Forças de Porter: aumente a competitividade do seu negócio com análise de mercado

Equipe TOTVS | 17 março, 2023

Você está procurando maneiras de dar à sua empresa uma vantagem competitiva? Então, conhecer as forças de Porter é o caminho ideal.

Esse é um modelo de negócio desenvolvido especialmente para que empresas se protejam em um mercado cada vez mais competitivo.

Podemos dizer que, de forma simples, trata-se de uma evolução da análise SWOT, porém aplicada diretamente na competitividade de um negócio em seu mercado.

Neste artigo, você entenderá cada uma dessas 5 forças e o quanto elas são fundamentais para uma análise de negócios completa. 

Ao colocá-las na sua estratégia, você pode obter uma vantagem sobre seus concorrentes. 

Acompanhe até o final que teremos dicas de tecnologias que vão potencializar a aplicação dessa metodologia.

O que são as forças de Porter?

Forças de Porter é um conceito de análise interna e externa de determinado mercado, mas focado diretamente em aspectos de competitividade comercial.

O conceito foi desenvolvido pelo professor de negócios da Harvard Business School, Michael Porter. 

Ele compreendeu a necessidade de desenhar as forças competitivas inerentes às empresas.

Ao colocar as forças competitivas como pilares para a construção de uma estratégia, ele mudou a forma como o mercado enxerga as competências de cada negócio.

Seu trabalho foi publicado na revista de Harvard com o título: “Como as forças competitivas moldam a estratégia”.

De acordo com Porter, entender a concorrência como centro do planejamento é a melhor forma de se proteger e de se impor em um mercado.

Todos estão competindo pelos mesmos consumidores, então, entender o que funciona na captação e na retenção destes é o cerne das estratégias da metodologia.

Ele separou o conceito em 5 forças voltadas à competitividade para que seja feito um diagnóstico do potencial de lucro dentro de determinado mercado.

A comparação com a análise SWOT se justifica nas forças de Porter, pois ele entende na sua tese que fatores macroeconômicos e sociais impactam o mercado.

Apesar de considerar a relevância ampla dos assuntos externos, é no ambiente interno da empresa e do seu mercado que o método tem seu uso potencializado.

Isso porque Porter entende que o que está no microambiente tem mais chances de ser controlado, enquanto no macroambiente tudo é imprevisível.

Diante disso, conhecer cada uma das forças de Porter é fundamental para todo gestor que deseja tornar seu negócio mais competitivo junto aos seus pares.

Quais são as forças de Porter?

Apesar de ser uma tese extensa, Michael Porter eventualmente a resumiu em um diagrama de aplicação que concentra as 5 forças nos seguintes termos:

  • Ameaça de produtos/serviços substitutos;
  • Ameaça de entrada de novos concorrentes;
  • Poder de negociação dos clientes;
  • Poder de negociação dos fornecedores;
  • Rivalidade entre os concorrentes.

1. Ameaça de produtos/serviços substitutos

Essa força representa a ameaça de produtos ou serviços substitutos dentro de determinado mercado.

Exemplos para isso não faltam, sendo os mais lembrados o da Netflix, que veio substituir as locadoras, e a câmera fotográfica digital, que acabou com a Kodak.

Geralmente, essa ameaça tem correlação direta com os avanços tecnológicos, avanços estes que estão cada vez mais frequentes.

As inteligências artificiais têm evoluído muito rapidamente, o que é uma ameaça a vários produtos e serviços consolidados.

Assim, entender quais soluções podem substituir a sua é uma questão de sair na frente para se proteger ou para revolucionar seus produtos e serviços.

2. Ameaça de entrada de novos concorrentes

Alguns mercados são propícios à entrada de novos competidores, já que apresentam poucas barreiras.

Bens de consumo variados tendem a ter vários concorrentes, o que é uma ameaça difícil de contornar.

A solução é se diferenciar dos demais e se proteger de novos entrantes e isso tem conexão direta com as demais forças de Porter.

3. Poder de negociação dos clientes

Um mercado com muitos players dá ao consumidor um poder de negociação maior, já que é difícil implementar gatilhos de escassez, por exemplo.

