Workflow: o que é, como funciona, exemplos e ferramentas

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Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 26 maio, 2025

Você já se perguntou como as atividades da sua empresa são realizadas, quem faz o quê, em que ordem e quanto tempo leva? Essas são algumas questões que podem ser respondidas pelo conceito de workflow.

Este termo em inglês significa fluxo de trabalho. Trata-se da forma como as tarefas são organizadas e executadas dentro de uma organização, desde o início até o fim. 

Ter um fluxo bem definido e otimizado pode trazer diversos benefícios para sua empresa, como maior produtividade, eficiência, redução de custos, erros e retrabalhos.

Mas como criar este fluxo na prática? Quais ferramentas podem auxiliar em sua gestão? Neste artigo, vamos responder essas e outras perguntas sobre esse tema tão importante para o sucesso do seu negócio. Acompanhe!

O que é um workflow?

Workflow significa fluxo de trabalho e representa a forma como as atividades são realizadas dentro de uma empresa, seguindo uma sequência lógica e ordenada.

Ele também pode ser entendido como um conjunto de regras e procedimentos que define quem faz o quê, quando, como e por quê. Essas normas e procedimentos podem ser formais ou informais, explícitos ou implícitos.

O objetivo do fluxo é garantir que as tarefas sejam feitas da melhor maneira possível, com o menor tempo e custo, e com o maior valor agregado. Ele também visa facilitar a comunicação e a colaboração entre as pessoas envolvidas no trabalho.

Um workflow pode ser representado por meio de diagramas, gráficos ou desenhos que ilustram as tarefas, os responsáveis, os recursos e as dependências entre elas:

  • Atividades: ações que devem ser realizadas para cumprir um objetivo. Por exemplo: separar o produto no estoque;
  • Responsáveis: pessoas ou sistemas que executam as atividades. Por exemplo: o funcionário do estoque ou o sistema de gestão do estoque;
  • Recursos: materiais, equipamentos ou dados necessários para realizar as atividades. Por exemplo: o produto, a embalagem ou a nota fiscal;
  • Dependências: relações de precedência ou sequência entre as atividades. Por exemplo: só é possível emitir a nota fiscal depois de confirmar o pagamento.

O fluxo de trabalho também pode apresentar outros elementos, como:

  • Condições: critérios para execução de atividades;
  • Regras: normas a serem seguidas;
  • Eventos: situações que afetam o andamento;
  • Decisões: pontos de escolha de caminhos. 

Esses fluxos variam em complexidade e abrangência, podendo envolver diversos departamentos. O essencial é que o fluxo seja claro, consistente e alinhado com a estratégia da empresa.

Exemplo de workflow

Compra online

Um exemplo clássico de fluxo de trabalho no nosso dia a dia é o processo de compra online. Ao realizarmos um pedido em uma plataforma de e-commerce, desencadeamos uma sequência lógica de atividades que se desenrolam até o tão esperado momento de recebermos o produto em mãos. 

Essa jornada, aparentemente simples para o consumidor final, envolve uma orquestração complexa de etapas internas, como:

  • Confirmação do pedido: o ponto de partida, onde o sistema registra sua intenção de compra e gera um número de identificação único;
  • Aprovação do pagamento: uma etapa essencial que verifica a validade das informações financeiras e autoriza a transação, liberando o pedido para as próximas fases;
  • Separação do produto no estoque: a equipe de logística localiza o item desejado no armazém, garantindo que o produto correto seja selecionado para envio;
  • Emissão da Nota Fiscal: a formalização da transação por meio de um documento fiscal, essencial para fins contábeis e de garantia;
  • Embalagem do produto: o item é acondicionado de forma segura para evitar danos durante o transporte;
  • Envio do produto pela transportadora: a entrega é confiada a um serviço de transporte, com a geração de um código de rastreamento para acompanhamento;
  • Rastreamento do produto: a possibilidade de monitorar o trajeto da encomenda, proporcionando visibilidade e previsibilidade ao cliente;
  • Entrega do produto ao cliente: o momento final, onde o produto chega ao seu destino;
  • Avaliação da compra (opcional): uma etapa pós-entrega que permite ao cliente expressar sua satisfação com o produto e o serviço, fornecendo feedback valioso para a empresa.

