Prevenção de doenças ocupacionais: confira 12 dicas

Equipe TOTVS | 13 julho, 2023

A prevenção de doenças ocupacionais é uma obrigação de todas as empresas, algo inegociável. O seu negócio já possui um plano atualizado, amplo e rigoroso para evitar doenças do trabalho?

Esse termo, “doença ocupacional”, não é novidade. É comum ouvi-lo ecoar nas discussões corporativas de saúde e segurança. É um assunto sério, que exige um discurso firme e ações preventivas eficazes.

Na prática, elas possuem uma forte influência no ecossistema corporativo.

Assim como uma pessoa tem seu próprio caráter, toda organização possui desafios únicos relacionados à saúde, abrangendo aspectos físicos, psicológicos e ambientais.

Essas condições se originam ou se agravam no ambiente de trabalho devido a uma série de fatores, da repetição de tarefas até o manuseio de produtos químicos.

E muitos deles, à primeira vista, podem parecer apenas “riscos sutis”, mas saiba que os seus efeitos cascata influenciam significativamente a produtividade, a satisfação dos funcionários e o desempenho geral dos negócios.

Ou seja, entender quais são e como realizar a prevenção de doenças ocupacionais é fundamental. Mas como fazer isso?

É o que desvendamos neste conteúdo, em que vamos explicar como prevenir doenças ocupacionais com 12 táticas abrangentes e eficazes. Vamos lá?

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O que são doenças ocupacionais?

Doenças ocupacionais podem ser definidas como problemas de saúde que ocorrem devido às condições específicas do trabalho de uma pessoa ou à natureza da sua função profissional.

Fundamentalmente, elas estão ligadas à atividade profissional e são desencadeadas ou intensificadas pelas circunstâncias em que o trabalho é realizado.

Na prática, as manifestações dessas condições variam de forma ampla.

Em pessoas cujo trabalho envolve movimentos repetitivos em excesso com as mãos, é possível ver o desenvolvimento da síndrome do túnel do carpo.

Já em outros casos, ambientes de trabalho de alta pressão e cobrança podem resultar em problemas psicológicos, como a síndrome de burnout.

Fatores ambientais, como exposição contínua a substâncias tóxicas, também podem ocasionar certas doenças peculiares a indústrias específicas.

E veja bem: o impacto das doenças ocupacionais é profundo. Afeta não apenas a saúde do indivíduo, mas sua produtividade, moral e qualidade de vida em geral.

De acordo com dados do governo, de 2007 a 2020, o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) registrou quase 95 mil casos de LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), bem como quase 13 mil ocorrências de transtornos mentais relacionados ao trabalho.

Em uma perspectiva organizacional mais ampla, tais situações podem impactar negativamente vários dos indicadores de qualidade em uma empresa.

Entre eles, o maior absenteísmo, custos com saúde, sem mencionar o baque negativo na reputação da empresa.

Portanto, reconhecer, tratar e aplicar programas de prevenção de doenças ocupacionais é essencial para manter um ambiente de trabalho saudável, produtivo e positivo.

Aqui, vale um parêntesis: é necessário não somente ter uma visão prática do tema, mas também legal.

De acordo com o artigo 20 da lei nº 8.213 de 1991 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as doenças ocupacionais são classificadas em dois tipos:

  • Doença ocupacional: produzido ou desencadeado pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade e constante de lista elaborada pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.
  • Doença relacionada ao trabalho: adquirido ou desencadeado em decorrência das condições especiais em que o trabalho é realizado e diretamente relacionado a ele.

Ou seja, diante do ponto de vista legal, as empresas possuem uma grande responsabilidade em garantir que seus ambientes de trabalho sejam saudáveis em todos os aspectos possíveis.

Quais são as principais doenças ocupacionais?

Um bom programa de prevenção de doenças ocupacionais é, além de tudo, amplo. Afinal, existem diversos tipos e modalidades de enfermidades que os funcionários estão sujeitos.

