IoMT: tudo sobre a Internet das Coisas Médicas

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 29 dezembro, 2023

À medida que a tecnologia evolui, ela deixa sua marca em todos os setores imagináveis. Um dos avanços mais significativos é a Internet das Coisas Médicas (IoMT), um conceito que está remodelando a área da saúde.

O conceito une dispositivos e softwares interconectados para revolucionar procedimentos médicos, assim como o atendimento aos pacientes. 

De dispositivos vestíveis a sistemas especializados na área da saúde, você pode ter acesso a informações em tempo real sobre o quadro do paciente.

No entanto, o cenário ainda está em evolução e as tecnologias continuam surgindo – a cada dia com mais velocidade. 

O horizonte de possibilidades é amplo e os benefícios são inúmeros, mas é necessário entender o conceito e saber como implementar as tecnologias de forma estratégica para aproveitá-los. 

Ao longo deste conteúdo, vamos falar mais sobre essas vantagens, avaliar o contexto atual e as possibilidades para o futuro, além de compartilhar dicas para aplicar as tecnologias no dia a dia das unidades de saúde.

Siga a leitura para saber mais!

O que é IoMT?

IoMT é a sigla para Internet of Medical Things ou, em português, Internet das Coisas Médicas. O conceito descreve dispositivos e infraestruturas que utilizam a internet para fornecer serviços de saúde.

É, portanto, uma rede de dispositivos médicos interconectados, infraestrutura e aplicativos de software que disponibilizam soluções para a área da saúde a partir dessa conexão com a internet. 

O conceito é um subconjunto da Internet das Coisas (IoT), com foco e aplicação específica no setor médico. 

Conheça as tecnologias da Internet das Coisas Médicas

Separamos as principais tecnologias para compartilhar com você as características e benefícios de cada solução na prática. Confira a seguir.

Dispositivos médicos

Dispositivos da área da saúde, como monitores de sinais vitais, utilizam a Internet das Coisas Médicas para coletar dados relevantes, que ajudam os médicos a tomarem decisões informadas.

Segundo estudo da RBC Capital Markets, 30% dos dados gerados no mundo vem da área da saúde e a previsão é de que a taxa de crescimento anual desses dados alcance 36% até 2025. 

Diante desse cenário, a oportunidade de coleta eficiente de dados por meio de dispositivos médicos e a análise estratégica dessas informações tornam-se ferramentas fundamentais para um atendimento de qualidade. 

Telemonitoramento

O telemonitoramento permite o acompanhamento remoto de pacientes, que podem ser acompanhados por equipes multidisciplinares da área da saúde mesmo a distância.

Esse processo pode ser realizado por meio de videochamada, contato telefônico e teleconsulta, por exemplo.

Dessa forma, médicos conseguem acompanhar pacientes em período pós-operatório, com doenças crônicas ou até mesmo realizar a vigilância epidemiológica em tempo real.

Para os pacientes, o telemonitoramento oferece a oportunidade de ser acompanhado por profissionais que são referências na especialidade médica, mesmo que eles sejam de outra cidade, estado e até mesmo país. 

Cirurgia robótica

iomt: cirurgia robótica

Como o nome já revela, as cirurgias robóticas são realizadas com o auxílio de robôs. Dispositivos como câmeras de alta definição e braços robóticos são exemplos de tecnologias utilizadas nesses procedimentos.

Essas ferramentas permitem intervenções menos invasivas e muito mais precisas, com manobras conduzidas por profissionais da saúde. 

Durante o processo, o dispositivo robótico reproduz os movimentos do profissional, enquanto a câmera permite uma visão tridimensional do local a ser operado. 

Com isso, o médico garante movimentos mais controlados e direcionamento preciso de cada etapa cirúrgica. 

Como consequência, o processo menos invasivo ajuda a reduzir riscos, bem como a garantir uma recuperação mais rápida e tranquila ao paciente.

Wearables

Os wearables, ou dispositivos vestíveis, capturam dados do paciente em tempo real, permitindo o monitoramento remoto. 

São aparelhos como smartwatches, que rastreiam informações específicas do paciente, como batimentos cardíacos ou pressão arterial, por exemplo, e enviam os dados para uma plataforma baseada em nuvem.

Dessa forma, o médico pode avaliar o quadro mesmo a distância e acompanhar a recuperação ou realizar diagnósticos de maneira mais eficiente, com decisões orientadas por dados. 

Quais são os benefícios da IoMT?

Uma das maiores vantagens da Internet das Coisas Médicas é a oportunidade de otimizar a jornada do paciente, oferecendo agilidade, qualidade e precisão. 

Ao monitorar os sinais vitais e outros indicadores de saúde de forma contínua, os profissionais podem detectar problemas precocemente e, assim, fornecer o tratamento adequado. 

Isso pode levar a melhores resultados para os pacientes, auxiliar os médicos no atendimento e até mesmo salvar vidas.

Nesse contexto, as soluções tecnológicas na área da saúde contribuem para diversos pontos, como:

  • diagnóstico mais preciso;
  • controle de pacientes mais eficaz;
  • otimização do trabalho dos médicos;
  • redução de desperdícios no sistema de saúde;
  • tratamento especializado e orientado por dados.

A IoMT também oferece benefícios significativos em termos de eficiência e economia de custos. 

