Padronizar a vestimenta dos colaboradores é uma forma de fortalecer a imagem corporativa, mas é importante saber que existem normas para uso de uniformes na empresa.
O objetivo dessas regras é garantir que empregador e trabalhador cumpram seus deveres em relação ao uniforme.
A legislação brasileira regulamenta alguns pontos relacionados a esse processo, mas cabe à empresa definir os termos de uso e compartilhá-los com os colaboradores.
Continue a leitura para saber o que diz a lei e entender as definições fundamentais para tornar o uniforme obrigatório.
O que diz a lei sobre o uso de uniformes de serviço?
De acordo com o artigo 456A da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), o uso de uniformes deve ser padronizado pelo empregador.
A lei do uniforme nas empresas não torna obrigatório esse processo, mas a organização tem o direito de optar por essa padronização e escolher os detalhes das peças.
É possível, por exemplo, incluir logomarcas da própria marca ou de parceiros, assim como elementos que representem a atividade executada pela companhia.
Para tornar o uso obrigatório, é importante criar um regulamento interno para uso de uniformes, deixando claro quais são as regras.
Vale destacar que, a partir do momento que o uniforme torna-se uma exigência, o empregador é o responsável por fornecer as vestimentas aos colaboradores. Portanto, é a empresa quem arca com essa despesa.
A partir do momento que o profissional assina seu contrato de trabalho, que deve esclarecer essa obrigatoriedade, ele concorda com o uso do uniforme.
Se houver recusa em relação às normas após essa concordância, a empresa pode advertir o colaborador ou até mesmo suspendê-lo, desde que exista uma previsão para isso no regulamento interno.
Além disso, em caso de desligamento, é necessário estabelecer as regras para devolução do uniforme, que deve retornar a empresa em bom estado.
Quais são as normas para uso de uniformes na empresa?
As regras para uso do uniforme na empresa devem ser criadas pelo empregador e compartilhadas de forma clara com os colaboradores para evitar problemas.
Em geral, existem alguns pontos fundamentais para preservar as peças e garantir o conforto dos funcionários. Confira quais são eles a seguir.
Conservação da vestimenta
A conservação do uniforme de serviço exige o bom senso do colaborador, mas a empresa pode formalizar um acordo para determinar os cuidados necessários com as peças a fim de manter a preservação e evitar o desgaste.
Essa é uma atitude importante, afinal, a fabricação de uniformes é uma responsabilidade do empregador e, portanto, representa um custo para a organização.
Substituição
Não há um tempo padrão de uso das peças e a substituição deve ser definida pelo empregador, de acordo com as necessidades de cada função e os materiais utilizados na fabricação do uniforme.
De maneira geral, vale ter em mente que o objetivo do uniforme é fortalecer a imagem e a cultura organizacional da empresa, portanto, deve manter a aparência adequada para transmitir essa mensagem.
Quantos uniformes a empresa deve fornecer por ano?
As normas para uso de uniformes na empresa definidas na legislação brasileira não definem uma quantidade de peças a ser disponibilizada pelo empregador. Portanto, esse quesito fica a critério da companhia.
No entanto, é importante oferecer uma quantidade adequada para que o colaborador possa realizar trocas ao longo da semana. Para definir um número, vale considerar alguns fatores, como:
- imprevistos;
- dias trabalhados;
- atividade desempenhada;
- cor e composição do tecido.
Esses pontos também devem ser avaliados para determinar o tempo de substituição adequado para as vestimentas.
Lavagem e higienização
Conforme previsto na CLT, a higienização do uniforme para empresa fica sob responsabilidade do colaborador, exceto quando é necessário realizar algum procedimento ou uso de produtos específicos.
Organizações que trabalham com produtos nocivos à saúde ou ao meio ambiente, por exemplo, devem adotar o compromisso de limpeza dos uniformes.
Uso fora do ambiente de trabalho
Uma pergunta comum entre os colaboradores é: pode usar uniforme fora do trabalho? A resposta para ela deve ser uma decisão da empresa.
O empregador pode exigir que o uniforme seja utilizado apenas no ambiente de trabalho, mas deve deixar isso claro no regimento interno ou no contrato trabalhista.
Conforto e bem-estar do funcionário
Entre as normas para uso de uniformes na empresa, não há uma cláusula específica sobre os modelos ideais, mas é importante ter bom senso neste ponto.
As roupas serão utilizadas diariamente, durante uma boa parte do dia, portanto, devem ser confortáveis e adequadas para as atividades desempenhadas pelo colaborador.
Tecidos que secam rapidamente e não amassam com facilidade, por exemplo, podem facilitar os cuidados.
Sistemas TOTVS para departamento pessoal
Para que o uso de uniformes siga o padrão estabelecido pela empresa e flua de maneira adequada, é importante ter uma gestão de pessoas eficiente.
Com uma gestão otimizada, é possível manter uma comunicação interna alinhada, livre de ruídos e com clareza dos processos internos, incluindo as normas de uso de uniformes.
Na prática, cuidar de todas as atividades estratégicas, burocráticas e administrativas pode ser um desafio para o RH.
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Conclusão
Ao optar pela obrigatoriedade de uniformes no ambiente de trabalho, a organização pode ter diversos benefícios, como o fortalecimento da marca e o fornecimento de vestimentas adequadas para as atividades.
Para que isso funcione da melhor maneira possível, é fundamental criar normas para uso de uniformes na empresa.
Além de seguir os pontos previstos na CLT, o empregador deve escolher peças confortáveis e determinar regras de conservação, uso fora do trabalho e devolução em caso de desligamento.
Na prática, essa regulamentação garante o cumprimento das normas e esclarece ao colaborador quais são os seus deveres.
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