E mais: um profissional que trabalha exclusivamente em um escritório enfrenta riscos diferentes de um colaborador no chão de fábrica.

É por isso que, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, é obrigatório que toda empresa possua um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

A seguir mostramos os quatro principais tipos de doenças ocupacionais e suas definições:

Doenças por esforços repetitivos

Essa categoria inclui condições causadas por movimentos físicos repetidos que sobrecarregam o corpo ao longo do tempo.

São doenças e males comuns em profissões que exigem ações repetitivas contínuas, como digitação ou funções de linha de montagem.

Exemplos incluem síndrome do túnel do carpo, tendinite e bursite.

Eles geralmente resultam em dor, dormência e diminuição da capacidade de realizar tarefas, o que afeta diretamente a qualidade do trabalho e a produtividade.

Doenças Auditivas

As doenças auditivas ocupacionais são principalmente o resultado da exposição prolongada a ruídos altos no local de trabalho.

A perda auditiva induzida por ruído (PAIR) é uma das enfermidades mais comuns, e afeta principalmente pessoas em setores como construção, manufatura e eventos de música.

O tinnitus é um desses problemas em potencial, que causa um zumbido persistente nos ouvidos.

Doenças Respiratórias

São enfermidades que ocorrem devido à inalação de substâncias nocivas no trabalho.

As profissões que envolvem trabalhar com produtos químicos, poeira ou partículas transportadas pelo ar são as de maior risco.

Algumas dessas doenças incluem asma ocupacional, pneumoconiose (causada pela inalação de poeira) e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

São males graves, que podem comprometer a saúde dos profissionais, limitando sua capacidade de trabalho do funcionário e impactando em sua qualidade de vida.

Doenças Psicossociais

Essa categoria inclui transtornos mentais e emocionais causados pelo estresse ocupacional.

Os mais prevalentes no local de trabalho moderno incluem a síndrome de burnout, transtornos de ansiedade e depressão.

Fatores como alta carga de trabalho, longas jornadas de trabalho, falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal e diferentes tipos de assédios contribuem para o desenvolvimento dessas condições.

Eles não afetam apenas a saúde mental do indivíduo, mas também se manifestam como sintomas físicos.

Entre outras coisas, podem causar absenteísmo e a diminuição do desempenho profissional.

12 práticas para a prevenção de doenças ocupacionais

A prevenção de doenças ocupacionais é essencial no esforço de manter uma força de trabalho feliz, saudável e produtiva ao máximo.

E saiba que é uma missão da sua empresa assegurar isso — bem como da maneira que a cultura organizacional é definida.

A seguir, separamos 12 dicas indispensáveis para organizações que querem melhorar a qualidade de vida de seus funcionários. Confira:

1. Garantir uma estrutura de trabalho adequada

O ambiente de trabalho desempenha um papel significativo na saúde e no bem-estar dos funcionários.

Garantir uma estrutura de trabalho adequada significa fornecer estações de trabalho ergonômicas, manter espaços limpos e bem ventilados, reduzir os níveis de ruído e ter iluminação adequada.

Ainda sobre ergonomia: móveis ergonômicos (como cadeiras, mesas, etc) podem ajudar a prevenir distúrbios musculoesqueléticos, enquanto um ambiente limpo reduz a exposição a substâncias nocivas, minimizando assim o risco de doenças respiratórias.

2. Padronizar processos 

Estabelecer processos padronizados ajuda a minimizar o risco de acidentes e lesões por esforço repetitivo.

Por exemplo, os procedimentos operacionais padrão (SOPs) descrevem a maneira correta de executar tarefas, o que ajuda os funcionários a evitar posturas ou movimentos incorretos que podem causar lesões.

Essa abordagem também reduz a incerteza e a confusão no local de trabalho, bem como diminui os níveis de estresse e o risco de doenças psicossociais.

