Será que os colaboradores gostam dos líderes que controlam e precisam aprovar todas as suas tarefas? Um tipo de gerenciamento de liderança que faz isso é o microgerenciamento.
Ele pode impactar as empresas e os colaboradores de uma maneira negativa, causando prejuízos dentro e fora da organização.
No entanto, na maioria das vezes, o líder não consegue perceber que está executando este tipo de gestão, mas tem apenas a intenção de reduzir erros.
Assim, é preciso algumas ações que possam melhorar a liderança e, consequentemente, o relacionamento com os colaboradores.
Ficou curioso para saber mais sobre o assunto? Neste artigo, separamos as principais informações sobre o microgerenciamento e como evitá-lo na sua empresa. Vamos lá?
O que é microgerenciamento?
Trata-se de um tipo de gestão com lideranças comandantes, ou seja, que têm total controle pela equipe e utilizam uma abordagem mais autocrática.
Assim, os líderes têm a necessidade de entender todas as demandas dos seus liderados na sua rotina de trabalho e impedem que participem de outros projetos sem a sua autorização. Normalmente, isso pode gerar um desgaste para todos que são liderados.
Imagine que Gabriel terminou uma tarefa dentro do prazo que lhe foi estabelecido. Ele foi mostrar o resultado para o seu líder, Sandro. Como este é uma liderança focada em microgerenciamento, desejará aprovar primeiro (e detalhadamente) tudo o que foi feito para, só depois, permitir que o andamento à atividade seja dado.
O problema é que Sandro tem uma infinidade de atividades para o mesmo dia e acaba atrasando a entrega da tarefa de Gabriel, que terminou dentro do prazo.
Com isso, Gabriel se sentirá frustrado, desmotivado e não digno de confiança, pois o seu líder precisa conferir todas as suas tarefas com minúcia.
Agora, imagine isso acontecendo com vários colaboradores dentro de uma empresa. Você acha que a produtividade da equipe não acabará caindo? Ou que não aumentará a rotatividade da empresa, pois os colaboradores não conseguiriam trabalhar por muito tempo nela?
A resposta para essas perguntas é um grande sim e, por isso, é preciso que as ações das lideranças sejam analisadas com cuidado.
Exemplos de ações que caracterizam a microgestão
Para evitar o microgerenciamento, é preciso saber quais são as ações que o caracterizam. Confira a seguir algumas delas:
- falta de autonomia para os colaboradores: os líderes controlam excessivamente a equipe e acabam inviabilizando a autonomia dela. Além de centralizarem todas as decisões, dificultando a participação do time em outros projetos;
- acompanhamento excessivo de demandas: os líderes querem saber o que a equipe está fazendo a todo o momento, além de precisar da sua aprovação em todas as tarefas e ser sempre copiado nas trocas de e-mails;
- não delegar as funções para a equipe: os líderes ficam com todas as atividades para eles e não conseguem passar para os colaboradores, o que faz com que fiquem travados em um projeto, por exemplo;
- ter pouca ou nenhuma confiança na equipe: quando isso ocorre, a empresa pode ter problemas no futuro, porque a confiança faz com que a equipe se sinta motivada no ambiente de trabalho.
Por que o microgerenciamento pode ser prejudicial para as empresas?
Você sabia que aproximadamente 58% dos profissionais brasileiros têm mais facilidade para resolver as suas demandas quando possuem mais autonomia, segundo uma pesquisa realizada pela Page Talent?
Confira os principais problemas causados pelo microgerenciamento:
- lideranças com acúmulo de tarefas: sem delegar as tarefas, os líderes terão muitas atividades acumuladas e atrasadas;
- funcionários sem confiança e autonomia: a equipe que não tem autonomia, não melhora os resultados da empresa, não amplia as suas habilidades, não consegue ter um sentimento de pertencimento e não assume responsabilidades com os projetos;
- gestores sem uma visão ampla do negócio: como a liderança tem foco somente em tudo que a sua equipe está fazendo e não deixa passar nenhum tarefa sem a sua aprovação, acaba deixando de ter uma visão menos ampla do negócio;
- processos burocráticos: com a verificação constante das demandas pelos líderes, podem ocorrer vários processos burocráticos e a execução de tarefas ficam lentas;
- queda da produtividade: como os colaboradores não estão felizes trabalhando na empresa devido à falta de autonomia e o líder não delega as tarefas, ocorre uma queda de produtividade;
- maior rotatividade: isso acontece porque os funcionários se sentem desmotivados e infelizes no trabalho, o que faz com que procurem outro emprego.
Além de tudo que foi apresentado anteriormente, o microgerenciamento ainda pode causar vários impactos na empresa como um todo, pois gera um clima negativo dentro dela.
Vale mencionar também que a experiência do cliente também não é positiva, porque os prejuízos que o microgerenciamento causa dentro da empresa refletem do lado de fora. Ou seja, para todos que têm contato com a marca.
Afinal, o microgerenciamento é sempre ruim?
O microgerenciamento traz resultados negativos, na maior parte dos casos, pois ele torna o trabalho dos liderados muito burocrático e exaustivo e sem total liberdade, ainda que os gestores tenham boas intenções.
Além disso, ele tira as oportunidades dos colaboradores de colocar uma tarefa em prática, analisá-la e colher os bons resultados, porque a interferência da liderança é tanta que se torna quase impossível fazer isso.
Afinal, aproximadamente 89% das companhias reconhecem que bons resultados estão diretamente ligados à motivação e à felicidade dos colaboradores, segundo pesquisa feita pela consultoria Robert Half.
Isso mostra como a autonomia e a motivação dos colaboradores é importante e precisa ser preservada em qualquer empresa.
