Mapa de risco de um supermercado: saiba como elaborar

Equipe TOTVS | 24 agosto, 2023

No dinâmico mundo varejista, onde o fluxo de pessoas e mercadorias não cessa, a segurança no ambiente de trabalho não é apenas um luxo, mas uma necessidade crítica. Por isso, o mapa de risco de um supermercado é um instrumento tão importante.

Para quem já viveu a rotina de um supermercado, sabe que por trás dos corredores, prateleiras, gôndolas e PDVs existe um redemoinho de atividades e processos em andamento.

Imagine, então, juntar essa agitação diária com uma administração que não se preocupa em identificar e mitigar potenciais riscos? Essa seria a receita para o caos.

Por isso, é vital entender e implementar o mapa de risco de uma empresa.

Esse instrumento não serve apenas como precaução, mas avanço. Quer saber qual o objetivo do mapa de risco e como ele pode ser a chave para uma gestão eficaz e atualizada no varejo supermercadista?

É sobre isso que falamos neste artigo. Continue a leitura!

infográfico planograma

O que é mapa de risco? Qual o seu objetivo?

O mapa de risco de uma empresa é uma ferramenta visual que tem como meta identificar, representar e prevenir os riscos presentes no ambiente de trabalho.

Pense nesse instrumento como um tabuleiro de xadrez: cada peça possui sua movimentação e estratégia. O mapa funciona da mesma forma, mostrando os pontos críticos, as áreas de maior vulnerabilidade e, claro, as zonas mais tranquilas.

E o objetivo? A ferramenta busca não somente a integridade física e mental dos colaboradores, mas também otimizar processos.

Uma equipe que trabalha em um ambiente seguro é mais confiante, produtiva e inovadora.

Além disso, é ótimo para prevenir o negócio contra imprevistos que podem comprometer o fluxo operacional, evitando paradas inesperadas e despesas indesejadas.

A importância do mapa de risco de um supermercado

O mapa é o resultado da análise de risco do supermercado, logo, sua importância é assegurar que todos os envolvidos em suas atividades diárias conheçam as principais ameaças à segurança ocupacional, física e mental do local.

Veja bem, confira esse exemplo:

Um sábado pós-quinto dia útil do mês, às 18h. Nesse ambiente, é comum que supermercados fervilhem  com a movimentação de clientes, crianças, carrinhos e funcionários indo e vindo pelos corredores.

No meio do horário de pico, é fácil esquecer o quão complexo é o ecossistema de um supermercado.

É aí que o mapa se torna um instrumento essencial para um negócio.

Ele não se destina apenas a identificar os perigos, mas a preveni-los.

Pense, por exemplo, nas áreas úmidas perto das seções de produtos frescos e/ou refrigerados.

Sem sinalização adequada, um cliente pode escorregar, causar um acidente e, além do trauma, gerar custos judiciais.

E a área de armazenamento? Prateleiras ou pallets mal organizados podem causar deslizamentos, o que coloca os colaboradores em risco.

Agora, já imaginou um curto-circuito na seção de congelados? O prejuízo seria enorme.

O mapa de risco, portanto, é como aquele “segundo par de olhos” do gestor, que lhe permite antever cenários adversos e atuar proativamente.

Não só garante um ambiente de trabalho mais seguro, mas também a tranquilidade e confiança dos clientes.

Em um supermercado, onde milhares circulam diariamente, ser proativo não é apenas uma opção — é uma obrigação. E claro, tudo isso reflete na saúde financeira e na reputação do estabelecimento.

Um bom mapa de risco é mais do que uma ferramenta, mas uma declaração de cuidado e compromisso.

Quem elabora o mapa de risco?

Agora, uma pergunta recorrente é: quem efetivamente elabora o mapa de risco de um supermercado?

No vasto universo do varejo, surgem dois pilares essenciais quando o assunto é segurança: a CIPA e o SESMT — e ambos podem ser responsáveis pelo mapa em si.

Vamos explicar os dois conceitos:

A CIPA, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, não é uma opção — é uma exigência legal para empresas com uma equipe de mais de 20 colaboradores.

Além disso, existem ocasiões em que há o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia e Segurança do Trabalho), órgão que se ocupa especificamente de prevenir e mitigar doenças ocupacionais.

Embora individualmente cada entidade possa traçar esse mapa, o valor do mesmo é muito maior quando eles trabalham em conjunto ao elaborar e aprovar o instrumento.

Inclusive, é o que recomenda a NR-5, item 5-16 (publicado na Portaria nº 25 de 29/12/94): o mapa é elaborado pela CIPA, após ouvir funcionários de todos os setores do negócio, e em colaboração com o SESMT, quando houver.

A conjugação de experiências da CIPA, especializada em prevenção, com a expertise técnica do SESMT resulta em um mapa de risco de um supermercado robusto e eficiente.

Vale ainda ressaltar que o mapa pode ser abrangente, mapeando toda a empresa, ou focado, segmentando por setores.

Como elaborar o mapa de risco de um supermercado?

Afinal, como elaborar um mapa de risco? Primeiro, vale ressaltar: não se trata de um mero infográfico pendurado em um canto obscuro do administrativo de um supermercado.

Na verdade, esse documento reflete todo fluxo interno de uma operação varejista, revelando onde ele é mais sensível e vulnerável.

É uma tarefa meticulosa e, para que realmente faça diferença, é essencial seguir os passos certos.

Assim, além de estar em conformidade com as regulamentações, garante-se um ambiente mais seguro para todos.

Que tal entender mais?

Forme uma CIPA

Antes de mais nada, cuide do que é uma necessidade para o seu negócio.