3. Estar em conformidade com as Normas Regulamentadoras

A conformidade com os padrões regulatórios estabelecidos na Norma Reguladora 32 (NR 32) é outro ponto necessário.

Afinal, são as normas relativas à saúde ocupacional

O local de trabalho e todos os acessórios, processos e materiais usados devem estar de acordo com suas diretrizes, que estabelecem a segurança mínima de acessórios, maquinários e equipamentos em geral.

4. Informar sobre os riscos existentes

A conscientização é um fator importante na prevenção de doenças ocupacionais.

As empresas precisam garantir que sua força de trabalho esteja corretamente informada sobre todos os riscos potenciais associados às suas funções.

A transparência é um ponto positivo, pois dá aos envolvidos a informação necessária para que sejam cuidadosos ao exercer suas funções.

5. Oferecer treinamento aos colaboradores

Que o treinamento é um aspecto-chave para a qualificação de colaboradores, você já sabe.

O que acontece é que esse tipo de capacitação deve incluir também a saúde e segurança ocupacional.

Esses programas podem incluir treinamentos, workshops e palestras em temas como:

  • saúde mental no trabalho;
  • técnicas de gerenciamento de estresse;
  • manuseio seguro de materiais perigosos;
  • uso adequado de equipamentos de proteção;
  • práticas de prevenção, segurança e primeiros socorros;
  • para citar alguns.

Aqui, vale citar o SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), um evento anual obrigatório que tem como objetivo conscientizar funcionários sobre os riscos de acidentes no trabalho.

6. Investir em ergonomia 

Ergonomia é a ciência de projetar o trabalho, equipamentos e local de trabalho para atender ao trabalhador.

Seu objetivo é reduzir o estresse e eliminar lesões associadas ao uso excessivo dos músculos, má postura e tarefas repetidas.

Assim, investir em ergonomia significa adequar estações de trabalho, selecionar ferramentas e equipamentos ideais e projetar processos que se alinhem com as capacidades e limitações dos trabalhadores.

Para prevenção de doenças ocupacionais e ergonomia, o indicado é realizar uma avaliação para listar os fatores de risco e, então, alterar aspectos do ambiente e dos processos organizacionais.

Mudanças simples como cadeiras ajustáveis, teclados ergonômicos e iluminação adequada podem diminuir significativamente o risco de doenças ocupacionais.

7. Fornecer os EPIs necessários

EPI são os Equipamentos de Proteção Individual.

Na prática, se tratam de roupas de proteção, capacetes, óculos, protetores auriculares ou outros equipamentos projetados para proteger o corpo contra lesões de qualquer espécie.

A depender do tipo de atividade realizada, é missão da empresa fornecer EPI adequado aos funcionários — de maneira gratuita e com devido treinamento sobre como usá-lo corretamente.

O EPI deve ser bem mantido e substituído quando não fornecer mais proteção adequada.

8. Promover o diálogo constante com a equipe

A comunicação regular com seu time é um aspecto indispensável na prevenção de doenças ocupacionais.

A missão da empresa é criar um ambiente seguro e aberto onde os funcionários possam compartilhar suas preocupações sobre sua saúde e segurança no trabalho sem medo de retaliação.

Reuniões regulares de equipe, sessões de feedback e sugestões são ferramentas valiosas para promover o diálogo.

9. Incentivar a realização de exames médicos 

Exames médicos periódicos podem ajudar a detectar doenças ocupacionais em seus estágios iniciais, tornando-as mais fáceis de tratar e gerenciar.

Além dos exames admissionais, obrigatórios para qualquer contratação no regime CLT, é indicado que as organizações incentivem seus funcionários a realizar check-ups de saúde regulares — especialmente com a oferta de planos de saúde.

A detecção precoce também pode evitar mais complicações de saúde, reduzir o absenteísmo e melhorar a produtividade geral.

10. Desenvolver ações de ginástica laboral

A ginástica laboral é um conjunto de atividades físicas realizadas durante o horário de trabalho.

