Você pode perguntar para qualquer especialista em varejo e em tendências de mercado: a próxima grande transformação no consumo já tem nome e sobrenome. É o social commerce!
A tendência é que esse modelo de negócio dentro das redes sociais cresça cada vez mais, o que traz aos varejos digitais a necessidade de adotar uma estratégia verdadeiramente omnichannel.
Para ajudar nessa missão, preparamos um guia completo sobre o conceito de comércio social. Vamos conferir!
O que é social commerce?
O social commerce é uma estratégia de comercialização online focada em redes sociais ou plataformas de mídia online, como Instagram, WhatsApp ou Facebook Messenger.
Toda etapa de busca por um produto na Internet, a navegação pelo site e a finalização da compra, acontece nas redes sociais e plataformas digitais.
Assim, em vez de enviar o consumidor para fora desses canais, redirecionando-o para o e-commerce ou marketplace para concretizar a compra, o varejista permite a compra diretamente na plataforma.
Como surgiu o social commerce?
A primeira aparição do termo foi em um conteúdo do blog do Yahoo!, em 2005, escrito por alguns especialistas.
Nele, os profissionais chamavam a atenção para o movimento do social commerce que se derivaria de novas ferramentas para compras, como wishlists compartilhadas, avaliações públicas de usuários e conteúdo gerado pelo usuário.
Esses pontos abriram espaço para a possibilidade de vendas nessas plataformas, mas foi com a pandemia que a modalidade de compras pelas redes sociais se destacou.
Mantendo-se no aspecto mercadológico, o cenário turbulento impactou primeiramente os consumidores. Com as restrições sociais, as preferências e hábitos de consumo mudaram radicalmente.
Foi nessa brecha que o comércio social floresceu.
Como funciona o social commerce?
O comércio social pode ser utilizado tanto para vender produtos ou serviços como para promovê-los nas redes sociais.
De maneira geral, isso simplifica a jornada de compra do cliente e melhora a experiência de consumo.
Quando pensamos na prática, a atratividade da estratégia fica clara.
Ao navegar pela timeline, é possível pescar um item que chamou a sua atenção e, com alguns cliques, encontrar todas as informações sobre ele, desde descrição até reviews.
Para realizar a compra, basta clicar no botão, informar os dados de pagamento e pronto!
O cliente nem precisou sair do aplicativo da rede social.
Essa estratégia oferece uma experiência de compra ininterrupta, tornando-se um ativo valioso para empresas e também para os consumidores.
Um panorama sobre o social commerce no Brasil
De acordo com uma pesquisa realizada pela Opinion Box, 75% dos brasileiros já usam as redes sociais para buscar produtos e 71% utilizam as plataformas para fazer compras.
Além dos que já aderiram ao hábito de consumir pelas redes, o estudo ainda apontou que 11% dos entrevistados afirmaram que adotarão o comércio social nos próximos seis meses.
Esses resultados comprovam que esse novo canal de compra veio para ficar e é uma tendência iminente.
Mesmo que nem todos os consumidores finalizem suas compras pelas redes sociais, ficou claro nos últimos anos que elas são importantes canais de busca e contato com o público.
Aliado a isso, outra tendência fortalece ainda mais o social commerce no Brasil: o marketing de influência. Essa técnica consiste na indicação de produtos por influenciadores digitais.
Um estudo conduzido pela plataforma CupomValido.com.br e compartilhado no Meio & Mensagem mostra o Brasil como país em que os influenciadores têm maior poder na decisão de compra dos consumidores.
Segundo os dados, 43% dos brasileiros já compraram produtos ou serviços por influência de um criador de conteúdo. O país ocupou a primeira posição do ranking mundial, ficando à frente de China, Estados Unidos e Reino Unido.
Diante desse cenário, torna-se cada vez mais essencial para os lojistas se adaptarem aos novos comportamentos do mercado para atender as demandas dos clientes.
Quais redes sociais utilizar para o social commerce?
O comércio social utiliza as mídias digitais como verdadeiros canais de vendas e comunicação, mas é importante saber quais plataformas utilizar.
Algumas das principais você já conferiu nos tópicos acima. São gigantes da indústria digital que se mostram verdadeiros parceiros do varejo online:
- TikTok;
- Facebook;
- Instagram;
- WhatsApp.
Esses são tiros certeiros: plataformas estruturadas, inovadoras, com excelentes e variados recursos para que qualquer varejo expanda sua operação de social commerce.
Qual é a relevância do social commerce para o varejo?
Não é exagero afirmar que o social commerce é o futuro do varejo no Brasil e no mundo. Com esse modelo de negócio, não apenas as ferramentas digitais ganham força, mas também as estratégias offline.
Dentro desse contexto, é possível trabalhar o relacionamento com o público, compreender suas necessidades e expectativas, além de aumentar a credibilidade da marca.
É aqui que o omnichannel entra em cena, capacitando redes varejistas que dividem suas vendas entre lojas físicas com lojas virtuais, otimizando estratégias multicanal.
Um exemplo disso é o ship from store, um método logístico que permite ao cliente comprar um produto online (ou por qualquer canal de venda da empresa) e ir buscá-lo em uma das lojas físicas.