Além disso, há outros fatores que definem o poder de negociação dos clientes, mas o principal é a sensação de custo-benefício.

Uma assinatura mensal de streaming por exemplo, pode sofrer aumento de preço sem que isso cause a desistência do consumidor, desde que ele perceba um valor maior na solução do que na mensalidade.

Mesmo que os concorrentes ofereçam preços menores, se a sua solução for percebida como superior, o cliente não tem tanto poder de barganha.

Por isso é importante estar muito atento não só aos preços do mercado, mas também à qualidade das entregas.

4. Poder de negociação dos fornecedores

Essa força é muito relevante, principalmente em mercados onde há poucas opções de fornecedores de qualidade.

Por conta disso, ter mais de um fornecedor é fundamental para que sua empresa consiga ter algum controle quanto a preços e prazos.

Do contrário, se o fornecedor tem poder sobre seu negócio, poderá ofertar os insumos nas condições que forem melhores para eles.

Lembrando que o preço de mercado é um guia, porém o que vai definir o poder de negociação é a relevância do seu negócio, permitindo até que consiga exclusividade em alguns casos.

5. Rivalidade entre os concorrentes

A concorrência entre as empresas é um dos pilares mais relevantes das 5 forças de Porter, já que é o ponto de maior competitividade.

Essa força considera a concorrência entre empresas existentes em um setor e analisa fatores como competitividade de preços e nível de inovação entre os competidores.

Compreender como essas forças trabalham juntas é essencial para criar estratégias eficazes para o sucesso nos negócios. 

Ao entender as cinco forças e como elas afetam seus negócios, você pode desenvolver estratégias para garantir que seus negócios prosperem quando confrontados com mudanças no seu mercado ou setor.

Como pode se notar, as 5 forças são complementares entre si, por isso todas devem ter bastante atenção durante as etapas de planejamento estratégico.

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Qual a importância das cinco forças competitivas de Porter para as empresas?

A internet ampliou muito o alcance das empresas em variados mercados, o que também expandiu a concorrência de forma considerável.

Antes, uma loja de roupas em uma cidade de médio porte concorria com os estabelecimentos em determinado raio.

Quando levamos isso para o e-commerce, a mesma loja de roupas vai concorrer com o Brasil inteiro, ou mesmo com o mundo todo.

Nesse contexto, as forças de Porter contribuem para separar os concorrentes diretos dos indiretos, bem como para entender onde focar suas ações.

Assim, saber as inovações do seu mercado com antecedência é fundamental para preparar sua solução e incorporá-las.

Na estratégia de Porter, a análise de produtos substitutos é importante, já que uma solução inovadora dá mais poder de barganha para os clientes.

No exemplo da Netflix, por que alguém alugaria um filme se por um preço um pouco maior tem acesso a vários?

Ou seja, pode parecer uma situação complexa, mas se for possível antevê-la, a locadora poderia oferecer planos de assinatura com entrega dos filmes.

Na verdade, isso realmente aconteceu e é estudo de caso em vários cursos de negócios, pois a Netflix ofereceu seus serviços para a Blockbuster, que recusou.

Se fosse feita uma análise das 5 forças de Porter nesse caso, a locadora poderia ter se antecipado e reestruturado sua operação para fazer parte dessa inovação.

Esses são alguns exemplos dos impactos que essas ameaças têm nos negócios, por isso analisá-las é algo importante para a longevidade de uma empresa.

É importante reforçar que é preciso associar essa metodologia a outras ferramentas de análise de mercado para ter de fato os dados necessários para formular estratégias bem-sucedidas.

Na prática, como usar as 5 forças de Porter?

Apesar de alguns exemplos já terem sido apresentados, é preciso entender como aplicar de fato essas forças no dia a dia da sua empresa.

Por ser um método analítico, é ideal que seja aplicado no momento de planejamento, para tomada de decisões mais assertivas.

Porém, o conceito pode ser implementado a qualquer momento e a seguir temos algumas dicas para isso.

Pesquise sobre o seu mercado

O mercado em que sua empresa está situada é o elemento vital para análise das forças de Porter, então o primeiro passo é realizar pesquisas constantes.