Em cada uma dessas etapas, há responsáveis definidos, prazos esperados para conclusão, critérios de qualidade a serem observados e canais de comunicação estabelecidos para o fluxo de informações entre os diferentes setores envolvidos e com o cliente. 

Recrutamento e seleção

Outro modelo de workflow bem estruturado é o processo de recrutamento e seleção de funcionários, fundamental para o crescimento e sucesso de qualquer organização. Ele geralmente envolve as seguintes etapas:

  • Solicitação do gestor da área: a identificação da necessidade de um novo profissional por um líder de equipe ou departamento;
  • Aprovação da vaga: a validação da necessidade e a autorização para iniciar o processo de recrutamento, geralmente envolvendo a área de Recursos Humanos e a gestão financeira;
  • Definição do escopo do cargo: a elaboração detalhada das responsabilidades, habilidades, qualificações e experiências desejadas para o novo funcionário;
  • Divulgação da vaga: a publicação da oportunidade em diversos canais, como plataformas de emprego online, redes sociais profissionais e o próprio site da empresa;
  • Triagem dos currículos recebidos: a análise das candidaturas para identificar os perfis que melhor se encaixam nos requisitos da vaga;
  • Entrevista por telefone/vídeo: uma primeira etapa de contato com os candidatos pré-selecionados para avaliar o interesse, a comunicação e a adequação básica ao cargo;
  • Teste de conhecimento técnico (opcional): uma avaliação específica das habilidades técnicas necessárias para o desempenho da função;
  • Entrevista com o gestor da área: uma conversa mais aprofundada com o líder da equipe em que o novo funcionário irá trabalhar, focada em aspectos técnicos e comportamentais;
  • Verificação de referências: o contato com antigos empregadores para obter informações sobre o desempenho e o comportamento do candidato;
  • Resultado: a comunicação da decisão final aos candidatos, tanto aos aprovados quanto aos não selecionados;
  • Admissão: a formalização da contratação do novo funcionário, incluindo a assinatura de contratos e a integração à empresa.

Em ambos os casos, é possível automatizar o fluxo ou algumas de suas etapas com o uso de ferramentas de workflow, como se verá adiante.

Quais são as vantagens de contar com fluxos de trabalho na empresa?

Contar com um workflow no dia a dia corporativo pode trazer diversas vantagens, tanto para a gestão quanto para os colaboradores e os clientes. Veja algumas delas:

  • Aumento da produtividade: um fluxo bem definido e otimizado permite a realização das atividades com mais fluidez, rapidez e eficácia, e evita desperdícios de tempo e recursos;
  • Melhor controle de qualidade: ao seguir um fluxo padronizado e controlado, a empresa pode garantir que as atividades sejam feitas com o nível de qualidade esperado e reduzir erros e retrabalhos;
  • Mais eficiência: ao monitorar e avaliar o fluxo, a empresa pode identificar gargalos, falhas e oportunidades de melhoria nos processos, o que permite a busca por soluções mais adequadas e inovadoras;
  • Aumento do nível de satisfação: um bom fluxo atende às necessidades e às expectativas dos clientes e dos colaboradores, o que faz com que a empresa aumente a fidelização, a motivação e o engajamento das partes envolvidas.

Vale pontuar ainda que muitas organizações utilizam um sistema de workflow para potencializar essas vantagens. 

De acordo com um relatório da Zapier, 92% dos trabalhadores de pequenas e médias empresas concordam que a automação dos fluxos de trabalho melhorou suas vidas no local de trabalho, ajudou a combater o esgotamento do trabalho (63% dos entrevistados) e os tornou profissionais menos estressados (65%).

Qual a diferença entre processo e workflow?

Apesar de serem conceitos relacionados, eles possuem algumas diferenças. Podemos dizer que o processo é uma série de ações coordenadas para alcançar uma meta, enquanto o workflow é a sequência dessas atividades, com foco em automação e controle de etapas.

Um processo é um conjunto de atividades interligadas que transformam insumos (entradas) em produtos ou serviços (saídas) para um cliente ou usuário. Ele tem um objetivo específico e mensurável, e pode ser dividido em subprocessos ou tarefas.

Em uma empresa, os processos são naturais, uma vez que toda atividade é executada por meio deles.

Já o fluxo de trabalho é a forma como um processo é realizado na prática, seguindo uma sequência lógica e ordenada. Ele mostra as etapas do processo, os responsáveis, os recursos e as dependências entre elas.

