Design Thinking: guia definitivo

O design thinking é uma nova abordagem voltada para redirecionar o pensamento das empresas e seu desenvolvimento de soluções. Nela, o foco são as pessoas e o objetivo é a inovação. O resultado esperado? Uma solução criativa e eficiente. Tendência popular por sua versatilidade e marcada pela melhoria contínua, essa metodologia é cada vez mais …

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 30 dezembro, 2022

O design thinking é uma nova abordagem voltada para redirecionar o pensamento das empresas e seu desenvolvimento de soluções. Nela, o foco são as pessoas e o objetivo é a inovação. O resultado esperado? Uma solução criativa e eficiente.

Tendência popular por sua versatilidade e marcada pela melhoria contínua, essa metodologia é cada vez mais comum nas empresas.

Mas, afinal, o que é Design thinking e para que serve essa abordagem? Quais as vantagens de adotá-lo em seu negócio? E por que a sua empresa precisa dela para ser bem-sucedida hoje?

As respostas você vai conferir neste conteúdo.

Em nosso guia definitivo, explicamos tudo o que você precisa saber sobre o tema. Venha conosco e acompanhe a leitura!

O que é o método Design Thinking? Para que ele serve?

design thinking

Design thinking é um processo inovador que expande as capacidades criativas de solução de problemas por meio da compreensão das necessidades dos usuários e considerando seu feedback no contexto da criação de um produto ou serviço.

Ele dá aos designers e profissionais em geral a capacidade de desenvolver soluções inovadoras, fundamentadas nas realidades de um ambiente ou situação particular.

A abordagem foca na experiência do usuário final e do cliente, enfatizando a empatia pelos desafios do usuário e a melhoria da produtividade sobre a margem de lucro e métricas de eficiência.

Ela utiliza os cinco estágios para criar uma solução inovadora, que são: empatizar, definir, idealizar, prototipar e testar.

Ou seja, na prática, trata-se de observar os contextos da vida real, analisar dados a fim de obter uma melhor compreensão das necessidades dos usuários e adotar uma mentalidade criativa com a qual as ideias podem ser formadas e as soluções testadas.

Ao contrário do pensamento tradicional de design de produtos e serviços, é mais do que apenas criar algo desejável ou esteticamente agradável. Ele serve para criar algo que leve esses pontos em consideração, mas que priorize também a eficiência de custo e sustentabilidade.

No mundo atual de ritmo acelerado onde a tecnologia pode servir a muitas facetas de nossas vidas, o design thinking permite que as organizações criem produtos que satisfaçam as necessidades dos usuários em todos os aspectos.

Como surgiu o design thinking?

O design thinking para negócios foi criado por David Kelley, fundador da consultoria de inovação IDEO, no começo dos anos 90.

Muito embora o pensamento acerca da abordagem e suas ramificações date de décadas antes, como 1950.

A abordagem foi estruturada por ambos, buscando solucionar os problemas de seus clientes de forma criativa e um tanto holística.

Assim, de forma gradual, revolucionaram o dia a dia de vários de seus clientes. Foi desse jeito que, com um olho na eficácia e outro na simplicidade, a IDEO mergulhou em suas demandas utilizando as boas práticas do método.

A partir daí, as bases para uma cultura customer-experience-centric (centrada na experiência do cliente) se estabeleceram.

Quais são os princípios do Design Thinking?

O design thinking é uma abordagem inovadora e extremamente flexível. Por isso, não é baseada em uma série fixa de princípios, pois eles variam conforme aplicação (produtos ou serviços) e indústria.

No entanto, é possível mapear as bases do Design Innovation, que são:

  • Tecnologia: a solução pode ser construída com recursos próprios?
  • Negócios: a solução é um empreendimento viável e sustentável?
  • Valores humanos: os envolvidos (todos os stakeholders) dão valor para a solução?

A convergência correta dos três é o que torna a abordagem no que ela é.

Assim, o diferencial é que os pilares do design thinking não seguem uma lógica estrutural.

Por isso, engana-se quem chama de “metodologia”, pois não há etapas predefinidas (o que existem são passos recomendados, mas não obrigatórios).

