Setor bancário em 2030: tendências que impactam a tesouraria

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 05 agosto, 2024

A chamada transformação digital já é um processo consolidado em diversos mercados, e o setor bancário não foge a esta regra — já é possível pensar no futuro analisando as tendências para o setor bancário em 2030!

Com forte crescimento de fintechs e bancos digitais, os players tradicionais também investiram em melhores soluções para atender às demandas de um público cada vez mais digital e conectado: e tudo isso é apenas o começo.

Com a expansão do 5G, o rápido desenvolvimento de novas tecnologias móveis e a adoção massiva de tecnologias em nuvem, a tendência de inovação deve continuar acentuada no setor ao longo dos próximos anos.

Buscando antecipar as tendências e, com isso, preparar as organizações para os próximos desafios, a Deloitte fez o levantamento Indústria bancária em 2030 com as principais mudanças que devem surgir, e trazemos aqui uma análise de como isso pode afetar a atividade da tesouraria das empresas.

Acompanhe o artigo abaixo para saber mais sobre o assunto; boa leitura!

Como funciona o setor bancário no Brasil?

Você sabia que o setor bancário brasileiro é um dos mais desenvolvidos e regulamentados da América Latina? Inclusive somos líderes na digitalização de meios de pagamento nessa parte das Américas, como destaca essa matéria da revista Exame.

O nosso setor bancário funciona em uma estrutura dividida em:

  • Bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal;
  • Bancos privados, como Bradesco, Itaú e Nubank;
  • Cooperativas de crédito, oferecendo serviços financeiros a comunidades locais e setores específicos, promovendo inclusão financeira.

Todas essas instituições atuam oferecendo serviços diversos relacionados a questões monetárias, como empréstimos e financiamentos, poupanças, investimentos, cartões de crédito e débito, seguros e previdência.

Para fiscalizar e regulamentar esse grande setor, o país conta com a atuação do Banco Central do Brasil (BACEN), o Conselho Monetário Nacional (CMN) e a Comissão de Valores Imobiliários (CVM).

Desafios e tendências do setor bancário até 2023

O setor bancário brasileiro viveu um período de intensa transformação nos últimos anos, marcado por desafios e tendências que moldaram a dinâmica do mercado e impactaram diretamente a vida dos clientes.

A incerteza econômica, a transformação digital, as mudanças regulatórias e o crescimento das fintechs foram fatores que contribuíram para esse novo cenário.

Considerando o levantamento realizado pela Deloitte, trouxemos aqui um apanhado desses desafios, bem como o que esperar para os próximos anos:

1. Risco cibernético e crimes financeiros

Apontadas como um dos principais desafios globais no momento pelo Banco Mundial, as ciberameaças estão presentes em virtualmente todos os setores da economia, apresentando graus variados de risco e problemas para suas organizações. 

No setor financeiro, este risco cresce na mesma medida da digitalização, com agentes de ameaças se utilizando de técnicas avançadas e sofisticadas, atacando tanto as instituições quanto os usuários em busca de acesso ilegal a contas e valores.

Este grande desafio requer das empresas investimento em soluções certificadas, integradas e automatizadas. 

Além disso, é importante adotar práticas gerenciais de segurança para minimizar vulnerabilidades, implantar programas de atualização de segurança e contar com ferramentas com  certificação de segurança das informações compartilhadas nas aplicações e eficiência de controles internos.

2. Integridade de dados

Além de problemas de ações maliciosas contra servidores, dispositivos e ambientes do banco por cibercriminosos, o crescente rigor na fiscalização sobre a questão de processamento e guarda de dados também requer atenção redobrada. 

Com a entrada em vigor do GDPR na Europa, outros países também criaram leis mais duras neste sentido, sendo a LGPD brasileira um exemplo claro disso.

Assim, além de ferramentas de segurança para garantir a preservação dos dados no ambiente, também é fundamental analisar se plataformas e sistemas usados pela empresa têm a devida conformidade com a lei e as práticas exigidas no tema. 

Isso é importante para evitar multas e sanções, que podem prejudicar duramente a organização, bem como o uso indevido dos dados e informações.

3. Tecnologias emergentes

A inovação não deve parar tão cedo no setor!

Seguindo a tendência notada até agora, a adoção de inteligência artificial deve continuar forte, impactando a forma como as instituições lidam com seu público. 

Aspectos como personalização do conteúdo, aplicativos e serviços oferecidos, análise situacional de desempenho em tempo real para tomada de decisão e previsão de fluxos de mercado são apenas alguns dos pontos que devem ganhar destaque.

4. Transformação digital continuada

A expectativa é de que o setor siga seu ritmo de digitalização e desburocratização.

Esse é um processo que vem facilitando a entrada de novas empresas com produtos digitais e ofertas mais agressivas de produtos bancários, pressionando os players tradicionais a atualizarem seus portfólios e, assim, melhorar o mercado para os consumidores.

Embora o primeiro grande impacto da digitalização esteja acontecendo agora, é improvável que haja uma estagnação no futuro. 

Pelo contrário! Com a ampliação dos diferenciais que a tecnologia vem proporcionando, a busca por inovação e melhorias deve continuar forte: o que acontece, principalmente em decorrência da competitividade.

Ela é incentivada pelo open banking na expansão dos modelos de negócios, fintechs e aplicativos, com estímulo à oferta de produtos e serviços cada vez mais atrativos para os clientes, como taxas menores, menos burocracia e mais agilidade, que promovem eficiência operacional e financeira.

Com muitas opções no mercado, o impacto disso deve ficar por conta do maior grau de exigência e menor tolerância à ineficiência por parte do cliente, que deve seguir uma tendência crescente de imediatismo e busca por personalização. 

