Imagine se você pudesse prever as inovações que vão transformar o mercado antes da concorrência. Infelizmente, não existe bola de cristal capaz de fazer isso, mas acompanhar de perto as tendências tecnológicas para 2026 pode ajudar.
E a urgência para agir está cada vez mais evidente.
Segundo as previsões da Forrester para 2026, um quarto (25%) dos CIOs deve ser chamado para recuperar projetos de IA liderados pelo negócio que não entregaram o esperado.
Além disso, dois terços (cerca de 67%) precisarão justificar seus orçamentos conectando o investimento em tecnologia a valor real para a empresa.
Na prática, isso reforça que a tecnologia deixou de ser apenas uma agenda operacional: ela se consolida como um tema estratégico, com impacto em competitividade, produtividade e crescimento sustentável.
É aqui que as tendências ganham protagonismo. Neste conteúdo, você encontra 12 tendências tecnológicas para preparar o seu negócio para o que vem pela frente.
Pronto para mergulhar no futuro da tecnologia?
12 tendências tecnológicas em alta no ano de 2026
Acompanhar as inovações que moldam o mercado é essencial para estruturar uma operação mais estratégica e manter a competitividade.
Em 2026, essa necessidade fica ainda mais evidente, já que tecnologias como IA, nuvem, cibersegurança e novas arquiteturas digitais avançam em ritmo acelerado e impactam decisões de negócio.
Por isso, reunimos 12 tendências tecnológicas em alta, conforme as previsões de tendências tecnológicas em 2026 do Gartner e outras referências que validam o cenário.
Entenda o que está ganhando tração, o que exige atenção imediata e como essas mudanças podem se traduzir em inovação prática no seu negócio.
Confira a seguir.
1. Copilotos de IA generativa
Os copilotos de IA generativa ganham espaço em 2026 porque representam a forma mais concreta de transformar IA em produtividade diária.
Em vez de depender de ferramentas isoladas ou experimentos pontuais, o que o mercado está vendo é a IA sendo embutida no fluxo de trabalho, apoiando equipes com sugestões, resumos, geração de conteúdo e aceleração de tarefas repetitivas em áreas como:
- Desenvolvimento;
- Jurídico;
- Finanças;
- Gestão de projetos.
A Forbes Brasil destaca que esses copilotos estão evoluindo de pilotos para adoção operacional e lembra projeções da IDC que apontam a integração de assistentes de IA em 80% dos aplicativos corporativos até 2026.
Para o seu negócio, isso significa uma mudança bem prática: o valor da IA passa a estar menos na tecnologia em si e mais em como ela se integra aos processos de ponta a ponta.
2. Agentes de IA (sistemas multiagentes)
Talvez você estranhe ainda ver agentes de IA em uma lista de tendências tecnológicas para 2026. Mas o que muda agora é a escala e a autonomia: os agentes deixam de apenas sugerir e passam a executar etapas inteiras de processos, cooperando entre si.
Não por acaso, o Gartner inclui os sistemas multiagentes entre suas prioridades estratégicas para 2026. A previsão da consultoria é que, até 2028, pelo menos 15% das decisões cotidianas no trabalho sejam tomadas por agentes de IA.
Isso representa um avanço significativo na autonomia dessas soluções e pode trazer benefícios importantes para as empresas, como:
- Agilidade nos processos;
- Ganho de produtividade operacional;
- Impulso para a inovação em diversos setores.
Se 67% dos CIOs precisam justificar orçamento por valor de negócio, as previsões da Forrester para 2026 — destacadas logo no início deste conteúdo — reforçam que esse ano será menos sobre experimentar e mais sobre provar impacto.
3. Plataformas de segurança para IA
À medida que a IA generativa e os agentes ganham espaço real nas operações, cresce também uma nova superfície de risco.
É por isso que as plataformas de segurança para inteligência artificial entram como tendência de 2026: elas ajudam empresas a proteger aplicações de terceiros e modelos internos com uma camada unificada de visibilidade, políticas e monitoramento.
O Gartner coloca as “AI Security Platforms” entre as principais tendências estratégicas de 2026, justamente porque ameaças como vazamento de dados, uso indevido de modelos e ataques de prompt exigem controles específicos que a segurança tradicional não cobre com a mesma precisão.
Um exemplo real disso foi o incidente divulgado pela Anthropic, criadora do chatbot Claude: em meados de setembro de 2025, cibercriminosos exploraram capacidades agentivas para tentar se infiltrar em cerca de trinta alvos globais, com sucesso em alguns casos.
Segundo o relatório, a IA executou a maior parte do trabalho tático, em torno de 80% a 90%.
4. Plataformas de desenvolvimento nativas de IA
Se antes a IA era usada para acelerar tarefas isoladas de programação, agora ela começa a redefinir como softwares são criados.
