Tipos de estoque: conheça os 12 principais para a gestão de mercadorias

Equipe TOTVS | 09 março, 2023

Existem diferentes tipos de estoque adequados para uma gestão de mercadorias eficiente. Saber identificar e aplicar a melhor abordagem é fundamental para ter um negócio de sucesso. 

A partir disso, a empresa consegue atender às demandas dos clientes, aumentar os lucros e se desenvolver no mercado.

Por outro lado, tentar implementar uma solução sem o devido conhecimento pode transformar o estoque em um grande problema. 

Sabemos que administrar um empreendimento não é fácil e, por isso, o gestor tem a responsabilidade de se manter informado sobre as tendências do seu nicho de atuação. 

Quer aprender quais são os modelos de estoque existentes e como selecionar a opção adequada à sua organização? Continue a leitura a seguir!

Quais são os principais tipos de estoque?

Um estoque é o ambiente no qual todas as mercadorias, produtos, materiais e outros itens indispensáveis para o funcionamento da empresa são armazenados. Além disso, nesse espaço também ficam alguns insumos finalizados, prontos para o envio ao consumidor final. 

Assim, o estoque influencia diretamente em toda a cadeia produtiva do seu negócio, percebe ? Portanto, é necessário que você, como gestor, aprenda a manejá-lo com sabedoria e eficiência. 

A fim de garantir a produtividade nas operações — sem excessos ou faltas —  é vital conhecer os tipos de estoques existentes para uma melhor gestão de mercadorias. 

Lembre-se: sua estratégia precisa ter o consumidor final em foco sempre. Para garantir o cumprimento dessa premissa, sempre acompanhe os indicadores de estoque e vendas, além de ferramentas tecnológicas. Confira os diversos modelos abaixo:

  1. Estoque inativo;
  2. Estoque mínimo;
  3. Estoque máximo;
  4. Estoque de antecipação/sazonal;
  5. Estoque de proteção/isolador;
  6. Estoque de segurança;
  7. Estoque de contingência;
  8. Estoque consignado;
  9. Estoque de ciclo;
  10. Estoque regulador;
  11. Estoque em trânsito;
  12. Dropshipping.

1. Estoque inativo

O estoque inativo é quando o armazém abriga produtos com baixa performance nas vendas, que ficaram parados nas prateleiras e, dessa forma, se tornaram obsoletos. 

Isso está intimamente ligado ao giro de estoque; um indicador que evidencia se determinado item possui um alto giro (fast mover), baixo giro (low mover) ou está sem giro (no mover). 

Assim, quanto menor é o nível de atividade de cada mercadoria em estoque, maior é a quantidade de produtos inativos.

Apesar de ser algo comum, é importante evitar que isso aconteça com frequência. Há uma série de fatores que podem ser avaliados para que sua empresa não sofra com esse cenário — prazo de validade do produto e o tipo.

Pode ser interessante apostar na negociação com fornecedores. Ao construir uma relação de confiança, você pode conseguir substituir esses itens parados por outros com maior saída, por exemplo. Outra possibilidade é lançar promoções de “queima de estoque”.

Aqui, o departamento de marketing pode ajudar na divulgação, a fim de atrair o olhar dos clientes e incentivar a compra.

2. Estoque mínimo

O estoque mínimo, ou “ponto de ressuprimento”, envolve ter uma quantidade mínima ideal de cada produto armazenado, a fim de prevenir a sua escassez, antes da reposição.

Para determinar qual o volume adequado dos produtos, você precisa analisar a demanda por cada mercadoria, bem como a existência de datas comemorativas que costumam elevar a procura por certos itens. 

Suponhamos que a sua empresa opere no setor de calçados femininos. Com base na performance de vendas do ano anterior, você concluiu que as sandálias de número 37 devem ter um estoque mínimo de 50 pares. 

Desse modo, você encomendou 80 pares aos fornecedores e, quando esse número baixar para 50, significa que é hora de fazer um novo pedido. Com isso, entre o tempo de negociação até o novo lote chegar ao seu estoque, o consumidor não ficará sem o produto.

Qualquer marca que não dá importância para o estoque mínimo corre o risco de perder competitividade, a preferência do consumidor e lucratividade.

3. Estoque máximo

O estoque máximo é j o contrário do estoque mínimo: significa a quantidade máxima de mercadorias que podem ser guardadas no estoque, por um tempo específico. Isso evita que os itens fiquem parados nas prateleiras, caindo em desuso. 