Visa melhorar a condição física do colaborador, de modo a reduzir o risco de lesões e doenças relacionadas ao sistema musculoesquelético.

As ações podem variar de pequenos intervalos de alongamento a exercícios em grupo organizados e conduzidos por um profissional.

Por exemplo, atividades simples como girar o pescoço, encolher os ombros ou alongar os pulsos podem ajudar a prevenir lesões por esforço repetitivo.

Para aqueles em funções fisicamente exigentes, exercícios de fortalecimento direcionados a grupos musculares específicos podem ser benéficos.

11. Promover a saúde mental dos funcionários

No ambiente de trabalho atual, falar sobre a saúde mental é mais importante do que nunca.

Hoje, já existe um reconhecimento tácito de que esse é um aspecto vital para a manutenção de um local de trabalho próspero.

Mas como promover esse aspecto?

Primeiro, com a criação de um ambiente de apoio e inclusão, onde os funcionários se sintam seguros e ouvidos.

Isso pode envolver check-ins regulares, promoção de uma cultura aberta sobre questões de saúde mental e garantia do work-life balanceo equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.

12. Estimular a prática de hábitos saudáveis

Incentivar os colaboradores a praticar hábitos saudáveis é uma forma proativa de prevenir doenças ocupacionais.

Mas como fazê-lo?

Bom, o primeiro passo é mudar internamente a forma como a organização vê o assunto.

Ou seja, fornecer lanches saudáveis na sala de descanso ou mesmo gamificar uma competição de quem mais vezes foi à academia no ano são boas formas de incentivar o pessoal.

Além disso, indicamos incentivar pausas regulares, promover horários de trabalho flexíveis ou oferecer a opção do trabalho remoto. 

TOTVS RH Medicina e Segurança do Trabalho

Garantir a prevenção de doenças ocupacionais é um processo complexo.

Requer a compreensão dos riscos potenciais em seu ambiente, diligência ao aplicar estratégias de prevenção de doenças associadas ao trabalho — tudo dentro das normas regulamentadoras e leis vigentes.

Ou seja, muitos elementos para equilibrar, concorda?

É aqui que um sistema como o TOTVS RH Medicina e Segurança do Trabalho pode virar o jogo.

A solução da TOTVS é um sistema completo desenvolvido para ajudar você a gerenciar com eficiência todos os processos relacionados à Medicina e Segurança do Trabalho.

Além de ajudá-lo a cumprir 100% as leis trabalhistas brasileiras, ele também se integra perfeitamente a outras soluções TOTVS, o que possibilita uma abordagem holística para suas operações de negócios.

Mas o que o sistema faz?

Essencialmente, ajuda seu negócio a gerenciar programas de saúde ocupacional, planejar o gerenciamento de riscos, agendar exames periódicos de saúde e muitas outras tarefas cruciais.

Ao agilizar esses processos, você pode garantir a segurança de sua força de trabalho, mantê-la saudável e, consequentemente, aumentar a produtividade.

Então, por que esperar? Saiba mais sobre como o TOTVS RH Medicina e Segurança do Trabalho pode beneficiar sua empresa.

Confira seus recursos e veja como ele pode revolucionar sua abordagem de saúde e segurança ocupacional.

Conclusão

A prevenção de doenças ocupacionais é um compromisso de toda empresa com seu maior ativo: seus funcionários.

Por isso, entender o que são, seus principais tipos e como podem ser prevenidas é fundamental para garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável.

Além disso, reconhecer a importância do tema é o primeiro passo para cultivar um espaço operacional que valorize o bem-estar de seus colaboradores.

Aproveitar as ferramentas e recursos certos, como o TOTVS RH Medicina e Segurança do Trabalho, pode agilizar ainda mais esse processo, garantindo que sua organização cumpra suas obrigações e assegure a produtividade do seu negócio.

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