As plataformas de desenvolvimento nativas de IA são tendência em 2026 porque combinam automação, geração de código, testes e prototipação com conhecimento do domínio de negócio, reduzindo tempo de entrega e aumentando a capacidade de inovação.
O Gartner aponta que equipes menores podem construir mais aplicações ao trabalhar lado a lado com especialistas de negócio, com a IA como parte do próprio ambiente de desenvolvimento.
5. Modelos de linguagem específicos de domínio (DSLMs)
Em 2026, os modelos de linguagem específicos de domínio (DSLMs) ganham destaque porque resolvem uma frustração comum no uso corporativo de IA: modelos genéricos nem sempre entendem a linguagem, as regras e os riscos de cada setor.
O Gartner explica que os DSLMs são treinados ou ajustados com dados de uma indústria, função ou processo, entregando mais precisão, menor custo e melhor conformidade em tarefas especializadas.
Esse salto de qualidade ajuda a transformar IA em vantagem, especialmente quando combinada com agentes, que dependem de contexto confiável para executar processos mais complexos com segurança.
O próprio Gartner indica que a especialização será a regra, ao prever que mais da metade dos modelos de IA generativa usados por empresas será de domínio específico nos próximos anos.
6. Plataformas de nuvem especializadas por setor
As plataformas de nuvem especializadas por setor (ICPs) ganham protagonismo em 2026 porque traduzem cloud em valor direto para cada cadeia produtiva.
Em vez de uma nuvem genérica, essas ofertas combinam infraestrutura, aplicativos e modelos de dados prontos para áreas como saúde, finanças e indústria.
Na visão de Milind Govekar, vice-presidente e Analista Distinto do Gartner:
“As empresas estão investindo ativamente em tecnologia de nuvem devido ao seu potencial para promover inovação, criar perturbações no mercado e aumentar a retenção de clientes para obter vantagem competitiva”, diz.
A consultoria afirma que, até 2028, a nuvem deixará de ser uma tecnologia disruptiva para se tornar uma necessidade competitiva.
7. Confidential Computing
Com a IA avançando e a nuvem se tornando base de competitividade, proteger dados sensíveis ganha outra camada de complexidade. Por isso o “confidencial computing” (computação confidencial) entra como tendência tecnológica em 2026.
A proposta é simples de entender e poderosa na prática: garantir segurança não só quando os dados estão armazenados ou em trânsito, mas enquanto estão sendo processados.
Na prática, essa estratégia ajuda empresas a reduzir risco em ambientes híbridos e multi-cloud e a viabilizar usos mais ambiciosos de IA com privacidade e conformidade.
8. IA física
Depois dos copilotos e agentes, 2026 marca a consolidação da IA que também atua no mundo real.
A IA física combina modelos avançados com sensores, robôs, drones e equipamentos inteligentes capazes de perceber o ambiente, decidir e executar tarefas com mais autonomia.
O salto desta vez é de flexibilidade: saem soluções rígidas e entram sistemas que se adaptam melhor a contextos dinâmicos de fábrica, logística, manutenção e varejo.
A Forbes Brasil reforça esse movimento ao apontar que, após o boom dos chatbots, a IA começa a ganhar “corpo” por meio da robótica, com um mercado que pode chegar a 735 bilhões de dólares até 2035.
9. Geopatriação
Em 2026, a geopatriação ganha força porque a estratégia de dados e de IA passa a conviver com exigências regulatórias, riscos geopolíticos e expectativas de soberania digital.
O Gartner coloca a geopatriação no ranking de tendências estratégicas do ano para descrever o movimento de distribuir e realocar dados, aplicações e cargas de trabalho conforme regras locais, cenários de risco e necessidades de continuidade.
Para empresas com operações multinacionais ou cadeias complexas, isso significa que a decisão sobre onde processar dados e treinar modelos deixa de ser apenas técnica. Ela se torna uma escolha de negócio que envolve compliance, segurança e resiliência operacional.
Os passos práticos, portanto, são mapear dados sensíveis, definir políticas de residência e desenhar arquiteturas multi-cloud e híbridas preparadas para mudanças rápidas de cenário.
10. Criptografia pós-quântica
A computação quântica ainda está em evolução, mas a preparação entra de vez no planejamento de 2026.
A Exame destaca a computação quântica útil como uma das forças tecnológicas do ano, com potencial de impacto prático em finanças, logística e pesquisa.
Por sua vez, a Forbes Brasil reforça o alerta de segurança associado a esse avanço, apontando que 2026 marca o momento de iniciar a migração para modelos de criptografia resistentes à computação quântica.
Para seu negócio, isso se traduz em um passo bem objetivo: mapear onde a criptografia está presente em sistemas, integrações e processos críticos e construir um plano de atualização progressivo, reduzindo riscos futuros sem travar a inovação no presente.
