Economia compartilhada: o que é e como funciona?

Equipe TOTVS | 09 fevereiro, 2023

Economia compartilhada é uma tendência passageira ou de fato um modelo social e de negócios válido para empresas, entidades e pessoas físicas? A resposta pode surpreender você.

O fato é que o compartilhamento é um método extremamente antigo, que data do princípio da civilização humana.

Porém, como modelo de negócios nos últimos anos, ele não é tão unânime, já que o capitalismo dita a forma que empresas e pessoas se relacionam e adquirem bens. A troca existe, mas não é institucionalizada.

Hoje, no entanto, com as diferentes mazelas que a exploração de recursos naturais produz no meio ambiente, talvez seja necessário dar um passo atrás e olhar para esse conceito que tem tanto a agregar na rotina da sociedade.

Que tal aprender mais? Preparamos um guia definitivo sobre o assunto. Leia agora mesmo!

O que é economia compartilhada?

A economia compartilhada é um conceito que conquistou muito terreno nos últimos anos. Refere-se à troca de bens e serviços entre indivíduos, um modelo baseado no engajamento e colaboração, capacitado pela tecnologia.

Do ponto de vista corporativo, esse modelo representa uma mudança na forma tradicional de fazer negócios, onde há um afastamento do conceito de “propriedade” e uma aproximação ao conceito de “acesso”.

As empresas que adotam o modelo obtiveram sucesso ao fornecer soluções convenientes e econômicas aos consumidores, ao mesmo tempo em que reduzem o desperdício e maximizam os recursos.

Nesse mundo, as empresas não são mais apenas provedoras, mas facilitadoras.

Eles criam plataformas que conectam indivíduos entre si, assim permitem que eles compartilhem recursos, habilidades e ativos.

Isso abre oportunidades para que organizações entrem em novos mercados e alcancem novos segmentos de clientes, criando um cenário de negócios mais flexível e adaptável.

Além disso, vale ressaltar: esse modelo não se limita a apenas um setor.

Pode ser visto no transporte, habitação, espaços de trabalho e até mesmo no varejo.

Empresas como Uber e Airbnb se tornaram nomes conhecidos, revolucionando a forma como pensamos sobre transporte e viagens.

Como surgiu a economia compartilhada?

A origem da economia compartilhada remonta a séculos, mas foi apenas recentemente que ela se tornou um modelo de negócios convencional.

O compartilhamento de recursos remonta aos tempos antigos, onde as comunidades se reuniam para compartilhar bens e serviços.

No entanto, foi apenas após a crise financeira de 2008 que esse conceito, como modelo, se tornou algo definitivo na sociedade.

A crise de 2008 provocou uma mudança no comportamento do consumidor, pois as pessoas começaram a questionar o modelo tradicional e buscar alternativas mais sustentáveis para consumir.

Além disso, ele remonta também ao movimento de open source, que visa à criação e compartilhamento livres dos dados e estruturas de aplicações tecnológicas.

Hoje, especialistas debatem que o termo se tornou um guarda-chuva para vários outros, como o já mencionado open source, bem como transações peer-to-peer (mais popularmente representadas pelas criptomoedas), blockchain no geral etc.

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Como funciona a economia compartilhada?

A economia do compartilhamento funciona com base nos princípios de colaboração e troca mútua de bens e serviços.

Ele permite que os indivíduos compartilhem seus recursos e ativos, como carros, casas e habilidades, entre outros, com outras pessoas que precisam deles.

O mesmo se aplica para empresas.

Nesse modelo, as transações peer-to-peer substituem os modelos de negócios tradicionais, reduzindo o desperdício e criando sistemas econômicos circulares e sustentáveis.

O modelo, hoje, se baseia no uso de plataformas de tecnologia, como que combinam oferta e demanda — um exemplo é o Uber — criando um mercado para recursos compartilhados.

Essas plataformas também fornecem ferramentas para transações, processamento de pagamentos e gerenciamento de reputação.

Qual é a importância da economia compartilhada?

A economia compartilhada está se tornando um aspecto cada vez mais importante da modernidade. Para entender sua importância, porém, é importante dar dois passos atrás para compreender pontos de vista distintos: de uma pessoa e de uma empresa.

Para os indivíduos, permite-lhes poupar dinheiro por meio da partilha de recursos e serviços que, de outra forma, teriam de adquirir para si próprios.

Isso pode variar de itens simples, como um carro ou uma bicicleta, a serviços mais complexos, como acomodação ou transporte.

Para as empresas, a economia do compartilhamento oferece uma série de benefícios.

Ele as ajuda a aumentar seus fluxos de receita, bem como alavancar ativos e recursos subutilizados.