Vamos pensar no comércio de Nicolle, que atua no ramo alimentício. Mais especificamente, no nicho de chocolates e bombons. No caso das barras de chocolate, ela determinou que o estoque máximo é de 100 unidades em um mês.

Então, para evitar a inatividade, sempre que esse número é atingido, Nicolle suspende as compras. Assim, não entram novas barras de chocolate no depósito, até que o estoque mínimo seja alcançado. 

Mas, como definir a quantidade do estoque máximo? Aspectos como o espaço disponível no armazém, disponibilidade financeira e cálculos baseados no histórico de vendas ao consumidor final precisam ser analisados.

Feito isso, utilize as informações obtidas para negociar a compra de mais produtos com os fornecedores. Muitos deles oferecem descontos e meios de pagamento interessantes para compras de alto volume. 

4. Estoque de antecipação/sazonal

O estoque sazonal funciona quando se identifica um aumento na demanda por determinados produtos em um curto período, e eleva a quantidade de itens para satisfazer o consumidor.

Esse estoque de antecipação é bastante utilizado em épocas comemorativas, quando há um pico de compras — Natal, Dia das Mães, Páscoa, Dia das Crianças e outros. Assim, o negócio tira proveito da ocasião, satisfaz o cliente e amplia seus lucros.

Tal modelo também pode ser aplicado quando notar o risco de interrupção no fornecimento de determinados produtos, seja qual for o motivo. Dessa forma, a compra em maior volume é realizada para evitar prejuízos no atendimento ao consumidor.

5. Estoque de proteção/isolador

O estoque isolador consiste em uma estratégia amplamente utilizada por grandes indústrias, como fábricas do ramo alimentício ou automobilístico. O intuito é proteger as vendas, mesmo em épocas desafiadoras — alta nos preços, greves de funcionários etc.

À primeira vista, o estoque de proteção é semelhante ao estoque mínimo. Porém, trata-se de conceitos altamente distintos. Em uma situação atípica, como as exemplificadas acima, a loja abastece o depósito até que o cenário se normalize.

Lembra do exemplo da loja de calçados femininos? Além de manter o estoque mínimo de 50 peças, foi preciso aplicar o estoque isolador, com itens extras (80 peças) para cobrir qualquer eventualidade que atrapalhe as vendas.

6. Estoque de segurança

O estoque de segurança é o armazenamento de todos os produtos que os clientes compram, bem como a matéria-prima necessária para sua fabricação. A ideia é manter a cadeia de operações sempre ativa. 

Com essa abordagem, a empresa protege o negócio contra imprevistos, como impasses na negociação com fornecedores. Tais eventualidades geram atrasos nas entregas, perda de vendas e outros problemas. 

Além disso, um estoque de segurança proporciona uma série de vantagens que impulsionam o desenvolvimento empresarial:

  • entregas feitas nos prazos;
  • clientes sempre satisfeitos;
  • fluxo de produção contínuo;
  • menos despesas com armazenagem;
  • redução nos itens sazonais perecíveis;
  • recursos para investimentos estratégicos.

É claro que, para determinar o número exato para o estoque de segurança, você deve buscar um equilíbrio entre lucratividade e investimentos. Assim, é fundamental utilizar o apoio da tecnologia.

7. Estoque de contingência

O estoque de contingência envolve as mercadorias que ficam guardadas para cobrir erros operacionais, sejam no próprio negócio ou durante as entregas dos produtos pelos fornecedores. Para não perder vendas, dá para usar os itens presentes nesse estoque.

Esse conceito é bem parecido com o estoque de segurança, não é? E não é por acaso. Seu maior benefício está em garantir que o cliente não fique sem o produto em caso de imprevistos. 

Porém, ele gera um custo maior no que se refere à disposição de local para armazenar as mercadorias extras.

8. Estoque consignado

O estoque consignado é aquele gerido por terceiros. Nesse caso, as mercadorias continuam sendo da empresa, mas o espaço usado para o armazenamento é cedido por outra.

Essa é uma solução interessante quando o negócio não dispõe do local necessário para guardar seus itens, nem os recursos para criar um armazém bem equipado. Também é uma forma da marca aumentar seus canais de vendas e agilizar a fabricação.

Na prática, o estoque é reposto pelos fornecedores, que distribuem os produtos conforme a demanda dos consumidores finais. Os detalhes dessa transação ficam descritos em contrato. No geral, existem dois submodelos, que devem ser previamente escolhidos:

  • estoque em poder próprio: os produtos são vendidos pelo fornecedor, mesmo com o espaço cedido por outro empreendimento; 
  • estoque em posse de terceiros: aqui, o fornecedor transfere a posse da mercadoria ao terceiro, por tempo determinado.

