isso, um novo campo surgirá para a inclusão das informações da transportadora de redespacho.

Como emitir CT-e de redespacho?

Todas as transportadoras envolvidas no processo de redespacho são obrigadas a emitir o CT-e. Porém, cada integrante do processo deve emitir um CT-e diferente. 

No caso da empresa contratada pelo embarcador, deverá ser emitido um CT-e tradicional, contendo as informações do serviço usual (ponto de coleta e destino final) e seu valor total. 

O DACTE é uma representação impressa simplificada do CT-e e deve acompanhar a remessa até o seu destino final. 

Por outro lado, a transportadora contratada pelo redespachante — redespachada —, deverá emitir um CT-e de redespacho, que deve conter as seguintes informações:

  • Origem e destino final: toda a viagem, não apenas a parte redespachada;
  • Remetente: informações do embarcador;
  • Redespachante: dados da organização que contratou a redespachada;
  • CT-e original: número da nota emitida pelo redespachante;
  • CFOP: Código Tributário de Operações;
  • Taxa de Serviço: valor cobrado pela redespachada para efetuar o trecho solicitado;
  • Impostos: listagem dos impostos envolvidos no envio.

Como rastrear encomenda redespachada?

Seus clientes querem saber onde estão suas entregas e você deseja acompanhar as exceções na jornada para gerenciá-las o mais rápido possível. Ter um centro de monitoramento de cargas pode ajudar e facilitar seu trabalho neste momento.

Uma forma de facilitar todas essas etapas é quando uma empresa contrata outra para realizar parte do serviço, em uma gestão em que os sócios definem a data de vencimento e valor do frete para cada ponte. 

Se todas as informações forem reunidas para que você possa prever e antecipar ações para melhorar a comunicação e evitar insatisfações, você conseguirá acompanhar os processos logísticos sem maiores problemas.

Tudo isso pode ser realizado com o auxílio de um software de planejamento de rotas.

Por que contar com a tecnologia nesse tipo de operação logística?

A logística de distribuição envolve o fluxo contínuo de coisas do ponto de origem ao destino. O software certo permitirá que você encontre o caminho mais adequado para entregar bens e serviços aos usuários finais. 

O aumento dos preços dos combustíveis, juntamente com aumentos acentuados nas taxas de frete e mão de obra, estão pressionando ainda mais os provedores de logística.

Nesse contexto, utilizar uma solução sólida e confiável para todos esses desafios individuais na logística. 

O uso de software pode agilizar o processo nas operações de transbordo para orientar adequadamente os fornecedores logísticos ou fazer negócios com eles.

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Conclusão

O redespacho pode desempenhar um papel significativo na otimização do desempenho logístico, reduzir o desperdício e melhorar a satisfação do cliente. 

Quando feito corretamente, ele pode automatizar os processos manuais e reduzir ou eliminar custos desnecessários. 

Ao entender e colocar esses conceitos em prática de forma eficiente, as empresas de transporte são capazes de maximizar os lucros enquanto racionalizam as operações de sua organização. 

Para aproveitar ao máximo a otimização do transporte e garantir a máxima eficiência dos recursos da empresa, a melhor opção é usar softwares avançados como o TOTVS Roteirização e Entregas

Com esse roteirizador, você obtém simplicidade no gerenciamento de entregas, que lhe permite acompanhar tudo: desde rotas personalizadas até o controle de entregas com funções únicas, como redespacho.  

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