MRP: o que é, etapas e exemplos de aplicação

Você sabe o que é MRP? A sigla vem do inglês e significa Manufacturing Resource Planning ou, em português, Planejamento de Recursos de Produção. Trata-se de um software essencial para o sucesso das indústrias, especialmente em uma época marcada pela integração da produção com a tecnologia. Bastante usado para controle e gestão de recursos, o …

Equipe TOTVS | 08 setembro, 2022 - Atualizado em 23 março, 2023

Você sabe o que é MRP? A sigla vem do inglês e significa Manufacturing Resource Planning ou, em português, Planejamento de Recursos de Produção.

Trata-se de um software essencial para o sucesso das indústrias, especialmente em uma época marcada pela integração da produção com a tecnologia.

Bastante usado para controle e gestão de recursos, o sistema MRP é um software importante para o cotidiano industrial, especialmente para aquelas organizações que produzem em larga escala.

Mas, afinal, o que é esse sistema e como ele se encaixa dentro das indústrias? Quais as vantagens e desvantagens desta tecnologia? Qual a sua origem?

Para encontrar as respostas para essas e outras questões, é só seguir a leitura!

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O que é MRP?

MRP é a sigla para Manufacturing Resource Planning (Planejamento de Recursos de Produção). É um software que realiza cálculos para melhorar o controle das quantidades de todos os componentes necessários para fazer os produtos de uma manufatura.

Quando o assunto é a fabricação de um produto, ou seja, sua manufatura, tudo que uma empresa precisa é de recursos:

Pessoas, materiais, equipamentos, infraestrutura, tecnologia, entre outros.

Porém, independente do que você esteja fabricando, é necessário gerenciar esses recursos da melhor forma para chegar ao melhor resultado.

O Manufacturing Resource Planning é uma ferramenta que alia a coordenação precisa dos recursos com outras de suas metas, como orçamento e tempo, de modo a ajudar seu negócio a entregar com sucesso.

O sistema em si calcula os estoques e define momentos em que é necessário comprar cada item de um produto, com base nas suas necessidades e estrutura da fábrica.

Assim, seu objetivo é manter a estrutura funcionando sem excessos ou falta de material.

Portanto, esse software ajuda a desenvolver métodos e rotinas que atuam no planejamento de uso e compra de cada material, programando também sua produção.

Entenda a origem do MRP

O Planejamento de Recursos de Produção foi desenvolvido pela primeira vez na década de 1970 e, desde então, tem sido adotado por muitas empresas em diversos setores.

Os sistemas Manufacturing Resource Planning são projetados para gerenciar o fluxo de informações e materiais entre diferentes partes de uma empresa e podem ser usados para planejar cronogramas de produção, rastrear níveis de estoque e otimizar o uso de recursos.

É difícil traçar uma linha do tempo exata, pois, a partir do fim da década de 1960, as práticas de gestão de fábrica começaram a se expandir, tanto nas empresas quanto no meio acadêmico.

No entanto, foi justamente na década de 1970 que o conceito mais amplo de Manufacturing Resource Planning foi desenvolvido, incluindo módulos (conhecidos como I e II), CRP (Capacity Requirement Planning), entre outros.

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Como é feito o cálculo do MRP?

Você sabe como funciona o sistema MRP? Ele reúne cada informação levantada para criar uma rotina de compra e produção de maneira orgânica, ou seja, sem ter recursos em excesso ou escassez.

Para conseguir calcular com eficiência, o Manufacturing Resource Planning utiliza três informações básicas: demanda, lista de materiais e saldo de estoques:

  • Demanda: quantidade de produto que é vendida e suas previsões de vendas em um determinado período;
  • Lista de materiais: composta por todos os materiais que são necessários para a produção de um produto final;
  • Saldo de estoques: quantidade do produto final e de cada material estocados na empresa.

Com cada informação levantada, o software realiza seu cálculo, indicando ordens de produção e compra de matéria-prima, de acordo com as previsões de venda de cada produto.

O sistema estipula um estoque de segurança e pontos de reposição de cada material, diminuindo as possibilidades de perda ou excesso de cada um e auxiliando os gestores na tomada de decisão de compra e no ritmo de produção dos produtos.