Além disso, as plataformas dentro desse modelo podem fornecer às organizações informações e dados valiosos que podem ajudá-las a otimizar suas operações, aumentar a eficiência e reduzir custos.

A economia compartilhada também desempenha um papel importante na promoção de uma economia mais sustentável, pois incentiva a redução do desperdício, conserva os recursos e ajuda a limitar o impacto do consumismo no ambiente.

Economia compartilhada: vantagens e desvantagens

Amplamente discutido e analisado, o modelo gera debates por vários motivos: tanto prós, quanto contras.

Entendê-los é essencial para empresas que consideram entrar nesse mercado ou para quem busca otimizar suas práticas comerciais atuais.

Vamos lá? Separamos em tópicos:

Prós

  • Economia de custos: ao compartilhar recursos, indivíduos e empresas podem reduzir custos e melhorar os resultados financeiros do seu negócio.
  • Maior acessibilidade: um de seus pilares é facilitar o acesso das pessoas a bens e serviços, bem como a geração de renda.
  • Benefícios ambientais: reduz o desperdício e promove o consumo sustentável.
  • Aumento da concorrência: os negócios geralmente são mais ágeis e flexíveis, proporcionando uma vantagem competitiva sobre os negócios tradicionais.

Contras

  • Desafios regulatórios: esse modelo opera fora da estrutura regulatória tradicional e, como tal, pode haver desafios legais a serem superados.
  • Falta de proteção: as plataformas de economia compartilhada podem não fornecer proteção adequada para consumidores ou provedores.
  • Aumento da concorrência: embora o aumento da concorrência seja positivo em muitos casos, também cria novos desafios para as empresas.
  • Preocupação com a privacidade de dados: com o aumento do uso de plataformas digitais, existe o risco de que informações confidenciais possam ser comprometidas.

Quais foram as razões para o avanço acelerado desse modelo?

A economia do compartilhamento cresceu exponencialmente nos últimos anos, e os motivos não são surpresa.

Esse tipo de modelo de negócios permitiu que as pessoas tivessem acesso a coisas que, de outra forma, não poderiam pagar, proporcionando uma alavanca para maiores oportunidades econômicas.

Quem nunca ouviu falar que serviços como o Uber ou Airbnb transformaram as vidas das pessoas?

O crescimento desse modelo de economia deve-se em grande parte aos avanços tecnológicos que permitiram aliar em tempo real a oferta e a demanda.

Empresas, como as que citamos acima, conseguiram capitalizar essa tendência com seus modelos de negócios inovadores, abrindo caminho para outras empresas do setor.

Além disso, os investidores contribuíram com mais de US$23 bilhões em capital injetado desde 2010, impulsionando ainda mais o crescimento da economia compartilhada.

O impacto potencial do modelo é enorme.

Já revolucionou setores tradicionais, como transporte e hotelaria, mas sua influência continuará a crescer à medida que mais empresas a adotarem.

Até 2025, estima-se que o tamanho do mercado global para esse modelo de economia chegará a US$335 bilhões — um aumento de 20 vezes em relação a 2014! 

A economia compartilhada no Brasil

No Brasil, o movimento da economia compartilhada segue a mesma tendência vista em todo o mundo.

Com a popularização de tecnologias móveis como o smartphone, é mais fácil para que pessoas e empresas promovam seus bens e serviços de maneira compartilhada e baseada no engajamento.

Nesse sentido, além dos serviços mais populares, é possível mencionar cases como o Enjoei (site de compra, venda e até mesmo troca de itens usados), o Catarse (plataforma de crowdfunding) e até mesmo movimentos como o couchsurfing (serviço de troca de hospitalidade entre pessoas).

De acordo com matéria da revista Época, em 2017, o Airbnb já era responsável por influenciar a movimentação de R$2,5 bilhões do PIB brasileiro.

Economia colaborativa e compartilhada são a mesma coisa?

Termos semelhantes, mas significados diferentes.

Afinal o que a economia do compartilhamento tem que a colaborativa não tem? Além de serem tendências e possuírem o mesmo objetivo, na prática, sua implementação é distinta.

A economia colaborativa refere-se a um modelo econômico em que os recursos são compartilhados entre diferentes partes para um resultado mutuamente benéfico, geralmente facilitado pela tecnologia.

Por outro lado, a economia compartilhada é um termo abrangente para uma ampla gama de atividades possibilitadas por meio de trocas peer-to-peer, como caronas ou mesmo o aluguel de propriedades.

Em sua essência, a economia colaborativa trata de alavancar a tecnologia para permitir a colaboração e a confiança entre as partes que, de outra forma, não seriam capazes de realizar transações pessoalmente.

Podem ser provedores de serviços que oferecem ofertas selecionadas ou plataformas que permitem aos usuários criar seus próprios mercados.