Empresas com mais de 20 funcionários precisam ter uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, descrita no artigo 163 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e na já citada NR-5, que determina as diretrizes para seu funcionamento.

Esse grupo é eleito pelos próprios funcionários do negócio, que vão atuar em discussões e ações para prevenir acidentes e doenças ocupacionais. São eles os responsáveis pela segurança do trabalho em supermercados.

Elabore a planta baixa do supermercado

O mapa de risco de um supermercado começa, literalmente, com um mapa.

E não estamos falando de qualquer esboço: uma planta baixa detalhada do supermercado é o pano de fundo no qual os riscos serão identificados.

Cada corredor, cada gôndola, cada depósito precisa estar ali, delineado.

Isso facilita a visualização de potenciais áreas problemáticas e serve como um guia confiável durante todo o processo.

Identifique os riscos de cada setor

Agora que você tem a base, é hora de colocar a lupa em ação.

Veja bem: o açougue tem riscos diferentes dos caixas ou do setor de hortifrúti. Identificar cada perigo, seja ele grande ou pequeno, é crucial.

Talvez sejam lâminas afiadas, talvez pisos escorregadios ou até mesmo estantes mal posicionadas.

Essa etapa demanda atenção redobrada e muitas vezes um olhar técnico sobre o planograma. Mas lembre-se: a identificação precisa é a chave para a prevenção eficaz.

Quais os riscos de um supermercado?

Ainda em dúvidas sobre qual o grau de risco de supermercado e as ameaças que permeiam os corredores desse negócio? Veja só os principais:

  • Riscos Físicos: ruídos excessivos, variações bruscas de temperatura, iluminação inadequada.
  • Riscos Químicos: produtos de limpeza, pesticidas em frutas e vegetais, gases refrigerantes.
  • Riscos Biológicos: bactérias em alimentos mal acondicionados, vetores transmissores de doenças, como ratos e baratas.
  • Riscos Ergonômicos: postura inadequada ao repor mercadorias, stress de caixas em horários de pico.
  • Riscos de Acidentes: pisos escorregadios, quedas de produtos das prateleiras, cortes em áreas como o açougue.

A depender do perfil do negócio, ainda há os riscos ambientais em supermercados: como o correto descarte de embalagens ou produtos vencidos, entre outros pontos importantes.

Crie o fluxograma do mapa de risco

Com todos os riscos identificados, é hora de estruturá-los de maneira visual.

Um fluxograma é uma ferramenta gráfica excelente para tal, permitindo que, em um relance, se tenha uma noção completa dos riscos do estabelecimento.

Nele, organize cada risco conforme sua origem e área de atuação, conectando-os com setores específicos do supermercado.

Essa será sua bússola.

Quando bem feito, o fluxograma atua como um escudo, antecipando problemas antes que eles se manifestem, protegendo não apenas o bolso, mas a integridade física de clientes, colaboradores e parceiros do seu negócio.

Exemplo de mapa de risco de um supermercado

Afinal, existem exemplos de mapa de risco? Vários, mas cada um varia conforme o layout do negócio e as necessidades da empresa. Criamos um modelo simplificado que serve para mostrar como esse instrumento pode ser utilizado:

Qual a validade do mapa de risco de um supermercado?

No contexto dinâmico dos supermercados, onde mudanças ocorrem com frequência, o mapa de risco não pode ficar estagnado.

Ele deve ser atualizado e refletir as constantes evoluções do ambiente.

Não há uma data de expiração fixa para esse documento, como acontece a um produto perecível, por exemplo.

Contudo, sempre que ocorrer uma transformação significativa — seja uma reconfiguração no layout ou uma atualização nas estratégias e processos operacionais — é essencial revisar o mapa definido.

E por que essa revisão é tão crucial?

Riscos são dinâmicos e podem surgir de áreas anteriormente seguras.

Portanto, manter o mapa atualizado não é apenas uma formalidade, mas uma estratégia proativa.

Isso garante que, assim como as operações diárias, a segurança da equipe e dos clientes esteja sempre em foco e em conformidade com as melhores práticas do setor.

TOTVS Varejo Supermercados

Falar de mapas de risco em supermercados nos remete imediatamente a uma gestão meticulosa e atenta. As soluções TOTVS Varejo Supermercados são ideais para o gestor de hoje, que deseja trilhar caminhos de sucesso e eficiência.

Contamos com sistemas que abrangem desde o backoffice até o PDV, sem mencionar nosso dinâmico WMS. Nosso diferencial? A digitalização da operação.

Com apps exclusivos, facilite a comunicação entre operadores, agilize o processo de compra, ou mesmo confira preços nas gôndolas utilizando apenas o smartphone.

Imaginou ter todos os dados do seu setor de hortifruti ao toque dos dedos? Ou pesquisar preços da concorrência de maneira estratégica e discreta?

A modernidade de um negócio vai além de manter-se atualizado em protocolos de segurança. É preciso inovar.

E com a TOTVS, você não só prevê riscos, mas também se destaca no mercado.

Não perca tempo: o futuro do varejo supermercadista está aqui. Conheça os diferenciais dos sistemas TOTVS Varejo Supermercados!

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Conclusão

Em um mundo onde a eficiência e segurança caminham juntas, entender a importância do mapa de risco de um supermercado é fundamental.

É um instrumento de gestão que não apenas protege colaboradores e clientes, mas também otimiza processos e amplia a visão estratégica do negócio.

Associado às soluções tecnológicas, esse instrumento se torna um aliado ainda mais poderoso.

Assim, é essencial que supermercadistas se mantenham atualizados e prontos para adaptar-se às novidades do setor, promovendo um ambiente seguro, produtivo e à frente de seu tempo.

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