Ou seja, é a própria organização dos processos para garantir os melhores resultados.

Em outras palavras, o processo é o que deve ser feito e o fluxo de trabalho é como deve ser feito. Portanto, podemos dizer que o fluxo é uma forma de representar e gerenciar os processos da empresa.

Quais os tipos de workflow?

Os tipos de workflow podem ser classificados de acordo com o grau de estruturação, automação e flexibilidade. Veja alguns exemplos:

  • Transacional: é o tipo que possui atividades de diferentes naturezas que devem ser realizadas simultaneamente ou em paralelo, sem depender umas das outras. Ele permite otimizar o tempo e os recursos do fluxo;
  • Colaborativo: é o fluxo em que as tarefas são concluídas a partir de um esforço coletivo. É comum que envolva profissionais de diversas áreas, como é o caso do trabalho conjunto das equipes de marketing e comercial;
  • Produtivo: adequado para atividades repetitivas envolvidas em processos mais complexos e dinâmicos, que exigem algum grau de inteligência ou análise, como a alimentação de sistemas com dados sensíveis do negócio;
  • Administrativo: é o fluxo que segue uma ordem pré-definida e linear de atividades, sem desvios ou alternativas. É mais adequado para processos simples, burocráticos e repetitivos. O workflow administrativo é o mais propenso à automatização;
  • Ad hoc: é o tipo mais flexível e adaptável de fluxo de trabalho, que não possui uma estrutura fixa ou pré-definida. Ele pode ser alterado ou ajustado conforme as necessidades e circunstâncias do momento.

Esses são apenas alguns tipos principais de fluxos, e é possível combinar características deles para adequá-lo à sua empresa.

Avalie a natureza do trabalho, os objetivos esperados, os recursos disponíveis e as preferências dos clientes e colaboradores antes de definir o melhor tipo.

Como criar um workflow?

Para que um gestor crie um fluxo de trabalho eficiente, ele precisa considerar algumas ações. Veja a seguir:

1. Avalie os processos atuais da empresa

Entenda como os processos da empresa são realizados atualmente, quais são os problemas e as oportunidades de melhoria. 

Para isso, colete dados e informações sobre as atividades, os responsáveis, os recursos, os prazos, os custos e os resultados dos processos. 

2. Determine os responsáveis por cada ação

Defina os responsáveis por cada tarefa no fluxo de trabalho. Identifique as pessoas ou sistemas que executam as atividades do processo e atribua a elas papéis e responsabilidades claras. 

3. Documente as tarefas e pessoas envolvidas

Documente as atividades e as pessoas envolvidas no fluxo de trabalho. Para tanto, descreva cada atividade em detalhes e especifique seu objetivo, seus critérios de qualidade e suas condições de execução. 

É preciso também documentar as pessoas ou sistemas que realizam cada atividade e suas respectivas competências e habilidades. 

4. Desenhe o fluxo de trabalho

Na sequência, é preciso desenhar o fluxo de trabalho em um diagrama que ilustre as etapas do processo e suas relações. 

Defina a sequência lógica das atividades, indique as dependências, os eventos, as decisões e as condições entre elas. 

Indique também os responsáveis e os recursos necessários para cada atividade. 

5. Use ferramentas para otimizar

Por fim, as ferramentas de workflow servem para otimizá-lo e torná-lo mais ágil, prático e seguro. 

Existem soluções que automatizam algumas atividades, facilitam a comunicação e a colaboração entre os envolvidos, monitoram e avaliam o desempenho do processo e que garantem a validade jurídica das atividades realizadas.

Metodologias que auxiliam no processo de workflow

Para implementar e otimizar workflows, algumas metodologias se destacam ao estruturar e melhorar processos.

Elas são grandes aliadas na gestão das etapas de um fluxo de trabalho e garantem maior eficiência na organização das atividades. 

Confira a seguir algumas dessas metodologias. 

Diagrama de Ishikawa

Conhecido também como Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama de Espinha de Peixe, essa ferramenta visual ajuda a identificar as causas de problemas ou gargalos em um fluxo de trabalho.

O Diagrama de Ishikawa permite mapear as causas potenciais de falhas, agrupando-as por categorias como pessoas, processos, materiais, entre outros. Isso permite uma análise mais profunda sobre os pontos críticos.

Como consequência, a definição de ações corretivas torna-se mais rápida e precisa. 