Com a automação da coleta e a análise de dados, é possível reduzir a carga da equipe de saúde e permitir que eles se concentrem mais no atendimento ao paciente. 

Além disso, a oportunidade de realizar o monitoramento remoto do paciente permite um melhor diagnóstico e um tratamento mais eficiente. Dessa forma, é possível reduzir reinternações hospitalares e custos associados a esse processo.

Um panorama sobre o uso da tecnologia na área da saúde

A aplicação de tecnologias na área da saúde vem crescendo nos últimos anos, mas com certeza ganhou um impulso durante a pandemia de Covid-19, que incentivou o uso de soluções mais eficientes e o atendimento a distância.

Para se ter uma ideia, o valor de mercado da IoMT foi avaliado em US$55,324 bilhões pelo relatório Knowledge Sourcing Intelligence LLP em 2019 – ou seja, antes da pandemia.

Hoje, a expectativa é que o setor ultrapasse os US$250 bilhões em 2026.

Com esse desenvolvimento, as tecnologias ganharam espaço e trouxeram ferramentas importantes para a área da saúde, que não apenas otimizam o trabalho dos médicos e das unidades de saúde, como também aprimoram o atendimento ao paciente.

É claro que esse processo começou bem antes da pandemia, mesmo que tenha caminhado a passos lentos no início. 

Um exemplo disso foi a criação dos equipamentos de raio X, que permitiram uma análise profunda sem a necessidade de um procedimento invasivo.

Em um contexto mais recente, chegaram as estratégias omnichannel para otimizar o atendimento aos pacientes, o laudo digital, a integração de sistemas para facilitar a troca de informações e o big data para organizar a coleta de dados.

Os avanços continuam a todo vapor, por isso o futuro da saúde ainda tem muitos passos para caminhar nesse trajeto. 

Expectativas quanto ao futuro da IoMT

futuro da iomt

Com a evolução da conexão 5G, a tendência é que a IoT apresente inovações, inclusive para a Internet das Coisas Médicas, por meio de operações móveis mais rápidas e práticas.

Além de novas soluções tecnológicas, os próximos anos podem facilitar a interoperabilidade de sistemas. A própria conexão 5G é um caminho para a integração entre sistemas e organizações.

Com isso, a troca de informações pode acontecer de maneira automática, com mais agilidade e precisão. 

No entanto, como qualquer tecnologia, a IoMT vem com seus desafios. Privacidade e segurança são grandes preocupações, dada a natureza sensível dos dados de saúde. 

Para resolver esses problemas, os profissionais de saúde devem implementar medidas de segurança robustas, incluindo criptografia de dados e autenticação segura do usuário. 

Conforme o avanço da tecnologia, novas medidas mais completas devem surgir, assim como normas, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e áreas específicas para o acompanhamento da segurança de dados. 

A usabilidade é outro desafio que deve ser ultrapassado conforme o conceito evolui, especialmente para pacientes mais velhos que podem não ter muita experiência em tecnologia. 

O design amigável e a educação adequada do paciente podem ajudar muito a resolver esse problema, simplificando o acesso para qualquer usuário. 

Na prática, como implementar a IoMT?

A implementação da IoMT pode variar de acordo com alguns fatores, como a tecnologia aplicada, o cenário da empresa, suas necessidades e objetivos.

Mas, de maneira geral, existem passos práticos que simplificam essa missão. Anote os principais:

  • avalie o contexto da empresa;
  • análise possíveis desafios para a implementação;
  • considere as soluções disponíveis de acordo com as necessidades do negócio;
  • configure e teste as ferramentas escolhidas, além de capacitar o time para utilizá-las;
  • monitore os resultados após a implementação das tecnologias a partir da análise de indicadores previamente definidos.

Tecnologias TOTVS para o segmento de Saúde

Entre as tecnologias para o segmento de saúde, a TOTVS desenvolveu um ERP específico para o setor, com funcionalidades criadas para aumentar a produtividade e a eficiência da sua instituição.

Com o sistema, você consegue integrar informações, controlar custos e padronizar processos, garantindo a interoperabilidade com a troca de dados entre diferentes setores.

A solução especializada da TOTVS permite revolucionar a rotina de atendimentos na instituição, com ferramentas voltadas para a administração, o compliance e o financeiro, assim como para o business performance.

Conheça as soluções da TOTVS para a área da saúde e otimize seus atendimentos

Conclusão

A Internet of Medical Things, IoMT para simplificar, é cada vez mais uma aliada do segmento de saúde. 

Com dispositivos, soluções e sistemas que permitem a otimização de processos, desde o atendimento e diagnóstico do paciente até o tratamento e realização de procedimentos cirúrgicos, o conceito traz inúmeros benefícios.

Entre eles, a redução de custos, o diagnóstico precoce e o monitoramento em tempo real de pacientes, fatores que contribuem não apenas para o desenvolvimento da instituição, como também para o paciente em diversos sentidos, como a recuperação rápida.

Nesse contexto, sistemas como o ERP especializado da TOTVS tornam-se cada vez mais essenciais.

Para ficar por dentro das novidades que transformam o setor da saúde, não deixe de acompanhar o nosso blog e aproveite para saber mais sobre os sistemas para hospitais.

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