Isso serve para identificação de tendências, análise do comportamento dos consumidores, ações de concorrentes, entre outros itens de competitividade do setor.

Quanto mais dados de mercado você tiver, mais assertiva será a aplicação do método, então é importante que sua empresa seja data driven.

Estabeleça a estratégia competitiva da empresa

As empresas podem adotar várias estratégias competitivas para se adaptar ao cenário.

De acordo com Porter, 3 caminhos são os mais prolíficos a serem seguidos na hora de desenhar a estratégia:

O primeiro é chamado de liderança em custo, que basicamente implica em otimizar a produção e distribuição de forma que o produto ou serviço custe bem menos que dos concorrentes.

Dessa forma, o preço final pode ser menor sem que isso afete a lucratividade da empresa.

Outro caminho é a diferenciação, que trata de encontrar um elemento no seu setor de atuação onde sua empresa possa ser destaque.

A inovação é um item intrínseco a essa diferenciação. Ou seja, ao encontrar uma oportunidade de mercado, é possível aproveitá-la com sucesso.

Por fim, o terceiro caminho citado por Porter é o foco, que consiste em direcionar os esforços para um único nicho.

Essa é uma maneira de fugir da competitividade atuando em um ramo específico, com menos ameaças.

Nesse ponto, o número de consumidores em potencial diminui, porém é mais fácil conseguir ser dominante no nicho em questão.

Certifique-se de incluir a análise de Porter no planejamento estratégico

Planejar sem considerar as 5 forças de Porter pode levar a empresa para um caminho difícil de ser manobrado posteriormente.

Alguns mercados são mais competitivos que outros, e um mísero erro estratégico pode fazer com que uma empresa seja engolida pelos concorrentes.

Usar a análise como base do planejamento permite a criação de estratégias para atrair mais clientes, diferenciar sua marca, investir em inovações, entre outras decisões.

Decida como lidar com as forças

A melhor forma de lidar com as forças é proteger seus pontos fracos e impulsionar os atributos.

Por exemplo, às vezes não é possível reduzir os custos operacionais, por ter pouco poder de negociação com os fornecedores, então é preciso atacar em outras frentes.

O objetivo é fazer com que seu negócio seja menos vulnerável a essas ameaças para não ficar atrás na competição.

É natural que os concorrentes ataquem os pontos fracos da sua empresa, por isso é preciso ter contra-golpes eficientes.

Se o seu produto é mais caro que os demais, é fundamental que tenha um diferencial que justifique tal valor, por exemplo.

Nesse sentido, optar por um foco em nicho pode ser a estratégia mais interessante, uma vez que é possível explorar em mais detalhes os atributos do produto/serviço.

5 forças de Porter: exemplos de empresas que utilizam essa estratégia

Para ficar devidamente esclarecido, nada melhor que mostramos exemplos reais de grandes marcas que utilizam a estratégia na sua gestão, confira:

Cacau Show

A empresa é uma das líderes no mercado brasileiro no seu setor e opta por uma diferenciação em seus produtos.

São chocolates de maior valor agregado, que prometem uma entrega de maior qualidade, diferenciando-se de produtos industriais populares.

A grande aposta da marca é a constante ampliação do seu mix de produtos, sempre prezando pela qualidade, mas ainda mantendo preços competitivos.

Outra sacada da empresa foi trabalhar nas embalagens e apresentação, o que torna seus produtos ótimas opções de presente.

O lançamento mais recente da empresa são as lojas conceito, focadas na experiência dos clientes.

Netflix

Já citada por aqui, a Netflix ingressou no mercado como produto substituto e correu praticamente sozinha por muito tempo no seu segmento.

A princípio, a empresa trabalhava com catálogo de filmes e séries de outras produtoras, mas já sabia que isso era uma desvantagem competitiva.

Por depender de filmes de terceiros, a empresa era controlada por seus fornecedores, o que era uma ameaça para o longo prazo.

A solução da Netflix foi focar em produções originais e desenvolveu assim propriedades intelectuais relevantes no mercado, como Orange Is The New Black, House of Cards e um de seus maiores sucessos, Stranger Things.

Dessa forma, a empresa deixa de depender de seus fornecedores para produzir e se destacar da concorrência.

