O que é CDB: tire suas dúvidas sobre essa aplicação financeira

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 09 setembro, 2024

O CDB, ou Certificado de Depósito Bancário, é uma das modalidades de investimento de renda fixa mais populares no Brasil. 

Esse tipo de aplicação é conhecido por sua segurança, especialmente porque é coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — que protege o investidor em caso de falência da instituição financeira emissora. 

Com diferentes prazos e taxas de retorno, o CDB se adapta a variados perfis de investidor, sendo uma opção atrativa tanto para quem busca maior previsibilidade nos ganhos quanto para aqueles que desejam uma alternativa segura aos rendimentos da poupança.

Entenda mais sobre essa modalidade a seguir. 

O que é CDB?

Emitido por bancos, o CDB é uma forma de captação de recursos para a instituição financeira. 

Ao fazer esse investimento, você está, na prática, emprestando dinheiro ao banco, que em troca oferece uma remuneração baseada em juros. 

Esses juros podem ser prefixados, ou seja, definidos no momento da aplicação, ou pós-fixados, atrelados a algum índice como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que costuma acompanhar a taxa Selic.

Como funciona o CDB?

Os CDBs podem ter diferentes prazos de vencimento, desde alguns meses até vários anos. 

O investidor pode, por exemplo, optar pela modalidade com liquidez diária, que permite o resgate a qualquer momento, ou com prazos de carência, no qual o valor só pode ser resgatado após um período determinado.

Existe valor mínimo para aplicação inicial?

Sim, existe um valor mínimo para aplicação inicial, mas ele pode variar bastante dependendo da instituição financeira e do tipo de CDB. 

Em grandes bancos, esse valor geralmente começa em torno de R$ 1.000,00. Em plataformas de investimento e bancos digitais, é possível encontrar opções com aplicação mínima a partir de R$ 100,00. 

Esse valor inicial acessível tem contribuído para a popularização do investimento como uma opção segura e atrativa para diversos perfis de investidores.

Qual o rendimento de um CDB?

Quando se fala em investimentos, é fundamental saber o quanto ele pode render e, igualmente, conhecer quais os cálculos para chegar a esse valor. 

O aumento do rendimento se dá pela natureza do título: como o retorno do investimento baseado no pagamento de juros pelo empréstimo à instituição, quanto maior a taxa básica, maior o valor a ser pago por ela ao investidor. 

No entanto, é importante ressaltar que o CDB se divide em categorias, as quais envolvem formas diferentes de se calcular o pagamento, que consequentemente, também vão resultar em valores distintos entre si. 

Existem três modalidades principais:

CDB Prefixado

O rendimento de um prefixado é uma taxa fixa, dada no momento da contratação do investimento.

CDB Pós-fixado

A rentabilidade tem percentual atrelado a um índice econômico, geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), o que pode gerar variações. É possível estimar os ganhos desse investimento, traçando estimativas com base no CDI do mês anterior.

CDB Híbrido

Como o nome sugere, essa modalidade propõe uma combinação de rentabilidade fixa com algum índice, como índices de inflação, que é usado para proteger o patrimônio investido.

O retorno final desse modelo depende da variação do índice escolhido. 

Assim, para calcular o rendimento, o investidor deve considerar a taxa prefixada prometida pelo banco, mais a variação do IPCA (ou qualquer que seja o índice escolhido) no período, além de descontar a tributação do Imposto de Renda na fonte.

Liquidez desse tipo de aplicação financeira

A liquidez de um CDB refere-se à facilidade com que o investidor pode resgatar seu dinheiro aplicado antes do vencimento do título. Isso pode variar significativamente, dependendo do tipo de produto que você escolhe como veremos nos exemplos abaixo:

CDB com liquidez diária 

Nesse tipo, o investidor faz o resgate do valor aplicado a qualquer momento, sem precisar esperar o vencimento do título. Ou seja, é bem flexível, ideal para quem pode precisar dos recursos em curto prazo. 

A taxa de rentabilidade geralmente é um pouco menor em comparação com os de longo prazo, mas a segurança de ter o dinheiro disponível compensa essa diferença.

CDB com prazo de carência 

Nesse caso, há um período de carência, durante o qual o investidor não pode resgatar o dinheiro. O prazo pode variar de alguns meses a vários anos. 

Somente após esse período o investimento pode ser resgatado, com o retorno acordado no momento da aplicação. Investimentos com prazo de carência geralmente oferecem taxas de retorno mais atrativas, como uma compensação pela menor liquidez.

É importante que o investidor entenda seus objetivos financeiros e suas necessidades de liquidez, assim, consegue escolher o tipo mais adequado para seu perfil. 

Avaliar a liquidez é um passo essencial para entender se o investimento atende às suas expectativas de retorno e flexibilidade.

Custos do investimento em CDB

O investimento nessa modalidade financeira é considerado uma opção acessível e relativamente simples. 

Contudo, é importante estar ciente dos custos associados (pois eles podem impactar a rentabilidade final do investimento). 

Vejamos os principais. 

Imposto de Renda (IR) 

A principal tributação sobre os rendimentos de CDB é o Imposto de Renda. O IR é cobrado de forma regressiva, ou seja, a alíquota diminui quanto maior for o prazo da aplicação:

  • Até 180 dias: 22,5%;
  • De 181 a 360 dias: 20%;
  • De 361 a 720 dias: 17,5%;
  • Acima de 720 dias: 15%.