9. Estoque de ciclo

O estoque de ciclo é usado para cobrir uma alta rotatividade de mercadorias. Assim, o número de produtos se mantém em equilíbrio com as demandas dos clientes, que mudam ao longo do tempo. 

Companhias que vendem diferentes itens — ou possuem operações com muitas etapas —  se beneficiam diretamente dessa estratégia. Caso a sua empresa fabrique 5 produtos diferentes, por exemplo, sofre para produzir todos ao mesmo tempo.

Por outro lado, as vendas acontecem simultaneamente, então, é importante garantir que todos os itens estejam disponíveis em estoque. Com a modalidade em ciclo, você pode organizar uma fabricação ideal para cada período. 

Pense nas operações de uma indústria automobilística. São inúmeras linhas de montagem, cada uma responsável por um componente do carro. Dessa forma, as equipes trabalham dentro de um ciclo produtivo, para que o automóvel seja finalizado o quanto antes.

10. Estoque regulador

O estoque regular serve para atender as necessidades de reposição de estoque em empresas com filiais

Nesse contexto, uma delas detém a maior quantidade de produtos armazenados e envia os itens necessários para as filiais restantes, conforme a demanda. Afinal, é crucial que todas as unidades estejam bem abastecidas.

Muitos varejistas já utilizam essa estratégia. No entanto, é interessante destacar que ela dificilmente pode ser implementada sem o apoio de um software para o varejo. Isso porque, todas as filiais precisam de uma comunicação clara e em tempo real. 

11. Estoque em trânsito

O estoque em trânsito envolve todas as mercadorias que fazem parte da rota de entrega pelas transportadoras.

Ou seja, ao controlar essas informações, a equipe sabe o tempo exato que os produtos permanecem em trânsito. Além disso, dá para saber todos os itens armazenados para cada um dos envios. a

Esse tipo de estoque serve para garantir o maior controle dos produtos, tanto na origem, quanto no destino final.

12. Dropshipping

O dropshipping é justamente a não existência de um estoque. Aqui, a mercadoria adquirida pelo consumidor não é armazenada e enviada pela própria empresa vendedora, mas por uma companhia terceira. 

Quando o cliente finaliza sua compra, a marca abre uma ordem de serviço e a envia ao fornecedor. Ou seja, a loja opera como um intermediário entre o distribuidor e o consumidor. Por isso, é bom para pequenos negócios e comércios eletrônicos.

Não é preciso investir em um espaço físico para o estoque, nem dedicar recursos para a gestão de mercadorias. 

A preocupação é fazer boas escolhas em relação aos fornecedores. Os centros de distribuição precisam estar bem localizados para atender as demandas sem complicações, dentro do prazo estipulado.

Como definir o tipo de estoque ideal para o seu modelo de negócio?

Primeiramente, você deve estudar o nicho de mercado no qual seu negócio atua. Em caso de surpresas, como atrasos nas entregas dos fornecedores, sua empresa deve ter um plano de ação para isso.

Você sabe que cada empresa necessita de estratégias diferentes para a gestão de estoque. Mas, de modo geral, há considerações indispensáveis para chegar à melhor abordagem:

  • escolha os sistemas de armazenagem adequados para suprir suas operações;
  • selecione os métodos de estocagem corretos que ajudem a otimizar o fluxo de atividades dentro do armazém;
  • implemente tecnologias para ajudar na gestão, como ERPs de monitoramento e otimização da cadeia de suprimentos.

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Nossas soluções são projetadas com a redução de custos e o crescimento das vendas em mente, melhorando o fluxo de estoque. Isso vai reduzir erros e melhorar a produtividade da equipe responsável.

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Conclusão

Conhecer os diferentes tipos de estoque é fundamental para uma boa gestão de mercadorias e, consequentemente, o sucesso do negócio. 

No entanto, o controle de estoque exige muitas preocupações que exigem muito da força de trabalho humana. E é aí que entra a tecnologia: ela facilita e acelera dos processos internos e externos.

Quando o assunto é armazenamento de produtos, o ideal é contar com um sistema varejista integrado, como o da TOTVS. Mas se você quer continuar aprendendo sobre operações e varejo, leia também sobre como aumentar o faturamento da empresa!

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