À medida que a tecnologia evolui, ela deixa sua marca em todos os setores imagináveis. Um dos avanços mais significativos é a Internet das Coisas Médicas (IoMT), um conceito que está remodelando a área da saúde.
O conceito une dispositivos e softwares interconectados para revolucionar procedimentos médicos, assim como o atendimento aos pacientes.
De dispositivos vestíveis a sistemas especializados na área da saúde, você pode ter acesso a informações em tempo real sobre o quadro do paciente.
No entanto, o cenário ainda está em evolução e as tecnologias continuam surgindo – a cada dia com mais velocidade.
O horizonte de possibilidades é amplo e os benefícios são inúmeros, mas é necessário entender o conceito e saber como implementar as tecnologias de forma estratégica para aproveitá-los.
Ao longo deste conteúdo, vamos falar mais sobre essas vantagens, avaliar o contexto atual e as possibilidades para o futuro, além de compartilhar dicas para aplicar as tecnologias no dia a dia das unidades de saúde.
Siga a leitura para saber mais!
O que é IoMT?
IoMT é a sigla para Internet of Medical Things ou, em português, Internet das Coisas Médicas. O conceito descreve dispositivos e infraestruturas que utilizam a internet para fornecer serviços de saúde.
É, portanto, uma rede de dispositivos médicos interconectados, infraestrutura e aplicativos de software que disponibilizam soluções para a área da saúde a partir dessa conexão com a internet.
O conceito é um subconjunto da Internet das Coisas (IoT), com foco e aplicação específica no setor médico.
Conheça as tecnologias da Internet das Coisas Médicas
Separamos as principais tecnologias para compartilhar com você as características e benefícios de cada solução na prática. Confira a seguir.
Dispositivos médicos
Dispositivos da área da saúde, como monitores de sinais vitais, utilizam a Internet das Coisas Médicas para coletar dados relevantes, que ajudam os médicos a tomarem decisões informadas.
Segundo estudo da RBC Capital Markets, 30% dos dados gerados no mundo vem da área da saúde e a previsão é de que a taxa de crescimento anual desses dados alcance 36% até 2025.
Diante desse cenário, a oportunidade de coleta eficiente de dados por meio de dispositivos médicos e a análise estratégica dessas informações tornam-se ferramentas fundamentais para um atendimento de qualidade.
Telemonitoramento
O telemonitoramento permite o acompanhamento remoto de pacientes, que podem ser acompanhados por equipes multidisciplinares da área da saúde mesmo a distância.
Esse processo pode ser realizado por meio de videochamada, contato telefônico e teleconsulta, por exemplo.
Dessa forma, médicos conseguem acompanhar pacientes em período pós-operatório, com doenças crônicas ou até mesmo realizar a vigilância epidemiológica em tempo real.
Para os pacientes, o telemonitoramento oferece a oportunidade de ser acompanhado por profissionais que são referências na especialidade médica, mesmo que eles sejam de outra cidade, estado e até mesmo país.
Cirurgia robótica
Como o nome já revela, as cirurgias robóticas são realizadas com o auxílio de robôs. Dispositivos como câmeras de alta definição e braços robóticos são exemplos de tecnologias utilizadas nesses procedimentos.
Essas ferramentas permitem intervenções menos invasivas e muito mais precisas, com manobras conduzidas por profissionais da saúde.
Durante o processo, o dispositivo robótico reproduz os movimentos do profissional, enquanto a câmera permite uma visão tridimensional do local a ser operado.
Com isso, o médico garante movimentos mais controlados e direcionamento preciso de cada etapa cirúrgica.
Como consequência, o processo menos invasivo ajuda a reduzir riscos, bem como a garantir uma recuperação mais rápida e tranquila ao paciente.
Wearables
Os wearables, ou dispositivos vestíveis, capturam dados do paciente em tempo real, permitindo o monitoramento remoto.
São aparelhos como smartwatches, que rastreiam informações específicas do paciente, como batimentos cardíacos ou pressão arterial, por exemplo, e enviam os dados para uma plataforma baseada em nuvem.
Dessa forma, o médico pode avaliar o quadro mesmo a distância e acompanhar a recuperação ou realizar diagnósticos de maneira mais eficiente, com decisões orientadas por dados.
Quais são os benefícios da IoMT?
Uma das maiores vantagens da Internet das Coisas Médicas é a oportunidade de otimizar a jornada do paciente, oferecendo agilidade, qualidade e precisão.
Ao monitorar os sinais vitais e outros indicadores de saúde de forma contínua, os profissionais podem detectar problemas precocemente e, assim, fornecer o tratamento adequado.
Isso pode levar a melhores resultados para os pacientes, auxiliar os médicos no atendimento e até mesmo salvar vidas.
Nesse contexto, as soluções tecnológicas na área da saúde contribuem para diversos pontos, como:
- diagnóstico mais preciso;
- controle de pacientes mais eficaz;
- otimização do trabalho dos médicos;
- redução de desperdícios no sistema de saúde;
- tratamento especializado e orientado por dados.