Vale ressaltar que, apesar disso, o microgerenciamento pode ser necessário em algumas situações para que o profissional não se sinta perdido e nem abandonado, como é o caso dos estagiários que precisam de auxílio no começo da jornada de trabalho.
Quais são as causas do microgerenciamento de pessoas?
O microgerenciamento pode ter várias causas, tanto organizacionais quanto pessoais. Se o líder tem uma atitude própria, então é pessoal. Mas, caso este comportamento não combine com a cultura da organização, pode ser que tenha havido um equívoco na contratação desta pessoa.
Já quando ele é organizacional, costuma ser tolerado ou fazer parte da empresa.
No entanto, em ambos os casos, o microgerenciamento ocorre pela falta de confiança dos líderes na equipe, que é essencial para a satisfação no trabalho e também para a autonomia de todos os colaboradores.
Afinal, a capacidade de delegar tarefas é uma das habilidades que um bom líder deve ter, além de confiar nas entregas que são realizadas. Mas os líderes de ambientes de microgerenciamento não confiam na qualidade de entrega dos colaboradores e controlam tudo o que eles fazem.
Como evitar o microgerenciamento?
Agora que você entendeu o que é o microgerenciamento, as suas causas e como identificá-lo, chegou a hora de saber como evitá-lo. Por isso, separamos os principais pontos que devem ser levados em consideração.
Readeque o mindset dos gestores
Para evitar o microgerenciamento, deve ser readequado o mindset entre os gestores em relação a como liderar a equipe, assim pode ser solucionado o problema.
Para isso, é preciso definir o que deve ser priorizado no pensamento das lideranças e desenvolver uma nova abordagem.
Delegue funções
Delegar as funções é fundamental para evitar o microgerenciamento, pois cada pessoa tem seu cargo e os objetivos para conseguir atingir as metas. Por isso, quando o líder delega as funções, os colaboradores serão capazes de desenvolver melhor a sua autonomia.
Foque na comunicação interna
A comunicação interna precisa ser fluida e transparente para líderes e liderados. Por isso, o líder deve deixar claro qual o seu papel e de toda a equipe, bem como orientar todos os colaboradores do que é esperado deles.
Ofereça capacitações aos colaboradores
Capacitar os colaboradores é essencial em qualquer empresa e, por isso, ela deve oferecer treinamentos que envolvam os produtos e serviços da organização.
Além disso, é importante ter capacitação sobre novos projetos e ações que possam usar da melhor maneira a habilidade de cada colaborador.
Desenvolva a cultura do feedback
A cultura de feedback é apresentada de forma estruturada, de modo que os liderados tenham a oportunidade de apresentá-la também e o líder receba dicas de como melhorar, bem como use as críticas para liderar da melhor maneira possível.
Faça um NPS de liderança
Net Promoter Score (NPS) é uma métrica de satisfação de clientes utilizada em muitas empresas, que envolve a seguinte pergunta:
“Em uma escala de 0 a 10, quanto você recomendaria a Empresa X para um amigo?”
Essa pergunta e outras similares podem ser utilizadas para verificar o que os colaboradores acham de qualquer área de uma empresa, inclusive uma liderança.
Assim, é possível saber se as equipes estão contentes ou não com os seus líderes e o que pode ser mudado para melhorar.
Aplique metodologias ágeis de gestão
As metodologias ágeis podem deixar o desenvolvimento do trabalho menos engessado e privilegiar reuniões para acompanhamento dos projetos e entrega de resultados.
Um exemplo é a utilização do método Kanban, que é ótimo para organizar e conferir os processos. Normalmente, ele possui três colunas, denominadas: “Para Fazer”, “Em Produção” e “Concluído”, que podem ser utilizadas em fluxo de vendas, para planejar um gasto e aprender um novo idioma, por exemplo.
Invista na automação de processos
A automação de processos faz parte das ferramentas tecnológicas que estão presentes em várias empresas. Assim, quando você troca os processos manuais por soluções que são automatizadas, é possível ter mais tempo para focar em outras atividades.
Um exemplo de um sistema de automação de processos é o CRM (Customer Relationship Management), que funciona como um banco de dados para armazenar as informações comportamentais dos clientes.
TOTVS Assinatura Eletrônica
Além do CRM, existem vários sistemas que podem auxiliar a empresa, proporcionando mais eficiência nos processos e produtividade para todos os colaboradores.
O TOTVS Assinatura Eletrônica pode fazer isso, pois ele gerencia todas as suas assinaturas de documentos.
Deste modo, é possível acompanhar as ações que precisam ser feitas pelos destinatários e verificar quais estão pendentes de assinatura e validação, por exemplo.
Além disso, todos os protocolos são armazenados em nuvem e podem ser acessados sempre que for necessário.
Já pensou fazer o gerenciamento dos documentos e as suas assinaturas com eficiência? Conheça o TOTVS Assinatura Eletrônica!
Conclusão
Neste artigo, você entendeu que o microgerenciamento é uma forma de liderar que, na maioria das vezes, acaba prejudicando os colaboradores e a empresa.
Para resolver isso, é importante realizar ações em que os colaboradores possam apontar melhorias para os próprios gestores, ou seja, uma cultura de feedback. Assim, eles podem ter mais liberdade e espaço para entregar melhores resultados.
Por isso, mostramos algumas causas do microgerenciamento e como evitá-lo dentro da empresa.
Recomendamos também que a empresa possa automatizar os seus processos, para garantir mais eficiência e aumentar a produtividade. Neste sentido, utilizar uma ferramenta que possa gerenciar os contratos, como o TOTVS Assinatura Eletrônica, é fundamental.
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