Além disso, podemos voltar a falar de dados: de acordo com levantamento da Research and Markets, o mercado de comércio social global deve atingir a soma de US$600,4 bilhões até 2027.
Tipos de social commerce existentes
No tópico anterior, falávamos sobre plataformas digitais que permitiam um mergulho no comércio social.
Isto não quer dizer que não tenham outras mídias digitais com recursos interessantes (e que você pode usar ainda hoje), para aplicar a estratégia.
A seguir, vamos falar um pouco mais sobre elas, separando-as pela dinâmica de consumo que elas oferecem:
Entre pessoas
Um dos conceitos mais básicos do comércio social é ampliar a oferta de canais de venda, tornando a experiência de compra mais confortável ao cliente.
Diante disso, existem alguns sites e plataformas que oferecem o contato direto com o comprador. Aqui falamos de plataformas que possibilitam a venda C2C, de consumidor para consumidor.
Normalmente se tratam de produtos usados. É o caso dos sites OLX, Mercado Livre ou mesmo nos anúncios de grupos do Facebook.
Outro tipo de negócio que se encaixa aqui é o modelo da Airbnb, de aluguel de residências.
Compras coletivas
Não faz muito tempo, as compras coletivas eram bastante comuns no Brasil, mas esse modelo de comércio acabou perdendo a força.
O que acontece de “social commerce” nesse tipo de transação, é o uso de gatilhos mentais para instigar as vendas, utilizando táticas como a escassez (produtos/cupons limitados) e a dinâmica de leilão, com um cronômetro marcando a validade da oferta.
Compras colaborativas
As compras colaborativas trazem um aspecto interessante do comércio social: as recompensas.
No Brasil, esse tipo de transação se popularizou através das plataformas de crowdfunding. Ou seja, uma empresa ou pessoa física publica um projeto, com uma meta de arrecadação para torná-lo realidade.
Para incentivar a participação dos consumidores, é possível criar diferentes categorias de apoio, com valores variados.
Assim, o organizador pode oferecer recompensas extras para quem mais pagar, como uma forma de agradecimento.
Vendas em redes sociais
A venda em redes sociais já não é novidade: qualquer um, não apenas empresas, pode criar suas lojas no Instagram e no Facebook, com catálogos de produtos e mesmo a possibilidade de anúncios segmentados.
Fóruns e chats
Por fim, a venda através de fóruns e chats é cada vez mais comum – e um reflexo do social commerce, que possibilita a compra via chats e aplicativos de mensagem.
O WhatsApp é exemplo disso. Outra pesquisa da Opinion Box mostrou que 66% dos brasileiros já compraram produtos ou contrataram serviços pela plataforma.
5 vantagens de investir no social commerce
O comércio social possui um potencial enorme e, em termos de vendas e de engajamento, a modalidade pode verdadeiramente revolucionar sua empresa.
Confira alguns dos principais benefícios de investir nesse novo modelo de negócio.
1. Visibilidade e autoridade para a marca
As mídias sociais têm uma enorme base de usuários. Ou seja, é muito provável que o seu consumidor esteja na plataforma, apenas “esperando” para encontrar seus produtos ou serviços.
Com a sua presença nas redes, você potencializa o alcance e a visibilidade da marca, colocando-se não apenas presente em termos de engajamento, mas de forma operacional.
Assim, sua empresa empodera esses consumidores, facilitando a ação da compra.
2. Aproximação com o consumidor
As vendas pelas redes sociais também podem ajudá-lo a aumentar o tráfego e o engajamento da empresa, já que os usuários podem se conectar com sua marca de forma rápida e fácil.
Isso é importante porque, à medida que sua marca alcança mais clientes em potencial, você fará mais vendas e ganhará mais dinheiro.
3. Publicidade direcionada
As empresas podem facilmente direcionar seu público com anúncios altamente segmentados.
Isso porque as redes sociais e plataformas digitais contam com ferramentas de anúncios capazes de segmentar o público através de uma série de indicadores, desde suas atividades, até suas preferências.
4. Praticidade
A conveniência do social commerce é um de seus maiores pontos fortes. O cliente pode pesquisar um produto e comprar sem ter que sair de sua plataforma favorita.
É uma via de mão-dupla: facilita para que você encontre seu público-alvo, e facilita para que eles encontrem você.
5. Experiência atrativa
Ao realizar uma compra online, é comum que a experiência seja individual, repleta de limitações, mas o ambiente das redes sociais torna o processo mais atrativo.
Isso porque ele adiciona a experiência social à experiência de compra.
Diante disso, as redes sociais trazem uma forma de reformular sua estratégia inbound, aquecendo a ideia do produto ou de sua solução na mente do consumidor.
Compradores em potencial, que podem não estar procurando por produtos, estarão lá quando não estariam em um site de vendas.
Essas pessoas estarão navegando pela timeline e serão impactadas por seus anúncios.
Como criar uma estratégia eficiente de social commerce para sua loja?
Além da omnicanalidade, existem outros passos essenciais para desenvolver uma estratégia sólida e realmente eficiente de social commerce.
Confira as nossas dicas a seguir.