A IoMT também oferece benefícios significativos em termos de eficiência e economia de custos.
Com a automação da coleta e a análise de dados, é possível reduzir a carga da equipe de saúde e permitir que eles se concentrem mais no atendimento ao paciente.
Além disso, a oportunidade de realizar o monitoramento remoto do paciente permite um melhor diagnóstico e um tratamento mais eficiente. Dessa forma, é possível reduzir reinternações hospitalares e custos associados a esse processo.
Um panorama sobre o uso da tecnologia na área da saúde
A aplicação de tecnologias na área da saúde vem crescendo nos últimos anos, mas com certeza ganhou um impulso durante a pandemia de Covid-19, que incentivou o uso de soluções mais eficientes e o atendimento a distância.
Para se ter uma ideia, o valor de mercado da IoMT foi avaliado em US$55,324 bilhões pelo relatório Knowledge Sourcing Intelligence LLP em 2019 – ou seja, antes da pandemia.
Hoje, a expectativa é que o setor ultrapasse os US$250 bilhões em 2026.
Com esse desenvolvimento, as tecnologias ganharam espaço e trouxeram ferramentas importantes para a área da saúde, que não apenas otimizam o trabalho dos médicos e das unidades de saúde, como também aprimoram o atendimento ao paciente.
É claro que esse processo começou bem antes da pandemia, mesmo que tenha caminhado a passos lentos no início.
Um exemplo disso foi a criação dos equipamentos de raio X, que permitiram uma análise profunda sem a necessidade de um procedimento invasivo.
Em um contexto mais recente, chegaram as estratégias omnichannel para otimizar o atendimento aos pacientes, o laudo digital, a integração de sistemas para facilitar a troca de informações e o big data para organizar a coleta de dados.
Os avanços continuam a todo vapor, por isso o futuro da saúde ainda tem muitos passos para caminhar nesse trajeto.
Expectativas quanto ao futuro da IoMT
Com a evolução da conexão 5G, a tendência é que a IoT apresente inovações, inclusive para a Internet das Coisas Médicas, por meio de operações móveis mais rápidas e práticas.
Além de novas soluções tecnológicas, os próximos anos podem facilitar a interoperabilidade de sistemas. A própria conexão 5G é um caminho para a integração entre sistemas e organizações.
Com isso, a troca de informações pode acontecer de maneira automática, com mais agilidade e precisão.
No entanto, como qualquer tecnologia, a IoMT vem com seus desafios. Privacidade e segurança são grandes preocupações, dada a natureza sensível dos dados de saúde.
Para resolver esses problemas, os profissionais de saúde devem implementar medidas de segurança robustas, incluindo criptografia de dados e autenticação segura do usuário.
Conforme o avanço da tecnologia, novas medidas mais completas devem surgir, assim como normas, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e áreas específicas para o acompanhamento da segurança de dados.
A usabilidade é outro desafio que deve ser ultrapassado conforme o conceito evolui, especialmente para pacientes mais velhos que podem não ter muita experiência em tecnologia.
O design amigável e a educação adequada do paciente podem ajudar muito a resolver esse problema, simplificando o acesso para qualquer usuário.
Na prática, como implementar a IoMT?
A implementação da IoMT pode variar de acordo com alguns fatores, como a tecnologia aplicada, o cenário da empresa, suas necessidades e objetivos.
Mas, de maneira geral, existem passos práticos que simplificam essa missão. Anote os principais:
- avalie o contexto da empresa;
- análise possíveis desafios para a implementação;
- considere as soluções disponíveis de acordo com as necessidades do negócio;
- configure e teste as ferramentas escolhidas, além de capacitar o time para utilizá-las;
- monitore os resultados após a implementação das tecnologias a partir da análise de indicadores previamente definidos.
Tecnologias TOTVS para o segmento de Saúde
Entre as tecnologias para o segmento de saúde, a TOTVS desenvolveu um ERP específico para o setor, com funcionalidades criadas para aumentar a produtividade e a eficiência da sua instituição.
Com o sistema, você consegue integrar informações, controlar custos e padronizar processos, garantindo a interoperabilidade com a troca de dados entre diferentes setores.
A solução especializada da TOTVS permite revolucionar a rotina de atendimentos na instituição, com ferramentas voltadas para a administração, o compliance e o financeiro, assim como para o business performance.
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Conclusão
A Internet of Medical Things, IoMT para simplificar, é cada vez mais uma aliada do segmento de saúde.
Com dispositivos, soluções e sistemas que permitem a otimização de processos, desde o atendimento e diagnóstico do paciente até o tratamento e realização de procedimentos cirúrgicos, o conceito traz inúmeros benefícios.
Entre eles, a redução de custos, o diagnóstico precoce e o monitoramento em tempo real de pacientes, fatores que contribuem não apenas para o desenvolvimento da instituição, como também para o paciente em diversos sentidos, como a recuperação rápida.
Nesse contexto, sistemas como o ERP especializado da TOTVS tornam-se cada vez mais essenciais.
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