Esse modelo permite que pessoas com habilidades e recursos escassos tenham acesso a mercados e oportunidades de outra forma limitados sem ter que construir confiança primeiro — portanto, a confiança é construída na própria plataforma.

A economia do compartilhamento, por outro lado, depende de relacionamentos existentes e redes de confiança que foram desenvolvidas ao longo do tempo.

Os exemplos incluem amigos ou familiares envolvidos em trocas ou negócios ou plataformas onde os usuários podem compartilhar bens físicos.

Ainda pode haver algumas ajudas tecnológicas envolvidas nessas transações, mas são principalmente impulsionadas por redes pré-existentes de indivíduos e empresas que já se conhecem bem o suficiente para fazer negócios juntos sem depender exclusivamente de interações online anônimas.

Exemplos práticos da economia de compartilhamento

E você, sabe como encontrar cases desse modelo de economia? É fácil, basta olhar para o que algumas empresas vem fazendo:

Uber

A empresa de compartilhamento de viagens revolucionou a indústria de transporte conectando motoristas com passageiros por meio de sua plataforma baseada em aplicativo.

OLX

Uma das principais plataformas de classificados online do Brasil, a OLX conecta compradores e vendedores a uma ampla gama de bens e serviços, incluindo imóveis, veículos e itens pessoais.

iFood

Um aplicativo de delivery de comida, o iFood conecta clientes com restaurantes e motoristas de entrega. Assim, oferece uma experiência conveniente e perfeita.

Waze

O app de tráfego e navegação community-based, o Waze depende da conexão com usuários para fornecer atualizações de tráfego em tempo real e sugerir rotas alternativas.

Airbnb

A popular plataforma de compartilhamento de casas conecta viajantes com anfitriões. Assim, expande as opções de acomodação acessíveis e exclusivas a destinos por todo o mundo.

Como aplicar esse conceito em sua empresa?

À medida que as empresas entram na nova economia, elas devem pensar em como integrar o conceito de economia compartilhada em seu modelo de negócios.

É importante olhar além do compartilhamento de viagens ou de residências para maximizar o potencial desse modelo.

As organizações devem considerar como podem usar recursos e serviços compartilhados com mais eficiência, criando valor significativo para os clientes e reduzindo custos.

Uma maneira de aplicar o conceito é permitir a colaboração entre as partes interessadas na cadeia de valor de uma empresa.

Isso pode envolver o uso de recursos compartilhados entre diferentes departamentos, como dados ou processos de produção, ou a criação de redes peer-to-peer para facilitar a inovação, a troca de conhecimento e o acesso a novos mercados.

O compartilhamento de ativos físicos também pode ajudar a reduzir os custos de investimento e aumentar a eficiência.

Outra maneira de aplicar o conceito é por meio da terceirização de partes de sua operação que seriam realizadas com mais eficiência por fornecedores externos.

Por exemplo, em vez de ter uma equipe de TI interna, as empresas podem aproveitar os serviços de nuvem de terceiros ou terceirizar determinadas tarefas que exigem conhecimento especializado.

Isso ajudará a liberar capital e recursos, garantindo o acesso a profissionais qualificados quando necessário.

Por fim, as empresas podem querer considerar investir em tecnologias como blockchain, que oferecem uma plataforma segura para armazenamento de dados e transações em sua rede.

A integração dessas tecnologias aos modelos existentes é fundamental para as empresas que buscam aproveitar totalmente os benefícios da economia do compartilhamento.

Sistemas de gestão da TOTVS

No mundo dos negócios, a mudança é inevitável e o modelo de economia compartilhada não é exceção.

A tendência de consumo colaborativo e compartilhamento peer-to-peer está em alta e as empresas precisam se adaptar.

Para ficar à frente, é necessário integrar processos e modernizar seus métodos.

Com os sistemas de gestão da TOTVS, sua organização conta com tecnologia avançada e recursos inovadores para controlar suas operações.

Não fique para trás, abrace o futuro e saia na frente com os ERPs da TOTVS!

Conclusão

O modelo de economia compartilhada está revolucionando o cenário empresarial, apresentando novas oportunidades e desafios para organizações e pessoas.

É fundamental, portanto, que os negócios se mantenham atualizados e se adaptem a estas mudanças, integrando métodos e processos modernos.

Com a ajuda de uma solução abrangente como os sistemas da TOTVS, as empresas podem ficar à frente e aproveitar os benefícios desse modelo de economia.

Lembre-se: o futuro dos negócios está nas mãos daqueles que abraçam a mudança e buscam continuamente a inovação.

Para ajudar você a aprimorar o gerenciamento do seu negócio, que tal entender mais sobre indicadores-chave de desempenho? Preparamos um guia definitivo, leia agora!

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