Escolha os melhores itens do seu catálogo
As imagens são o forte das redes sociais, portanto escolha os melhores itens do seu catálogo e capriche nas fotos.
É importante manter a qualidade da imagem e mostrar detalhes dos produtos. Para acompanhar, textos claros e com parágrafos curtos.
Mantenha o foco no cliente
A cultura do customer centric está fortalecida no mercado atual e ainda mais no comércio social, portanto tenha a experiência do cliente como prioridade.
Uma opinião positiva tem uma amplitude ainda maior nas redes sociais, mas o mesmo acontece com comentários negativos. Por isso, foque sempre em atender as necessidades do consumidor.
Contrate influenciadores digitais
Como vimos, o marketing de influência tem se destacado entre as estratégias de venda nas redes sociais.
Por isso, aproveite a tendência e use a técnica a seu favor. Ao divulgar seus produtos com influenciadores, você pode aumentar o alcance de público e conquistar novos clientes.
Incentive o conteúdo gerado pelo usuário
Hoje, é muito comum que os usuários busquem comentários de outros consumidores antes de comprar um produto.
Diante disso, incentivar os conteúdos gerados pelos clientes tornou-se fundamental. Para isso, acrescente páginas de comentários, não deixe de responder às interações em suas páginas e estimule o compartilhamento de experiências.
Monitore a reputação da marca
As avaliações ajudam a construir a reputação da sua marca, por isso é importante acompanhar o que estão dizendo sobre o seu negócio.
Não apenas monitorar, mas também responder os comentários, sejam eles positivos ou negativos, buscando resolver os problemas da melhor maneira.
Avalie o desempenho de suas ações
Assim como acompanhar a reputação da marca é importante, monitorar os resultados das suas ações também é.
Isso porque é o desempenho dessas ações que vai ajudar a compreender quais estratégias funcionam e quais precisam ser alteradas para atender melhor o seu público.
Conte com as ferramentas certas
É importante encontrar as ferramentas certas para facilitar as estratégias, o monitoramento e a gestão do comércio social.
Além das funcionalidades das próprias plataformas, temos algumas dicas para compartilhar:
- funil de vendas;
- contato por e-mail;
- acessibilidade digital;
- plataformas omnichannel.
O social commerce como tendência de omnichannel
Para que seja pleno e funcione, o comércio social depende – antes de qualquer coisa – de uma estratégia de omnichannel.
Trata-se da base para a integração de canais, para a padronização do atendimento ao cliente, melhorando sua experiência através do omnichannel.
Desse modo, o atendimento que começou na loja, pode ser retomado no WhatsApp da empresa e finalizado via chat do aplicativo, por exemplo.
Outro ponto que relaciona essa modalidade de venda como uma tendência de omnichannel é a policanalidade.
Esse conceito indica a consolidação final de um negócio – mais especificamente do varejo – através dos múltiplos canais de venda, trabalhando a integração dos esforços físicos com os avanços online de forma mais direta.
O objetivo é, portanto, ampliar a presença digital das empresas.
Desse modo, é possível atuar de modo alinhado em absolutamente todos os canais de comunicação e conversão.
Como começar a investir em social commerce?
A adoção do social commerce pode parecer um desafio, mas todas as empresas podem começar de um lugar: implementando o omnichannel!
Com o alinhamento dos canais de comunicação e vendas – tanto offline quanto online – você dá um passo importante em direção ao objetivo final.
O desafio operacional, neste ponto, é a integração dos canais de venda, estoque, centros de distribuição e armazéns para que tudo flua da maneira ideal.
Diante disso, a tecnologia pode ser a sua grande aliada e, talvez, o empurrãozinho que você precisava para iniciar o seu investimento no comércio social de maneira otimizada.
Tecnologias TOTVS para varejistas
O pontapé para um social commerce de sucesso você já entendeu qual é: consolidar seu omnichannel.
Investir em ferramentas de integração dos canais de venda e cruzamento de informações é fundamental para ter sucesso.
As tecnologias TOTVS voltadas ao setor varejista permitem que a sua loja ofereça um serviço que atenda às expectativas do seu cliente, integrando todos os seus canais de vendas, sejam físicos ou online.
Por meio de comunicação conectada, seu negócio consegue ter um ambiente operacional que integre diversos dados da sua operação e a torne muito mais precisa.
Saiba tudo sobre os nossos sistemas e aplicações desenvolvidos para o varejo e conheça também nossas plataformas de digital commerce!
Conclusão
O social commerce é a evolução natural do comércio eletrônico.
Quanto mais pessoas investem seu tempo em redes sociais e plataformas digitais, mais se torna claro a tendência para as empresas – especialmente para varejistas.
Para esse segmento, o crescimento precisa ser vertical e horizontal, abraçando o maior número possível de canais de modo a ampliar sua presença.
Neste blogpost, mostramos que o comércio social é o caminho para isso.
Você aprendeu o que é esse novo modelo de negócios, como funciona, tipos e as vantagens.
Além disso, compreendeu que o primeiro passo para sua implementação é através do omnichannel.
E agora, que tal começar a revolução em seu negócio e se posicionar na frente da concorrência?
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