Coca-Cola

A Coca-Cola dispensa comentários sobre sua capacidade estratégica, mas isso não livra a empresa das ameaças propostas por Porter.

Existem algumas ameaças claras que são outras bebidas que não refrigerantes, como sucos e águas gaseificadas.

Isso porque existe um entendimento quanto aos perigos do excesso de refrigerante para saúde, principalmente para crianças, o que implica em ameaças a Coca-Cola.

Para se precaver quanto a esses possíveis substitutos, a empresa cria suas próprias linhas ou adquire produções menores e as incorpora ao seu catálogo.

O maior exemplo disso foi a aquisição das marcas Del Valle e Ades, produtoras de sucos, e assim a Coca-Cola Company passa a atender essa fatia de mercado.

Starbucks

A Starbucks cresce exponencialmente no mercado e suas estratégias são focadas na ampliação da suas linhas de produtos.

Não só isso, uma outra aposta da empresa foi em cápsulas para serem utilizadas nas cafeteiras expressas caseiras.

Isso expande a atuação da marca e a diferencia no mercado, e assim, os  consumidores podem ter a experiência de saborear as bebidas no local e ainda levar cápsulas para casa.

Em outra força de Porter analisada pela empresa, a busca foi no sentido de conseguir aumentar seu poder de barganha junto aos fornecedores.

O café colombiano é um dos de maior qualidade, então são fundamentais para o nível de produção atual do Starbucks.

Portanto, um dos grandes focos da empresa foi conseguir garantir grãos mais baratos da Colômbia para não perder competitividade.

Avon

A empresa de cosméticos sempre usou o modelo de vendas diretas como seu principal fator de impulsionamento.

Por anos, houve pouca concorrência, algo que mudou nos últimos tempos, principalmente com marcas internacionais chegando por meio da internet.

Então, segundo análise das estratégias de Porter, o foco da Avon foi continuar lançando produtos para diversificar suas linhas.

Produtos de maior valor agregado passaram a integrar os catálogos, sem que isso removesse as linhas clássicas.

Dessa forma, a empresa cresceu a sua base de consumidores potencial e aumentou sua fatia de mercado

Essa relevância é o que permite também um poder maior de barganha junto aos fornecedores, e isso é uma das forças da empresa.

Apple

A Apple é constantemente impactada por várias questões de mercado, como pirataria e crescimento de aparelhos Android.

Por um bom tempo, o principal concorrente era a Samsung, mas nos últimos anos, gigantes chinesas como a Xiaomi e Huawei entraram fortes no mercado.

Dessa forma, apesar do carro chefe da empresa ser o smartphone, ela percebeu que precisava se destacar em outras frentes.

Por isso, a “maçã” focou no segmento de tablets, em que o iPad reina absoluto, principalmente com as soluções oferecidas para designers, ilustradores, projetistas, arquitetos, entre outros do tipo.

Atualmente, os iPads são ferramentas de produção artística altamente eficientes, o que coloca a marca na liderança deste segmento.

Aumente a competitividade da sua empresa com as soluções da TOTVS

Para aplicar as forças de Porter é necessário uma tecnologia robusta baseada em big data e com ferramentas eficientes para análise das ameaças do seu mercado.

As soluções da TOTVS foram desenvolvidas especificamente para aumentar o poder competitivo das empresas.

São soluções configuráveis e constantemente atualizadas para atender todo tipo de setor.

Os sistemas de ERP da TOTVS atuam em todas as áreas de uma empresa para facilitar a identificação dos pontos fortes e usar dados para compreender as ameaças do mercado.

Veja os detalhes das nossas soluções e potencialize a competitividade do seu negócio.

Conclusão

As 5 forças de Porter, desde sua concepção, tinham como objetivo colocar a competitividade como centro da análise de negócios.

Foi com essa linha estratégica que marcas renomadas atingiram o topo de seus respectivos mercados.

Sua aplicação é possível em várias frentes, principalmente com o auxílio de soluções tecnológicas robustas.

As soluções da TOTVS têm esse trunfo: agregar recursos ideais para desenvolvimento de estratégias mais competitivas.

Saiba como implementar sistemas TOTVS e destaque seu negócio no mercado. 

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