É diferente da metodologia lean ou a metodologia ágil, por exemplo, onde existe um passo a passo predefinido.

É por isso que a abordagem funciona levando em conta os seus princípios, portanto, não é linear (não tem uma estrutura), mas sim possui uma base.

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As etapas do Design Thinking

Como colocar a abordagem em prática? O primeiro passo é entender quais as etapas mais comuns realizadas pelas empresas familiares ao método. Confira as fases do design thinking!

Imersão

Durante essa etapa, o problema que precisa ser resolvido é identificado e explorado. Isso pode envolver entrevistas, observações e pesquisas sobre o contexto do usuário.

Esse momento é muitas vezes chamado de “empatia”, pois é necessário se colocar no lugar do outro e entender suas dificuldades, necessidades e desejos.

Portanto, é fundamental ouvir, ver e sentir como o cliente, o que demanda tempo, dedicação e muita observação.

Ideação

Nesta etapa, as soluções para o problema são discutidas e formuladas. Isso é feito olhando o problema de múltiplas perspectivas e gerando novas maneiras de abordá-lo.

A ideia aqui é encontrar soluções, o que envolve brainstorms baseados em muitas possibilidades, dentro das questões apresentadas.

Prototipação

Uma vez que as ideias foram geradas, elas são testadas com protótipos que simulam as soluções. É um processo que ajuda a identificar e refinar quaisquer soluções de trabalho possíveis.

Vale lembrar que é aqui que os testes são realizados.

Durante eles, o protótipo é testado para garantir que ele funcione como esperado em cenários do mundo real e com usuários reais.

Assim, qualquer feedback ou mudanças necessárias podem ser identificadas, permitindo um refinamento adicional.

Desenvolvimento

Nesta etapa, as soluções refinadas e bem sucedidas são desenvolvidas para se tornarem um produto ou serviço funcional.

É o último e derradeiro passo para a consolidação da solução e deve envolver todos os stakeholders igualmente.

Os benefícios de investir nessa abordagem

Investir no design thinking pode ajudar as empresas a evoluir em todos os aspectos, seja relativo aos seus projetos, quanto ao desenvolvimento dos profissionais e da cultura organizacional.

A abordagem em si é incrível no sentido de que estimula o desenvolvimento de competências em curto, médio e longo prazo.

E, claro, comercialmente, é uma abordagem valiosa.

De acordo com um levantamento da Forrester e IBM, a abordagem possibilitou que produtos fossem levados ao mercado em menos tempo que o normal.

Nos times envolvidos nesses projetos em específico, na IBM, foi visto uma redução de 75% no tempo de design e desenvolvimento.

Isso porque o método permite que as organizações se concentrem nas necessidades de seus clientes antes de tudo, o que significa desenvolver soluções que atendam com precisão aos desejos e necessidades dos usuários finais em vez de simplesmente “atirar no escuro”.

Além disso, reduz os custos a longo prazo, pois qualquer problema do cliente que possa surgir pode ser resolvido rapidamente antes que ele se torne um caso maior.

Finalmente, esse pensamento ajuda a criar um ambiente corporativo ágil, onde a criatividade é alimentada e a cultura da inovação pode acontecer rapidamente.

Investir no método é um investimento para garantir o sucesso de uma empresa agora e no futuro.

Outro dado interessante é de um estudo da Adobe, que viu que empresas que priorizam a criatividade possuem 1,5 vezes mais market share que os competidores.

Além disso, 70% das marcas que priorizam o design (e suas abordagens, como a que focamos neste artigo) oferecem uma experiência digital melhor que a concorrência.

Exemplos de empresas que tiveram sucesso com essa abordagem

A implementação do design thinking pode ser uma saída interessante para qualquer tipo de negócio.

Independentemente do porte ou segmento em que a sua empresa atua, é possível aproveitá-la e inovar de maneira estratégica.

É uma forma inovadora de pensar em soluções, ouvindo a opinião do público-alvo e aprimorando até chegar o mais próximo possível de um produto ideal.

Desde os problemas mais simples até os mais complexos podem ser exemplos do método em questão. Veja:

TOTVS

Usando o método do design thinking, a TOTVS conseguiu melhorar a experiência do cliente através do feedback deles e da atualização constante dos softwares.

