A etapa de admissão é um dos momentos mais sensíveis de toda a jornada do colaborador. Depois de um processo seletivo bem estruturado, o desafio do RH é garantir que a contratação ocorra de forma ágil, segura e em conformidade com a legislação trabalhista.
Entre os documentos utilizados nessa etapa, a carta de admissão tem um papel importante. Ela é o instrumento que formaliza a intenção de contratar um profissional e oferece segurança tanto para o empregador quanto para o novo colaborador.
Mais do que uma formalidade, a carta de admissão ajuda a construir uma relação transparente desde o início. E, em um contexto em que os processos de admissão estão cada vez mais digitais, esse documento pode ser gerado, assinado e armazenado de forma totalmente eletrônica, garantindo mais eficiência e rastreabilidade.
A seguir, você vai entender o que é a carta de admissão, para que ela serve, quando deve ser utilizada e como redigi-la de maneira correta e profissional. Acompanhe!
O que é a carta de admissão?
A carta de admissão é um documento que expressa, de maneira formal, a intenção da empresa de contratar um determinado profissional. Também conhecida como carta de contratação ou carta de intenção de emprego, ela pode ser usada em dois contextos:
- emitida pela empresa, para comprovar a intenção de contratar o colaborador;
- escrita pelo candidato, como forma de se apresentar em um processo seletivo.
No caso das empresas, a carta é uma ferramenta de comunicação oficial que confirma a oferta de trabalho e pode ser utilizada pelo candidato em situações como o desligamento de um emprego anterior.
Já quando redigida pelo candidato, ela funciona como um complemento ao currículo, destacando motivações, qualificações e o interesse em fazer parte da empresa.
Em ambos os casos, o objetivo é o mesmo: formalizar o vínculo profissional de forma clara e documentada, evitando mal-entendidos e contribuindo para um processo de admissão mais organizado.
Para que serve a carta de admissão?
A principal função da carta de admissão é oficializar a intenção de contratação. Ela representa uma comunicação formal entre as partes envolvidas e serve como prova documental de que existe o interesse legítimo de estabelecer vínculo empregatício.
No caso do RH, o documento reforça a transparência do processo de contratação e ajuda a prevenir possíveis conflitos trabalhistas.
Já para o candidato, a carta pode ser usada como comprovação de nova oportunidade, especialmente quando ele precisa negociar o cumprimento do aviso prévio no emprego atual.
É importante ressaltar que a carta de admissão não substitui o contrato de trabalho, mas antecipa parte da formalização do vínculo, funcionando como uma declaração de compromisso entre empresa e colaborador.
Além disso, quando integrada a um processo de admissão digital, ela pode ser gerada e assinada eletronicamente, acelerando a troca de informações e reduzindo o uso de papel e o risco de extravio de documentos.

A carta de admissão serve para não cumprir aviso prévio?
A carta de admissão é frequentemente associada à dispensa do aviso prévio, mas é importante compreender o que a legislação determina sobre isso. Existem dois cenários possíveis:
Quando o pedido de demissão parte do colaborador
Quando o colaborador pede demissão, ele tem a obrigação de cumprir o aviso prévio, que é de no mínimo 30 dias, conforme o Artigo 487 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Se o profissional optar por não cumprir o período, a empresa tem o direito de descontar o valor correspondente das verbas rescisórias. Nesse caso, a carta de admissão não isenta o colaborador dessa obrigação.
No entanto, a empresa atual pode, por decisão própria, dispensar o cumprimento do aviso, permitindo que o colaborador inicie o novo trabalho mais rapidamente — e é justamente aí que a carta de admissão pode ajudar.
Ao apresentar o documento emitido pela nova empregadora, o colaborador comprova a oferta formal de um novo emprego, facilitando a negociação da dispensa.
