Classificação de risco: o que é e como funciona

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 19 janeiro, 2024

A classificação de risco é muito utilizada em equipamentos de saúde públicos e privados, proporcionando mais agilidade no atendimento.

Contudo, você sabe exatamente como ela funciona e suas diferentes metodologias?

Hoje, essa classificação ajuda hospitais, clínicas e demais unidades de saúde a organizarem um atendimento de qualidade para todos os pacientes, incluindo casos de urgências e emergências.

Neste artigo, abordaremos mais o assunto, falando sobre as vantagens dessa classificação e sua importância! Que tal aprender tudo?

É só continuar a leitura, confira!

O que é classificação de risco?

A classificação de risco é utilizada no acolhimento hospitalar para fazer uma avaliação inicial do paciente e determinar se ele precisa de um atendimento mais urgente. 

Assim, entende-se a gravidade do estado de saúde dos pacientes, seu potencial de risco, o grau de sofrimento, etc.

Essa triagem é uma adaptação do método utilizado pelos militares americanos nas guerras do século XX.

Dessa forma, as pessoas que estão em estados mais críticos e dependem de um atendimento para que não haja um agravamento de sua saúde podem ser acolhidas primeiro.

No Brasil, o Protocolo de Manchester é o método mais comum. Ele utiliza cinco cores para identificar o grau de risco de cada paciente.

Essa identificação visual já é usada na maior parte dos equipamentos de saúde pelo mundo, como clínicas particulares, consultórios médicos e hospitais.

Diversos fatores são levados em consideração para determinar a classificação de risco em cores, como dor, sinais vitais, pressão, sintomas, entre outros.

Ou seja, com a classificação, o atendimento hospitalar não leva em conta somente a ordem de chegada, mas a gravidade clínica dos pacientes e o potencial de risco de agravamento de sua condição.

É o tipo de método que possibilita que pessoas em estado crítico recebam socorro imediato, enquanto pessoas em condições mais amenas esperam sua vez.

A classificação, no entanto, pode seguir diferentes metodologias, indicando cores ou níveis numerados para discriminar a gravidade dos pacientes.

Qual a diferença entre triagem e classificação de risco?

A triagem é o processo de identificação de indivíduos que estão em risco de uma determinada doença ou condição. Já a classificação de risco é a atribuição desses pacientes a diferentes grupos com base em seus fatores de risco.

Ou seja, no atendimento hospitalar em uma unidade de saúde, a triagem faz parte da classificação adotada.

Desse modo, a triagem é o processo de priorização a partir de uma avaliação do paciente, classificando-o conforme a metodologia de risco adotada na instituição de saúde.

Como a classificação de risco funciona?

O funcionamento da classificação vai depender da metodologia escolhida pela instituição de saúde. Em geral, porém, preza-se por um bom acolhimento hospitalar e um atendimento humanizado.

Ao longo da triagem, o paciente normalmente fornece dados básicos (nome, idade etc.) e também preliminares sobre seu estado atual, motivo da queixa e histórico de saúde.

É nesse momento que um profissional dedicado a realizar a classificação de risco hospitalar entra em cena.

Por meio da escuta qualificada, o profissional entende o estado do paciente e realiza uma avaliação física.

Esse processo busca observar critérios como tipo de dor, nível de consciência (escala de Glasgow), desmaiado, sob o efeito de drogas, remédios ou álcool, entre outros.

É também nesse procedimento que a sua temperatura, pressão e frequência cardíaca são medidas.

Todos os dados são registrados na ficha de atendimento, e contribuem para classificar o seu risco e posicioná-lo na fila para receber o socorro necessário.

Qual a importância dessa classificação para o atendimento?

A classificação hospitalar passou a ser adotada justamente para evitar que os pacientes mais graves tivessem que esperar mais pelo atendimento do que os casos mais leves.

Assim, é possível evitar o agravamento do quadro de saúde, inclusive o falecimento de pessoas na fila de espera.

Além disso, com esse tipo de triagem, é possível evitar o congestionamento de pacientes nas salas de emergência dos hospitais. Dessa forma, as pessoas que estão aguardando também podem saber quanto tempo levará para serem atendidas.

Vale destacar que é preciso que os profissionais de saúde responsáveis pelas triagens estejam atentos tanto ao grau de sofrimento físico, quanto psíquico dos pacientes.

Isso porque, muitas vezes, o usuário que chega ao acolhimento sem sinais visíveis de problemas físicos, mas muito angustiado, pode ter mais urgência no atendimento e um nível maior de risco e vulnerabilidade. 