Assim o produto se tornou exatamente o que o consumidor quer e precisa.

Airbnb

Você sabia que a Airbnb quase faliu no início da sua operação?

Foi apenas após ouvir o que os clientes tinham a dizer, que eles puderam mapear alguns pontos críticos. Um deles, as fotos de má qualidade nos anúncios, foi o que chamou a atenção.

Era um dos principais motivos pelos quais clientes não alugavam casas e apartamentos.

Foi com a abordagem que a, até então startup, ajudou a resolver este problema e o negócio decolou.

Natura

A Natura é adepta dessa metodologia para criar novos produtos.

Ao focar na experiência dos clientes com o produto, a empresa conseguiu inovar criando a linha SOU.

A linha foi sucesso pois era exatamente o que os consumidores estavam buscando.

Como aplicar o Design Thinking em seu negócio?

A ideia de implementar a abordagem é uma empresa normalmente pautada pela perspectiva tecnológica. Ou seja, é um método que muitos pensam servir apenas em alguns tipos de empresas.

Como organizações criativas (como é o caso de agências de publicidade), startups tecnológicas ou desenvolvedoras de software.

Na verdade, sua aplicação pode ser realizada em qualquer negócio e setor, independente do ramo de atuação.

De acordo com dados divulgados na CIO.com indiana e conforme levantamento da IBM, essa abordagem tem o poder de duplicar o time to market, potencializar em 75% a eficiência e aumentar em 300% o ROI.

Um exemplo é de uma empresa de roupas, a Bestseller, que enfrentava problemas de estoque.

Na época, eles se juntaram à IBM para entender quais sistemas cognitivos e soluções eram necessários para resolver a situação.

O caminho mais tradicional seria olhar para a questão com a perspectiva da supply chain. Porém, a empresa decidiu mudar o ponto de vista para o design.

Assim, o foco foi o cliente — o que aumentou o escopo de estudo, já que a empresa em questão possuía várias marcas em seu guarda-chuva.

O que a marca descobriu é que o verdadeiro problema era a experiência do cliente, já que vários produtos não eram vendidos e ficavam empilhados no estoque.

Com a abordagem inovadora, várias pessoas envolvidas no processo olharam para o problema de diferentes ângulos, o que enriqueceu a discussão.

Assim, a empresa conseguiu não apenas resolver o problema, mas criar mais valor para a experiência global do cliente.

Ou seja, a aplicação em uma empresa vai variar do problema, mas normalmente segue os passos que mencionamos anteriormente (imersão, ideação, prototipação e desenvolvimento).

Ferramentas úteis durante o processo de Design Thinking

Como um processo inovador e muito prático, esse método também se aproveita de várias ferramentas que podem ser aplicadas para simplificar ou enriquecer os resultados obtidos.

Que tal conferir alguns dos principais?

Mapa de empatia

O mapa de empatia permite que você entenda o contexto do usuário.

É um diagrama usado para definir e entender melhor os clientes, focando em seus pensamentos, sentimentos, linguagem e comportamento em relação ao seu produto ou serviço.

Brainstorming

O Brainstorming é a ferramenta perfeita para gerar ideias e soluções. Consiste em um exercício coletivo que ajuda a descobrir soluções criativas com diferentes abordagens.

Gamificação

A gamificação pode ser uma ferramenta incrível para enriquecer uma abordagem mais criativa.

Ela encoraja a resolução criativa de problemas e fornece feedback para inspirar uma maior exploração.

Ao usar pontos e outros incentivos como recompensas, os designers e demais profissionais podem aplicar mecânicas de jogos em seu trabalho e usá-las em diferentes modelos de experimentação.

O uso de recompensas tangíveis ajuda a motivar o designer a aprender novas habilidades e se divertir enquanto o faz.

Desafios frequentemente surgem durante o processo que podem ser enfrentados com foco em alcançar o objetivo para receber uma recompensa, permitindo aos usuários persistir mesmo quando confrontados com problemas difíceis.

Desta forma, a gamificação reúne criatividade e responsabilidade por uma combinação poderosa que permite um aprendizado mais rápido.