MRP I e MRP II

O Manufacturing Resource Planning oferece mais funcionalidades que o Material Requirements Planning. Entenda abaixo.

  • MRP I: o Material Requirements Planning (Planejamento das Necessidades de Material) calcula o que deve ser produzido sem considerar a capacidade da fábrica. Não estipula, portanto, se é possível realizar a demanda;
  • MRP II: Já o Manufacturing Resource Planning (Planejamento dos Recursos de Produção) considera a capacidade atual e suas estratégias e possibilidades de acordo com os dados já levantados.

MRP: vantagens e desvantagens

O sistema tem diversos benefícios para as empresas que o aplicam. Confira:

  • Planejamento assertivo: com a implementação de um Manufacturing Resource Planning, as empresas passam a ter um planejamento assertivo, com base em dados e ocorrências nos estoques e na linha de produção. Isso reduz a possibilidade de acontecerem problemas e urgências no setor;
  • Desempenho eficiente: com informações concisas, o desempenho da empresa melhora, já que suas ações são rápidas e eficientes. Desde a relação com fornecedores, com tranquilidade para negociar preços e condições, como também com os clientes, que têm os produtos em estoque de maneira constante e com padrão de qualidade assegurado;
  • Investimento enxuto: ter um Manufacturing Resource Planning também faz com que os investimentos feitos para renovação de estoque e produção sejam enxutos, já que ele estipula com exatidão as quantidades que precisam ser repostas e o período para que isso aconteça, evitando gastos desnecessários.

Em geral, a integração da tecnologia dentro do fluxo produtivo é sempre uma ação bem-vinda. Porém, ao falar do Manufacturing Resource Planning (seja o I como o II) em específico, há algumas questões negativas a serem analisadas.

O principal ponto é que se trata de uma tecnologia complexa, ideal para fabricação de produtos com estruturas igualmente complexas.

Afinal, ele se encaixa como um “organizador” de cada entrega, por mais instável que o processo produtivo seja.

É um fator que justifica o investimento e a adequação do seu fluxo de produção às demandas da própria tecnologia.

Etapas do MRP

Para que a execução do sistema aconteça de maneira natural, uma série de fatores são levados em consideração. Acompanhe:

  • Planejamento da produção: envolvendo estratégias e dados como volume de vendas, custo e lucro, o planejamento também leva em conta fatores como sazonalidade, ciclo de vida e considerações geográficas e de distribuição dos produtos. Além disso, a previsão de vendas e todo o seu valor agregado deve ser levado em conta;
  • MPS — Master Production Scheduling (Plano Mestre de Produção): nessa etapa é determinado o fluxo de produção a cada período, já considerando as capacidades da empresa;
  • MRP — Material Requirements Planning (Planejamento das Necessidades de Materiais): após aprovação do plano mestre, é feito o planejamento do material que será necessário no período considerado;
  • CRP — Capacity Requirements Planning (Planejamento das Necessidades de Capacidade): aqui é pensada a melhor maneira que a produção tem para executar o trabalho, considerando inviabilidades e capacidades da empresa,
  • Execução da produção: após todos os ajustes e cenários feitos, as ordens de compra, fabricação e entrega vão sendo liberadas, de modo que o fluxo seja contínuo e não tenha atrasos ou imprevistos.

Onde se aplica o MRP? Confira alguns exemplos 

Agora, como um sistema de Manufacturing Resource Planning pode ser utilizado na prática? Separamos alguns exemplos para simplificar o entendimento sobre a aplicação da tecnologia, veja só:

MRP na fábrica

Para as indústrias, o Manufacturing Resource Planning é um sistema que ajuda a gerenciar os recursos da fábrica, tanto internos quanto externos.

Isso inclui materiais, máquinas, pessoal e fornecedores.

A tecnologia é composta por um conjunto de software e bancos de dados que permitem acessar informações sobre os produtos e materiais necessários para a fabricação.

Essas informações são usadas para criar um plano de produção que maximize a eficiência da fábrica. 

Além disso, é dividido em três partes principais: a gestão de estoque, o planejamento da produção e o controle da produção. 

O estoque contém informações detalhadas sobre todos os materiais necessários para a fabricação.