Quando o colaborador é demitido
Já quando o desligamento parte da empresa, a regra é diferente. O colaborador demitido durante o aviso prévio tem direito a buscar novas oportunidades e, se for contratado por outra organização, a empresa deve dispensá-lo do cumprimento do restante do aviso, sem prejuízo das verbas rescisórias.
Essa situação também está prevista no Artigo 487, §1º da CLT, que determina que o empregado mantém o direito ao pagamento proporcional do período trabalhado.
Nessa circunstância, a carta de admissão serve como comprovação do novo vínculo, formalizando a oferta de trabalho e garantindo que o desligamento ocorra sem penalidades financeiras para o trabalhador.
Como escrever uma carta de admissão?
A forma de redigir a carta de admissão depende de quem a emite, se é a empresa contratante ou o candidato interessado na vaga. Em ambos os casos, é importante manter clareza, objetividade e linguagem formal, respeitando o tom profissional do documento.
A seguir, veja como elaborar cada tipo de carta.
Carta de admissão emitida pela empresa
Quando a carta é elaborada pela empresa, o objetivo é comunicar oficialmente a intenção de contratação e informar ao profissional os dados básicos do vínculo que será formalizado.
O conteúdo deve ser direto e conter informações essenciais, como o nome do colaborador, número da CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), data prevista de início e assinatura do representante autorizado.
A carta pode ser entregue impressa ou enviada digitalmente, desde que contenha assinatura válida — preferencialmente eletrônica, para garantir autenticidade e segurança jurídica.
Carta de admissão escrita pelo candidato
Já a carta de admissão escrita pelo candidato, também chamada de carta de intenção de emprego, é usada como um complemento ao currículo durante o processo seletivo.
Ela deve ser curta, com até cinco parágrafos, e apresentar de forma clara as habilidades, experiências e motivações do profissional. O texto precisa ser formal, mas com um tom natural e coerente com a cultura da empresa.
Boas práticas para redigir uma carta de admissão de candidato incluem:
- ser direto e conciso, evitando excesso de informações;
- evitar gírias ou linguagem muito informal, mas sem exagerar na formalidade;
- revisar ortografia e gramática antes do envio;
- manter uma formatação limpa e legível, com fontes simples como Arial ou Times New Roman, tamanho 11 ou 12;
- evitar modelos genéricos disponíveis na internet, personalizando o conteúdo para a vaga e empresa em questão;
- apresentar exemplos reais de experiências e resultados, quando possível, para reforçar credibilidade.
Por fim, é importante que o documento seja original e reflita a personalidade e as qualificações do candidato. O RH valoriza cartas personalizadas e objetivas, que ajudam a compreender o perfil do profissional de forma mais humana e completa.

Modelo de carta de admissão
Abaixo está um modelo padrão de carta de admissão empresarial, ou seja, o documento emitido pela empresa contratante para declarar a intenção de contratação.
Cidade, data
À [nome da empresa atual do profissional]
Declaramos, para os devidos fins, que o(a) Sr(a). [NOME], portador(a) da CTPS nº [NÚMERO], foi selecionado(a) por esta empresa para integrar o nosso quadro de colaboradores a partir de [DATA].
Atenciosamente,
[NOME DA EMPRESA]
[CNPJ]
[Assinatura do representante autorizado]
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Conclusão
A carta de admissão é um documento simples, mas essencial para formalizar a intenção de contratação entre empresa e colaborador. Ela reforça a transparência nas relações de trabalho e contribui para que o processo de admissão ocorra com clareza e segurança jurídica.
Ao mesmo tempo, a digitalização tem transformado essa etapa. Hoje, empresas que utilizam soluções tecnológicas conseguem centralizar informações, automatizar comunicações e reduzir erros, tornando todo o processo mais ágil e eficiente.
Se a sua empresa busca evoluir nesse sentido, vale conferir o artigo sobre admissão digital e entender como a tecnologia pode tornar o processo de contratação mais rápido, seguro e conectado à realidade atual do RH.
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