Para a tesouraria, isso traz maior necessidade de visibilidade clara e imediata de todo seu ambiente e operações, permitindo tomadas rápidas de decisão relativas às finanças.

5. Moedas digitais

Embora ainda estejam em seus estágios iniciais de desenvolvimento e adoção, as moedas digitais apresentam diversas características que as tornam atrativas para bancos, clientes e governos — e prometem ainda transformar muito o setor bancário nos próximos anos.

Moedas digitais como o Bitcoin podem eliminar as taxas e atrasos associados às transferências internacionais de dinheiro, tornando-as mais rápidas, baratas e eficientes.

Também, os bancos já começam a pensar em utilizar as moedas digitais para criar novos produtos e serviços financeiros, como contas digitais, empréstimos e investimentos.

As criptomoedas podem oferecer acesso a serviços financeiros para pessoas que não possuem conta bancária tradicional, promovendo a inclusão financeira em todo o mundo.

6. Startups e fintechs tomam uma fatia do mercado

Os bancos tradicionais estão enfrentando crescente concorrência de bancos digitais e fintechs: e essas empresas de crédito têm se destacado no mercado, muitas delas alcançando grandes números em captação de investimentos no Brasil.

As fintechs se consolidaram como players relevantes no mercado, oferecendo soluções inovadoras e disruptivas, especialmente em áreas como pagamentos digitais e crédito.

Até 2030, espera-se que a maioria das instituições financeiras ofereça uma experiência digital completa, desde a abertura de contas até a gestão de investimentos, sem a necessidade de interações físicas.

7. Agilidade

Como mencionado anteriormente, a agilidade será crítica para o sucesso, ainda mais do que é hoje. 

Boa parte do sucesso dos bancos digitais está ligado à sua menor burocracia e maior facilidade de uso, sobretudo pela parcela anteriormente desprovida de serviços bancários. 

Assim, com mais opções de recursos digitais, mais ferramentas de análise, maior conectividade e poder computacional, as empresas vão estar sob pressão para agir com máxima eficiência e agilidade na resposta aos problemas dos clientes e na antecipação de suas necessidades.

8. Relacionamento com clientes

Os clientes de hoje são mais exigentes, informados e conectados do que nunca, e esperam experiências personalizadas, convenientes e seguras por parte dos seus bancos.

Para atender a essas expectativas e se destacar da concorrência, os bancos precisam construir relacionamentos duradouros e baseados na confiança com seus clientes.

Algumas práticas de consolidam cada vez no setor para acompanhar essas mudanças, como:

  • comunicação omnichannel;
  • construção de relações de confiança;
  • promover a transparência e aprimorar a segurança cibernética;
  • investimento em tecnologias como assistentes virtuais e chatbots.

Ainda, a experiência do cliente será um diferencial crucial.

Espera-se que bancos usem análise de dados e IA para oferecer experiências personalizadas, compreendendo as necessidades e preferências dos clientes e oferecendo soluções sob medida.

9. Complexidade do ecossistema bancário

O aumento da complexidade do setor, com cada vez mais concorrentes criados com um olhar totalmente digital e voltado para as novas necessidades da sociedade, deve manter acirrada a concorrência no futuro. 

Os consumidores e empresas podem esperar uma melhoria da oferta de serviços e um maior mergulho nos serviços digitais, com menos dependência das agências físicas.

10. A dinâmica do novo profissional

Naturalmente, em um ambiente totalmente digitalizado, a expectativa é de que os profissionais necessitem ganhar cada vez mais fluência em tecnologia, não só do ponto de vista ferramental, mas também no entendimento da forma de pensar do cliente. 

Os times precisarão lidar cada vez mais com dados e informações obtidas em tempo real, demandando decisões mais precisas e ágeis, com base na dinâmica apontada por eles.

11. Gestão de plataformas e dados

Para sustentar toda a velocidade que o cenário vai exigir daqui em diante, as plataformas de coleta e processamento de dados para a área de finanças ganharão ainda mais destaque. 

Os profissionais precisarão estar confortáveis com seu uso, na medida em que elas terão participação fundamental nas decisões da empresa. 

Na tesouraria, isso se traduz em mais informações para liberação de verba para projetos, aquisições e expansão, colocando o departamento financeiro em uma posição ainda mais estratégica na gestão do negócio.

12. Maior regulação do sistema financeiro

O desenvolvimento de produtos financeiros cada vez mais complexos exige uma regulamentação mais abrangente para proteger os consumidores e garantir a estabilidade do sistema financeiro — por isso, essa pauta nos próximos anos será inevitável.

O surgimento de novas tecnologias, como fintechs e criptomoedas, exige um marco regulatório adequado para garantir a segurança e a transparência das transações financeiras; também a preocupação com a segurança e proteção do consumidor é um fator que influencia.

As tecnologias regulatórias (RegTech) caminham para ajudar os bancos e o governo a cumprir regulamentos de forma mais eficiente e eficaz. 

A previsão inclui, também, sistemas baseados em IA para monitorar e relatar automaticamente as atividades diversas, garantindo conformidade contínua.

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Conclusão

O setor bancário em 2030 será radicalmente diferente do que conhecemos hoje! 

Com a digitalização total dos serviços, a adoção de tecnologias emergentes como blockchain e IA, o foco em sustentabilidade e inclusão financeira, e a ênfase na cibersegurança e privacidade, os bancos terão que se adaptar rapidamente para permanecerem competitivos. 

Aqueles que abraçarem essas mudanças e colocarem o cliente no centro de suas estratégias estarão melhor posicionados para prosperar na nova era dos serviços financeiros.

Vem saber mais sobre tendências para o mercado financeiro conferindo nosso artigo no blog. 

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