O leito hospitalar nunca foi tão disputado quanto em um momento de crise na saúde que pode ter vários fatores como os causados por uma pandemia. Se antes o problema era monitorar os leitos vagos para remanejá-los conforme necessário, agora o desafio é encontrar vagas disponíveis para que todos os pacientes recebam tratamento.
Neste artigo, falaremos sobre como o cenário dos leitos hospitalares se transformou no Brasil e quais as melhores estratégias para amenizar o problema da falta deles nos hospitais e equipamentos de saúde.
A gestão de leitos no Brasil
Segundo um estudo realizado pelo DRG Brasil em 2019, 28% dos leitos em hospitais privados estavam ociosos. Já no público, a porcentagem era de 80% das saídas analisadas. Esse cenário era causado por uma falta de gerenciamento de leitos hospitalares de forma adequada e previsão de alta no momento da admissão do usuário.
Segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), o índice de ocupação de leitos abaixo de 75% indica uma baixa utilização, além de ineficiência na gestão do hospital.
Por outro lado, a permanência desnecessária de um paciente no hospital pode causar diversos problemas, entre eles a falta de leitos disponíveis para o atendimento de quem realmente precisa. As consequências disso afetam não somente o paciente, como também prejudicam a organização administrativa da instituição.
Isso também pode acarretar consequências financeiras, já que a ocupação de um leito gera custos para a instituição. Por este motivo é essencial que existam programas de aprimoramento da produtividade que busquem melhorar constantemente a gestão hospitalar.
Indicadores de produtividade
Medir a produtividade dos leitos de um hospital pode não ser uma tarefa fácil, mas é necessária para entender se eles estão sendo bem utilizados e se a gestão de leitos está sendo eficaz. Para isso, é preciso utilizar um conjunto de indicadores:
Média de permanência
Podemos definir a média de permanência como a relação numérica entre o total de pacientes no dia em um período específico, e o total de doentes que tiveram alta ou chegaram a óbito.
A média de permanência pode variar de acordo com o diagnóstico do paciente. Portanto, quanto mais preciso e rápido for o diagnóstico levando em conta os serviços complementares, mais rápida será a rotatividade dos leitos.
Índice de renovação
Já o índice de renovação é a associação entre a quantidade de pacientes que tiveram alta durante um período específico e a quantidade de leitos postos à disposição no mesmo intervalo de tempo.
Sendo assim, a métrica que mede a renovação representa o mapa de leitos utilizados durante um período determinado para a análise e monitoramento.
Relação de profissionais por leito
Também é preciso identificar o número de profissionais de saúde disponíveis para o atendimento de cada leito hospitalar. Assim, é possível saber não somente quantos leitos estão disponíveis, como também se existem profissionais para atender os pacientes.
Isso porque mesmo que hajam leitos suficientes para o atendimento da demanda de doentes, também é necessário que o número de profissionais de saúde seja adequado para prestar atendimento aos pacientes.
A tecnologia atuando na gestão de leitos
Para que os leitos possam ser monitorados em tempo real é preciso contar com a ajuda da tecnologia. Atualmente, existem sistemas de gestão que fazem esse gerenciamento para que o planejamento estratégico hospitalar seja mais eficiente.
Isso é uma amostra de como a saúde digital veio para ficar.
Mesmo em épocas de crise, contar com um software de gestão pode contribuir para que o atendimento ao paciente seja mais rápido e eficiente. Entenda mais como um sistema como este pode ajudar os hospitais na gestão de leitos.
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