A matriz de materialidade ESG ajuda empresas a identificar os temas ambientais, sociais e de governança mais relevantes para seus stakeholders e para o próprio negócio.
É uma ferramenta estratégica para direcionar ações concretas e gerar valor, especialmente em um contexto em que os critérios ESG tornam-se prioridade para o mercado.
Um estudo da Grant Thornton revelou que 71% das empresas de médio porte no Brasil planejam investir em iniciativas de ESG. Ou seja, já passou da hora de tratar esses temas como pilares para o crescimento do seu negócio.
Ao longo deste conteúdo, vamos explicar o que é uma avaliação de materialidade ESG, como construir uma matriz na prática e como ela pode orientar decisões estratégicas mais conscientes, eficazes e alinhadas às expectativas do mercado.
Aproveite a leitura!

O que é uma matriz de materialidade ESG?
A matriz de materialidade ESG é um material gráfico criado para ordenar a prioridade de temas ambientais, sociais e de governança mais relevantes para seu negócio e para seus stakeholders.
Essa matriz é construída a partir da escuta ativa de públicos internos e externos, como colaboradores, investidores, clientes e sociedade.
O objetivo é mapear as ações ESG que realmente importam de acordo com a realidade do seu negócio, com suas metas e com as expectativas do mercado.
Vale lembrar que a sigla ESG significa Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança, na tradução para o português.
Com uma matriz de materialidade, é possível garantir uma visualização das práticas mais relevantes em cada momento e, a partir disso, organizar esses pilares de maneira mais estratégica, direcionando esforços para ações de maior valor.
Como montar a matriz de materialidade ESG?
A premissa básica para construir uma matriz de materialidade é cruzar a relevância de cada tema para o seu negócio com a importância dessas pautas para os stakeholders.
Nessa construção, é fundamental seguir alguns passos para garantir que nenhuma temática importante seja deixada de lado ou que o nível de prioridade seja avaliado de maneira equivocada.
Para isso, listamos cinco etapas que devem fazer parte do seu processo de elaboração da matriz. Confira quais são elas a seguir.
1.Identifique os stakeholders
Para começar, é necessário mapear os públicos que têm influência sobre o negócio ou que são impactados pelas suas operações. Afinal, a opinião deles ajuda a compor a matriz de materialidade.
Esses públicos, ou stakeholders, podem ser colaboradores, clientes, investidores, fornecedores, comunidades locais, órgãos reguladores e outros grupos relevantes para a sua empresa.
2. Liste os temas relevantes
Com os stakeholders mapeados, o próximo passo é levantar os temas ESG que podem ser considerados relevantes para a sua empresa.
Essa etapa pode envolver pesquisas de mercado, benchmarks com empresas do setor e análise de relatórios.
Os temas podem variar de emissões de carbono e diversidade no ambiente de trabalho até ética nos negócios, governança e direitos humanos.
3. Avalie o impacto e a importância
Após listar os temas, é preciso avaliar o nível de relevância de cada um deles – tanto para stakeholders quanto para a sua empresa.
Nem sempre a sua prioridade será a mesma do consumidor ou dos investidores, por exemplo, mas o objetivo da matriz de materialidade ESG é justamente identificar essas distinções e chegar a um equilíbrio entre elas.
Para fazer essa avaliação, você pode aplicar questionários ou fazer entrevistas com as partes interessadas, analisando dois eixos: a importância do tema para cada público e o impacto que ele gera no negócio.
Essa é uma etapa muito importante, pois a análise guia o posicionamento dos temas na matriz.
4. Posicione os temas na matriz
Em geral, a matriz é um gráfico com dois eixos: um representando a relevância para os stakeholders e o outro, a importância para o negócio.
Os temas são posicionados nessa configuração de acordo com os resultados da etapa anterior, permitindo visualizar quais assuntos devem receber mais atenção.
5. Utilize os resultados para informar decisões estratégicas
Com a matriz pronta, você tem uma representação visual da relação entre as prioridades internas e das partes interessadas. O resultado deve ser algo bem próximo dessa imagem:
A partir disso, os temas priorizados na matriz podem orientar a definição de metas ESG, incluindo estratégias de sustentabilidade, gestão de riscos e elaboração de relatórios gerenciais.
Desafios na implementação da matriz de materialidade
A matriz de materialidade ESG é uma grande bússola para tomada de decisões mais estratégicas, que realmente vão trazer impactos positivos e agregar valor para o negócio. No entanto, o processo de implementação pode envolver alguns desafios.
Para garantir resultados eficazes, é preciso se atentar a barreiras comuns, como:
- Falta de dados confiáveis e indicadores ESG para avaliação precisa dos temas;
- Dificuldade em identificar e engajar todos os stakeholders relevantes;
- Baixo alinhamento interno entre áreas da empresa;
- Desconhecimento técnico sobre critérios ESG;
- Falta de revisão da matriz de materialidade.
Impacto da matriz de materialidade nas políticas corporativas
Uma vez que a matriz de materialidade ajuda a orientar a alocação de recursos e definir prioridades estratégicas, ela tem impacto direto sobre as políticas corporativas.
No contexto de ESG, isso ganha ainda mais relevância diante da movimentação do mercado, com cada vez mais empresas buscando incorporar os pilares ambientais, sociais e de governança com eficiência.
Como mencionamos no início deste conteúdo, 71% das empresas brasileiras de médio porte planejam investir em iniciativas ESG.
Segundo o estudo da Grant Thornton, esse percentual supera as médias da América Latina (56%) e global (58%).
Isso mostra uma preocupação e uma dedicação cada vez maior das empresas em relação aos critérios ESG.
A matriz de materialidade ESG entra nesse cenário como uma aliada para criação de políticas mais assertivas de sustentabilidade, governança e responsabilidade social, promovendo decisões mais conscientes, mitigando riscos e fortalecendo a empresa.
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Conclusão
A matriz de materialidade ESG ajuda a direcionar decisões estratégicas com base em prioridades reais do negócio e dos stakeholders.
Ao identificar os temas mais importantes dentro dos pilares ambientais, sociais e de governança, sua empresa consegue alocar recursos de forma eficiente, minimizar riscos e fortalecer a reputação no mercado.
O processo ainda contribui para a criação de valor a longo prazo, com práticas mais sustentáveis e alinhadas às expectativas da sociedade, investidores e consumidores – partes essenciais no crescimento do seu negócio.
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