Desk Research

O desk research é uma técnica de coleta de dados pela qual profissionais buscam informações de recursos existentes — como livros, artigos acadêmicos, de revistas ou online.

Essa pode ser uma ferramenta muito útil no processo de pensamento sobre design, pois fornece um contexto mais amplo para qualquer questão que um designer possa estar tentando resolver.

Em sua essência, o desk research permite que os designers ganhem rapidamente uma melhor noção de seus usuários ou clientes-alvo, a fim de determinar suas necessidades com antecedência.

Ao aprender com os recursos e evidências existentes, os envolvidos podem aplicar soluções bem fundamentadas que antecipam as preferências dos clientes de forma oportuna.

MVP

A criação de um produto mínimo viável (MVP) é um passo essencial neste processo e pode fornecer insights cruciais sobre como melhorar um produto ou serviço.

Um MVP é uma versão inicial de um produto que tem características suficientes para permitir que os usuários testem seu conceito central, permitindo que os desenvolvedores obtenham feedback valioso rapidamente.

Cocriação

Com foco na experiência do usuário, na cocriação você integra o cliente no processo de desenvolvimento da solução, obtendo insights e perspectivas diretas que podem enriquecer e agilizar todo o processo.

Livros sobre Design Thinking que você precisa ler

Entre os principais livros sobre o tema em português, destacamos:

  • Design Thinking – Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim das Velhas Ideias;
  • Guia Prático do Design Thinking: Aprenda 50 ferramentas para criar produtos e serviços inovadores;
  • Design Thinking e Thinking Design: Metodologia, Ferramentas e uma Reflexão Sobre o Tema.

Os melhores cursos de Design Thinking

Que tal experimentar e aprender sobre o tema sem sair de casa?

Separamos uma lista de cursos online gratuitos em português sobre o tema:

TOTVS Fluig Plataforma

Tecnologia, inovação, integração, criatividade, agilidade. Todas essas são palavras-chaves no dicionário de um design thinker.

Mas também são características do TOTVS Fluig Plataforma, ferramenta que une processos, pessoas e sistemas em uma empresa.

Assim, com uma interface intuitiva e simples, e que pode ser integrada ao ERP do seu negócio, ela ajuda a dar mais visibilidade aos processos, com recursos de automatização e data analytics.

O melhor? Se a sua empresa quer aplicar abordagens de projeto inovadoras, como o tema deste conteúdo, o TOTVS Fluig Plataforma é ideal para isso.

Confira os diferenciais e benefícios do TOTVS Fluig Plataforma!

Conclusão

O design thinking é uma resposta criativa aos problemas do dia a dia, especialmente eficaz se aplicado no mundo dos negócios.

Empresas que adotam a abordagem costumam respirar criatividade, em um ambiente flexível e dinâmico — muito embora ainda ávido por resultados.

Afinal, todos os processos e etapas dizem respeito a um objetivo em comum: sanar as dores dos clientes, sejam eles internos ou externos.

E claro, quando tudo isso é feito com as ferramentas tecnológicas corretas, a chance do seu negócio se destacar de toda concorrência é muito grande.

E então, que tal pegar todo esse conhecimento e levá-lo para dentro da sua empresa, implementando a abordagem na resolução dos problemas?

Perguntas frequentes sobre Design Thinking

O que é Design Thinking?

Design Thinking é uma prática aliada ao user experience que visa olhar para os produtos considerando aspectos que vão além da estética, mas que colaboram para uma melhor usabilidade do produto.

Como surgiu o Design Thinking?

O Design Thinking voltado para empresas foi criado por David Kelley, fundador da consultoria de inovação IDEO, no começo dos anos 90.

Qual a função do Design Thinking?

O objetivo do Design Thinking é aperfeiçoar a usabilidade de um produto, tendo como base as principais dores do usuário para criar soluções mais personalizadas. Seu foco está muito mais direcionado ao uso do que a beleza.

Ferramentas de Design Thinking

Alguns exemplos de ferramentas para trabalhar o design thinking na sua empresa são:

  • Mapa mental;
  • Mapa de empatia;
  • Cocriação;
  • Storyboard;
  • MVP.

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