Esse banco de dados permite acessar informações como quantidades disponíveis, preços, datas de entrega dos fornecedores e assim por diante. Isso permite que a equipe de Planejamento de Recursos de Produção saiba quais materiais precisam ser encomendados e quando eles serão entregues. 

O planejamento da produção é usado para criar um plano detalhado de todas as atividades necessárias para fabricar um produto.

Esse plano inclui tudo, desde o momento em que os materiais são encomendados até o momento em que o produto final é entregue ao cliente.

O controle da produção monitora o progresso da fabricação em relação ao plano original. Isso permite que a equipe identifique problemas ou atrasos no processo de fabricação e tome medidas para corrigi-los rapidamente.

O controle da produção também permite rastrear os custos associados à fabricação de um produto, o que é útil na tomada de decisões financeiras.

MRP na logística

No contexto de empresas de logística, o Planejamento de Recursos de Produção é um software que ajuda a organizar seus processos, assim, maximiza a eficiência e reduz custos.

O sistema pode ajudar a diminuir o tempo entre o pedido e a entrega, pois fornece uma visão global dos estoques e das necessidades de produção.

Um exemplo de recurso útil é a possibilidade de gerenciar sua carteira de pedidos, que permite administrar as entregas e melhor prever a demanda.

MRP na administração

Por fim, o sistema de Planejamento de Recursos de Produção ajuda as empresas a gerenciarem seus estoques e produzirem produtos de acordo com as demandas dos clientes.

Assim, permite monitorar os estoques de materiais e componentes, bem como a produção em andamento, para garantir que todos os elementos necessários estejam disponíveis quando necessário.

Qual é o momento certo para implementar um MRP?

E, afinal, quando realizar a implantação MRP em seu negócio? Como mencionamos, a tecnologia é ideal para empresas com processos produtivos de média e alta complexidade.

O motivo é simples: essa é uma solução perfeita para empresas com um ciclo produtivo de diferentes níveis de dificuldade, com o uso variado de recursos.

Além disso, empresas com linhas de produção complexas normalmente enfrentam vários desafios relacionados à movimentação interna dos materiais, gestão de compras e de custos.

À mão — ou mesmo com o auxílio de ferramentas menos específicas, como um ERP simples — fica impossível realizar o melhor controle.

Nesse ponto, para quem quer uma solução específica para o chão de fábrica, o Manufacturing Resource Planning torna-se a opção ideal.

Como se dá a implantação desse software em pequenas empresas?

Para pequenos negócios, o sistema de Planejamento de Recursos de Produção pode ser implantado como uma solução que descomplique as rotinas operacionais e simplifique algumas ações, como o cálculo de materiais.

A melhor indicação é contratar um ERP que possua recursos de Manufacturing Resource Planning (seja de forma nativa ou com a possibilidade de adquiri-los posteriormente).

MRP e ERP são a mesma coisa?

O Planejamento de Recursos de Produção é um módulo que pode se integrar com um sistema de gestão denominado ERP (Enterprise Resource Planning).

O software faz a gestão de diferentes frentes dentro das empresas, como financeiro, faturamento, compras e inventário.

A vantagem do recurso é que possui ferramentas específicas para a manufatura, como fluxo de caixa, estoque, manutenção, contabilidade, vendas e outros.

As vantagens da integração entre MRP e ERP

A vantagem da integração do Manufacturing Resource Planning com o ERP é que o controle operacional vai muito além da etapa do chão de fábrica. Pelo contrário, já inicia no momento em que o pedido é feito e contabilizado.

Ou seja, trata-se de um ciclo completo de dados que podem ser processados para ajudar a melhor planejar a produção, gerenciar suas aquisições e controlar o estoque.

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Dessa forma, o Planejamento de Recursos de Produção é integrado à tomada de decisões estratégicas e operacionais, possibilitando um controle mais preciso do negócio.

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Aproveite também para saber mais sobre o MRP do sistema TOTVS Backoffice – Linha Protheus:

Conclusão

O MRP é um conceito complexo que diz respeito a uma tecnologia ainda mais estruturada.

Para as indústrias, no entanto, é uma necessidade, já que ajuda a controlar os processos da cadeia de fabricação.

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Comentários deste post

  1. Cristian Capucho diz:

    Excelente material, faltando apenas os cálculos

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