O imposto é retido na fonte, ou seja, você já recebe o rendimento líquido após o desconto do IR.

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é aplicável apenas se o resgate do investimento ocorrer nos primeiros 30 dias da aplicação. A alíquota é regressiva, começando em 96% do rendimento no primeiro dia e diminuindo gradativamente até 0% no 30º dia. Após 30 dias, não há cobrança de IOF.

Taxas de administração 

Embora menos comum em CDBs, algumas instituições financeiras podem cobrar taxas de administração, especialmente se o investimento for feito por meio de uma corretora ou plataforma de investimento. Essas taxas podem reduzir a rentabilidade líquida do CDB.

As vantagens e desvantagens do Certificado de Depósito Bancário

Assim como outros tipos de investimentos, o Certificado de Depósito Bancário  apresenta vantagens e desvantagens para empresas que decidem aplicar fundos nele como veremos a seguir:

Vantagens

  • Investimento seguro e de baixo risco: os Certificados de Depósito Bancário contam com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC); 
  • Estimativa de rendimento: como é um investimento com prazos predefinidos, é possível provisionar a média de rendimento, o que auxilia as empresas a terem um maior controle das entradas e saídas futuras no caixa;
  • Resgate facilitado: possuem a possibilidade de liquidez diária, o que permite o resgate quando necessário. Isso significa que, diante das adversidades, a empresa pode contar com o montante em conta, mesmo sendo um dinheiro investido; 
  • Investimento de baixo custo: uma das principais vantagens é que há opções com valores baixos por cota, o que faz com que eles se adequem mesmo a negócios que possuem pouco capital, mas querem começar sua jornada nos investimentos;
  • Rentabilidade superior a outras rendas fixas: tem maior retorno quando comparada as opções de aplicações automáticas, comuns no mercado financeiro. 

Desvantagens 

  • Barreira de ganhos: ao mesmo tempo que é um investimento de baixo risco, a depender do banco escolhido, a empresa pode lidar com ganhos reduzidos. As instituições mais sólidas têm poder de barganha para oferecer taxas de juros mais baixas; 
  • Exige planejamento: em alguns casos, contrário à liquidez diária, há investimentos com tempo de permanência mínima e cobranças extras podem haver por resgates antecipados, o que também diminui ganhos. 

Qual o risco de uma aplicação em CDB?

O risco de uma aplicação em CDB é considerado relativamente baixo, especialmente quando comparado a outros tipos de investimentos, como ações ou fundos de investimento. 

Isso ocorre porque os títulos são emitidos por bancos, que tendem a ter uma estrutura financeira sólida e estão sujeitos à regulação rigorosa do Banco Central do Brasil.

No entanto, como qualquer investimento, não estão isentos de riscos. O principal deles é o risco de crédito, que é a possibilidade de o banco emissor não conseguir honrar seus compromissos de pagamento. 

Esse risco é mitigado em grande parte pela cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura o reembolso de até R$ 250.000 por CPF em caso de falência ou intervenção do banco.

Além disso, existe o risco de liquidez, que se refere à possibilidade de o investidor não conseguir resgatar o valor investido antes do vencimento do título. Esse é um risco comum quando não há opção de liquidez diária.

Por fim, o risco de mercado pode afetar os modelos prefixados, em que a taxa de retorno é fixa. Se as taxas de juros no mercado aumentarem após a aplicação, o investidor pode acabar recebendo um retorno menor do que aquele que poderia obter com novos investimentos.

Quando o CDB se torna uma opção interessante para seu negócio?

Embora seja uma aplicação mais conhecida por pessoas físicas, o CDB também pode ser uma opção atraente para as empresas. 

Um dos fatores para isso é a já citada taxa Selic, a qual está permitindo resultados interessantes para esse tipo de título.

Contudo, existem outros bons motivos para empresas dos mais variados portes começarem a olhar com interesse para ele:

Segurança e versatilidade

Ao invés de deixar dinheiro parado em conta, a empresa pode alocar sua verba no Certificado de Depósito Bancário e garantir um retorno acima da inflação, com riscos menores e sem a necessidade de uma equipe de gestores de finanças experientes em investimentos. 

Para organizações que não têm planos imediatos de grandes aportes, manter o dinheiro nesse título é uma forma fácil de garantir rentabilidade para o futuro.

Flexibilidade para todos os portes

O investimento permite que empresas se beneficiem de seus rendimentos indistintamente. Seja com grandes valores ou por meio de investimentos mínimos.

Contratação rápida e liquidez imediata

Como é um investimento de renda fixa, o investidor não precisa se preocupar com a volatilidade do ambiente econômico, o que traz mais previsibilidade para suas finanças e permite contar com um crescimento controlado do investimento.

Similarmente, ele também conta com opções que permitem o resgate com rapidez, sem comprometer a capacidade da empresa de responder a imprevistos e garantindo verba disponível sem complicações.

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Conclusão

O CDB é uma opção de investimento que oferece segurança e rentabilidade atrativa dentro do universo de renda fixa. 

Com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), ele se torna uma escolha sólida para investidores que buscam baixo risco, flexibilidade de prazos e boas formas de remuneração. 

Seja para compor uma carteira diversificada ou como uma alternativa à poupança, essa modalidade de investimento é uma solução que se adapta bem a diferentes perfis e objetivos financeiros. 

Logo, garante tanto estabilidade quanto oportunidades de ganho em um cenário econômico variável.

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