Ciclo PDCA

O Ciclo PDCA (Planejar, Fazer, Checar, Agir) é uma metodologia cíclica e contínua para melhorias de processos. As etapas funcionam assim:

  • Planejar: etapa destinada à identificação do que precisa ser melhorado e definição de um plano de ação;
  • Fazer: fase de execução, voltada a implementação do plano de ação;
  • Checar: momento de análise de resultados;
  • Agir: etapa de ajustes e reinício do ciclo.

Metodologia Ágil

A Metodologia Ágil tem como objetivo acelerar e melhorar a elaboração e a execução de processos, por isso é especialmente útil em ambientes dinâmicos e muito comum em projetos de desenvolvimento de softwares.

Baseada em ciclos curtos de trabalho (chamados de sprints), ela permite que equipes entreguem partes do projeto de forma incremental e com feedback constante. 

Isso favorece a adaptação rápida a mudanças e a colaboração entre os membros da equipe, o que contribui para um workflow mais flexível e eficiente.

Gráfico de Gantt

O Gráfico de Gantt é uma ferramenta visual que auxilia no planejamento e monitoramento de atividades dentro de um fluxo de trabalho.

Ele representa cada tarefa como uma barra, indicando seu início, duração e fim em uma linha do tempo. Com isso, fica mais fácil visualizar a sequência das atividades, as dependências entre elas e o progresso do projeto. 

Como resultado, é possível melhorar o controle e a organização das tarefas, permitindo que a equipe identifique prazos e gerencie melhor o tempo, evitando atrasos.

Ferramentas para organizar e automatizar seu workflow

Existem algumas ferramentas que contribuem diretamente para uma implementação de sucesso do fluxo de trabalho na empresa.

Listamos algumas dessas ferramentas que podem auxiliar na organização e automação do seu fluxo. Confira a seguir.

Softwares de automação de tarefas

Soluções de automação permitem integrar diferentes plataformas e automatizar tarefas repetitivas, reduzindo o tempo gasto em processos manuais, assim como as chances de erros operacionais. 

Esse tipo de software é muito útil para otimizar atividades e assegurar a consistência no fluxo de trabalho.

CRM

CRMs (Customer Relationship Management) são voltados para a gestão de relacionamento com clientes e ajudam a organizar as interações entre empresa e consumidor em um único sistema.

Dessa forma, é possível simplificar o fluxo de informações entre equipes de vendas, marketing e atendimento, o que resulta em um fluxo mais eficiente.

Além disso, o workflow desempenha um papel essencial na automação e otimização dos processos relacionados ao ciclo de vida do cliente, desde o primeiro contato até o pós-venda. Ele permite padronizar e agilizar tarefas, garantindo uma experiência do cliente consistente e personalizada.

ERP

Um ERP (Enterprise Resource Planning) é capaz de centralizar dados e processos em uma única plataforma, permitindo a coordenação otimizada de áreas como finanças, inventário e recursos humanos. 

Essa integração promove uma visão ampla e organizada, o que contribui para a eficiência e controle do fluxo de trabalho.

Assim, o workflow é fundamental para orquestrar e automatizar os diversos processos de negócios, abrangendo áreas como finanças, contabilidade, compras, estoque, produção e recursos humanos. Ele garante a fluidez das informações entre os diferentes módulos do sistema e a execução eficiente das tarefas.

Ferramentas de gestão de projetos

Ferramentas de gestão de projetos são ideais para organizar o workflow, uma vez que permite a visualização e o monitoramento de cada etapa em tempo real.

Essas plataformas ajudam a definir prazos, atribuir tarefas e acompanhar o progresso, o que facilita o alinhamento das atividades entre as equipes.

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Essa ferramenta pode ajudar a otimizar o fluxo de trabalho, além de reduzir custos e tempo com papel, impressão e transporte de documentos.

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Conclusão

Neste artigo, você entendeu o que é workflow, como aplicá-lo na prática e quais ferramentas podem impulsionar seus processos.

Lembre-se que ele é uma forma de representar e gerenciar os processos da empresa, buscando otimizar o tempo, os recursos e a qualidade das atividades realizadas.

Com o auxílio de tecnologias e metodologias, você pode torná-lo ainda mais eficiente e aprimorar seus processos e documentos digitais. 

Aproveite para aprender tudo sobre a automação de processos!

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