11. Plataformas de supercomputação com IA + arquiteturas híbridas
A IA mais madura de 2026 exige infraestrutura capaz de escalar com desempenho, governança e custo controlado.
É por isso que as plataformas de supercomputação com IA aparecem como tendência tecnológica, combinando computação de alto desempenho, aceleradores especializados e orquestração para treinar e executar modelos com eficiência.
O Gartner também destaca esse tema entre as tendências estratégicas de 2026 e o conecta ao avanço das arquiteturas híbridas, que unem nuvem, data centers próprios e, quando necessário, edge, para equilibrar latência, sensibilidade dos dados e investimento.
Para o seu negócio, a mensagem é clara: muitas iniciativas de IA só ganham escala real quando a base de dados, a segurança e a infraestrutura trabalham juntas, com uma arquitetura desenhada para o seu contexto operacional e regulatório.
12. Proveniência digital
Com a explosão de conteúdos e decisões orientadas por IA, a confiança no que é verdadeiro passa a ser um diferencial competitivo.
A proveniência digital cresce com força em 2026 para ajudar empresas a verificar origem, autoria e integridade de dados, softwares e informações, reduzindo o risco de fraudes, manipulações e uso indevido de conteúdo sintético.
O Gartner inclui a proveniência digital entre as tendências estratégicas de 2026 ao lado de outras frentes voltadas à confiança, governança e segurança.
Na prática, isso se conecta à rotina do seu negócio por meio de trilhas de:
- Auditorias mais robustas;
- Validação de documentos;
- Rastreabilidade de conteúdo.
Esses e outros elementos contribuem para fortalecer compliance, reputação e decisões baseadas em dados.
E por falar nisso…
Assinatura Eletrônica da TOTVS
Outro destaque entre as tendências tecnológicas é a assinatura eletrônica, solução que já conquistou espaço em muitas empresas como grande aliada nos processos diários.
Além de permitir agilidade em tarefas burocráticas, essa tecnologia ainda traz maior segurança e praticidade para a assinatura de documentos.
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O sistema conta com módulos de assinatura e devolução de documentos, confirmação e validação de assinaturas, gestão dos processos e muito mais.
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Conclusão
Acompanhar as tendências tecnológicas exige atenção e análise estratégica para adaptar as soluções ao contexto do seu negócio.
Estar atento às inovações, como as apresentadas ao longo deste conteúdo, permite que a sua empresa aproveite oportunidades de crescimento, inovação e fortalecimento de posição no mercado.
Para se manter competitivo, é essencial investir continuamente em tecnologia, capacitação e inovação.
Acompanhe o blog da TOTVS para ficar por dentro das novidades do mercado e conferir dicas exclusivas para aplicar no seu negócio. Que tal começar com o nosso conteúdo sobre gestão da inovação?
Perguntas frequentes (FAQ)
Quais tendências tecnológicas de 2026 são prioridade para empresas?
As prioridades de 2026 tendem a ficar onde há impacto mensurável no curto e médio prazo. Em geral, vale focar primeiro em IA aplicada ao dia a dia, com copilotos e agentes de IA, apoiados por modelos de linguagem específicos de domínio.
Em paralelo, entram as camadas de confiança e proteção, como plataformas de segurança para IA, computação confidencial e proveniência digital.
Na base dessa evolução está a modernização de arquitetura, com nuvem especializada por setor e ambientes híbridos preparados para escalar dados e IA.
Para empresas mais reguladas, geopatriação e preparação para criptografia pós-quântica também sobem de prioridade.
Como começar com agentes de IA?
O melhor caminho é começar com um processo bem definido e alto volume de repetição, como rotinas de atendimento, backoffice financeiro ou suporte interno. Em seguida, organize os dados que alimentam esse fluxo e estabeleça regras claras de aprovação e auditoria.
Use copilotos como etapa de transição, antes de delegar execução a agentes, e defina métricas de valor desde o início, como redução de tempo, retrabalho e custos operacionais.
Por fim, implemente governança e segurança específicas para IA para controlar autonomia, permissões e integridade das ações. Assim, você evolui com foco em resultados.
Por que nuvem vira decisão estratégica até 2028?
A nuvem se tornou a base prática para competir em velocidade, escala e eficiência. A adoção em cloud não sustenta apenas infraestrutura, ela viabiliza modernização de sistemas, integração de dados e uso de IA com segurança e performance.
Além disso, a pressão por conformidade, resiliência e soberania de dados exige decisões que envolvem liderança, finanças e governança, não só TI.
Em um cenário em que plataformas de nuvem por setor aceleram resultados e arquiteturas híbridas continuam relevantes, a estratégia de cloud passa a definir o ritmo de inovação do negócio e a capacidade de responder às mudanças do mercado.
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