Tipos de classificação de risco

Entenda quais os principais tipos de classificação adotadas nas instituições de saúde!

Protocolo de Manchester

Considerado o principal sistema de triagem em unidades de saúde, ele serve para identificar quais são os atendimentos prioritários.

O Protocolo de Manchester utiliza uma classificação em cores que serve para ressaltar o nível de risco de cada quadro clínico.

Geralmente, elas são: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. A cor vermelha representa os casos mais graves, e a azul, os mais leves.

Entenda a classificação:

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Australasian Triage Scale

A classificação Australasian Triage Scale é baseada em algumas prioridades determinadas na década de 1970. A triagem é feita a partir de fatores clínicos e comportamentais do paciente. 

As categorias são:

  • Categoria 1: imediata ameaça à vida;
  • Categoria 2: iminente ameaça à vida;
  • Categoria 3: potencial ameaça à vida;
  • Categoria 4: casos potencialmente sérios,
  • Categoria 5: casos menos urgentes.

Canadian Triage and Acuity Scale

Já a classificação Canadian Triage and Acuity Scale determina um nexo entre sintomas e diagnósticos, baseando-se na International Classification of Diseases, escala usada por médicos para fazer a catalogação de doenças. Suas categorias são:

  • Nível 1: azul – reanimação: atendimento imediato;
  • Nível 2: vermelho – emergente: 15 minutos;
  • Nível 3: amarelo – urgente: 30 minutos;
  • Nível 4: verde – menos urgente: 60 minutos;
  • Nível 5: branco – não urgente: 120 minutos.

Emergency Severity Index

Esta classificação indica os casos que devem receber prioridade por meio de um fluxograma que não especifica o tempo de espera. Veja quais são as suas categorias:

  • Emergência;
  • Urgência;
  • Sintomas de doenças agudas, com possível risco a órgãos e sistemas;
  • Queixas crônicas menos graves,
  • Pacientes estáveis.

Como funciona a classificação de risco do SUS?

O método de classificação adotado por todo SUS (Sistema Único de Saúde) é o Protocolo de Manchester

Portanto, ao chegar em uma unidade de saúde pública no Brasil, os pacientes são identificados por uma das cinco cores do protocolo: vermelho, laranja, amarelo, verde ou azul.

O fluxo de atendimento nessas unidades começa pela triagem, que ajuda a definir a cor de acordo com o risco de cada caso. Depois, a recepção administra essa ordem de chamada para a consulta de acordo com a classificação. 

Por fim, o atendimento médico é realizado para avaliação clínica, diagnóstico e definição do tratamento mais adequado.

De acordo com o Ministério da Saúde, 1.915 municípios brasileiros não contam com serviços médicos particulares. Isso significa que, só nessas localidades, mais de 15 milhões de pessoas dependem exclusivamente do SUS.

Com essa demanda, ter um protocolo eficiente de atendimento, com a classificação dos níveis de risco de cada paciente, é fundamental para evitar congestionamento que geram atrasos nos acolhimentos.

Além disso, a classificação torna-se ainda mais vital para garantir o atendimento rápido de casos emergenciais em locais com alto fluxo de pacientes como acontece nas unidades do SUS.

Quem fica na classificação de risco?

O profissional encarregado por classificar o risco dos pacientes em uma clínica, hospital ou unidade de saúde é, normalmente, um enfermeiro habilitado.

No entanto, outros profissionais do setor podem exercer a função, como médicos, a depender do funcionamento interno da instituição.

A tecnologia como aliada na classificação de risco hospitalar

Após saber mais sobre o que é classificação de risco e como esse processo funciona, é possível entender a importância de investir para que ele seja feito da melhor forma.

Por este motivo, implementar tecnologias para a saúde digital, que dão apoio à triagem, pode facilitar a classificação de atendimento. 

Inovações, como o sistema de gestão para instituições de saúde, podem auxiliar na automatização de processos, o que agiliza e organiza o atendimento.

Um exemplo é o prontuário eletrônico, que unifica as informações do paciente em apenas um lugar, facilitando o acesso desde a entrada do usuário.

Portanto, todos os profissionais de saúde que atenderem o paciente já terão seu histórico em mãos.

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Conclusão

Ao longo deste conteúdo, explicamos tudo sobre a importância de classificar riscos na hora de realizar o atendimento hospitalar.

A sua instituição emprega qual metodologia? Ela é eficaz? De qualquer modo, saiba que a tecnologia pode ajudar muito a agilizar atendimentos.

Por isso, conte com as tecnologias TOTVS para instituições de saúde!

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